Eu estive um pouco longe de séries ultimamente. Acompanho duas via torrent e duas via TV a Cabo (quando dá), fora isso estava longe de pensar em acompanhar outra série, então certo dia me vi em frente a TV sem nada mais para fazer, liguei na Fox e vi um episódio de White Collar, e definitivamente minha curiosidade se ligou.
Fiquei realmente instigado com a série, eu vi de cara o sexto episódio da primeira temporada, All In, e a fórmula do seriado me prendeu em frente a TV durante uma hora, mesmo com péssimos e repetitivos comerciais. White Collar conta como o ladrão de arte, falsificador, golpista e outras coisas, Neal Caffrey vai trabalhar como consultor para FBI sob tutela do Agente Peter Burk. É possível também explicar a premissa da série com: “Sabe o filme Prenda-me se for capaz? Então, imagina a continuação dele? É a série.”
A premissa em si promete muito e foi feita de maneira incrível. Temos um misto de detetive, o caso a ser resolvido e prender o criminoso, e comédia, a relação Cafrrey-Burke é cheia de sarcasmo e ironia, e a série leva isso a frente em todos os episódios sem ser cansativo. Não estou falando que você dirá que a trama detetive é extraordinária ou que cairá na gargalhada a cada 10 minutos de um episódio, mas é possível que em muitos capítulos você fique com um sorriso na cara pelas piadas e ainda fique surpreso com o fim que tudo terá.
Cada episódio é um caso e fechado em si, a primeira temporada inteira não teve um tão odiado To Be Continue ou o conhecido Previously on, o que faz também que seja possível assistir a série sem pretensão, vendo episódios soltos. Porém, ao contrário de outras séries que fazem isso, White Collar segue uma trama maior, não vital para seu entendimento, mas necessária para que se tire total proveito de jogadas e o entendimento dos personagens e suas motivações.
Por falar em personagens, aqui eles são distintos, bem trabalhados e clichês, mas não pejorativamente. Geralmente quando se cita que algo é clichê, logo todos ficam achando que é ruim, não é. O clichê é um artifício, que deve ser bem utilizado (aprenda James Cameron e seu Pocahontas com Smurfs). O Agente Peter Burke é incorruptível, Neal Caffrey é O Cara e galanteador, Elizabeth Burke, esposa do agente, é a mulher-por-trás-de-todo-grande-homem. A cada episódio eles constroem isso em frente a câmeras para rotular os personagens e mesmo assim ainda tudo é aproveitado pela história, para torná-la divertida.
E finalmente o Season Finalle, o último episódio consegue te prender na cadeira/poltrona/sofá inquieto e ansioso e termina com o gancho do início da próxima temporada, é a primeira vez que se vê um episódio na série que termina com algo que “necessita mais para se entender”, porém não seria um season finale americano se não tivesse isso.
Por fim, White Collar é uma série divertida, não tente ver achando que será uma série de detetive sério ou esperando que haja certo rigor com o que é possível e impossível alguém fazer. É uma recomendação para quem quer uma série a qual possa ver sem pretensão, sem a necessidade de a cada semana estar lá e ver, é um passatempo extremamente bom e recompensador. E que venha a próxima temporada.
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Texto de autoria de André Kirano.
ótimaaaa série. ela mira baixo e por isso funciona além do protagonista ser um gato… hihih
bjs
Achei a série bem divertida, assisti um episódio um dia desses e ela é bem despretensiosa… Só não sei se colocaria entre as séries que já acompanho.