Bem Vindos à bordo. Nesta edição, Flávio Vieira (@flaviopvieira), Felipe Morcelli (@multiversodc), Bruno Gaspar, Delfin (@delreydelfin), André Kirano (@kiranomutsu), Rafael Moreira (@_rmc) e Jackson Good (@jacksgood) retornam para comentar de uma das histórias que revolucionou não só o universo dos quadrinhos, como toda uma indústria. Batman: Ano Um, de Frank Miller e David Mazzucchelli.
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31 de outubro. Noite de Halloween… brasileiro (Alguém realmente se importa com isso por aqui?). Há muitas luas atrás, em uma noite chuvosa onde as trevas reinavam sobre a terra, algumas mentes humanas, poluídas pelo oculto e o terror, resolveram transformar seus mais terríveis pesadelos em obras do cinema de terror cult (hipster?). Pra você que está afim de se cagar de medo, ou pelo menos ter uma desculpa pra agarrar a irmã do seu amigo (um abraço pro Jackson), quando ela estiver com medo. Segue a lista feita por mim, Bruno e Rafael:
Repulsa ao Sexo (Roman Polanski, 1965)
Não é o que se pode chamar de terror, mas a esquizofrenia e o processo de desintegração da personagem de Catherine Deneuve, a manicure Carol chega a ser chocante. Polanski consegue arrancar uma visão doentia e apodrecida da expressão angelical de Deneuve, esvaziando-a progressivamente, cortando qualquer relação com o mundo exterior. Thriller com fortes pitadas Hitchcokianas.
O Homem de Palha (Robin Hardy, 1973)
Apesar da produção barata, o longa-metragem teve inúmeros devotos, seja pela presença ilustre de Christopher Lee ou pelo tema que o roteiro abordava, como pelo próprio clima lúgubre e sensação de isolamento que o filme trazia. Em 2006 fizeram um remake com Nicolas Cage, minha sugestão é passar longe.
Muralhas do Pavor (Roger Corman, 1962)
Adaptação de quatros (dois deles foram aproveitados em uma única história) contos do mestre do terror, Alan Poe. Apesar de não ser a melhor adaptação da obra de Poe, vale a pena conferir, principalmente pela excelente atuação de Vincent Price.
O Príncipe das Sombras (John Carpenter, 1987)
Um professor e um grupo de estudantes e cientistas especializados são convocados por um padre para investigar um misterioso recipiente contendo um líquido verde, guardado por séculos em uma igreja abandonada. O recipiente ao ser aberto, transforma os pesquisadores em zumbis. Os membros da equipe que não se transformaram em zumbis, descobrem que dentro do recipiente, estava a essência do capeta, que agora quer trazer, o todo poderoso Anti-Cristo ao poder. Os sobreviventes precisam lutar para afastar o cramulhão que estava adormecido e salvar o mundo do coisa ruim.
Fogo no Céu (Robert Lieberman, 1993)
Considerado por muitos um dos melhores filmes sobre abdução alienígena, Fogo no Céu conta a história de Travis Walton, um lenhador que supostamente foi abduzido por um OVNI. O ponto forte do filme é sem dúvida o drama da personagem e não os elementos fantásticos do gênero. Intrigante e um ótimo exemplar de ficção científica.
A Sombra do Vampiro (E. Elias Merhige, 2000)
Pensei em indicar Nosferatu do Herzog (de 1979), mas logo depois me lembrei deste longa que conta a “estória” das filmagens do Nosferatu de 1922. Segundo consta, havia um rumor que o ator Max Schreck(que interpretou Nosferatu) era um vampiro de verdade, já que ninguém sabia muito sobre seu passado até então e sua interpretação deu tanta credibilidade que a lenda só aumentou. Neste longa, o diretor aborda um pouco dessa lenda, contando com o talento de Willem Dafoe e John Malkovich. Poucos são os filmes que conseguem contar histórias dentro de histórias. A Sombra do Vampiro é um deles.
À Meia-Noite Levarei sua Alma (José Mojica Marins, 1964)
Não poderíamos deixar de lado Zé do Caixão que aqui está obcecado em gerar o filho perfeito, para dar continuidade à sua linhagem. Como sua mulher não consegue engravidar, ele decide traçar a namorada do seu melhor amigo para gerar o simpático rebento. Deixem de preconceito com o cinema nacional e assistam.
A Morte do Demônio (Sam Raimi, 1981)
Conhecida também como Uma Noite Alucinante, A Morte do Demônio é cultuado por uma legião de fãs. Sam Raimi, na época apenas um estudante de cinema, consegue criar um clima apavorante com um orçamento risível. Tudo é muito precário, digno de uma crueza que até sinto falta em meio a tanto 3D e CG. Um cult do horror altamente recomendado.
Suspiria (Dario Argento, 1977)
Suspiria conta a história de uma bailarina americana em ascensão que viaja para a Europa para entrar em um companhia de dança renomada, porém, um assassinato bizarro muda sua percepção sobre o local. Argento cria um misto de terror psicológico e psicodélico de te arrepiar dos pés a cabeça.
Aqui está a verdade final sobre os filmes de horror. Eles não amam a morte, como alguns tem proposto, eles amam a vida. Eles não celebram a deformidade, mas, habitando a deformidade, cantam a saúde e a energia. Eles são os purificadores da mente, tirando não rancor, mas ansiedade. – Stephen King
Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), André Kirano (@kiranomutsu), Jackson Good (@jacksgood), Bruno Gaspar e o aguardado convidado, Hell do Melhores do Mundo, e dessa vez sem a presença de Mario “Bátema” Abbade. Muita baixaria, cagação de regra e nonsense.
PS: Agradecimentos ao Doug (@dougilustra) pela força que deu com o banner do podcast. Acessem:
Duração: 107 mins Edição: Flávio Vieira Trilha Sonora: Flávio Vieira
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Pelas minhas incursões pelo mundo dos quadrinhos, me deparei com o mangá Gourmet empoeirado em uma estante de uma comic store paulista. O título incomum e a arte da capa da revista chamaram minha atenção e ao dar uma lida rápida sobre o que se tratava, decidi comprá-la. Quem disse que comprar algo pela capa é uma má escolha? Ao menos dessa vez, foi uma escolha mais do que acertada.
Jiro Taniguchi e Masayuki Qusumi transportam o leitor para o cotidiano de um comerciante japonês, que devido ao seu trabalho, vive se locomovendo pela cidade, e durante essas andanças compartilhamos de pequenos momentos de sua vida, momentos estes onde o personagem está sempre em busca de um local para fazer uma refeição. Pouco conhecemos sobre ele, nem ao menos seu nome é citado, mas é através desses almoços e jantares que pouco a pouco conhecemos seu passado e sua personalidade.
Em 18 capítulos acompanhamos 18 refeições do protagonista e momentos importantes de seu passado, suas reflexões e seu amor pelos pratos culinários que saboreia. A obra soa como pequenas crônicas cotidianas que qualquer pessoa comum se identificaria, afinal quem não se pegou relembrando uma antiga paixão enquanto fazia um almoço solitário pela cidade, aquele momento onde temos um break do trabalho e problemas e nos pegamos a vaguear pelo passado, ou então em observar as pessoas que frequentam este lugar, o que pensam, de onde vêm, o que as trazem até ali, enfim, questionamentos básicos que qualquer refeição solitária (ou não) nos traz.
Além disso tudo, Gourmet traz um relato apaixonado da gastronomia (principalmente japonesa), por toda a história somos apresentados para as mais diversas iguarias da culinária japonesa, uma verdadeira incursão gastronômica. É impossível não ficar com vontade de correr até um restaurante japonês e experimentar o prato que nos foi apresentado com tanto apreço, um legitimo gourmet.
Muita gente deve estar se perguntando o que faria alguém ler um quadrinhos repleta de indicações gastronômicas. Bem simples, Gourmet vai muito além disso, contando a cada capítulo a realidade de um personagem solitário que vagueia por uma metrópole onde estamos rodeados de pessoas, mas ao mesmo tempo sozinhos. Página a página seus relatos vão despertando mais curiosidade, identificação e contemplação, tudo isso somado à um trabalho artístico lindíssimo.
[Atualização] Em janeiro de 2020, a obra foi republicada pela editora Devir, por meio do selo Tsuru, com o nome O Gourmet Solitário.
Bem Vindos à bordo. Nesta edição, Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), Levi Pedroso (@levipedroso), Amilton Brandão (@amiltonsena), Carlos Tourinho chapa-branca (@Touroman), Rodrigo do Quarto Sinistro (@quartosinistro), Mario Abbade (@fanaticc), Márcio Joke (@marciojoke) e André Kirano (@kiranomutsu) se reúnem em um papo descompromissado comentando sobre uma das grandes sagas da história do cinema, Planeta dos Macacos!
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Imaginem a expectativa para uma série que conta com o roteiro de Terence Winter, conhecido pelo seu trabalho em Família Soprano; Steve Buscemi como um dos grandes protagonistas e ninguém menos que Martin Scorsese como produtor; tudo isso a cargo de uma das grandes emissoras de canal pago, a HBO. Isso é motivo de sobra para deixar qualquer telespectador ansiosíssimo para conferir de perto o que Boardwalk Empire tem à oferecer.
A história se passa em Atlantic City, em plena década de 20, logo após a chamada Lei Seca (1920-1933) entrar em vigor. Na época, o governo norte-americano julgou que os principais males vividos pela sociedade tinham como fator gerador o consumo do álcool, com isso, a Lei Seca passou a vigorar proibindo a fabricação, comércio, exportação, importação e transporte de bebidas. Logicamente, isso é o que foi vendido na época para os americanos.
Durante a série conhecemos os bastidores por trás disso tudo e vamos descobrindo que há uma série de motivações políticas e econômicas para a proibição da venda de bebidas alcoólicas. Enoch Johnson (Buscemi), ou simplesmente Nucky, como é conhecido na cidade, é uma figura importante em Atlantic City e usa toda sua influência política para comandar o contrabando de bebida, além de suas casas de jogos e bordéis, tudo isso aprovado pelas principais figuras políticas e administrativas da época, é claro.
A trama foi adaptada com base no livro Boardwalk Empire: The Birth, High Times e Corruption of Atlantic City (sem tradução brasileira), de Nelson Johnson. A adaptação encabeçada por Winter, faz questão de repetir alguns conceitos trazidos já em Sopranos, como a desconstrução do mafioso inabalável e impetuoso. Se em Família Soprano temos Anthony (James Gandolfini) expressando todo o seu descontentamento no divã de Jennifer Melfi (Lorraine Bracco), em Boardwalk Empire, décadas atrás, temos Nucky representando nós homens, acuados pelo papel que nos é imposto pela sociedade.
A crise de identidade masculina tornou-se mais constante após a revolução sexual que ocorreu nos anos 1960, contudo, é um assunto muito pouco abordado, mesmo nos dias de hoje. O roteiro de Winter, mesmo sendo ambientando na década de 20 é extremamente atual, mostrando registros fiéis do homem contemporâneo e jogando por terra a figura do macho alfa, seguro e independente, e expondo sua insegurança e busca por quem é de verdade.
Além disso, Boardwalk Empire faz uma reconstituição de época primorosa, destacando eventos importantes como a votação feminina, o preconceito racial, a ascensão de Al Capone, a eleição do próximo presidente americano, tudo isso de forma natural e competente. Esses detalhes de roteiro e direção de arte só enriquecem a trama.
Falar da qualidade das atuações é bobagem, afinal um elenco que conta com Buscemi, Michael Pitt, Michael Shannon, Kelly Macdonald, entre tantos outros, não poderia dar errado. As personagens fazem questão de focar em todos os nuances de suas personalidades, dando credibilidade e enriquecendo toda a estória que nos é apresentada.
Com uma primeira temporada impecável, Boardwalk Empire está muito acima de tudo o que vem sendo exibido na televisão no momento. Essa é uma daquelas séries que dá um passo à frente para estabelecer a televisão muito além de entretenimento barato. Que venha a segunda temporada!
Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc), Jackson (@jacksgood), o chapa branca Carlos Tourinho (@touroman) e Mario Abbade (@fanaticc) embalam seu retorno definitivo, para a alegria de uns e desgosto de tantos outros. Longo e enfadonho, ou divertido e dinâmico. Superficial, filosófico, artístico, nostálgico ou previsível. A verdade é que a Agenda Cultural está de volta com toda a sua miríade de temas e discussões. Temas que fazem jus à própria história do nosso singelo podcast…confira!
Duração: 126 mins Edição: Flávio Vieira Trilha Sonora: Flávio Vieira
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Quero Matar Meu Chefe
Os Smurfs
A Árvore da Vida
Melancolia
Super 8
Dylan Dog e as Criaturas da Noite
Balada do Amor e do Ódio Lanterna Verde Amor à Toda Prova
O Homem do Futuro Apollo 18
Homem-Aranha Noir tinha tudo para dar errado. Criado em 2008 nos quadrinhos tendo como background histórias policiais repletas de ambiguidade e um universo apático. Posteriormente, a personagem foi utilizada no game, Spider-Man Shattered Dimensions, onde era possível jogar com a contraparte Noir, além de suas outras três versões, clássica, uniforme negro e 2099. O fato é que só após o game, a hq teve seu destaque e alcance merecido.
Toda a história é ambientada em 1933, ano onde os Estados Unidos viveu uma grande crise financeira devido a quebra da bolsa de Nova York em 1929. A situação econômica está longe do ideal, desemprego e a miséria assolam por todo país. Se isso já não bastasse, a corrupção parece um meio de vida para as autoridades locais, cenário perfeito para o tráfico de influência exercido pela Máfia. É neste cenário onde toda história é concebida.
Para os mais desatentos (lê-se desinformados), o gênero Noir é um estilo literário e visual associado a tramas investigativas, onde temos policiais com uma carga psicológica forte, femme fatales, personagens com uma visão de mundo apática, cínica e pessimista, e onde o bom e o mau não estão estampados para quem quiser ver. Outro fator importante do gênero é sua estética, comumente escura e com cores frias. Para quem quiser se aprofundar no gênero recomendo as obras de Dashiel Hammet e Raymond Chandler, já no cinema temos centenas de filmes sobre os gêneros, entre eles O Falcão Maltês (ou Relíquia Macabra), Pacto de Sangue, Um Retrato de Mulher, O Beijo da Morte, entre tantas outras. O resultado dessa ambientação na história do “Amigão da Vizinhança” é um universo sombrio, onde seus personagens dúbios têm muito a oferecer no sentido de conflitos morais, sociais e psicológicos.
A história gira em torno de um jovem Peter Parker que mora com seus tios Ben e May. A primeira grande diferença são os ideais dos tios de Peter, aqui eles se mostram como militantes socialistas. A vida do jovem muda completamente quando seu tio Ben se coloca frente a opressão de um grande gangster de Nova York, Norman Osborn, e paga com sua vida por isso. Peter acaba se tornando um jovem impulsivo e com sede de vingança pelo que ocorreu, sua chance de virar a mesa ocorre ao ser picado por uma aranha africana especial (?!) e com isso descobre ter poderes capazes para fazer justiça com as próprias mãos.
Não vou me adentrar nos detalhes da história, isso cabe ao leitor, porém, há de serem feitas as devidas ressalvas a genialidade de personagens como Norman Osborn como o grande chefe do crime organizado dos anos 30, May Parker como militante socialista é de longe sua melhor versão já realizada, o Abutre em sua versão noir é muito parecido ao clássico vampiro do cinema, Nosferatu, uma referência muito bacana. Gata Negra ganha uma versão femme fatale dona de um night club, personagem que não poderia faltar em uma trama noir. Outro ponto crucial para o roteiro é a personalidade de Ben Urich.
O roteiro de David Hine é redondo, sua releitura de personagens consegue trazer uma nova ótica sobre eles sem alterar o principal de suas personalidades. Por último e não menos importante, a arte de Carmine Di Giandomenico encaixa perfeitamente com o roteiro de Hine, sabendo ambientar o período da depressão americana com uma Nova York suja e sombria, algo fundamental para a estética Noir que a trama pede.
Sincronizem suas Agendas. Rafael Moreira (@_rmc), Flávio Vieira (@flaviopvieira), André Kirano (@kiranomutsu) e Bruno Gaspar se reúnem em um papo descompromissado para comentar sobre os últimos podcast’s gravados, com direito a extra no final com o chapa branca Carlos Tourinho (@touroman).
Duração: 62 min. Edição: Flávio Vieira Trilha Sonora: Flávio Vieira
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Ultraje a Rigor – Nada a Declarar
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Raimundos – Pompem
Paralamas do Sucesso – Vital e sua Moto
Nando Reis – Não Vou Me Adaptar
Matanza – Mesa de Saloon
Engenheiros do Hawaii – Depois de Nós
Biquini Cavadão e Érika Ribeiro – Educação Sentimental II
Ira! – Entre Seus Rins
Penélope – Holliday
Rodox – De Costas pro Mar
Titãs – Querem Meu Sangue
Velhas Virgens – Abre Essas Pernas
Barão Vermelho – Eu Queria Ter Uma Bomba
Estamos de volta após um longo inverno. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Mario Abbade (@fanaticc) e Felipe Morcelli (@multiversodc) retornam com tudo para comentar os principais lançamentos que rolaram no cinema durante nossa ausência. Mutantes, piratas, soldados bombados e muito mais você irá encontrar nessa edição.
PS: Voltamos com a programação normal em nosso próximo episódio.
Duração: 108 mins Edição: Flávio Vieira Trilha Sonora: Flávio Vieira
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Após um longo atraso, finalmente chega ao Brasil Corações Perdidos (Welcome to the Rileys), um drama estrelado por James Gandolfini, Melissa Leo e Kristen Stewart, que interpretam três personagens que se unem em busca de uma razão para viver, e não apenas uma existência sem motivação alguma.
Na trama, conhecemos Doug Riley (Gandolfini) e Lois (Leo), um casal que vê sua vida completamente estagnada e repleta de uma tristeza absoluta após uma tragédia que envolvendo a única filha do casal. Com isso, ambos se isolam de sua maneira, Lois passa a se fechar dentro de cada, ficando completamente isolada do mundo exterior, enquanto Doug externa seus sentimentos em casos extraconjugais, casos esses consentidos tácitamente por sua esposa.
Não que não exista mais amor, mas é perceptível como pouco-a-pouco ele se esvai, e isso fica claro nos diálogos mecânico entre eles, como algo que deixou de ser natural e passa a ser estritamente necessário para a manutenção de um relacionamento a dois. E Neste isolamento dos dois protagonistas é necessário que o algo aconteça em suas vidas e demonstre que a vida continua, por mais difícil que isso seja. E esse fator externo é expresso na figura da personagem de Stewart, a stripper Mallory.
Após a súbita morte de sua amante, Doug faz uma viagem de negócios para Nova Orleans onde conhece Mallory. Doug vê na figura da garota uma chance de redenção por ter sido um pai ausente, e a garota vê nele um pai que nunca teve. É óbvio que existe um choque de gerações e de culturas, enquanto Doug é um empresário de classe média e pai de família respeitado, Mallory ganha a vida como stripper em um bairro pobre de Nova Orleans. Enquanto isso temos Lois tentando se reencontrar. O desenvolvimento desses personagens é o ponto alto do longa.
As atuações de Gandolfini esbanjam carisma e parece encaixar com perfeição e naturalidade para o personagem que vemos em tela, uma figura protetora e paternal, que demonstra em seus olhares e trejeitos esperança e doçura, mas que ao mesmo tempo externa um profundo trauma. Melissa Leo está contida, mas levando sua personagem ao ápice ao interpretar toda sua insegurança e sensibilidade. O ponto mais fraco fica por conta de Kristen Stewart, porém, tem seus méritos ao construir uma personagem ingênua e imatura, longe de ser pejorativa a crítica de sua atuação.
O roteiro de Ken Hixon não passa de um drama de superação onde temos personagens que decidem superar suas perdas e buscar um novo significado em suas vidas. Alguns clichês incomodam como a figura do marido frio, da esposa sentimental e de algumas escolhas para o desenvolvimento da trama, mas o filme em nenhum momento utiliza sentimentalismo barato e maniqueísmos como muitos longas do gênero.
A trilha sonora encaixa com maestria, talvez pela experiência do diretor, Jake Scott, em dirigir videoclipes. Seu trabalho de direção é simples, no entanto competente, privilegiando as atuações e o roteiro. Um filme redondo e sem grandes surpresas, mas que irá surpreender muita gente.
Bem Vindos à bordo. Nesta edição, Flávio Vieira (@flaviopvieira), André Kirano (@kiranomutsu), Jackson (@jacksgood), Tourinho (@Touroman), Breno (@brenocs), Daniel HDR (@danielhdr) e Malandrox se reúnem em um papo de bar para discutir sobre os novos rumos da DC Comics. Ouça a discussão acalorada sobre o reboot da editora, o que muda e o que permanece, e qual o impacto disso tudo para as outras mídias.
PS: Em princípio, este podcast seria apenas um bloco de quadrinhos dentro da Agenda Cultural, mas devido ao conteúdo apresentado, preferimos lançar como um episódio único. Portanto, encarem-o como um bônus e parem de reclamar sobre o tema =)
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Neil Gaiman construiu uma carreira sólida ao longo de mais de 20 anos de trabalho. Tendo como o grande “pontapé” inicial sua amizade com Alan Moore, o que lhe rendeu contatos no mundo dos quadrinhos e posteriormente o tornou mundialmente conhecido ao escrever a obra Sandman. Atualmente, já mais afastado dos quadrinhos e se ocupando cada vez mais com obras literárias, Gaiman nos apresenta O Livro do Cemitério, história fortemente influenciada pelo clássico, O Livro da Selva, de Rudyard Kipling em 1894, como citado pelo próprio autor. Levando em consideração o tom sombrio de muitas de suas histórias, não é de se espantar que O Livro da Selva de Gaiman se passe em um cemitério…
Na trama, conhecemos um menino chamado Ninguém Owens, que quando ainda era um bebê e teve toda sua família assassinada misteriosamente por um homem chamado Jack. Enquanto o crime era consumado, o bebê engatinha até um cemitério que existia no fim da rua que sobe a colina, o que acaba o salvando de seu trágico destino.
O bebê acaba sendo salvo por um casal de fantasmas da Inglaterra Vitoriana que há muito tempo desejavam um filho, porém, existe uma regra que nenhum humano pode viver em um cemitério, com isso é realizado uma reunião entre os moradores do local e o misterioso Silas (uma espécie de zelador do cemitério), onde concordam em deixá-lo morar ali, e assim, o casal de fantasmas vitorianos se tornam seus pais adotivos e o batizam de Ninguém. Silas se torna seu tutor, já que é o único que pode conseguir alimentos, vestuários e outros bens necessários para o dia-a-dia de uma pessoa comum. E assim, Nin passa a viver no cemitério da colina, entre fantasmas e ossadas, lápides e covas.
A cada página o leitor acompanha o crescimento da personagem, desde bebê até sua adolescência. Cada capítulo é um importante ponto no aprendizado de Nin, seja no aspecto de crescimento dele, como habilidades especiais como atravessar paredes, assombrar, vagar por sonhos alheios, entre outras, tudo isso graças a “liberdade do cemitério”, uma concessão que os fantasmas de lá dão a Nin, pois só assim ele poderia viver com eles.
Contudo, o assassino de seus pais continua a sua procura para terminar o serviço que começou, e não importa quantos anos passem, Jack não irá descansar até terminá-lo e sua chance surge quando Nin completa 15 anos e decide sair para o mundo fora do cemitério e conhecer um pouco da vida. E assim, o destino caminha para um embate entre os dois.
Gaiman compõe uma narrativa fluida, seguindo um padrão bastante similar a contos, já que cada capítulo traz uma história fechada, uma espécie de coletânea de contos onde quando juntos em ordem cronológica formam um romance (se é que algo assim existe). Apesar de ser voltado para o público infantil – pelo menos é o que dizem, não que eu concorde com isso -, O Livro do Cemitério traz momentos sombrios, embora todos belíssimos, quase lúdicos, deixando claro que a obra não é apenas para crianças, como já vimos em Coraline e O Lobo Dentro das Paredes, aqui isso fica ainda mais nítido.
O Livro do Cemitério traz um universo fantástico fascinante, as personagens são cheias de vida (por mais irônico que isso possa parecer), as descrições dos momentos da vida de Nin emocionam qualquer um e claro, as ilustrações magníficas de Dave McKean, parceiro de Gaiman de anos, são lindas e ajudam ambientar esta bela estória. Difícil de acreditar que um cemitério seria um lugar tão cheio de vida como aqui apresentado, não é a toa que Neil Gaiman é um dos maiores escritores da atualidade.
Bem Vindos à bordo ao túnel do amor, ouvintes apaixonados. Nesta edição, Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc) e Mario Abbade (@fanaticc) se reúnem para comentar sobre cenas românticas marcantes do Cinema para cada um deles. Por isso, separe um bom vinho, acenda velas aromatizadas e traga sua parceira(o) para ouvir junto.
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O que mais surpreende em 500 Dias com Ela é a completa inversão de papéis que ocorre. Enquanto em boa parte das comédias românticas temos certas “regras” clássicas do gênero e que aqui são completamente subvertidas, causando no público uma experiência muito diferente do que está acostumado.
Joseph Gordon Levitt interpreta Tom, um arquiteto que nunca exerceu sua profissão e trabalha na área de criação de uma empresa de cartões comemorativos. Tom tem uma vidinha típica que acaba dando uma nova guinada ao conhecer Summer (Zoey Deschanel, aquela mesma do nosso top 10), uma recém contratada secretária no escritório onde ele trabalha. Com o passar do tempo, os dois se dão conta de que têm várias coisas em comum e desenvolvem uma relação. O problema é que Summer não acreditar no amor.
Marc Webb faz sua estréia como diretor de longas em 500 Dias com Ela e começa muito bem. Conhecido por seu trabalho em videoclipes, Webb adota uma forma toda particular e própria para contar a sua história, o que dá o tempero necessário para a fluidez da história. Usando uma linguagem não linear, Webb intercala os 500 dias do relacionamento de Tom e Summer entre os bons e maus momentos vivenciados pelos dois, sempre mostrados sob a perspectiva do protagonista.
A trilha sonora funciona muito bem e serve para mostrar como muitas vezes Tom está se sentindo. A direção de videoclipes de Marc Webb imprime uma assinatura própria ao filme, o que não teria acontecido tão bem com um diretor qualquer, já que o longa tinha tudo para cair no lugar comum e se tornar uma comédia romântica com elementos de um grande clipe da MTV, aqui vemos o contrário, Webb usa toda sua experiência anterior para sair do lugar comum e funciona muito bem.
Gordon-Levitt e Zoey Deschanel esbanjam química e carisma, o que ajuda a imersão na história. 500 Dias com Ela é uma comédia romântica honesta, criativa, sensível e inteligente. Recomendado.
Bem Vindos à bordo. Chegamos à 28ª Agenda Cultural! Não que isso signifique nada de especial mas… a Agenda volta com tudo desta vez com Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), Mario Abbade (@fanaticc), Levi Pedroso (@levipedroso), Amilton Brandão (@amiltonsena), Bruno Gaspar e os convidados Rodney Buchemi do Melhores do Mundo e Diego (@diegogc) do Fênix Down. Essa mistura toda gerou uma agenda bem diversificada sobre portais, velhos deuses, destroços humanos e sugadores de sangue! Não deixe de conferir!
Duração: 111 mins Edição: Flávio Vieira Trilha Sonora: Flávio Vieira
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Rio Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio Pânico 4
Sobrenatural
Reencontrando a Felicidade
A Garota da Capa Vermelha
A Minha Versão do Amor
Agentes do Destino
Padre Thor
O Estranho Sem Nome foi o primeiro western dirigido por Clint Eastwood e o segundo em sua carreira, contando com forte influência dos western spaghetti italianos onde o ator se tornou conhecido, contudo, o longa imprime um forte toque autoral e já demonstra o amor do cineasta pela mitologia que envolve os clássicos do gênero, onde o diretor desenvolveria mais vezes ao longo de sua carreira.
O longa se inicia como muitos outros filmes do gênero, o clima árido das pradarias e ao longe surge a figura de Clint Eastwood montado em seu cavalo rumo a cidade de Lago. Ao adentrar no local, todos o olham com um misto de surpresa e medo, já que o sujeito parece não querer boa coisa no local e talvez tenha até mesmo traços familiares para os habitantes daquela cidade. Com pouco tempo, o cavaleiro misterioso mostra a que veio, matando três pistoleiros que cruzam seu caminho e “estupra” uma das moradoras da cidade.
Os moradores da cidade vêem na figura do misterioso paladino a chance de se protegerem de três bandidos recém libertados da prisão que prometeram retornar a cidade de Lago para se vingarem de seus habitantes. Apesar de se mostrar relutante em ajudar os moradores, o pistoleiro acaba concordando em proteger a cidade, desde que cumpram suas duas condições: Que todos os moradores ajudariam a capturar os bandidos e que ele teria crédito ilimitados em todos os estabelecimentos da cidade.
Com base nisso a trama se desenrola, com o protagonista transformando a pequena cidade em um verdadeiro inferno, sem deixar claro quais são as reais motivações do personagem, já que suas atitudes são sempre ambíguas, o que acaba sendo uma das características das personagens do diretor, donos de uma essência misteriosa, de poucas palavras, capazes de se expressarem apenas com olhares. Em O Estranho Sem Nome, Clint traz uma série de arquétipos para distorcê-los no momento seguinte.
O protagonista parece ter repulsa pela maioria dos habitantes da cidade, o que nos causa uma certa estranheza do motivo disso e de qual é sua origem. Isso fica claro com uma cena onde é repetida durante o filme, mostrando um homem sendo chicoteado e morto por três homens na cidade de Lago, onde todos os habitantes da cidade assistem ao massacre e não fazem nada para impedi-lo. O acontecimento é um segredo guardado a sete chaves pelos moradores, e de alguma forma, parece ter ligação direta com o pistoleiro misterioso.
O Estranho Sem Nome é recheado de simbologia; O roteiro da dupla Ernest Tidyman e Dean Reisner é fluido e aborda temas atuais em uma história contada em um passado já remoto; A direção de Clint e a fotografia Bruce Surtess são magníficas e poéticas, retratando toda obscuridade, tristeza, misticismo e até um certo toque pessimista na película. Os enquadramentos lembram o diretor Sergio Leone (o que rende referência ao seu nome e de Don Siegel em uma das lápides do cemitério de Lago) em alguns momentos, em outros dão uma estética sombria e ameaçadora ao personagem, sempre filmando o de baixo pra cima, dando-lhe uma grandeza ainda maior.
Clint Eastwood trouxe um western que foge completamente dos padrões do gênero, soando moderno, ousado, repleto de suspense e que ainda por cima pode ser interpretado sob diversas visões.
Sincronizem suas Agendas. Bruno Gaspar, Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc) e Jean Dangelo (@jeandangelo) para comentar sobre as últimas gravações do VortCast em um papo nonsense repleto de ofensas gratuitas e bom humor. Enjoy it.
Duração: 62 min. Edição: Flávio Vieira Trilha Sonora: Flávio Vieira
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Comentados na edição
Promoção HQ Bórgia – Sangue Para o Papa – Envie pelo twitter a seguinte mensagem: “Dê RT nesta msg, siga-nos no twitter e concorra a HQ Bórgia Sangue Para o Papa. #PromoVortex”
Playlist da Edição I’ll Take You There – The Staple Singers
Mint Car – The Cure
Old Habits Die Hard – Mick Jagger
Power of Love – Huey Lewis
Setting Forth – Eddie Vedder
Substitute – The Who
Sheryl Crow – Mother’s Nature Son
Sail On, Sailor – The Beach Boys
Good Times – INXS
Glen Hansard and Marketa Irglova – Falling Slowly
You’ve Really Got a Hold on Me – Me’Shell Ndegeocello
One of Us – Joan Osborne
99 Luftballons – Nena
Shame Shame Shame – Steve Zahn And Friends
Ramblin’ Man – The Allman Brothers
Be Yourself – Graham Nash
Superman e Batman – Inimigos Públicos surgiu como adaptação homônima da história escrita por Jeph Loeb e desenhada por Ed McGuinness, publicada por aqui pela Panini na já extinta revista Superman & Batman. Agora verdade seja dita, por que adaptar uma história tão ruim?
Na trama sabemos um pouco da eleição de Lex Luthor como presidente dos EUA e que após sofrer uma série de problemas econômicos e sociais durante sua candidatura, Luthor usa como pretexto a vinda de um asteroide de Kriptonita para voltar a opinião pública a seu favor. Aproveitando a deixa, Luthor ainda coloca o Superman em seus planos, dizendo que este asteróide estaria alterando a mente do personagem (parabéns Jeph Loeb), tornando-o um perigo para humanidade. Com isso, todos se voltam contra o Super e só resta então contar com o Batman para ajudá-lo.
Ok, com uma trama dessas não precisamos de muito mais. O roteiro de Stan Berkowitz consegue ser muito mais dinâmico e divertido que a hq, contudo, a trama continua sendo boba, mesmo tendo alterado elementos que não ajudavam em nada na obra original, a história não passa de uma grande desculpa para colocar heróis e vilões brigando entre si.
A qualidade da animação segue os padrões das demais, o traço de McGinness foi emulado nesta adaptação, o que pra mim é um ponto negativo, já que não gosto do seu trabalho, mas não deixa de ser interessante a DC sempre adaptar os traços das obras originais em suas animações. As dublagens continuam ótimas, trazendo as vozes dos personagens das séries animadas do Batman e Superman feitas para tv.
Inimigos Públicos vale a pena para quem quer assistir uma animação despretensiosa, onde o ponto forte são apenas as lutas entre os personagens, já que o restante deixa muito a desejar.
Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), André Kirano (@kiranomutsu), Jackson (@jacksgood), Jean D’angelo (@jeandangelo), Carlos Tourinho (@touroman), Levi Pedroso (@levipedroso) e Brunno Elias (@brunnoelias) se reúnem para comentar sobre todos os filmes que a SEGUNDA maior editora de quadrinhos do mundo já colocou nos cinemas. Conheça todas as galhofas que chegaram ao grande público e as atuais grandes produções que viraram sucesso mundial.
PS: Pedimos desculpas pela qualidade do áudio. Fizemos o possível para melhorá-lo, mas ainda assim ficou aquém do esperado.
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Chegando sem muito alarde, Monstros (Monsters) tem tudo para se tornar um filme cult de gênero, seja por seu baixo orçamento, as questões levantadas durante o longa e até mesmo pelo clima despretensioso, o que o torna mais crível para o espectador, diferente dos seus irmãos ricos de Hollywood.
Monstros traz uma trama bastante batida, um misto de Distrito 9 e Cloverfield, porém, com o decorrer do filme ele acaba funcionando muito mais como um filme pós-apocalíptico. Tendo como plano de fundo nosso mundo, onde humanos e alienígenas convivem de forma nada amigável. Já se passaram 20 anos desde a chegada desses seres e até o momento não conseguimos exterminá-los.
A principal zona de infecção fica entre os Estados Unidos e o México e ao se ver sem alternativa, as duas nações criam uma campo de controle na fronteira entre os dois. Obviamente, os Estados Unidos dão um jeito de conseguir conter esses seres, criando um muro de contensão, tornando o México a área mais afetada. No meio desse cenário temos um jornalista responsável por cobrir o que está ocorrendo no México, mas seus objetivos são mudados quando seu chefe o obriga a levar sua filha de volta para os EUA, já que ela acaba se ferindo durante um ataque enquanto estava no México.
O diretor estreante Gareth Edwards faz uma mescla de documentário, trazendo o olhar crítico e político sob as questões levantadas, a adaptação do povo mexicano aos ataques, o descaso do governo americano em ajudar seus vizinhos, a crítica está em metáforas sobre os preconceitos vividos pelos imigrantes em território americano e toda a xenofobia por parte deles. Tudo isso seria ótimo se já não tivesse sido apresentado em Distrito 9.
Apesar do orçamento pequeno, apenas 500 mil dólares, o diretor utilizou muito bem. A estética do filme nos faz acreditar que tudo aquilo seria possível. Os efeitos especiais em nenhum momento soam artificiais. Os protagonistas são carismáticos, mas o romance entre eles força um pouco a barra, nada que atrapalhe ou prejudique a trama.
Monstros está longe de ser um grande filme ou que ficará marcado em alguém, mas diverte, traz críticas interessantes e mostra que é possível fazer um filme de catástrofe/ficção científica com um orçamento pequenininho. Uma pena o roteiro ser didático demais.