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  • Resenha | Dylan Dog: O Marca Vermelha

    Resenha | Dylan Dog: O Marca Vermelha

    No segundo volume do Investigador do Pesadelo, a história escolhida pela Mythos Editora foi O Marca Vermelha. Publicada originalmente em janeiro de 1991, no número 52 da série italiana, a história conta com roteiros de Tiziano Sclavi e ilustrações de Gianluigi Coppola e conta com uma certa inspiração dos assassinatos cometidos por Jack, O Estripador na Londres do século XIX.

    Na trama, o imigrante ilegal Yuri Wolkoff é preso e condenado após matar mulheres da alta sociedade inglesa. Yuri foi encontrado próximo ao corpo de uma vítima portando uma navalha. Condenado à morte, Yuri comete suicídio na cadeia. Porém, cinco anos após sua morte, assassinatos semelhantes voltam a acontecer em Londres. Todos os detalhes encontram-se meticulosamente reproduzidos, desde a forma de matar até o W vermelho deixado desenhado próximo de cada vítima. É nesse contexto que Dylan Dog é chamado, pois inicia-se uma crença de que O Marca Vermelha voltou do túmulo para continuar a sua matança.

    O roteiro de Sclavi é carregado com uma forte crítica social. Durante a história, Dylan Dog é sempre colocado frente fortes desigualdades sociais, tais como a invisibilização dos mais pobres, a marginalização dos imigrantes, legais ou não, além da indiferença com que os mais abastados desfilam sobre esses pontos e os seus privilégios. Com relação ao desenvolvimento da história, Sclavi nos apresenta a um “whodunit”, com o Investigador do Pesadelo trabalhando bastante como um detetive mais tradicional, mas sem deixar o aspecto sobrenatural de lado. Tudo é contado de forma bem fluída, entrecortada por depoimentos de testemunhas dos crimes originais, até que se chega a um desfecho inesperado e muito interessante. A arte de Coppola ampara tudo isso muito bem, chega até ser um pouco caricata em alguns momentos, principalmente naqueles que retratam Volkoff, mas entende-se o intuito de reproduzir a forma como cada uma daquelas testemunhas via o personagem.

    O Marca Vermelha mantém o nível de qualidade iniciado com o volume anterior, Horror Paradise, e proporciona uma ótima leitura para os fãs antigos e para os recém-iniciados no universo de Dylan Dog.

    Compre: Dylan Dog – O Marca Vermelha.

  • Agenda Cultural 68 | Pós-Horror, Dylan Dog e Alienígenas em Filmes Horríveis

    Agenda Cultural 68 | Pós-Horror, Dylan Dog e Alienígenas em Filmes Horríveis

    Bem-vindos a bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira) e Filipe Pereira (@filipereiral) retornam, após um breve hiato, para comentar um pouco sobre alguns blockbusters, filmes nacionais e o Festival de Cinema do Rio de Janeiro; a nova edição de Verões Felizes, publicado pela SESI-SP; além de vários fumetti da Sergio Bonelli Editore, publicados no Brasil pela Mythos Editora.

    Duração: 103 min.
    Edição: Julio Assano Junior
    Trilha Sonora: Flávio Vieira e Julio Assano Junior
    Arte do Banner: 
    Bruno Gaspar

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    Crítica As Boas Maneiras
    Crítica Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas
    Crítica Missão: Impossível – Efeito Fallout
    Crítica O Predador
    Crítica Venom

    Festival do Rio 2018 – Balanço – Parte 1 | Parte 2 | Parte 3

    Quadrinhos

    Verões Felizes – Volume 3: Senhorita Estérel (compre aqui)
    Coleção Mythos | Dylan Dog (compre aqui), Martin Mystère (compre aqui), Nick Raider (compre aqui) e Nathan Never (compre aqui)

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  • Resenha | Dylan Dog: Horror Paradise

    Resenha | Dylan Dog: Horror Paradise

    Em 1986, o jornalista e escritor Tiziano Sclavi e o ilustrador Claudio Villa criaram Dylan Dog, o Investigador do Pesadelo. A ascensão foi meteórica e o personagem inspirado nas feições do ator britânico Rupert Everett se tornou um dos mais populares dos quadrinhos italianos. Ao longo dos tempos, o personagem teve suas histórias publicadas em várias editoras no Brasil e após um hiato, está de volta sendo impresso pela Editora Mythos.

    Na história Horror Paradise, originalmente publicada em Dylan Dog n. 48, de setembro de 1990, o Investigador do Pesadelo se vê obrigado a enfrentar os grandes monstros do Cinema após acordar sem memória em uma estranha espaçonave. Ao longo de flashbacks, vamos descobrindo que o ponto de partida pra que Dylan fosse parar ali se deu quando ele começou a investigar um bizarro caso onde diretores de cinema apareceram mortos tal e qual as vítimas dos filmes que dirigiram e as únicas pistas encontradas por Dog foram fitas VHS de películas que jamais foram filmadas.

    Os roteiristas Michele Medda, Antonio Serra e Bepi Vigna criam uma divertida história lotada de referências cinematográficas, utilizando-se de trocadilhos e corruptelas com nomes de grandes cineastas, até paródias de personagens de filmes como Hellraiser: O Renascido do Inferno, Alien: O Oitavo Passageiro, Procura-se Susan Desesperadamente e inúmeros outros.

    Auxiliado pelos ótimos desenhos de Claudio Castellini, a história não é somente um emaranhado de referências. O trio de roteiristas cria uma trama de mistério que envolve o leitor, com um tom que emula tanto o seriado Supernatural (ainda que tenha sido concebida bem antes da criação da série) quanto o clássico Scooby-Doo, com o mistério se revelando ao mesmo tempo pro Detetive e pro leitor.

    A única ressalva fica por conta da nada atraente capa, que ainda que mostre algumas das criaturas do cinema que desfilam na história, acaba por preterir o protagonista, mas para o reinício das publicações do personagem aqui no Brasil, a Editora Mythos acertou em cheio com uma ótima história para resgatar os antigos leitores e cativar novos.

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  • Resenha | Dylan Dog: O Despertar dos Mortos-Vivos

    Resenha | Dylan Dog: O Despertar dos Mortos-Vivos

    Sclavi e Stano introduzem o universo do personagem da Bonelli sem muitos circunlóquios, a ação é intensa e abusa de clichês de exploitation, como nudez gratuita e referências ao cinema americano de zumbis, mas especificamente A Noite dos Mortos Vivos de George A. Romero. Não poderia ser melhor representado o método de detecção do auto-intitulado Investigador do Pesadelo Dylan Dog, seu método inclui o confronto direto e sem embromação.

    A ausência de cores ajuda a aumentar a aura de filme de terror presente na história, que fica ainda mais interessante graças ao carisma dos personagens, tanto o protagonista quanto o seu Sancho Pança particular. As semelhanças com outros análogos da cultura pop é facilmente notada, a predileção pela flauta de Dylan Dog é semelhante ao Stradivarius de Sherlock Holmes, assim como toda a viagem de infecção por mortos-vivos lembra muito a abordagem escolhida pelo realizador Lucio Fulci na continuação não oficial de Despertar dos Mortos, a forma como o morto andante ataca a moça lembra absurdamente Zombie.

    Quando analisada a causa do despertar dos mortos, é possível verificar uma amálgama de referências, desde o Doutor Wesker de Re-Animator, e até prenunciava coisas vindouras, como a franquia Resident Evil e o remake de Zack Snyder, Madrugada dos Mortos. A verborragia presente nos diálogos rapidamente insere o leitor dentro do universo particular do detetive, deixando tudo mais curioso, indo muito além do simples cenário regado a fantasia de monstros de horror movies.

    A fleuma britânica do personagem título faz uma mistura interessante com a psicodelia de suas desventuras, além é claro do seu envolvimento com ciências ocultas, o que gera na equação um fino equilíbrio. A escolha por abordar os mitos ligados ao Vodu haitiano, como uma incessante busca pelo elixir da imortalidade é interessante, principalmente por explorar a situação de uma figura espiritual canônica como é o caso do vilão Doutor Xabaras, mas que se prova repleta de buracos e incongruências, mostrando-se uma tentativa falha de vencer a morte ao transformar os ressuscitados em criaturas acéfalas. Isto seria a parte primária do experimento e segundo a ideia do doutor, serviria como desrepressão ao instinto canibal do homem, o que não é um conceito de todo infundado à luz do pensamento freudiano.

    As últimas 30 páginas reservam uma correria desenfreada, onde o trio de heróis tenta fugir de uma horda de mortos-vivos. A violência do lápis de Stano é pródiga e implacável, explícita como um bom filme do gênero e o suspense do roteiro causa uma enorme sensação de aflição no leitor. A astúcia de Dylan Dog é posta a prova e ele se mostra um sagaz planejador, com toda a ironia e sarcasmo frequentes na publicação da Bonelli. O Despertar dos Mortos-Vivos é uma ótima introdução às histórias do Investigador do Pesadelo, é balanceada entre ação, suspense e terror, e livre de grandes pretensões quanto a mensagem, é simples, direta ao ponto e honesta em sua proposta, que é entreter o fã do gênero de Terror.

  • Agenda Cultural 30 | Os Mastodontes na Terra da Árvore Melancólica Esmeralda

    Agenda Cultural 30 | Os Mastodontes na Terra da Árvore Melancólica Esmeralda

    Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc), Jackson (@jacksgood), o chapa branca Carlos Tourinho (@touroman) e Mario Abbade (@fanaticc) embalam seu retorno definitivo, para a alegria de uns e desgosto de tantos outros. Longo e enfadonho, ou divertido e dinâmico. Superficial, filosófico, artístico, nostálgico ou previsível. A verdade é que a Agenda Cultural está de volta com toda a sua miríade de temas e discussões. Temas que fazem jus à própria história do nosso singelo podcast…confira!

    Duração: 126 mins
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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