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  • Review | Arrow – 7ª Temporada

    Review | Arrow – 7ª Temporada

    Após uma ótima sexta temporada, o seriado do Arqueiro Verde tinha a dura missão de, ao mínimo, manter a qualidade de sua temporada anterior, o que era bem difícil. Se a sexta temporada do arqueiro esmeralda foi ovacionada pela ousadia apresentada, o sétimo ano continuou ousando ainda mais, mas sem aquele resultado totalmente satisfatório.

    Lembrando um pouco da temporada anterior, tivemos a equipe de Oliver Queen/Arqueiro Verde (Stephen Amell) quebrada ao meio, com o herói voltando à carreira solo ao lado de Felicity Smoak/Observadora (Emily Bett-Rickards), enquanto John Diggle/Espartano (David Ramsey) aceita um cargo na A.R.G.U.S, e o restante dos companheiros da equipe, Curtis Holt/Sr. Incrível (Echo Kellum), Dinah Drake/Canário Negro (Juliana Harkavy) e Rene Ramirez/Cão Raivoso (Rick Gonzalez), passaram a atuar juntos em um novo bunker. Após Ollie ser desmascarado, o herói faz um acordo com o FBI e acaba sendo preso ao final da temporada em troca da liberdade de seus ex-colegas. Para piorar a situação, o pior vilão que a série já teve, o Dragão, Ricardo Diaz (Kirk Acevedo), conseguiu escapar, deixando a expectativa alta para a sétima temporada.

    Como dito, a sétima temporada continuou ousando e fez uma manobra arriscada: além do elenco principal, tivemos então a escalação de um segundo elenco, responsável por outra linha temporal bastante conhecida na série. Porém, com o final dos já costumeiros flashbacks que, vale lembrar, foram extintos na temporada passada, agora temos flashforwards, que mostram um futuro nada animador para os personagens. Então, além da trama principal da linha do presente, tivemos outra trama de suma importância com esses flashfowards do futuro, além das já tradicionais subtramas.

    Com Oliver Queen na prisão e com a lei anti vigilante em vigor, Curtis passa a trabalhar no serviço de inteligência da A.R.G.U.S junto com Diggle; Dinah é promovida capitã de polícia de Star City e Rene, que já teve um passado obscuro, continua burlando a lei por livre e espontânea vontade, atuando como o Cão Raivoso. Já Laurel Lance (Katie Cassidy) segue como promotora em Star City. Enquanto isso, Felicity e William (Jack Moore) tentam viver uma vida normal, mas não tão normal assim, já que a Observadora desenvolveu uma obsessão por segurança. Ou seja, tramas paralelas demais para toda a equipe de produção tomar conta e ainda nem falamos a respeito das tramas principais.

    Podemos começar com a trama do futuro, onde um William já adulto, vivido por Ben Lewis consegue chegar em Lian Yu, em busca de uma pista. Lá encontra um velho Roy Harper/Arsenal vivendo em exílio com o ator Colton Haynes retornando ao papel depois de anos. A pista sugere que havia sido deixada por Felicity, que foi supostamente assassinada. Roy e William partem diretamente para uma Star City completamente acabada, suja e corrupta e lá passam a investigar o suposto sumiço de Felicity juntamente com as Canários Dinah Drake e Zoe Ramirez (Andrea Sixtos), a filha de Rene, que até então, era uma criança. Quanto a Rene, ele é o atual prefeito do antigo bairro Glades que agora está separado de Star City por enormes muros de contenção. Aqui cabe uma crítica: o canal CW envelhece muito mal seus personagens e tudo soa muito brega quando os vemos em tela. Logo eles descobrem um plano diabólico para Star City ser tirada de vez do mapa e a investigação os coloca com outros dois novos personagens: um deles nem é tão novo assim. Trata-se de Connor Hawke, o filho adotivo de John Diggle, vivido por Joseph David-Jones. Connor já apareceu no Arrowverse sendo o Arqueiro Verde do futuro no pastelão Legends of Tomorrow e a outra personagem é de suma importância para a história do seriado: Mia Smoak, a filha de Oliver e Felicity, vivida por Katherine McNamara. Assim, juntos, todos eles tem a missão de interromper a destruição da cidade.

    Já no presente, o melhor da temporada, sem dúvida foi o tempo que Oliver Queen ficou na prisão. Muito antes do UCDC – Universo Cinemático DC surgir, tinha-se a ideia de um filme solo do Arqueiro Verde, onde a premissa seria colocar Oliver dentro da mesma prisão onde estariam diversos vilões que o herói ajudou a prender. Certamente, com o projeto cancelado, essa ideia pôde ser aproveitada na série, com Oliver tendo que lidar com carcereiros que o odeiam além dos vilões Tigre de Bronze, Brick e Derek Sampson, com os atores Michael Jay-White, Vinnie Jones e o lutador Cody Runnels retornando aos seus papéis.

    Mas com o anúncio do cancelamento do seriado, Oliver Queen não poderia passar sua última temporada completa dentro da prisão, então, logo ao sair, temos o mega crossover do canal, que desta vez traz o episódio Elseworlds, uma espécie de prelúdio para a Crise Nas Infinitas Terras. Saiba tudo sobre o episódio aqui.

    Ao retornar, Oliver precisa lidar com uma misteriosa personagem, Emiko (Sea Shimooka) que, na verdade, é um fechamento de um ciclo para a série, que explica diversos acontecimentos ao longo destes sete anos e principalmente o porquê de Oliver ter sofrido o naufrágio do iate junto de seu pai, Robert, logo no primeiro episódio da série. Obviamente, as ações de Emiko acabam colocando a equipe de certa forma junta novamente, ainda mais por causa da revogação da lei, que permite que os heróis voltem a atuar, desta vez com suas identidades expostas. Contudo, a dinâmica imposta parece não funcionar muito e as coisas se tornam cada vez mais desinteressantes, à medida que os episódios passam e o desfecho até chega a ser interessante, mas nem tanto. De qualquer forma, naquela altura, o elenco já sabia do cancelamento do seriado e as cenas ali começam a ter uma pegada mais emocional, principalmente por parte de Stephen Amell que não esconde as lágrimas em cena.

    Infelizmente, Arrow já fez a sua curva para a reta final. A série deve terminar em seu oitavo episódio, que será um dos capítulos do crossover Crise Nas Infinitas Terras. Os fãs esperam que o Arqueiro Verde tenha um final tão grandioso quanto o próprio personagem em si.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Review | Arrow – 6ª Temporada

    Review | Arrow – 6ª Temporada

    Desde sua criação e por toda a sua história, Arrow tem sido um seriado cheio de altos e baixos (mais baixos do que altos), o que é normal para uma série que está no ar há mais de cinco anos. Tivemos uma boa temporada de estreia, uma excelente segunda temporada, seguida de uma terceira temporada terrível e uma quarta e quinta temporada bem razoáveis, mas que trouxeram um pouco mais de respiro para o seriado.

    Se no desfecho da temporada anterior tivemos uma espécie de cliffhanger, o sexto ano do arqueiro esmeralda mostraria logo de cara o que de fato aconteceu com praticamente todos os integrantes do elenco, cujos personagens estavam na ilha de Lian Yu, após o vilão Prometheus explodi-la em quase sua totalidade. Logo nos primeiros episódios, tivemos flashbacks que responderam algumas das perguntas deixadas, mas a maioria delas foram sendo respondidas ao longo da temporada. Isso ajudou a responder também como seriam os flashbacks tão recorrentes na série, uma vez que, nas cinco primeiras temporadas, podemos acompanhar toda a jornada de cinco anos para que Oliver Queen pudesse se tornar o Arqueiro Verde. Porém, para a nossa surpresa, as vezes em que visitamos o passado, foram tão somente para responder às perguntas deixadas em Lian Yu, extinguindo assim, os já mencionados flashbacks. Uma decisão ousada, mas acertada em cheio, uma vez que Arrow entregou a mais audaciosa temporada de sua história.

    Oliver Queen (Stephen Amell), ainda prefeito de Star City, agora tem a custódia de seu filho, William (Jack Moore), que odeia o pai com todas as forças e para criar um laço entre os dois, o arqueiro decide se aposentar, deixando seu manto para seu braço direito, John Diggle (David Ramsey). Ocorre que Diggle sofreu uma grave lesão no nervo de sua mão enquanto estava em Lian Yu, que o está impedindo de usar armas com a habilidade que lhe era peculiar, colocando em risco mais de uma vez os heróis Cão Raivoso/Rene Ramirez (Rick Gonzalez),Sr. Incrível/Curtis Holt (Echo Kellum) e a Canário Negro/Dinah Drake (Juliana Harkavy), seus colegas de equipe, sob os olhos de Felicity Smoak, a Observadora (Emily Bett-Rickards).

    A temporada teve como premissa a aparição do cyber-terrorista Cayden James, vivido pelo ótimo Michael Emerson, mais conhecido por ter interpretado Benjamin Linus, em Lost. James logo no primeiro episódio expõe a identidade de Oliver Queen para o mundo todo, o que faz com que a arrogante e linha dura agente do FBI, Samanda Watson (Sydelle Noel) fique na cola do team Arrow, querendo prender todos. Vale destacar que o vilão é assessorado por um time de capangas liderados pela Sereia Negra, a Laurel Lance da Terra 2, que veio de Flash e novamente interpretada por Katie Cassidy e pelo impetuoso e cruel Ricardo Diaz, vivido brilhantemente por Kirk Acevedo e também por um velho amigo de Oliver, o russo Anatoly Kniazev (David Nykl).

    Pelo fato de Oliver Queen ter se aposentado como Arqueiro Verde, dificilmente o vemos em tela usando o uniforme, porém vemos bastante o personagem lidando com os problemas burocráticos de sua cidade, juntamente com o vice-prefeito, o ex-capitão Quentin Lance (Paul Blackthorne) e o assessor de Queen, Rene Ramirez, principalmente por conta da exposição causada por Cayden James.

    Porém, não demora muito para a temporada ter uma reviravolta, fazendo com que Ricardo Diaz se torne o melhor vilão da história do seriado (ganhando um episódio inteiro para si), se tornando também o melhor personagem em anos, tirando inclusive o protagonista do topo. Claro que os méritos também são de Kirk Acevedo que dá show. Logo no início desse texto, lhes foi dito que esta tinha sido a temporada mais audaciosa de Arrow. E vamos explicar o motivo.

    O modus operandi de Diaz fez com que a equipe do Arqueiro Verde fosse esmigalhada. A já cansativa história de que os métodos de liderança e de ação de Oliver são questionáveis, mais uma vez deu as caras por aqui. Só que dessa vez funcionou muito bem, a ponto de até John Diggle abandonar Oliver e virar um agente da A.R.G.U.S., após Cão Raivoso, Sr. Incrível e Canário Negro montarem a própria equipe, deixando o arqueiro sozinho, como no começo de sua história. Isso causou uma dinâmica interessantíssima para o decorrer do seriado. Embora os vigilantes tivessem o mesmo objetivo (capturar Ricardo Diaz), agora tínhamos três fronts praticamente rivais e que algumas vezes se enfrentaram, inclusive.

    Se tem uma das coisas que os fãs não podem reclamar é da ação. As cenas de luta (tão boas nas duas primeiras temporadas) deram às caras novamente e, sem dúvida, essa foi também a temporada mais violenta de Arrow, onde briga, tiros, flechadas, fraturas e muito sangue não foram poupados no orçamento. Vale destacar que parte da violência foi de autoria de Ricardo Diaz, cujos métodos causam arrepios até na Sereia Negra que aliás, falando na versão demoníaca da Canário Negro, passou a estreitar laços com Quentin Lance, uma vez que o Quentin desta Terra já não tinha mais sua filha Laurel e a Laurel da Terra 2 (a Sereia Negra) já não tinha mais seu pai. Isso foi bastante legal de se ver.

    Como já é costume, logo na primeira metade da temporada tivemos o episódio Crise na Terra X, que fez parte do já tradicional mega crossover da do canal CW, que juntou, novamente, o elenco  de FlashSupergirlArrow e Legends of Tomorrow. Confira todos os detalhes desse encontro clicando aqui.

    Assim como na temporada passada, tivemos menos ainda aqueles episódios conhecidos como fillers, ou monstros da semana, que não costumam ter nenhuma relevância com o enredo principal, mas ainda assim pudemos destacar dois episódios onde tivemos o retorno de Manu Bennett como Slade Wilson/Exterminador em busca de seu filho. Apesar dos produtores não terem mais planos para com o personagem (por causa do Universo Cinemático DC – UCDC), é sempre bom ver Bennett e Amell juntos em cena, independente de qual lado Slade Wilson está.

    A reta final da temporada foi de tirar o fôlego e pela primeira vez podemos dizer que apesar das tradicionais mortes que costumamos ver em diversos seriados, Oliver Queen e os demais heróis não saíram vitoriosos e isso trouxe diversas consequências para os personagens que terão suas vidas mudadas para sempre. Não houve final feliz e ainda perdemos um querido personagem.

    O saldo da sexta temporada do arqueiro esmeralda é mais que positivo. A produção entregou, como dito anteriormente, sua temporada mais audaciosa e me arrisco a dizer que talvez seja a melhor temporada do seriado. O sétimo capítulo será aguardado com muita ansiedade.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

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  • Review | Arrow – 5ª Temporada

    Review | Arrow – 5ª Temporada

    Após uma boa temporada de estreia (Arrow – 1ª Temporada), uma ótima segunda temporada, seguida por um dos maiores fiascos da história do Canal CW, a quarta temporada de Arrow precisou provar que a série ainda merecia seu lugar no canal para manter o já estabelecido arrowverse. Com muita dificuldade, a temporada que começou fraquíssima se reergueu firmando a série, livrando-a de um possível cancelamento. Parte disso se deu por algumas cobranças da estrela da série, o ator e intérprete de Oliver Queen/Arqueiro Verde, Stephen Amell, que tem uma ligação direta com os fãs. A cobrança de Amell deu resultado e Arrow ganhou um bom respiro em sua quinta temporada, se tornando a melhor temporada desde a segunda aventura do Arqueiro Verde nas telas da TV.

    Após a morte de Laurel Lance/Canário (Katie Cassidy) e após Thea/Speedy (Willa Holland) e John Diggle/Espartano (David Ramsey) aposentarem seus uniformes (mas ainda sendo personagens principais), o Arqueiro Verde busca recrutar novos heróis para dar continuidade ao legado de Lance e é assim que passa a trabalhar com Rene Ramirez, o Cão Raivoso (Rick Gonzalez), que há tempos vinha sendo um vigilante em Star City, Evelyn Sharp, a Artemis (Madison McLaughlin) e um velho conhecido dos fãs e da série, o cientista Curtis Holt, que assume o nome de Sr. Incrível (Echo Kellum), que junto de Felicity Smoak (Emily Bett Rickards), agora estabilizada como a Observadora, divide o núcleo cômico da série. Enquanto Oliver Queen não veste o capuz do Arqueiro Verde, ele é o prefeito da cidade, sendo o ex-capitão de polícia, Quentin Lance (Paul Blackthorne) seu vice prefeito, enquanto Thea vira sua assessora e Diggle retoma à sua função original de segurança de Oliver. Junta também ao elenco o novo e ótimo promotor da cidade, Adrian Chase (Josh Segarra), que na primeira metade da temporada parecia mais ser um Christian Bale genérico do que qualquer coisa, mas que depois, se mostrou um ótimo personagem, inclusive quando se tratava de entraves políticos/jurídicos que foram constantes nessa temporada.

    A quinta temporada de Arrow teve como premissa aparição do perigoso e violento Tobias Church, vivido por Chad L. Coleman, o Tyrese de The Walking Dead e logo de início, o team Arrow passa a ter sérios problemas com Church, principalmente porque a equipe é completamente desengonçada e não sabe trabalhar unida, o que acaba trazendo sérios problemas a Oliver, que passa a ter um temperamento extremamente explosivo, inclusive, dando surras severas nos membros do time durante os treinamentos. Logo sabemos que Church é apenas uma pequena peça de um quebra cabeça muito maior, cuja peça principal é o vilão Prometheus, um rival que possui habilidades idênticas ou até melhores que o próprio Arqueiro Verde e a caçada ao vilão foi um dos pontos altos dessa temporada. O problema ficou por conta da revelação de sua identidade, já que mais uma vez os produtores resolveram esconder a informação, assim como fizeram sobre a revelação de quem havia morrido na temporada passada, contudo, as coisas ficaram melhores após o vilão parar de usar uma máscara. Acontece que, mesmo após usarem um artifício chato, desta vez houve um motivo plausível.

    Algo que surpreendeu nessa temporada foi o enredo dos tradicionais flashbacks da série, que mostram a jornada de Oliver Queen desde que se tornou um náufrago até seu retorno para a casa, cinco anos depois. Como esta foi a quinta temporada, os flashbacks convergiram com os acontecimentos dos primeiros episódios da série. Aqui, Oliver busca cumprir a promessa feita à Taiana na temporada anterior: matar Konstantin Kovar, vivido por Dolph Lundgren que faz um líder da máfia e do crime organizado russo e que gosta de ir para a porrada. Para combater Kovar, Oliver se alia a um velho conhecido, Anatoly Kniazev (David Nykl) e finalmente podemos ver respondidas várias perguntas sobre a estreita relação do herói com os russos e com a organização chamada Bratva, algo que já foi mostrado por diversas vezes ao longo desses cinco anos.

    Outro ponto positivo dessa temporada foi que todos os personagens secundários tiveram suas respectivas tramas paralelas, mesmo que elas não tenham contribuído com o desenrolar da trama principal, o que passa despercebido por terem sido muito bem encaixadas. Os destaques ficam para a história de Rene, que teve um episódio próprio e o porquê dele ter se tornado o Cão Raivoso e sua estrita relação quase paterna dele com Quentin Lance, haja vista que, quem acompanha o seriado sabe que, assim como Rene, Lance viveu um inferno em sua vida. Também teve destaque a história da ex-policial Dinah Drake (Juliana Harkavy), que foi afetada pela explosão do colisor de partículas de Harrison Wells na primeira temporada de Flash, enquanto fazia uma investigação com seu parceiro que faleceu no acidente. Dinah é a primeira meta humana a integrar o elenco de Arrow, se não considerarmos as várias participações dos personagens de Flash já feitas até então. Os poderes de Drake são exatamente os mesmos da vilã Sereia Negra, a Laurel Lance (também, Katie Cassidy) da Terra 2 e que também passou a integrar o elenco na temporada. Por enquanto só fica a pergunta: teria Dinah Drake alguma relação de parentesco com Tim Drake?

    Como já é costume, logo no início da temporada tivemos o episódio que adaptou a saga Invasão, da DC Comics, que fez parte do já tradicional mega crossover da CW, que juntou, desta vez, o elenco de Flash, Supergirl, Arrow e Legends of Tomorrow. Confira todos os detalhes desse encontro clicando aqui.

    Assim, como na terceira temporada de Flash, houve uma diminuição considerável dos episódios chamados de monstros da semana, que foram incluídos dentro da história principal, fazendo com que o episódio seguinte sempre complementasse o anterior, seguindo assim, praticamente, do início ao fim da temporada. Mas apesar de toda a trama envolvendo Prometheus, os jogos políticos que Oliver precisou enfrentar na prefeitura, as tramas paralelas de todos os personagens que integraram o elenco, ainda sobrou espaço para que os produtores colocassem um novo e sanguinário vigilante diversas vezes em cena, muitas vezes combatendo os heróis que são totalmente contra à maneira de agir do cara. A propósito, sua identidade ainda permanece um mistério.

    Com essa quinta temporada, Arrow conseguiu o respiro que precisava, se firmando, novamente, como a principal série de seu universo dentro da CW e se firmando de vez como uma série auto suficiente, sendo que sua sexta temporada parece ser muito promissora e provavelmente manterá o mesmo nível da temporada que passou. É muito provável que seja renovada para uma sétima temporada e por que não, uma oitava.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Review | Arrow – 3ª Temporada

    Review | Arrow – 3ª Temporada

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    A terceira temporada de Arrow foi alvejada por tiros de metralhadora por dois motivos, sendo um interno, o mais importante, e outro externo. O primeiro motivo foi que os próprios produtores e roteiristas, por conta da hype causada pela segunda temporada, decidiram aumentar ainda mais o chamado fan service. Embora seja ótimo se deparar com diversas referências e homenagens ao Arqueiro Verde e aos demais heróis e vilões da DC Comics, a produção não convenceu os admiradores da série, que receberam uma temporada interessante de início, mas que perdeu o fôlego antes mesmo de chegar à sua metade por conta de uma história fraca. A sorte é que no decorrer dos 23 episódios podemos encontrar aqui e ali alguns bons momentos, além dos três episódios finais que, ao menos, conseguiram livrar a temporada do fracasso. O segundo motivo foi o seriado do Flash, que teve uma ótima estreia, o que contrastou ainda mais com a qualidade desta terceira temporada.

    O Team Arrow conta agora com a presença de Roy Harper como Arsenal (Colton Haynes), devidamente caracterizado e mais performático que o Arqueiro, o qual ainda está longe de ganhar Verde em seu nome. Mas, por tudo o que o Arqueiro fez à cidade ao salvar a população do ataque terrorista organizado por Slade Wilson ao final da segunda temporada, o agora capitão de polícia Quentin Lance (Paul Blackthorne) passa a apoiar o Arqueiro e sua equipe, inclusive em ações em conjunto. Por tal motivo, nomes como Capuz e Vigilante foram deixados de lado.

    Oliver Queen (Stephen Amell) está falido e ainda busca por investidores para continuar como CEO da empresa de sua família. Contudo, os conselheiros recebem um investidor, o cientista e milionário Ray Palmer (Brandom Routh), que apresenta um projeto não só para reconstruir a empresa, sob o nome Palmer Technologies, mas também para reconstruir a cidade que ganharia o tradicional e conhecido nome, Star City. Palmer é como se fosse uma versão masculina de Felicity Smoak (Emily Bett Rickards), inclusive para apimentar os triângulos amorosos que o Canal CW tanto ama. A adição de Brandom Routh ao elenco ajuda a engrandecer o seriado, porém, é quase latente o desespero do estúdio em criar seu próprio Homem de Ferro: engraçado, carismático, sarcástico e também gênio, bilionário, playboy e filantropo.

    Após o período de calmaria que mudou com a chegada de Palmer, Oliver, que já tinha perdido sua irmã, Thea (Willa Holland), que foi embora e começou a ser treinada por Malcolm Merlyn (John Barrowman), Sara Lance, a Canário (Caity Lotz) é brutalmente assassinada, o que deixa a equipe a ponto de se desfazer. Assim foi formada a premissa que perdurou pela temporada.

    Por conta dos acontecimentos acima e da ameaça, que na teoria é muito maior, o número de vilões foi bem reduzido em relação às temporadas anteriores. Aqui, a galeria contou com poucos antagonistas, sendo os mais descartáveis, Komodo (Matt Ward), num primeiro momento, principal suspeito da morte de Sara, e a bela Cupido (Amy Gumenick). São dois personagens que poderão aparecer novamente no futuro, como já ocorreu com a “apaixonada das flechas com pontas de coração”, que fez parte da nova formação do Esquadrão Suicida.

    Falando em Esquadrão Suicida, tivemos pela primeira vez na série um episódio dedicado a um vilão, que no caso foi o Pistoleiro, vivido pelo carismático Michael Rowe, que interrompe o casamento de John Diggle (David Ramsey), escalando-o junto com sua noiva, a agente da A.R.G.U.S, Lyla (Audrey Marie Anderson), para uma missão. Durante a incursão, o episódio apresenta flashbacks que mostram como Floyd Lawton se tornou o Pistoleiro. Uma maneira forçada pelo estúdio em fazer uma homenagem a um vilão querido pelos fãs da série, mas que precisava sair dos holofotes por conta do filme do Esquadrão Suicida que está em desenvolvimento e que tem Will Smith no papel do Pistoleiro.

    E se na temporada passada John Diggle tinha ganhado um episódio para si, foi a vez de conhecermos a história de Felicity. Seu episódio, diferentemente do dedicado a Diggle, cujo passado influencia o cânone, é totalmente descartável e que esteve ali apenas para preencher uma lacuna, com um tradicional “monstro da semana”.

    Laurel Lance (Katie Cassidy) poderia muito bem ter sua história melhor aproveitada, como na temporada passada, quando enfrentou sérios problemas com o alcoolismo. A motivação em querer substituir sua irmã morta é justa, mas mal trabalhada. Em seus primeiros dias como Canário Negro, ela toma uma surra de um bandido qualquer, tal como Kick-Ass, e nesse decorrer as cenas em que aparece em ação chegam a ser constrangedoras. Uma heroína toda torta e sem habilidade nenhuma, digna de Os Trapalhões. Isso muda com a boa participação de Ted Grant, o Pantera (J.R. Ramirez), que começa a treinar Laurel.

    O arco do Pantera é curto, mas bem interessante, uma vez que ele foi o primeiro justiceiro da cidade, quando Oliver Queen ainda era um playboy festeiro. Se Oliver não gosta de Ted pelo fato dele treinar Laurel, o Arqueiro não gosta dele, pois ele está sendo investigado por um assassinato ocorrido em uma academia, o que coloca os dois em confronto, numa luta sensacional, com um momento mais sensacional ainda, quando o Arqueiro nocauteia o Pantera com uma flecha cravada numa luva de boxe. Sem dúvida, um momento clássico.

    E é nesta fase que acontece um dos grandes momentos da série, quando o vilão Brick, muito bem interpretado por Vinnie Jones, entra em cena e tenta tomar para si o Glades, um dos principais bairros de Starling. O brutamonte se aproveita que o Arqueiro está desaparecido e passa a liderar todos os bandidos presos por Oliver que foram soltos ante o seu não comparecimento às sessões para depoimento no tribunal. Assim, as prisões feitas pela polícia perderam toda sua eficácia. O momento lembra muito o final da temporada passada quando o Team Arrow passa a ter o auxílio da população, desta vez liderada pelo Pantera, que enfrenta Brick de igual pra igual.

    Sem dúvida, o pior momento de Arrow e que perdurou por toda a terceira temporada foi o arco principal de Ra’s Al Ghul. O ator Matt Nable está isento de qualquer responsabilidade. Ra´s já havia sido mencionado na segunda temporada e desta vez deu as caras buscando o assassino de Sara Lance, dando 48 horas para que Oliver Queen (que não mata mais) entregasse aquele que tirou a vida de Sara. Até mesmo o primeiro embate entre Oliver e Ra´s, ainda que tenha sido uma ótima luta, que culminou com a derrota de Queen, não causou emoção e isso não só refletiu nos aliados do Arqueiro desaparecido, mas refletiu no quanto a performance do elenco foi ruim. Foi difícil aguentar as caras de tristeza promovidas por Emily Bett Rickards, Colton Haynes, Katie Cassidy e David Ramsey.

    Oliver está vivo e, segundo a lenda, aquele que sobrevivesse à espada de um Ra´s Al Ghul deveria ser treinado para ser o próximo Ra´s. Por conta disso, Oliver acaba sendo coagido a aceitar a oferta que poderia custar a vida de sua irmã e de seus amigos, e para tanto, arquiteta um plano secreto que o deixa insuportável para os outros personagens e para o telespectador. Amores foram desfeitos, amizades foram rompidas e inimigos viraram aliados. Mas nada ali convence. Nem o Poço de Lázaro e o renascimento de Thea Queen, que mais tarde se transforma na heroína Speedy. Até mesmo o aparecimento do Flash, que com o perdão do trocadilho, foi rápido demais, soou razo.

    Porém, pela primeira vez os flashbacks do passado de Queen (muito melhores aqui do que nas duas primeiras temporadas) convergiram com os dias atuais, algo que influenciou diretamente em parte dos acontecimentos que culminaram nos três últimos episódios. Sendo resgatado da ilha em Lian Yu por Amanda Waller (Cynthia Addai-Robinson), Oliver passa a ser treinado pelo agente da A.R.G.U.S., Maseo Yamashiro (Karl Yune) que, a contragosto, precisa ensinar Oliver a interrogar prisioneiros, nem que tenha que torturá-los para obter informações. Waller precisa, a todo custo, encontrar uma arma química chamada Omega, e para despistar a A.R.G.U.S. coagiu Maseo ameaçando matar sua esposa, Tatsu, que vem a se tornar a Katana (Rila Fukushima) e seu filho Akio (Brandom Nomura), atribuindo a Oliver culpa pela morte da família do japonês caso haja fracasso na missão.

    Já o melhor momento foi o crossover com Flash. O Velocista Escarlate (Grant Gustin) já havia aparecido somente como Barry Allen na temporada passada e acabou por ajudar Oliver a enfrentar o Capitão Bumerangue, que havia cometido crimes em Starling. Esse episódio em particular serviu para colocar no eixo a relação de Barry e Oliver, e que estava abalada após os dois se enfrentarem em um episódio do Flash pelo fato de Oliver ser metódico ao extremo e não concordar com o modus operandi desleixado de Barry e por Barry não concordar nem um pouco com os métodos violentos de Oliver. E, também, personagens do elenco dos dois seriados trocaram de ares por um episódio ou outro. Cisco Ramon, dos Laboratórios S.T.A.R. fez uma máscara para o Arqueiro, além de sutis upgrades em seu uniforme, e acabou também por amplificar o dispositivo sônico da Canário Negro, que agora é acoplado ao pescoço de Laurel por meio de uma gargantilha. É realmente sensacional a primeira vez que ouvimos o Grito da Canário. E por último, o Arqueiro ajuda Flash numa missão importantíssima que conta com a força da nanotecnologia desenvolvida por Ray Palmer, àquela altura já como Atom, que inclusive teve seu traje melhorado nos Laboratórios S.T.A.R.

    Infelizmente, a terceira temporada de Arrow deixou a desejar. Não adianta agradar aos fãs se o roteiro não for bom o suficiente para se sustentar por 23 episódios. E isso chega a ser latente, inclusive no desempenho dos atores, que foi muito fraco. E vale mencionar, também, duas importantes baixas no elenco, já que os atores Colton Haynes e J.R. Ramirez optaram por não renovar contrato.

    A série precisará se reerguer muito e, se algo não for feito, haverá grandes chances de vermos o seu cancelamento antes mesmo do término da quarta temporada.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.