Tag: Justin Kurzel

  • VortCast 54 | Piores Filmes de 2017

    VortCast 54 | Piores Filmes de 2017

    Bem-vindos a bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Filipe Pereira (@filipepereiral), Bernardo Mazzei, Bruno GasparCaio Amorim Rafael Moreira (@_rmc) se reúnem para comentar sobre a lista publicada no site sobre os piores filmes lançados em 2017 no Brasil.

    Duração: 110 min.
    Edição: Caio Amorim
    Trilha Sonora: Flávio Vieira
    Arte do Banner: 
    Bruno Gaspar

    Feed do Podcast

    Podcast na iTunes
    Feed Completo

    Contato

    Elogios, Críticas ou Sugestões: [email protected].
    Facebook – Página e Grupo | Twitter Instagram.

    Acessem

    Brisa de Cultura

    Piores Filmes de 2017

    Lista Completa dos Piores Filmes de 2017
    Crítica Rei Arthur: A Lenda da Espada
    Crítica Boneco de Neve
    Crítica Internet: O Filme
    Crítica Death Note
    Crítica Transformers: O Último Cavaleiro
    Crítica A Torre Negra
    Crítica Emoji: O Filme
    Crítica Alien: Covenant
    Crítica Assassin’s Creed
    Crítica A Múmia

    Menções Honrosas

    Crítica Liga da Justiça
    Crítica Mulher-Maravilha
    Crítica Bright
    Crítica Homem-Aranha: De Volta ao Lar
    Crítica A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
    Crítica O Jardim das Aflições
    Crítica Policia Federal: A Lei é Para Todos
    Crítica O Círculo

    Comentados na Edição

    VortCast 49 | Liga da Justiça
    VortCast 48 | O Que Estamos Lendo?
    VortCast 47 | Homem-Aranha e o Cinema
    VortCast 46 | Melhores Filmes de 2016
    VortCast 44 | Piores Filmes de 2016
    VortCast 30 | Steve McQueen, Diretor
    VortCast 19 | Ghost In The Shell
    Estrelas não garantem mais a venda de ingressos de filmes de Hollywood

    Avalie-nos na iTunes Store.

  • Crítica | Assassin’s Creed

    Crítica | Assassin’s Creed

    Havia uma grande expectativa em relação ao que Michael Fassbender poderia fazer a frente do papel principal de um dos games mais adorados dos últimos anos. A franquia Assassin’s Creed prometia ser uma adaptação com mais chances de dar certo do que Warcraft, Resident Evil, Max Payne e tantos outras franquias de vídeo games, uma vez que o enredo de seus jogos era rico, cheio de detalhes e nuances que poderiam gerar uma história próxima dessa excelência quando transportada para a sétima arte.

    Coube a Justin Kurzel, diretor de Macbeth – Ambição e Guerra a direção da adaptação. O filme baseado na obra shakespeariana não era à prova de críticas, ao contrário, tinha um sem número de defeitos, mas resgatava em si um visual arrebatador e performances dramatúrgicas muito bem engendradas tanto por Fassbender como por Marion Cotillard. Eis que o casal retorna a um filme de Kurzel, e executam papéis bastante genéricos para as ambições de uma transposição minimamente interessante do ponto de vista da fidelidade do jogo. Como no game de 2007, a introdução é curta e o personagem Aguilar / Callum Lynch (Fassbender) tem apenas uma breve explanação sobre o seu passado, tentando inclusive associar a sua infância as manobras comuns aos heróis que são a marca registrada dos jogos, mostrando o infante tentando saltar de um prédio alto em cima de uma bicicleta.

    Apesar do roteiro cansativo de Michael Lesslie, Adam Cooper e Bill Collage, a condução que Kurzel faz de seu filme tem altos e baixos. Alguns posicionamentos de câmera são muito bons, garantindo uma boa infiltração na intimidade dos personagens que normalmente não se vê em filmes de ação tão rasos quanto esses. O problema é a que a câmera peca em outros momentos cruciais, em especial nas cenas de ação, que são um ponto forte dentro dos games. Soa confusa a construção de lutas e das manobras de parkour, com uma fotografia que às vezes é obscurecida, fato que faz perder o grafismo dessas sequências.

    Toda a questão de teoria da conspiração e de espionagem é perdida através de personagens antagonistas que não possuem substância ou conteúdo. A trama que se desenrola é desinteressante, independente da linha temporal onde ela ocorre. Para quem não costuma jogar Assassin´s Creed as transições entre um período e outro soam confusas, e mesmo assim, nem mesmo esse aspecto é o mais terrível do roteiro.

    As atuações são histriônica e exageradas, os momentos que deveriam causar suspense no espectador simplesmente o entediam, até Jeremy Irons e Cotillard estão subaproveitados. Os efeitos visuais tampouco se destacam da mediocridade atual, sendo mal enquadrados dentro do filme, tendo como maior curiosidade a utilização por parte de Doutor Estranho, que se vale da estética dos games de maneira muito mais criativa que neste produto. Não será à toa qualquer fracasso de bilheteria ou de crítica, relativa a esta franquia, uma vez que o filme não é divertido, tampouco entretém ou estabelece um diálogo mais pessoal com os fãs dos jogos, o que de fato é uma pena, uma vez que havia muito potencial na produção.

  • Crítica | Macbeth: Ambição e Guerra

    Crítica | Macbeth: Ambição e Guerra

    Macbeth 5

    Adaptado de modo bastante fiel, Macbeth: Ambição e Guerra tem seus méritos em conseguir transpor em tela uma versão do clássico de William Shakespeare, ainda que seus acertos não ocorram necessariamente graças à direção de Justin Kurzel, que faz um trabalho interessante organizando todos os bons fatores do longa, deixando claro o quanto a trama de glória e sangue é importante para o imaginário popular e o quão atual ela pode ser.

    Desde o começo da pré-produção, os holofotes estavam sobre a dupla de intérpretes destacando o militar e personagem-título interpretado por Michael Fassbender, enquanto Lady Macbeth é vivida por Marion Cotillard. Tais personificações beiram a perfeição, fator que rivaliza com a bela direção de arte e fotografia utilizando tons vermelhos como as características positivas do filme. A construção deste tripé – arte, atuações e fotografia – fazem de toda a poesia e lirismo do texto teatral algo belo, visto poucas vezes em adaptações de peças.

    A violência gráfica se faz presente, mostrando influências de Kurzel indo desde a filmografia de Mel Gibson enquanto diretor – principalmente em Coração Valente, na estética, e em A Paixão de Cristo, na emoção – além de fortificar os momentos canônicos do argumento original. O sangue se mistura com a ambição, resultando em uma amálgama que emula o drama até a atualidade, ainda que todos os méritos dessa atemporalidade fujam completamente ao trabalho do realizador, uma vez que Macbeth só foi refilmado graças ao bom texto do dramaturgo.

    Macbeth 2

    No entanto, a complexidade passa longe dos esforços dos produtores. A fidelidade, que normalmente é um aspecto elogiável neste tipo de fita, soa covarde e conservadora, uma vez que, do ponto de vista da história, pouco ou nada se acrescenta. O filme é monotônico, soando repetitivo graças à reverência exagerada da parte do cineasta.

    A despeito de suas muitas qualidades positivas, a produção perde atração graças ao ritmo complicado, não tão grave quanto em alguns de seus pares recentes, tanto nos dramas épicos, como em filmes históricos semelhantes na ambientação da Idade Média. A escolha por manter intactos os diálogos é comum a outros tantos filmes shakesperianos, e poucas vezes faz tanto sentido como neste. Mesmo com tanta verve e sentimento, falta um elo sentimental entre o espectador e a obra, mesmo com a bela apresentação de Sean Harris e seu McDuff, o que é uma pena, já que o filme gerava uma expectativa enorme em seu entorno, resultando em uma obra mediana.