Tag: Leinil Yu

  • Resenha | Star Wars: Prisão Rebelde

    Resenha | Star Wars: Prisão Rebelde

    O segundo arco do ano 2 da reavista Marvel Star Wars chama-se  Prisão Rebelde começa mostrando a bela Dra. Aphra presa pelos heróis rebeldes, ela que já tinha sido introduzida no primeiro ano de Darth Vader. Ao tentar fugir ela é detida por Leia e Sana Starros (introduzida no ano um de Star Wars, como ex caso de Han Solo). É bem engraçado o modo que Han usa para ganhar dinheiro, apostando os  poucos créditos da Rebelião  em uma mesa de Sabacc, diferente da versão antiga do Universo Expandido. Solo continua um canalha aproveitador e trambiqueiro,  e isso casa demais com a versão que Harrison Ford compôs para ele como cafajeste/canalha convicto.

    Os desenhos de Leinil Yu lembram demais os traços dos atores originais, e esse sem dúvida é o aspecto mais positivo e digno de nota da HQ. Outro fator legal é a dupla Sana e Leia, duas personagens que tem uma inteiração bem fluída e natural, como uma dupla de tiras cuja tensão racial é o principal mote, alias, Han e Luke também temm uma boa inteiração, com o jovem aprendiz da Força pilotando a Milenium Falcon sob o olhar atento de Solo, com esse sendo quase como um tutor do jovem Skywalker, o carinho que o caçador que Ford faz parece ter pelo personagem de Mark Hammil é bem viva aqui.

    A questão é que a aventura é bastante episódica, o mais rico dessa história são algumas inteirações e talvez isso seja positivo. O leitor que for pegar essa série, achando encontrar algo extraordinário, não achará. Em determinado ponto, aparece um vilão chamado Eneb Ray, um vilão deformado introduzido o Anual. Isso dá a revista a sensação clara de que esta é uma série em quadrinhos, pois como nas historias comuns e mensais da Marvel e DC, os vilões voltam, com planos mais mirabolantes e com existencias ainda mais miseráveis.

    A revista Anual número 1 introduz o personagem citado como um um espião rebelde no Império, que usava o nome Tharius Demo. A história é bem genérica, mas tem alguns bons momentos, como o encontro de Eneb com o Imperador, que mesmo sentado parece um vilão poderoso e amedrontador. É uma pena que ele lembre mais o Darth Sidious de Vingança dos Sith do que com o Imperador de Retorno de Jedi. A historia tem arte de Kieron Gillen e desenhos de Angel Unzueta.

    Já o Anual 2 (que não está no encadernado mas é importante falar um pouco sobre ela) é escrita por uma mulher Kelly Thompson, é focada na Leia Organa, e dedicado a Carrie Fisher, e é feita por, desenhada por Emilio Laiso, colorizada por Rachelle Rosenberg. É engraçado como a Leia de Laslo lembra a que Terry Dodson, que desenho a mini Princesa Leia. A personagem Pash Davane é sexualizada, visualmente interessante, mas não acrescenta quase nada na história. Sua relação com a senadora rebelde poderia ser melhor desenvolvida, mas perde para a vista com Sana Starros. Nem a tensão sexual das duas funciona, até porque fica claro que não seria levada para frente por conta dos rumos amorosos da heroína com o caçador de recompensar coreliano. Essa versão em quadrinhos de Star Wars da Marvel funcionaria de fato bem melhor caso não viesse com uma mega pretensão embutida em si, mas se o fã de quadrinhos ou aficionado na obra de George Lucas vier sem grandes expectativas, certamente poderá gostar um ou outro conceito da revista.

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  • Resenha | Darth Vader: A Guerra de Shu-Torun

    Resenha | Darth Vader: A Guerra de Shu-Torun

    Depois de mais de um ano de publicações, o volume 1 das aventuras de Darth Vader tem em sua primeira aventura pós-Darth Vader: Ano Um e Queda de Vader. A Guerra de Shu Torun é um encadernado da Panini Books e compreende as edições de Darth Vader #16-20 e Annual 1, e mostra os momentos pós-Batalha de Yavin, em Uma Nova Esperança, sob o ponto de vista de Vader e os imperiais – e mal construído ou não a premissa de tentar reconstruir o Império Galático após uma grave derrota é evidentemente boa.

    No anual, a história é ligeiramente anterior aos eventos do restante da publicação, quase como um prólogo, mostra como o planeta Shu-Torun, que teve uma interferência do personagem-título antes mesmo do sith ser designado pelo Imperador para intervir militarmente lá. O lugar é rico minério e metais, portanto é um lugar estratégico para as partes da guerra na galáxia, mas toda essa complexidade é deixada de lado, para discutir o fato da Dra. Aphra estar nas mãos dos rebeldes.

    Os roteiros são de Kieron Gillen, e a arte Salvador Larroca nos números comuns (no Anual, é Leinil Yu quem desenha) e além do guerreiro meio homem meio máquina, há também Cylo e seus capangas na aventura, personagem esse responsável pelas próteses metálicas pós queimaduras em Anakin Skywalker e claro, dos possíveis substitutos dele. A leitura do encadernado é bem rápida e os desenhos de Larroca impressionam pela fluidez. Os cenários de lava dão um charme especial para a revista, tornando Shu-Torun um cenário ainda mais bonito e inspirado do que Mustaphar era em A Vingança dos Sith. Vader segue tendo que se reportar ao General Tagge.

    O problema maior aqui é que a maioria dos personagens, por mais estilosos que sejam, não causam qualquer comoção ou apreensão se estarão vivos ou nas publicações futuras. Cylo e seu exercito mesmo, poderiam ter uma grande personalidade, mas não ocorre nada realmente sensacional com eles, não há situações limite para eles ou oportunidade deles darem vazão  a qualquer momento de mínima singularidade. Em premissa eles são bem construídos, mas na prática, agem como bonecos de vilões genéricos, como meros capangas de tokusatsus, com pouco mais de presença que um boneco de massa de Power Rangers.

    Todo o arco parece só existir para justificar o reencontro do lorde sombrio com Aphra, o final mostra Mestre e Aprendiz lado a lado, Imperador e Vader conversando, onde o chefe deixa claro ao seu pupilo que ele não é insubstituível, e para todos os efeitos, Palpatine é bem mal desenhado, o que é estranho diante do trabalho que Larroca desempenhou até aqui, sendo o único aspecto irretocável até então. Esse é o penúltimo arco de Vader nesse volume, e sua história, apesar de alguns splash pages ótimos não tem uma historia a altura, ao contrário, consegue estar algumas linhas abaixo da mediocridade que permeia o universo Star Wars na Marvel.

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