Crítica | Jovens Titãs em Ação vs Jovens Titãs
Após o sucesso de Jovens Titãs Em Ação! Nos Cinemas, após uma cena pós-créditos, se assistiu uma participação breve dos Jovens Titãs da outra animação, muito se esperou o crossover entre as duas encarnações animadas do grupo, e eis que o longa de 76 minutos, dirigido por Jeff Midknow traz isso, incluindo aí uma bela abertura, com direito até a música tema do primeiro seriado animado, executada por Puffy AmiYumi e com referencias as encarnações mais velhas do super grupo.
Logo depois, aparece um bandido, dominado pelo Cavalheiro Fantasma, um vilão/entidade, e o quinteto vai até o banco para resolver a questão. Isso é um evidente despiste – um MacGuffin mesmo – para logo depois, mostrar o líder dos Titãs tentando se superar, em uma simulação de VR, em vídeo game, em uma síntese da busca por superar seus próprios limites. O chamado a aventura acontece quando um humanoide de aparência símia, o Senhor dos Jogos (Rhys Darby) interfere e revela a existência do multiverso, e põe os dois grupos para se degladear.
Não há muita cerimônia para começar o embate, na arena onde o certame ocorrerá há fãs ardorosos, com placas refutando o Teen Titans Go, dizendo que eles estragaram sua infância, e por mais obvia que seja a piada, ela soa honesta e correta. A briga entre os grupos é bem divertida, se leva pouco a sério, e os traços das versões adolescentes são um pouco diferentes, com um traço mais minimalista para não agredir tantos os olhos na diferenças das contra partes.
É óbvio que tudo isso é outro despiste, um plano ardiloso do Trigon da “versão bebê”, que captura sua versão e a traz de volta após a queda da mesma. Toda essa super trama é subalterna, basicamente para resgatar personagens míticos dos dois mundos diferentes (incluindo toda a turma do Papai Noel), e mostrar as diferenças básicas entre as versões dos heróis, enquanto a pequena Ravena tem que lidar outra vez com seus demônios interiores. A rivalidade entre eles é bastante divertida, e ainda guarda muitas surpresas, como as participações de outras versões dos mesmos.
As referencias aos longas Titãs: O Contrato de Judas e Liga da Justiça e Jovens Titãs, além da fase de Marv Wolfman e George Perez nos quadrinhos. O fato de não se levar a sério permite ao filme uma liberdade enorme, para ousar inclusive. A brincadeira com Vingadores: Ultimato, ressignificando as referências ao modo de seu universo próprio, com seu humor típico de um modo bem mais divertido que a do universo compartilhado da DC Comics no cinema. A batalha contra Trigon não é exatamente séria, mas tem momentos bastante épicos, fazendo referencias ao multiverso e até a Crise nas Infinitas Terras, que por sua vez, é uma bela homenagem aos homens que fizeram os Titãs serem o grupo mais divertido das animações dos estúdios Warner.
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