Tag: Roman Polanski

  • Agenda Cultural 66 | Cinema, Cobra Kai e Blacksad

    Agenda Cultural 66 | Cinema, Cobra Kai e Blacksad

    Bem-vindos a bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira) e Filipe Pereira (@filipepereiral) recebem Davi Garcia (@dav1garcia), do Ligado em Série e Cine Alerta, comentam sobre o que rolou no circuito de cinema; o terceiro volume de Blacksad, publicado pela Sesi-SP; Cobra Kai e outras séries.

    Duração: 64 min.
    Edição: Julio Assano Junior
    Trilha Sonora: Flávio Vieira e Julio Assano Junior
    Arte do Banner: 
    Bruno Gaspar

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  • Crítica | Baseado em Fatos Reais

    Crítica | Baseado em Fatos Reais

    A parceria de Olivier Assayas (roteiro) e Roman Polanski (direção e roteiro) era muito esperada por admiradores de suas filmografias. Baseado em Fatos Reais, baseado no livro de Delphine de Vigan, é um thriller carregado de subtextos, se estabelecendo através da história de uma escritora que acaba de lançar um livro biográfico e que passa por um bloqueio criativo.

    Emanuelle Seigner que já havia brilhado com o cineasta em A Pele de Vênus, dá vida a Delphine. Sua rotina é penosa, basicamente em busca de novas histórias ou novos métodos. Enquanto há uma longa explanação sobre a sua forma de escrita e seus ritos para dar voz as suas histórias, encontra-se em meio à tardes de autógrafos e  cafés franceses a bela Elle (Eva Green), uma mulher inteligente, bonita e interessante que se aproxima dela como admiradora de seu trabalho. Logo, percebe-se que a mulher misteriosa também tem pretensões literárias, e costuma escrever como escritora fantasma de pessoas mais famosas.

    Delphine é atormentada não só pelo drama da página vazia, mas também por cartas anônimas a respeito de seu último trabalho ao público. Metódica, ela se apega a essa perseguição para se resguardar de retomar a escrita, variando normalmente entre as desculpas para não por no papel suas ideias e os incômodos de sentir sua vida invadida. Enquanto isso, há um aproximar de Elle que começa lentamente e se torna muito intenso rapidamente, causando no espectador e na protagonista uma sensação de incômodo e desconfiança.

    A problemática maior é que se dá pouca importância dramática para toda a situação vivida por Delphine/Elle. Mesma levando em consideração a teoria de que uma personagem é a manifestação de uma outra faceta da personalidade de sua escritora, não se desenvolve conflitos no filme. O que se vê é uma emulação de alguns elementos do romance Misery de Stephen King, que por sua vez deu origem ao filme Louca Obsessão com Kathy Bates, mas o que se vê aqui é um produto menos inspirado e mal engendrado até no suspense a que se propõe.

    A tentativa de quebrar a quarta parede também soa pobre. A história contando como se constrói uma narrativa não se fundamenta graças aos personagens que não tem qualquer carisma ou conteúdo que não seja o que já é presente nas personas de Green e Segner. Qualquer importância dada as situações que as duas mulheres sofrem só ocorrem graças a predileção já estabelecida do público com as carreiras das intérpretes, o que é obviamente lastimável, ainda mais em se tratando de uma obra de Polanski.

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  • 10 Filmes de Terror em Preto e Branco, por Nicolas Pesce

    10 Filmes de Terror em Preto e Branco, por Nicolas Pesce

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    O filme “The Eyes of my mother” lançou seu segundo trailer há algumas semanas e parece apresentar uma trama interessante e mais uma vez um retorno por opção a fotográfia em Preto e Branco.

    É interessante que filmes como Frankenweenie, Blancanieves e Frances Ha vão na contramão do que parece o óbvio a se fazer hoje e apostam novamente na velha maneira de se fazer cinema. Até o diretor de Mad Max: Fury Road, George Miller está lançando esse mês em DVD/Blu-ray e cinemas nos EUA a versão em “Black and Chrome” de Estrada da Fúria (será que vem pro Brasil essa?) Pensando nisso talvez, o diretor estreante de Eyes of My Mother, Nicolas Pesce, lançou no facebook oficial de seu filme de estréia um top 10 filmes de terror preto e branco que foram influência para sua produção e com pequenos comentários. Confira abaixo:

    10 – Eraserhead – David Lynch (1977)

    “Não há ninguém melhor para manipular o clima de uma situação que David Lynch. E não há nada mais aterrorizante que sentir algo estranho e não saber porque”

    9 -Titicut Follies – Frederick Wiseman (1967)

    O Diretor Frederick Wiseman registrou em 67 um hospital para doentes mentais e o tipo de vivência diária que eles passavam, o documentário foi alvo de processos e sua exibição foi proibida até o inicio dos anos 90.

    8 – Repulsa ao Sexo – Roman Polanski (1965)

    “Ele é impecavelmente simples mas faz uso de efeitos práticos de uma maneira bela e surreal. Não importa quão estranho a trama fica, no seu âmago tudo é sobre solidão e ansiedade. E sempre foi dessa maneira que eu absorvi ele.”

    7 – Almas Mortas – William Castle (1964) 

    “Um poster com Joan Crawford segurando um machado? Por favor né … O visual se encaixa entre um mundo hiper estilizado do cinema noir com todo o gótico que existe no expressionismo alemão, adoro esse filme!”

    6 – Desafio do Além – Robert Wise (1963)

    “Esse é aquele filme que eu vi adulto e me assustou de verdade. Você nunca vê nada assustador e essa é a melhor parte.”

    https://www.youtube.com/watch?v=YWU9zRb4RPY

    5 – Psicose – Alfred Hitchcock (1960)

    “Psicose é como uma cartilha pra mim. Além do seu mérito técnico e artesanal, eu amo como Hitchcock faz com que o público simpatize com um assassino. Acho que não existe nada mais assustador que isso.”

    4 – A Casa Mau Assombrada – William Castle (1959)

    “A voz de Vincent Price vai ecoar eternamente no meu cérebro sempre que pensar em horror gótico, e é por causa desse filme. A voz dele no monólogo de abertura é assustadora e e icônica. “

    3 – O Mensageiro do Diabo – Charles Laughton, Robert Mitchum (1955)

    “Esse é a maior influência para meu filme. Eu amo como o conto gótico minimalista se contrasta com as qualidades de uma fantasia com momentos de terror autênticos.”

    2 – O Solar das Almas perdidas – Lewis Allen (1944)

    “Vi esse filme com minha mãe quando ainda era criança. Foi minha primeira experiência com filmes de terror e foi a primeira vez que eu vi muitos maneirismos que viraram mais tarde trunfos de direção.”

    1 – A Sétima Vitima – Mark Robson (1943)

    “Com um clima pesado, luz atmosférica, e uma femme fatale gótica, é um conto pulp mas ao mesmo tempo um elegante cult de horror. Como não gostar?”

    Texto de autoria de Halan Everson.

  • Crítica | O Inquilino

    Crítica | O Inquilino

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    Suspense de proporções enormes, cuja trilha sonora e música de Phillipe Sarde já ambienta o espectador no breve início de suas duas horas e cinco minutos de duração, O Inquilino prossegue na esteira que Roman Polanski havia iniciado em 1965 com Repulsa ao Sexo e prosseguido em 68 com O Bebê de Rosemary. O filme, se baseia no livro de Roland Topor, e é protagonizado pelo próprio realizador.

    Polanski interpreta Treikovsky, um polonês que se muda para um novo prédio francês e é encarado de maneira desconfiada por seus novos vizinhos. A estranha figura da locatária Madame Jioz (Jo Van Fleet) põe o jovem estrangeiro a par da situação em que se encontra a sua nova casa, contando o que houve com a antiga moradora, que se jogou pela janela do apartamento. Aos poucos, o personagem começa a se interessar pelo caso, ao ponto de tornar isto uma obsessão mórbida.

    A sensação de isolamento é presente em todo o decorrer do longa, fazendo até as interações do protagonista com Stella (Isabella Adjani) soarem forçosas, do ponto de vista erótico e até irreais, não por serem irreais pragmaticamente, mas porque o clima a volta dos dois é carregado de uma duplicidade e de um clima de delírio. O estrangeiro prima pela carência, em cenários tão sujos quanto sua moral dúbia, diferente e muito dos heróis clássicos em cada manifestação de caráter que propõe.

    Polanski reverencia Stanley Kubrick, ao mostrar nos detalhes escondidos do cinema, um pôster de Laranja Mecânica. Em comum entre Treikovsky e Alexander, herói da distopia kubrickiana estão as perversões sexuais e voyeurismo, aplacada no personagem forasteiro por sua timidez latente e contenção de suas pulsões. A tensão faz o inquilino parecer anestesiado o tempo inteiro, incapaz de dar vazão a emoções, tendo um motivo escuso para não liberar tais sensações.

    O terror presente na história que Polanski propõe no roteiro que ele e Gerard Brách adaptaram é baseado na realidade e em um mal moderno, tema mais universal do que o emergir do diabo e até do que a frigidez sexual. O colapso mental pelo qual passa Treikovski é preocupante e serve de alarde para a sua geração, assim como ocorreu com Taxi Driver, ainda que o foco da ultra violência seja diferente, mais interno neste do que no clássico de Martin Scorsese.

    A dificuldade em representar emoções dá lugar a empatia, nos últimos momentos de filme, em que o herói falido passa a se vestir como a moça que atentou contra a própria vida. As poucas pessoas de seu convívio se envolvem em uma encenação grotesca, de uma época nefasta, onde o julgamento do comportamento alheio era mais importante que o bem estar humano. Os momentos finais mostram um novo despertar, seguido do desejo de não existir profetizado por Sigmund Freud dentro dos seus primeiros trabalhos psicanalíticos. A maldição destes tempos se manifesta através de dificuldade em lidar com a troca de identidade e dificuldade em lidar com a opinião alheia, mesmo que o social não esteja necessariamente contra o indivíduo. A mensagem final de O Inquilino é que o homem é refém de suas ambições o obsessões e sua história de fracasso é cíclica, repetitiva e inexorável, o que por si só é amedrontador demais.

  • Noir | Um guia para assistir aos filmes de detetive

    Noir | Um guia para assistir aos filmes de detetive

    Noir Um guia para assistir aos filmes de detetive

    Volta e meia surgem ciclos temáticos dentro da história do cinema norte-americano. Iniciando com os monstros da Universal, faroestes dos anos 1940 e 1950, filmes de ficção científica dos anos 1950, a era dos épicos dos anos 1960, o cinema de contra-cultura dos anos 1970, os brucutus do cinema de ação dos anos 1980, e a atual safra de filmes de super-heróis dos anos 2000.

    Porém, entre esses temas, um dos mais reverenciados é o noir dos anos 1940 e 1950. Considerado um dos grandes sub-gêneros dos filmes policiais, o noir surgiu na literatura nos 30 e conseguiu ser transposto para o cinema com maestria pelos melhores diretores e roteiristas dos anos 40 e 50. O ScriptLab esmiuçou os principais elementos de um filme noir, sendo eles o contexto, a escuridão, o fatalismo, voz off e flashbacks que nem sempre são necessários, o protagonista falho, e, principalmente, a dama fatal.

    Munido dessas informações, elaborei uma lista com os 20 filmes mais importantes e/ou marcantes do gênero em ordem cronológica para quem deseja se aventurar pelo cinema noir. Lembrando sempre que pode haver algum título importante que deixei passar.

    1941O Falcão Maltês (The Malthese Falcon, 1941)

    Escrito e dirigido por John Houston e baseado no livro de Dashiell Hammett, O Falcão Maltês é talvez o mais emblemático entre os filmes noir que ajudou a estabelecer o gênero. Humphrey Bogart é o detetive particular que aceita pegar o caso do desaparecimento da irmã de Mary Astor. Após seu sócio Jerome Cowan aparecer morto, a investigação se desdobra em algo muito maior que envolve uma relíquia rara de valor incalculável.

    double_indemnityPacto de Sangue (Double Indemnity, 1944)

    Dirigido por Billy Wilder, este se tornou um dos noir mais memoráveis ao inverter a estrutura do gênero. Fred Macmurray, detetive de uma companhia de seguro, se une a Barbara Stanwick, esposa de um homem rico, na tentativa de assassiná-lo e fraudar a investigação para ficar com o dinheiro.

    laura-movie-poster-1944-1020143698Laura (Laura, 1944)

    Com Vincent Price no elenco, Laura narra a clássica investigação do assassinato da personagem título, interpretada por Gene Tierney, conduzida pelo detetive Dana Andrews, que não só descobre que ela está viva como se apaixona por ela.

    lost_weekend_xlgFarrapo Humano (The Lost Wekeend, 1945)

    Outro filme dirigido por Billy Wilder, Farrapo Humano é um noir que foge da trama policial ao focar no drama e na condição humana de Ray Milland, um alcoolatra que não consegue largar o vício enquanto tenta ser salvo por Phillip Terry, seu irmão e Jane Wyman, sua namorada, enquanto quase tem um caso com Doris Dowling. Destaque para as cenas do bar com Howard da Silva.

    Detour_(poster)A Curva do Destino (Detour, 1945)

    Mais um noir de drama, A Curva do Destino apresenta Tom Neal, um músico de jazz que viaja pelos Estados Unidos de carona e assume a identidade do motorista que morreu na sua frente. Após se envolver com Ann Savage, uma mulher que lhe dá outra carona, a relação dos dois termina mal.

    big-sleep-movie-poster-1946À Beira do Abismo (The Big Sleep, 1946)

    Considerados por muitos como um dos melhores filmes noir, À Beira do Abismo é baseado no livro de Raymond Chandler e tem a direção de Howard Hawks. O detetive particular Humphrey Bogart investiga o caso de extorsão contra a filha mais nova de um rico industrial enquanto se envolve com a sua irmã mais velha, Lauren Bacall.

    The-Killers-PosterAssassinos (The Killers, 1946)

    Baseado em uma história de Ernest Hemingway, a morte do personagem de Burt Lancaster desencadeia uma investigação por parte do detetive de uma agência de seguros, e acaba por revelar como se deu um grande crime no passado e o envolvimento de Lancaster com Ava Gardner.

    blue_dahliaDália Azul (The Blue Dahlia, 1946)

    No filme escrito por Raymond Chandler e dirigido por George Marshall, Alan Ladd é um ex-piloto de guerra que se torna o principal suspeito de matar Doris Dowling, sua infiel esposa, que tem um caso com Howard da Silva, o dono da boate Dália Azul. Para provar a sua inocência, tem a ajuda de Veronica Lake, a ex-esposa do dono da boate.

    20319302Gilda (Gilda, 1946)

    O filme dirigido por Charles Vidor que consagrou Rita Hayworth é outro noir que foge às tramas policiais. Gleen Ford é um apostador que abandona o vício do jogo e vai trabalhar para o dono de um Cassino em Buenos Aires. A sua vida vira ao avesso ao ver que seu chefe voltou de viagem casado com Rita Hayworth, antigo caso seu.

    the-lady-from-shanghai-movie-poster-1948-1020414234A Dama de Shanghai (Lady From Shanghai, 1947)

    Escrito, dirigido e protagonizado por Orson Welles, se tornou um dos grandes filmes da sua carreira com todos os elementos noir. Welles é um marinheiro que se apaixona por Rita Hayworth e aceita fazer parte da equipe do navio de seu marido, Everett Sloane, acabando por se envolver em uma trama de assassinato.

    b70-9896Fuga ao Passado (Out of The Past, 1947)

    Robert Mitchum está refugiado em uma pequena cidade, até ser encontrado pelo capanga do seu antigo chefe, Kirk Douglas, para acertar as contas sobre um serviço não realizado do passado, que envolvia a bela Jane Greer e uma alta quantidade de dinheiro. Participação de Rhonda Fleming.

    Francesco-Francavilla-The-Third-Man-Movie-Poster-2015O Terceiro Homem (The Third Man, 1949)

    Outro grande noir sobre espionagem na Europa pós-Segunda Guerra Mundial. Dirigido por Carol Reed, Joseph Cotten é um escritor americano que chega a Viena para encontrar um antigo amigo, interpretado magistralmente por Orson Welles, que foi dado como morto e tenta por todos os meios continuar assim.

    sunset-boulevard-movie-poster-1950-1020142705Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, 1950)

    Outra direção de Billy Wilder, Crepúsculo dos Deuses é um dos filmes mais marcantes da história do cinema fazendo referência à própria indústria em um grande noir de drama humano. William Holden é contratado para reescrever o roteiro de um filme por Gloria Swanson, em uma interpretação memorável como uma ex-estrela do cinema mudo que caiu no ostracismo. Participação memorável de Cecil B. DeMille e Buster Keaton como eles mesmos, além de Erick von Stroheim.

    InaLonelyPlace_US_30x40No Silêncio da Noite (In A Lonely Place, 1950)

    Uma mistura de policial e drama, Humphrey Bogart é um roteirista violento que vive no mundo de glamour de Hollywood. Suspeito de assassinato, ele é inocentado por sua vizinha, Gloria Grahame, e os dois acabam se envolvendo até que a sua difícil personalidade complica a relação.

    the-asphalt-jungle-movie-poster-1950-1020190945O Segredo das Joias (The Asphalt Jungle, 1950)

    Em outro filme dirigido por John Houston e com Marilyn Monroe fazendo uma pequena participação, O Segredo das Joias é o típico filme de assalto onde se mostram todas as etapas de preparação, além do roubo. Conduzido pela mente criminosa do recém-saído da prisão Sam Jaffe, conta com Sterling Hayden no elenco.

    cry-danger-movieGolpe do Destino (Cry Danger, 1951)

    Nesta obra dirigida por Robert Parish, Dick Powell vive um homem inocente que sai da prisão perpétua após uma testemunha ajudá-lo com um álibi, mas que na verdade quer informações sobre um assalto que Powell não cometeu. Durante a vingança contra quem o colocou na cadeia, tentam incriminá-lo novamente enquanto se envolve com a bela Rhonda Fleming.

    1953 - The Big Heat 2Os Corruptos (The Big Heat, 1953)

    Em outro grande noir, Os Corruptos é dirigido por Fritz Lang e conta a história de Gleen Ford, um detetive que ao investigar a morte de um colega se vê lidando com criminosos que comandam o próprio departamento de polícia, sendo um deles Lee Marvin. Após ter a sua família assassinada, ele busca justiça ao lado de Gloria Grahame.

    killing_xlgO Grande Golpe (The Killing, 1956)

    O Grande Golpe é outro dos filmes noir diferentes. O terceiro longa-metragem dirigido por Stanley Kubrick é o típico filme de assalto que lembra bastante a estrutura de O Segredo das Joias. Um bando de vigaristas é liderado também por um ex-presidiário, Sterling Hayden, que planeja um grande assalto durante uma corrida de cavalo.

    large_i2gJBlr01BZiZb5b5TOJudc4nv6A Marca da Maldade (Touch of Evil, 1958)

    O filme que tem a melhor cena de abertura da história do cinema, A Marca da Maldade, dirigido por Orson Welles, é também o último dos filmes noir. Charlton Heston e Janet Leigh são um casal composto por um mexicano e uma americana que vivem na perigosa fronteira entre os dois países, em uma perigosa investigação conduzida por Welles sobre uma bomba que explodiu um carro.

    film-noir-chinatown-1974-movie-poster-via-professormortis-wordpressChinatown (Chinatown, 1974)

    Considerado pós-noir, o filme dirigido por Roman Polanski é uma homenagem aos filmes de 20 e 30 anos anteriores, com todos os elementos do noir, inclusive com a presença de John Houston. Jack Nicholson é um detetive particular que investiga o caso de uma mulher traída, e que acaba se revelando algo muito maior. Com a ajuda de Faye Dunaway, ele enfrenta uma trama política e de assassinato sobre a seca na Califórnia. Leia a crítica do filme aqui.

    Texto de autoria de Pablo Grilo.

  • Crítica | Chinatown

    Crítica | Chinatown

    8FItRq1pNPeni9FkDYUug7YhfggLançado no meio dos anos 70, Chinatown aproveitou a contracultura que revolucionou o cinema norte-americano e inseriu a marca de autor baseada em um realismo dramático dentro do gênero noir, que havia estacionado no cinema clássico hollywoodiano dos anos 40 e 50.

    Na Los Angeles de 1937, um detetive particular é contratado por uma mulher para investigar a traição que esta sofre do marido, mas descobre que foi enganado quando a verdadeira esposa aparece, revelando uma conspiração na Companhia de Água da cidade.

    O ótimo roteiro de Robert Towne aproveitou fatos verídicos e conseguiu criar uma ambientação diferente de um filme noir mantendo as características do gênero. O interessante do argumento são os elementos noir que variam dos filmes clássicos: a investigação de J.J. Gittes (Jack Nicholson) vai desenrolando uma trama simples até revelar um complexo sistema de corrupção; a falsa mulher fatal que inicia o filme também foi outra marca interessante do autor; os motivos que movem o protagonista são mais sólidos, como ser enganado e virar piada no seu meio de trabalho; os perigos que ele enfrenta são reais, já que está mexendo com a máfia que existe em uma grande empresa como a Companhia de Águas.

    A direção de Roman Polanski conduz com habilidade e destreza o bom roteiro de Towne, desde a escolha dos enquadramentos, passando pela boa direção de atores, até a ótima mise-en-scene. Enfim, Polanski é um maestro que mantém a ótima direção que o havia revelado para o mundo no clássico O Bebê de Rosemary seis anos antes.

    A atuação de Nicholson é um dos pontos altos do filme. O ator consegue compor o detetive com passado obscuro, de moral duvidosa, que tem sentimentos contraditórios quanto a Evelyn, a ótima Faye Dunaway que dá vida a mulher fatal, objeto de desejo do protagonista. Roman Polanski faz uma rápida aparição como o Homem Com Uma Faca. Destaca-se também a participação do ator e diretor John Houston (que, talvez com Humphrey Bogart, seja um dos maiores expoentes dos filmes noir).

    A boa fotografia naturalista de John A. Alonzo mantém os tons alaranjados e amarelos do filme, características dos filmes rodados em Los Angeles que focam muito a fotografia de deserto. Ela se sobressai nas cenas com Dunaway. A edição de Sam O’Steen, além de ser invisível, mantém o filme com um bom ritmo. Ela se destaca nas cenas de ação, como a da perseguição de carro na fazenda e sempre que os dois protagonistas se encontram.

    A direção de arte de W. Stewart Campbell, aliado à composição de cenário e locação de Ruby R. Levitt e ao figurino de Anthea Sylbert, ambientou de forma muito competente os anos 30 de Los Angeles.

    Chinatown vale a pena por ser o tipo de filme que transcende não só o gênero noir, mas também a preferência dos amantes do cinema norte-americano dos anos 70. O tipo de clássico obrigatório para quem aprecia a sétima arte.

    Texto de autoria de Pablo Grilo.

  • Crítica | O Escritor Fantasma

    Crítica | O Escritor Fantasma

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    Dúvida e culpa têm seus lugares reservados em qualquer situação sensível a erros. Você pode ser julgado de maneira brutal por qualquer minúsculo defeito assim que o mesmo estiver exposto. É esse sentimento que Roman Polanski nos passa na perspectiva do escritor fantasma (Ewan McGregor) ao acompanhar por alguns dias a vida de Adam Lang (Pierce Brosnan).

    Na trama de O Escritor Fantasma, McGregor, do qual eu não me recordo perfeitamente, mas acredito que não tem seu nome citado em momento algum no filme, consegue ser contratado para algo que não tem interesse algum e do qual não entende: Terminar de escrever as memórias de um político que foi muito popular durante seu mandato e que agora vive recluso em um único local, com sua equipe e esposa devido a trágica morte de seu antecessor.

    Em momento algum inicialmente as poucas migalhas de algo que possa ser um mistério soam gritantes ao espectador. É tudo cirurgicamente suave, mas elegante e ao mesmo tempo incômodo. Parece que tem algo a acontecer, que sempre está perto de acontecer. É essa dúvida do início desse texto que percorre a cabeça do personagem. Fazer parte integral da vida de alguém sem nem ao menos ter participado parece o pior trabalho do mundo. Uma pesquisa intimista que terá valor para todos, menos você.

    Durante um momento essa dúvida é tão berrante que começa a fazer parte de uma ideia perigosa, mas que ao mesmo tempo soa estranha, e é daí que surge todo o suspense do filme. O ponto mais interessante ao terminar de assisti-lo é pensar que estamos acompanhando apenas quatro dias da vida do protagonista, que transparecem pelo sutil peso das pistas se encaixando e criando uma teia de ligações suspeitas, mas que nunca passam disso.

    Cores sóbrias tomam conta das cenas. Você passa a não perceber detalhes junto do protagonista exatamente porque eles não são feitos para serem percebidos. A vontade de guiar o espectador em alguma direção se mantém imponente até o último momento dessa película. A trilha, assim como a fotografia, é sutil e aparece pontualmente para dar ritmo a poucas cenas onde existe a necessidade.

    É curiosa a forma como a sensação de que poderia ser você ali no meio de um mal entendido, ou alguém que você conhece, fica presa quando você para para pensar nas peças se encaixando. Paranoico, até.

    Texto de autoria de Halan Everson.

  • Crítica | A Pele  de Vênus

    Crítica | A Pele de Vênus

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    Passear por campos até então inexplorados é um dos muitos deveres que os grandes artistas devem exercer. O pioneirismo como atitude é algo cada vez mais raro no cinema, mesmo entre os grandes nomes da direção. Talvez esse seja um dos principais valores da filmografia recente do polonês Roman Polanski, que, após a sua controversa proibição de pisar em solo americano, especializou-se em adaptar peças teatrais, como havia feito com Deus da Carnificina, em 2011.

    Adaptado da peça de David Ives, que por sua vez usou como base o romance de Leopold von Sacher-Masoch, A Pele de Vênus tem como plot principal uma proposta metalinguística de reunir em uma noite louca o dramaturgo e diretor de teatro Thomas (Mathieu Amalric), que sofre de uma variação de “depressão” que o faz enxergar-se sozinho em meio à tentativa de fazer algo inteligente ao abordar um clássico. Quando está só no teatro, é invadido pela presença da voluptuosa Vanda (Emmanuelle Seigner), que em toda a sua sapiência acredita ser o cast perfeito para o papel principal da peça unicamente por ter o mesmo nome que o do personagem. Após muito insistir – e se insinuar sexualmente – ela consegue convencer Thomas a dar-lhe uma chance de demonstrar seu talento.

    Thomas até parece-se fisicamente com Polanski quando mais novo, especialmente por seu biotipo em Dança com Vampiros. Os verborrágicos diálogos tem um cunho tão surreal que levam o humor para um lado nonsense do riso, variando entre o constrangimento alheio e a busca de um objetivo impossível à primeira vista. A inteligência do texto consiste em transitar de momentos cômicos para dramáticos em questão de segundos e ainda assim permanecer crível. Logo no início, nota-se que o dedo do diretor é mais presente nesta produção do que em Deus da Carnificina.

    De modo natural, a conversa entre Vanda e Thomas toma um viés mais pessoal, discute a vida pessoal do dramaturgo, e toma polos opostos, como a famosa figura das artes e o ser humano falho, que precisa de coisas tão corriqueiras e universais quanto a busca pelo amor e a fidelidade ao sentimento, pondo como parâmetro a representação da musa e a facilidade com que um selecionador de elenco se disporia em se tratando de acesso ao sexo.

    A alma do artista é, em essência, algo inescrutável, difícil de descrever e difícil de entender. O mesmo campo que envolve a criatividade incorre também na vaidade, e manter uma distinta da outra é algo cuja dificuldade é enorme, por vezes até impossível. Por exercer um trabalho solitário, Thomas se sente o mais incompreendido dos homens, e ao menor sinal de um comentário elogioso, ele baixa a guarda e começa a mostrar que os seus temores são muito menores do que o seu talento. Ele facilmente prova a sua boa essência, quase não se esforçando em sua passagem de texto, quando sua capacidade como ator é experienciada. No entanto, sua insegurança ainda existe, quando o sub-texto de sua adaptação é discutido.

    O conflito entre os intérpretes excede o paradigma das palavras e é posto em prática por meio da encenação de trechos de A Pele de Vênus, em que as sensações de Thomas são muito testadas pela tentação que se conclui das curvas e da pele de Vanda. O amor enquanto relação carnal é elevada à condição de poder, e as palavras do roteiro se confundem na boca do emissor, não se decidindo entre a relação ser uma demonstração dramatúrgica ou um sussurro de sua conflitante alma.

    O distanciamento que Thomas tem de sua cara-metade é tamanho que ele só permite dizer o nome dela após decorridos quase dois terços de exibição. Após isso, uma cena que remete a uma entrevista psicanalítica aos poucos vai se formando, e apesar de a referência não ser de difícil análise, o modo como as peças se movem até chegar ao ponto correto é plenamente cabível, e até mesmo surpreendente.

    O último ato serve para ratificar a insegurança do autor ao ver que as suas ideias funcionam muito bem no papel e não tem o mesmo êxito quando ditas pela boca de um ator. As impossibilidades que entravam a relação entre dramaturgo e intérprete ganham novos ares e capítulos de maior contenda, com conflitos que invertem os arquétipos de autoridade e submissão. O modo como o roteiro lida com o discurso de igualdade entre os gêneros é curioso por não ser panfletário em momento algum, pelo contrário, mostra toda a guerra dos sexos de modo prático, sob um pretexto dos mais ardilosos.

    A condução que Polanski dá a película não trata só do (ótimo) texto original, uma vez que sua fita é muito fiel ao original de von Sacher-Masoch,sem precisar se ater a fórmula original. A ferramenta metalinguística que David Ives pensou e que foi redesenhada para o filme junto a Roman funciona perfeitamente, inserindo o espectador dentro da trama e convidando quem a assiste a experimentar as mesmas sensações de Thomas e Vanda, sem apelar para clichês como a quebra da quarta parede. Todo o estratagema metafórico é sutil nesta abordagem enquanto é volúvel nas questões “pecaminosas”, fazendo de A Pele de Vênus uma tentação para os sentidos humanos.

  • Crítica | Deus da Carnificina

    Crítica | Deus da Carnificina

    carnage - poster

    Dois casais, Penelope e Michael Longstreet (Jodie Foster e John C. Reilly) e Nancy e Alan Cowan (Kate Winslet e Christoph Waltz) encontram-se no apartamento dos Longstreet para conversar a respeito de uma briga em que os respectivos filhos se envolveram. E o encontro, comprovando o princípio entrópico, avança e degenera rumo ao caos, transformando-se na carnificina do título.

    A exemplo de Who’s Afraid of Virginia Woolf?, o filme é adaptado de uma peça de teatro em que dois casais estão confinados num único ambiente – casa ou apartamento. Contudo, diferente deste, em que os recém-casados Nick e Honey (George Segal e Sandy Dennis) presenciam a lavação de roupa suja do casal “mais veterano”, Martha e George (Elizabeth Taylor e Richard Burton), em Deus da carnificina os casais parecem ter mais ou menos o mesmo tempo de vida em comum e as batalhas verbais ocorrem entre todos. Mesmo assim, é difícil não traçar um paralelo, já que em ambos os casais usam o conhecimento advindo da intimidade para que suas palavras causem o maior dano possível. A ironia, o sarcasmo, a acidez de algumas falas revelam que cada um conhece o ponto fraco do outro e mira ali propositalmente. Contudo, o diferencial do filme de Roman Polanski é que as discussões vão além do relacionamento entre os casais – por exemplo, o capitalismo despudorado de Alan versus o idealismo esquerdista de Penelope.

    O fato de ser uma adaptação de uma peça poderia se tornar um complicômetro. Porém, o diretor soube usar a técnica cinematográfica a seu favor, fazendo algo que no teatro não seria possível e, assim, direcionando o olhar do espectador a seu bel-prazer. Os atores surgem em planos e contraplanos, aos pares, trio, quarteto, acompanhando, como num passo de dança, a intensidade dos diálogos. E, assim como Sidney Lumet em 12 Homens e uma Sentença (também baseado numa peça), Polanski usa a câmera para controlar o ponto de vista do público e intensificar sua reação ao que acontece em cena. É interessante notar que o confinamento dos casais nesse ambiente deve-se totalmente ao acaso – o café oferecido na hora de ir embora, o sinal do celular que falha a caminho do elevador, entre outros pequenos eventos que fazem o casal Cowan sempre voltar ao interior do apartamento.

    E, já que o desfecho não é inesperado (sabe-se desde o trailer para onde se encaminha a trama), o interessante é acompanhar como isso acontece. Ver a evolução dos personagens. A civilidade e as convenções sociais sendo deixadas de lado. A polidez dando lugar à sinceridade extrema. As máscaras caindo à medida que os ataques verbais se sucedem. Situações triviais deflagrando reações desmedidas e aparentemente irracionais. A conversa, que se inicia de forma trivial, evolui de tal forma que deixa o ambiente tenso. Comentários normalmente inofensivos tornam-se o estopim para uma saraivada de reclamações e observações sarcásticas. E as protagonistas das discussões vão se alternando – casal versus casal ou um contra um em todas as combinações possíveis.

    A tensão que se instaura desde o início gera até uma reação física em Nancy. É estranho lembrar-se de um filme e referenciar-se a ele por causa de uma cena de vômito. Mas a cena foi tão bem feita e encenada, tão verossímil – tem-se a impressão de sentir aquele odor acre característico – que fica difícil não citá-la. Principalmente por que é a partir daí que a situação degringola. Se o espectador fica ao mesmo tempo surpreso e chocado com a cena, o mesmo ocorre com os personagens. O vômito parece servir de gatilho para os bons modos serem abandonados enquanto todos se sentem no direito de, a partir desse momento, expressar livremente seus pensamentos.

    Kate Winslet está perfeita nesta cena. Mas não apenas nesta: destaque também para o declínio do seu grau de sobriedade após alguns goles de um ótimo scotch. Aliás, todo o elenco está acima da média. Mesmo não tendo mais nada a provar, há tempos não se via Jodie Foster tão bem num papel. Numa obra em que a trama é calcada em personagens e diálogos, a excelência das atuações é algo essencial e que garante a fluidez da narrativa. O espectador consegue acompanhar, em closes e planos-detalhe, os gestos, maneirismos, micro-expressões de cada um dos atores, nuances dos personagens que seriam impossíveis de observar num teatro.

    Não é o melhor filme de Polanski. Mas mesmo um filme menor do diretor consegue conceder ao espectador uma experiência cinematográfica gratificante, mesmo que incômoda. Afinal, enxergar-se nas atitudes dos personagens não é nada agradável.

    Texto de autoria de Cristine Tellier.

  • Agenda Cultural 07 | Zumbis, Gatos Cantantes e a Ilha “Psicodélica” de Lost

    Agenda Cultural 07 | Zumbis, Gatos Cantantes e a Ilha “Psicodélica” de Lost

    Sétima edição do nosso encontro cultural semanal. Dessa vez sem um dos integrantes habituais, mas de volta com o Carlos Voltor (@CarlosVoltor), juntamente com Amilton Brandão (@amiltonsena) e Mario Abbade (@fanaticc). Se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, seriados, quadrinhos e cenário musical.  Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 57 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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