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  • Crítica | Os Intocáveis

    Crítica | Os Intocáveis

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    Filmado em 1987, Os Intocáveis conta com um elenco fabuloso, trilha belíssima, ótima fotografia e uma direção primorosa. Um dos maiores filmes de máfia que retrata o período da lei seca em Chicago.

    Apesar de ser um diretor odiado por muitos, é inconteste a preciosidade de Brian De Palma nesse trabalho. A cidade de Chicago é reconstruída maravilhosamente, a fotografia é embasbacante. E o que falar sobre seu trabalho com as câmeras? De Palma transmite sensações de alegria e tensão em instantes, e conseguiu atuações fantásticas de todo o elenco.

    A história se passa em Chicago nos anos 30, epóca da lei seca. Eliot Ness (Kevin Costner) é um agente federal encarregado de capturar o gângster Al Capone (Robert De Niro), mas suas tentativas são sempre pífias, graças também a corrupção existente dentro da polícia. Após ser humilhado pelos jornais por suas frustradas apreensões, Ness reúne um pequeno grupo de homens confiáveis e incorruptíveis para realizar a tarefa.

    Jim Malone (Sean Connery) é o mentor de Ness, um experiente policial que se junta ao grupo disposto à ajudá-lo. George Stone (Andy Garcia) é um italiano que acaba de ingressar na Academia e por último, Oscar Wallace (Charles Smith), um contador responsável por analisar se Al Capone vinha omitindo informações financeiras em seu imposto de renda.

    As atuações são fantásticas. De Niro rouba a cena, interpretando Al Capone cheio de sarcasmo e crueldade, ele e Sean Connery dão um show todas as vezes que aparecem em cena. Kevin Costner fez um ótimo papel, demonstrando as fragilidades e humanidade do seu personagem, isso em um tempo onde ainda tinha uma grande carreira. Charles Smith serve como peça cômica na históra e finalizando com Andy Garcia ainda no início de carreira, mas mostrando a que veio.

    Ennio Morricone imortalizou o filme com sua belíssima trilha, conseguindo transpor o que cada imagem exigia de maneira impecável. De Palma abusa de seu trabalho com as câmeras, conseguindo enquadramentos e ângulos inovadores, como na sequência inicial, com uma tomada panorâmica da sala onde está Al Capone se barbeando, e a câmera vai se aproximando lentamento até focar no rosto de De Niro, ou mesmo, na clássica cena da escadaria da estação, onde um carrinho de bebê desce escada abaixo durante o tiroteio, tudo isso filmado em câmera lenta e fazendo homenagem ao “O Encouraçado Potenkim”.

    Até hoje não entendo como Brian De Palma não foi condecorado pela Academia por essa obra-prima, o que é uma pena, o filme é extremamente bem dirigido, o roteiro de David Mamet é muito bom, além de contar com um grande elenco, todos trabalhando muito bem. Para quem ainda não conhece, alugue, compre, roube, só não deixe de conferir.

  • Agenda Cultural 15 | Predadores e Doutores Interplanetários. Não entre em Pânico!

    Agenda Cultural 15 | Predadores e Doutores Interplanetários. Não entre em Pânico!

    Sincronize suas Agendas! O colorista e podcaster do Mundo Rod, Papo de Artista e Universo Who, Rod Reis (@RodReis) foi o convidado desta semana. Ao lado de Flávio Vieira (@flaviopvieira), Amilton Brandão (@amiltonsena), Carlos Voltor (@CarlosVoltor) e Mario Abbade (@Fanaticc) muita discussão sobre tendências da moda no mundo dos super heróis, tudo sobre caroneiros e predadores espaciais, e uma Pandora bem diferente de Avatar. Para fechar, a dica da semana nos fez perguntar: What is wrong with those people?!

    Duração: 82 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Quadrinhos

    The Brightest Day
    Uniforme do Lanterna Verde apresentado na Comic Con
    Namor: Profundezas

    Literatura

    O Guia do Mochileiro das Galáxias

    Games

    Borderlands

    Música

    Arcade Fire – The Suburbs

    Cinema

    Vencer
    O Bem Amado
    Predadores

    Produto da Semana

    Camisinhas Japonesas

    Comentados Nessa Edição:

    Ganhador Bolão Podcast BR – NerdExpress
    Promoção Conn Iggulden – Os Ossos das Colinas

    Conn Iggulden na Bienal de SP 2010

    Piratacast 21 com Flávio: Dicas para as Férias:
    Parte 1 | Parte 2 | Parte 3

  • Resenha | The Walking Dead

    Resenha | The Walking Dead

    The Walking Dead - 01 - capa

    Para aqueles que se amarram em filmes e histórias de zombie, The Walking Dead é o que faltava para nos completar. Quem não adoraria ver nos filmes de zombies, se os mocinhos conseguem sobreviver, se os humanos sobreviventes conseguem ser resgatados, ou o que acontece depois?

    The Walking Dead, conta a história de alguns poucos sobreviventes em um mundo dominado pelo terror e por mortos vivos. Diferente do que vimos nos últimos filmes, os mortos-vivos não correm, não pensam e pouco oferecem perigo aos humanos. Aqui, o maior problema são os próprios sobreviventes, que por benefício próprio muitas vezes matam, brigam, cortam e mutilam uns aos outros.

    A historia é centrada em Rick Grimes, um policial que antes de toda a bagunça começar, foi baleado em serviço e ficou largado em coma na cama de um hospital. Quando Rick acorda, ele não entende o que está acontecendo e começa a procura por sua família. Logo Rick é encontrado por um grupo de sobreviventes acampados próximos a cidade de Atlanta, e junto destes, estava a família de Rick, sua esposa Lori e seu filho Carl.

    Morte de sobreviventes é algo constante nesta fabulosa HQ, o que faz com que dia a dia nossos protagonistas mudem o que sempre foram.

    Com o passar do tempo, Rick e o resto dos sobreviventes se unem a outro grupo de pessoas que procuram por abrigo e comida, e isto passa ser mais importante do que fugir dos zombies. Logo eles encontram uma prisão, com estoque de comida para muitos e muitos dias e resolvem ficar por ali mesmo, mas dentro da prisão alguns detentos faziam moradia e estavam se protegendo dos zombies.

    Sangue, sexo, estupro, mutilação, lutas, tudo freqüente neste HQ que trata de pessoas tentando sobreviver em um mundo pós-apocalíptico. O que vai acontecer depois? Todos serão salvos? Podem confiar em qualquer outro sobrevivente? Estas incógnitas fazem com que não percamos um único frame deste quadrinho.

    A história foi criada por Robert Kirkman e desenhada por Tony Moore, substituído por Charlie Adlard a partir do número 7. A história esta sendo adaptada para seriado e que iremos ver finalmente Rick Grimes e sua família na telinha. Aguardemos os próximos números e esperamos que realmente vire seriado, precisamos de algo novo na telinha.

    Compre: The Walking Dead.

    Texto de autoria de Henrique Romera.

  • Agenda Cultural 14 | Tarantino e um Exílio Francês

    Agenda Cultural 14 | Tarantino e um Exílio Francês

    Agenda Cultural agora também dentro da vertente ‘moda’. Felipe Morcelli (@multiversodc) do site Multiverso DC se reúne a Flávio Vieira (@flaviopvieira) e Mario Abbade (@fanaticc) para discutir as tendências da moda que regem o mundo dos super heróis. De quebra você ganha uma aula sobre Tarantino e o ‘way of life’ dos Stones e seus excessos.

    Duração: 53 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Quadrinhos

    Retalhos – Craig Thompson – Resenha 1 | Resenha 2
    Novo Uniforme da Mulher Maravilha
    Jonah Hex – No Way Back

    Literatura

    Resenha Clube do Filme – David Gilmor

    Música

    Rolling Stones – Exile on Main St. (deluxe ed.)
    DVD Stones in Exile

    Cinema

    Grão
    Dzi Croquettes
    Encontro Explosivo
    À prova de Morte

    Dica da Semana

    Termômetro Retal Bob Esponja

  • Resenha | Noturno – Guilhermo Del Toro e Chuck Hogan

    Resenha | Noturno – Guilhermo Del Toro e Chuck Hogan

    Noturno – Guilhermo Del Toro e Chuck Hogan

    Tive a oportunidade de conhecer o livro Noturno em uma livraria qualquer, mas não dei a mínima, até ler um dos nomes estampados na capa do livro: Guillermo del Toro. Pensei comigo: O que del Toro está aprontando com esse lançamento literário? Fiquei um tanto receoso, pois pra quem não sabe, Del Toro é diretor de cinema, apesar de também escrever os roteiros de seus filmes, são mídias bem diferentes, em suas devidas proporções.

    Tenho uma certa “birra” com diretores/roteiristas de cinema que querem bancar os escritores, ou o escritor que quer bancar o diretor (Frank Miller cof cof), porque ambos, não tem domínio sobre determinada linguagem. Escrever um roteiro, para cinema não é a mesma coisa que escrever um livro, e vice-versa, são narrativas diferentes, mas quem consegue caminhar pelos dois mundos merece destaque. De qualquer forma, não resisti e comprei o livro, e não é que gostei?!

    Pra quem não conhece, Guillermo del Toro é o diretor de grandes filmes como Espinha do Diabo, Hellboy, o premiado Labirinto do Fauno entre outros, porém é Chuck Hogan quem dá asas a imaginação de Del Toro passando para o papel todas as idéias do diretor. Não sei detalhes, mas acredito que Del Toro tenha criado um roteiro e Hogan foi desenvolvendo em cima disso, e as coisas fluem bem, apesar de alguns erros. Acredito que devido a presença de Hogan, as coisas tenham fluído melhor como literatura, mas é inquestionável a narrativa fortemente influenciada pela linguagem de cinema de Del Toro, para terem uma idéia, foram produzidos alguns trailers com atores interpretandos trechos do livro (confiram abaixo).

    Noturno nada mais é que uma história de vampiros, mas ESQUEÇA vampiros romantizados de Anne Rice, ou as criações da escritora Stephanie Meyer, esses últimos certamente virariam “pó-de-purpurina” ao se deparar com os as criaturas que aparecem aqui. Del Toro e Hogan prezam pelo grotesco.

    Os vampiros aqui apresentados são completamente diferentes do que estamos acostumados atualmente, aqui eles são seres bestiais, completos animais selvagens, sem glamour nenhum e se assemelham mais a zumbis do que vampiros propriamente dito (há quem diga que vampiros são zumbis, mas espero que tenham entendido a conotação que coloquei). Como diria meu amigo Gustavo Kitagawa: “Em tempos de crepúsculo, uma história assim é bem vinda”.

    O início do livro é bem arrastado, e desanima um pouco o leitor, mas é até compreensível, Noturno vem com a proposta de ser uma trilogia (Trilogia da Escuridão) e talvez por isso, o primeiro volume seja um pouco maçante, devido a toda apresentação do universo e seus personagens.

    Como já havia dito antes, a história tem uma narrativa bastante cinematográfica, o que eu já esperava. Apesar da história focarem três personagens centrais, nos deparamos com outras histórias paralelas de outros personagens trazendo seus pontos de vista sobre a situação, criando uma maior absorção a tudo que está ocorrendo.

    Mas vamos a história propriamente dita. Após um avião pousar em um aeroporto de Nova York com todos os sistemas sem funcionamento e com os passageiros aparentemente mortos sem nenhuma evidência de um crime ou atentado ocorrido. Em decorrência disso, uma equipe de controle de epidemias é enviada ao local para descobrir se houve alguma ameaça biológica que causou a morte dos passageiros.

    Pouco a pouco nos envolvemos com o perigo de uma ameaça biológica mundial, devido a transmissão de um vírus que transformam seres humanos em vampiros. O livro tenta ser crível, colocando o vampirismo como uma epidemia, um parasita que acaba transformando o corpo do seu hospedeiro em um ser bestial sedento por sangue.

    Noturno funciona extremamente bem para se tornar um filme, e espero imensamente que isso ocorra, pois deve funcionar muito melhor nas telonas, não que o livro seja ruim, pelo contrário, tem uma trama envolvente cheia de suspense e personagens bem construídos, porém, tem seus altos e baixos e parece já pronto para um filme (o que evidentemente deve ter sido premeditado). A história começa arrastada e o final um pouco cansativo, mas deixa um bom gancho para uma continuação. Fica claro que o livro poderia ter sido “enxugado” e ser mais objetivo, afinal ele tem mais de 400 páginas e oscila demais entre momentos monótonos e ação frenética.

    De qualquer forma, Noturno está longe de ser um livro ruim, já estou ansioso para o próximo volume da série, só espero que seja desenvolvido melhor da próxima vez. Vamos aguardar.

  • Agenda Cultural 13 | Criptografia, Ciências e uma Pitada de Inutilidade

    Agenda Cultural 13 | Criptografia, Ciências e uma Pitada de Inutilidade

    Estamos de volta com mais uma edição e desta vez com Anderson Meira, vulgo Perna (@toscoperna) do podcast/site Toscochanchada. Perna entra para discutir as dicas culturais desta semana com Flávio Vieira (@flaviopvieira), Carlos Voltor (@CarlosVoltor) e Mario Abbade (@fanaticc). Códigos Bizarros em um mundo de (super) humanos, além da volta de Shrek, Angra e o melhor anti-herói (americano) de todos os tempos: Paul Giamati!

    Duração: 53 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Quadrinhos

    Mundo dos Super Heróis – Revista Bimestral

    Literatura

    O Livro dos Códigos – Simon Singh
    Eu Não Acredito que Você Fez Isso – Bob Fenster

    Música

    The Sign of  Southern Cross – Of Mountains and Moonshine
    Angra – Arising Thunder (single)

    Série

    Eureka
    Eureka – Promo da 4º Temporada.

    Cinema

    Almas à Venda
    Shrek para Sempre

    Extra

    Copa do Mundo

    Produto da Semana

    Tenga Egg – Vídeos Explicativos de uso:
    How to use it
    Egg Fantasy

  • Resenha | Os Perdedores: Hora do Troco

    Resenha | Os Perdedores: Hora do Troco

    Os Perdedores - Hora do Troco

    Eis que chega as bancas Os Perdedores. Após ser publicada anteriormente pela Opera Graphica, a Panini sabiamente aproveitou o momento certo para relançá-la, afinal, a estréia dos filmes nas telonas ocorrerá no mês seguinte, então nada melhor que colocá-las nas bancas novamente com uma cara nova.

    Os Perdedores são uma equipe de ex-agentes da CIA que foram dados como mortos após uma operação secreta. A própria agência traça uma possível ‘queima de arquivos’ durante uma missão (nessa primeira edição ainda não temos detalhes sobre o real motivo do atentado) e acredita que havia se livrado de todos eles. Ilusão. O grupo liderado por Franklin Clay saem de cena e passam a preparar um grande plano para terem suas vidas de volta, para isso terão que barganhar com sua ex-agência. Com o decorrer da história, o grupo descobre envolvimento do governo com empresas multinacionais e o narcotráfico.

    O roteiro pode parecer simplista em um primeiro momento, por tratar de um tema que já foi utilizado pelo cinema americano inúmeras vezes (principalmente nos anos 80), e que quase sempre resulta em filmes ruins, no entanto, o que vemos são clichês muito bem utilizados. A história não é novidade, mas o roteirista consegue trabalhar bem a trama e seus personagens, e esse, definitivamente é o ponto forte da hq, mesmo tratando de algo tão utilizado, Andy Diggle consegue não ser mais um e se destaca na ‘multidão’.

    O autor é conhecido pelo seu bom trabalho em Juiz Dredd. Nos anos 2000 a editora Vertigo procurou o inglês, para que este trouxesse novas ideias para histórias. Assim surgiu Lady Constantine e logo após Os Perdedores, ambos os títulos ao lado do excelente desenhista Mark Simpson, ou simplesmente, Jock, que foi arrastado junto com Diggle após a proposta da editora. Jock, por sinal, é dono de um traço característico muito interessante e trabalhou ao lado do amigo em Juiz Dredd, Hellblazer, Arqueiro Verde, Lady Constantine, entre outros. Os dois têm mostrado seu mérito na indústria, seja trabalhando juntos ou separados.

    Em 2003 o trabalho dos dois começou a ser publicado, a HQ Perdedores teve um ótimo recebimento de público e já em seu primeiro volume, o roteiro de Diggle mostra a que veio, traçando diálogos afiados e uma história repleta de reviravoltas sem deixar pontas soltas, tudo isso aliado ao traço de Jock, que consegue dar um ritmo explosivo a trama de ação proposta pelo parceiro. Uma ótima indicação àqueles que apreciam uma inteligente história de espionagem.

  • Agenda Cultural 12 | Steampunk, True Vampires e Fantástico Blues

    Agenda Cultural 12 | Steampunk, True Vampires e Fantástico Blues

    Agenda Cultural com a participação do escritor/tradutor Eric Novello (@cericn), Amilton Brandão (@amiltonsena), Flávio Vieira (@flaviopvieira) e Mario Abbade (@fanaticc) complementam os participantes desta edição.  Confiram o bate papo sobre captura de movimento nos games, vampiros (de verdade!) na TV, o septuagésimo ano do maior detetive de todos os tempos… e muito mais.

    Duração: 54 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Quadrinhos

    Batman 70 Anos

    Literatura

    Evento – Fantasticon
    Vapor Punk – Eric Novello
    Neon Azul – Eric Novello
    Histórias da Noite Carioca – Eric Novello
    Dante, O Guardião da Morte – Eric Novello
    Necrópole: Histórias de Bruxaria – Eric Novello e outros autores (contos)
    Paradigmas Vol. I – Eric Novello e outros autores (contos)
    Imaginários Vol. II – Eric Novello e outros autores (contos)

    Para maiores detalhes sobre o trabalho realizado pelo Eric, acesse http://ericnovello.com.br/.

    Games

    PS Move
    Xbox Kinect
    Nintendo 3DS

    Música

    The Black Keys
    Cyndi Lauper – Memphis Blues
    Mario Abbade no show da Cindy Lauper

    Série

    Review True Blood

    Cinema

    O Pequeno Nicolau
    15 Anos e Meio
    Vittorio de Sica – Minha Vida, Meus Amores
    Entrevista com o cineasta Laurent Tirard

    Extra

    Copa do Mundo

    Produto da Semana

    Cinto Massageador Physical Fat Reducing

  • Agenda Cultural 11 | A Volta dos Vampiros Brilhantes e Lobisomens Depilados

    Agenda Cultural 11 | A Volta dos Vampiros Brilhantes e Lobisomens Depilados

    Estamos de volta com mais uma edição e dessa vez Felipe Morcelli (@multiversodc) do site Multiverso DC se reúne a Flávio Vieira (@flaviopvieira) e Mario Abbade (@fanaticc) para comentar sobre tudo o que rolou no mundo do entretenimento. Nessa edição contamos com a volta do Madman com seu mais novo álbum, mais um mergulho na psique do Homem Morcego e é claro que não deixaríamos de comentar sobre Eclipse com seus vampiros brilhantes e lobisomens depilados. Ouça agora mesmo!

    Duração: 55 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Quadrinhos

    Batman: A Batalha pelo Capuz
    Madame Xanadu Vol I: Disenchated

    Literatura

    Força Estranha – Nelson Motta

    Games

    Soul Calibur IV

    Música

    Ozzy Osbourne – Scream
    Video Promocional Scream: Ozzy no Museu de Cera
    Iron Maiden – El Dorado (single)

    Cinema

    O Brilho de uma Paixão
    A Flor do Deserto
    Topografia de um Desnudo
    Saga Crepúsculo: Eclipse
    Veja também: Reação de uma fã assistindo trailer de Eclipse

    Extra

    Copa do Mundo

    Produto da Semana

    Enlouqueça seu Homem

  • Agenda Cultural 10 | Jazz, Dupla Dinâmica e Brinquedos com Crises Existenciais

    Agenda Cultural 10 | Jazz, Dupla Dinâmica e Brinquedos com Crises Existenciais

    Mais um ilustre convidado nesta décima edição da nossa Agenda Cultural. Adhemar Martins do Cerealcast se junta a Amilton Brandão (@amiltonsena), Flávio Vieira (@flaviopvieira) e Mario Abbade (@fanaticc). e reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, seriados, quadrinhos e cenário musical.  Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 57 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Quadrinhos

    The Boys – O Nome do Jogo

    Literatura

    Chatô, o rei do Brasil – Fernando Morais

    Teatro

    A Vida Secreta de Batman e Robin

    Séries

    Treme (HBO)

    Cinema

    Em Busca de Uma Nova Chance
    A Jovem Rainha Vitória
    Patrick 1.5
    O Profeta
    Toy Story 3
    Kick-Ass – Quebrando Tudo

    Extra

    Copa do Mundo

    Produto da Semana

    Depilação a Laser – Light Sheer Siberian

  • Resenha | Hellblazer: Congelado

    Resenha | Hellblazer: Congelado

    Hellblazer - Congelado

    Finalmente a Panini lança o seu primeiro encadernado com o matador de demônios mais motherfucker dos quadrinhos, John Constantine. Infelizmente, a editora optou por continuar a série de onde a Pixel parou, o que é muito bom para quem já acompanhava as revistas, mas ruim, para quem não teve a oportunidade de conhecer toda a trajetória de Constantine, como eu por exemplo, além do que, era uma ótima oportunidade para ter toda a coleção em edições de alta qualidade.

    John Constantine é um exorcista arrogante, detentor de poderes sobrenaturais. O personagem foi criado por Alan Moore, na época em que escrevia as histórias do Monstro do Pântano, e era um mero figurante, porém, como era de se esperar, logo se popularizou e ganhou uma revista só sua: Hellblazer.

    O arco lançado pela Panini, intitulado apenas como Congelado, reúne 7 edições da série mensal americana, do número 157 a 163, e antes que alguém ache difícil acompanhar uma revista com tantas edições já lançadas, vai por mim, não é difícil entender a história até agora, além do que, a revista conta com uma introdução dando um pequeno resumo de toda a jornada de Constantine até aqui, o que acaba facilitando os leitores que conhecem o básico do personagem, mas talvez não surta o mesmo efeito para aqueles que nunca leram nada sobre ele.

    O encadernado conta com quatro histórias, todas muito bem escritas, mesclando o extraordinário com o humor negro típico do personagem. Logo na primeira delas, temos uma sequência de diálogos sensacional, transcrito logo abaixo:

    -Então Betty estava no céu com São Pedro quando ouviu sons de brocas e gente gritando.
    -Continue.
    -Daí ela perguntou a São Pedro: “que barulho todo é esse?“. E ele respondeu que quando você chega ao céu eles têm que fazer furos nas suas costas para colocar as asas e um na cabeça para a auréola. Então ela disse: “prefiro ir pro inferno“. E São Pedro explicou que no inferno ela seria sodomizada por toda eternidade.
    -Bom, pra isso ela já tinha um buraco.

    A primeira história é curta, com alguns poucos diálogos, quase um prequel do que está por vir. A segunda história, que dá título ao encadernado, na minha opnião é a melhor de todas, com uma trama repleta de suspense e mistério, que se passa toda dentro de um bar nos EUA.

    Após uma de suas andanças pelo território americano, John Constantine se depara com um bar, onde os clientes daquele se vêem ser ter para onder ir, devido a uma forte nevasca que tem feito na região, impossibilitando-os de se locomover, e para ajudar, um assassinato é descoberto em frente ao local e todos acreditam que o responsável está ligado a uma lenda antiga da região. Na outra história, conhecemos um pouco do passado de Constantine na Inglaterra, quando ele era apenas um jovem. Essa é uma boa história para entender um pouco da construção do personagem, recomendado principalmente para novatos nos círculos de magia do nosso bruxo.

    O roteiro é todo escrito por Brian Azzarelo, o que já é motivo de divergências para muitos, principalmente na sua fase em que cuidou do personagem. Particularmente, gosto bastante dos trabalhos de Azzarello, seu desenvolvimento narrativo não deixa a ‘peteca’ cair em nenhum momento. Os desenhos ficam por conta de Steve Dillon, Marcelo Frusin e Guy Davis, todos casam muito bem com o estilo tempestivo de Azzarello e tem o traço peculiar de suas histórias.

    A Panini tem feito um ótimo trabalho ao relançar esses trabalhos, principalmente para aqueles que desistiram de comprar edições simples e primam por uma qualidade maior. Só nos resta torcer para que ela se acerte com a periodicidade desses encadernados.

  • Agenda Cultural 09 | Fábulas da copa, Esquadrões Especiais e Crise de Idade no Fim do Mundo

    Agenda Cultural 09 | Fábulas da copa, Esquadrões Especiais e Crise de Idade no Fim do Mundo

    Atendendo a pedidos contamos novamente com a participação de Carlos Voltor (@CarlosVoltor) ele se junta a Amilton Brandão (@amiltonsena)e Mario Abbade (@fanaticc) para completar o time deste episódio. Se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, seriados, quadrinhos e cenário musical.  Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 67 min
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Literatura

    O Fim da Terra e do Céu – Marcelo Gleiser
    A História do Cinema Mundial – Fernando Mascarello

    Games

    Video Viral do Playstation 4 (ou 3d do Play 3)
    Fable III
    Detalhes da Produção de Fable III

    Teatro

    Velha é a Mãe

    Séries

    Review How I Met Your Mother

    Música

    Slash – Slash

    Cinema

    Alguns Motivos para não se Apaixonar
    Antes da Lua Cheia
    Cartas para Julieta
    Índia, Amor e Outras Delícias
    Soul Kitchen
    A Última Música
    Plano B
    Crítica Esquadrão Classe A

    Produto da Semana

    Dê um ‘boost’ nos seus feromônios…

    Extra

    Copa do Mundo

    Comentados na leitura de e-mails

    Bolão Podcast Copa do Mundo
    Teiacast

  • Agenda Cultural 08 | Delorean’s, Filosofias de Boteco e as Aventuras de um Imigrante Dançarino

    Agenda Cultural 08 | Delorean’s, Filosofias de Boteco e as Aventuras de um Imigrante Dançarino

    Agenda Cultural está de volta com força total: Flávio Vieira (@flaviopvieira), is back! Ock-Tock (@ocktock) do site e podcast Máquina do Tempo e Tockaí se junta ao time do Vortex Cultural. Contamos também com Amilton Brandão (@amiltonsena) e Mario Abbade (@fanaticc). Se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, seriados, quadrinhos e cenário musical.  Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 59 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Quadrinhos

    Resenha Y: O Último Homem
    Resenha Capitão América: A Escolha

    Literatura

    O Dia do Curinga – Jostein Gaarder
    Trechos/Citações do ‘O Dia do Curinga’ (em inglês)

    Séries

    Glee

    Cinema

    Ao Sul da Fronteira
    Elevado 3.5
    O Golpista do Ano
    Marmaduke
    No Meio do Mundo
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  • Resenha | Kaori: Perfume de Vampira – Giulia Moon

    Resenha | Kaori: Perfume de Vampira – Giulia Moon

    Kaori - Perfume de Vampira - Giulia Moon

    ”[…] Naquele instante, o dragão rutilante soltou-se da pele alva da vampira e deslizou, célere, ao encontro do seu par. O dragão negro de Samuel percorreu, liberto, o corpo masculino, sua tela e sua prisão, até atingir a pele perfeita da amante, as suas nádegas, o seu ventre, o seu sexo. De repente, entre os dois corpos imersos no frenesi do amor carnal, as duas criaturas fabulosas encontraram-se, numa explosão de fogo e volúpia. […]”

    Depois desse começo quente, vou falar um pouco sobre esse livro esfuziante que li em 3 dias de tanta curiosidade pela história e fascínio pelos personagens.

    Kaori (traduzindo, significa perfume) está mais para biografia do que um romance (mas não pensem que é só isso, existem muitas partes de aventura e ação, além de doses de erotismo), já que o livro conta as aventuras dessa vampira nipônica desde o ano de 1647 (Período Tokugawa) até 2008 (Era Heisei).

    Pra entendermos o rumo que a personagem traça e a influência causada e sofrida por ela, devemos pensar no ensinamento do mestre dela: ”O que você sabe sobre o destino? Menina tola. Ninguém é dono do seu destino se não tem poder para mudá-lo.” [página 64]. Seguindo essa linha, no livro vemos como algumas atitudes da personagem geram reações voluntárias ou involuntárias de outros, ou mesmo, como o sobrenatural é cultivado dentro da sociedade atual e nos tempos feudais.

    Cada capítulo do livro reserva uma surpresa, mínima, mas sempre presente. A própria disposição dos capítulos é diferenciada, pois temos um capítulo tratando do presente, outro, do passado (dezoito capítulos marcados em numerais arábicos [presente] e mais dezoito marcados em numerais romanos [passado], somando prólogo e epílogo, nas 371 páginas do livro), com um final, na minha opinião, bom, mas não tanto quanto eu esperava.

    Mais algumas considerações: personalidade de cada ser vivo ou ‘não morto’ bem trabalhada, exceto de um que é somente mais explorado no final; localidades bem assimiladas transportando assim o leitor para o lugar, ou mesmo, o fazendo imaginar, sentir, ”respirar” a paisagem; acho que faltaram algumas doses de comédia com alguns personagens e/ou situações; senti muita falta da situação que deveria envolver (não pensem besteira) Takezo e Samuel.

    Durante todo esse tempo somos apresentados à algumas criaturas do folclore oriental como Nekomata (No Folclore Japonês, um gato com habilidades sobrenaturais parecidas com as de uma Kitsune ou de um Tanuki.), Tengu ( São criaturas fantásticas do folclore japonês, uma espécie de duende cujas lendas possuem traços tanto da religião budista quanto xintoísta, habitam florestas e montanhas. Eram desenhados de duas formas diferentes: Os karasu tengu : com o corpo humanoide, mas uma cabeça de corvo, ou, Os konoha tengu: com feições humanas, mas dotados de asas e longos narizes. Os konoha tengu eram representados às vezes carregando uma pena. Máscaras representando seus rostos eram muito usadas em festivais.), kyuketsukis (denominação japonesa dos vampiros, composta pelos fonemas: kyu = sugador, ketsu = sangue, ki= demônio), já a outra espécie de bichos que aparecem no livro, os canis famélicos, não achei registros na cultura oriental, só os cito pra não falarem que esqueci.

    Um outro ponto interessante é a diferenciação das classes da sociedade do final do período feudal/começo do período Meiji (abertura dos portões do Japão após 250 anos fechados para o comércio externo, por interferência dos americanos, Almirante Mathew C. Perry, período que o Imperador volta ao poder, desprestígio do Xogum [general e chefe militar, encarregado da proteção do império]):

    – Mercadores (pai da Kaori, Gombei, dono de uma venda de dangôs, Dangô ya);
    – Daimyôs (Lorde Shin-nô, o típico senhor feudal [tradução de daimyô] do final do período Tokugawa);
    – Samurais (Wakabara Kodo, que demonstra muito do significado do bushidô [bushi = guerreiro, dô = caminho, portanto, caminho do guerreiro], os princípios que regiam [ou deveriam reger] a conduta do samurai).

    Algumas das figuras históricas citadas: Myamoto Musashi (considerardo o mais forte e também criador do estilo Niten Ichi Ryu [Ni = dois, Ten = céu, Ichi = Um, Ryu = Dragão ou usado para denotar quando se refere à um estilo de arte marcial, esse estilo é ensinado até hoje, sendo composto pelo combate com uso de duas armas: katana e wakyzashi] e escritor do livro Go Ring no Sho [Livro dos Cinco Anéis]); Oda Nobunaga, Hideyoshi Toyotomi e Ieyasu Tokugawa (três grandes generais responsáveis pela unificação do Japão, sendo que Ieyasu é quem cria o cargo de Xogúm e mantém por hereditariedade de 1603 até 1853, ano da chegada de Perry a Baía de Edo).

    Uma última explicação: ”mas afinal, de onde vem essa coisa de eras?” ou, ”o que é Tokugawa e Showa?” vocês devem estar pensando, eis a explicação: A família imperial japonesa mantém-se de forma contínua no trono desde o princípio do período monárquico, no século VI a.C.. Do ponto de vista religioso, os imperadores traçam sua ancestralidade até o reinado dos deuses sobre a terra, dos quais seriam descendentes e o Imperador Jinmu é o primeiro mortal da linhagem imperial. Atualmente o trono pertence ao Imperador Akihito, lá é o mesmo caso da Inglaterra, um sistema parlamentar de governo, isto é, de acordo com a Constituição de 1947 o Primeiro Ministro é quem comanda o país mesmo existindo a Família Imperial.

    Obs: Pra um melhor entendimento do livro, recomenda-se a leitura do conto Dragões Tatuados, do livro Amor Vampiro (Editora Giz, 2008).

    Compre: Kaori: Perfume de Vampira – Giulia Moon.

    Texto de autoria de Hatake Diogo.

  • Agenda Cultural 07 | Zumbis, Gatos Cantantes e a Ilha “Psicodélica” de Lost

    Agenda Cultural 07 | Zumbis, Gatos Cantantes e a Ilha “Psicodélica” de Lost

    Sétima edição do nosso encontro cultural semanal. Dessa vez sem um dos integrantes habituais, mas de volta com o Carlos Voltor (@CarlosVoltor), juntamente com Amilton Brandão (@amiltonsena) e Mario Abbade (@fanaticc). Se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, seriados, quadrinhos e cenário musical.  Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 57 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Literatura

    Duna – Frank Herbert

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    Left 4 Dead 2
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    Séries

    Lost – Series Finale
    Mistérios Catalogados: Resolvidos/Pendentes
    Aloha to Lost – Especial Jimmy Kimmel (após o final da série)

    Música

    Cats: O Musical

    Cinema

    Carros Usados, Vendedores Pirados
    Em Teu Nome
    Crítica O Escritor Fantasma
    Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague
    No Meio do Mundo
    Olhos Azuis
    Pânico na Neve
    Sex and the City 2

    Dica da Semana 

    Evento GLBT em SP

    Comentados na leitura de e-mails

    Flávio no Masmorra Cast (especial Dio)
    Amilton no PodMMO sobre Diablo
    Sextacast
    Mitografias – Podcast sobre Mitologia
    Farrazine

  • Crítica | As Virgens Suicidas

    Crítica | As Virgens Suicidas

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    Sofia, aquela menina tímida que interpretou (terrivelmente) a Mary Corleone de O Poderoso Chefão III, carrega consigo um dos nomes mais pesados da Indústria Cinematográfica do século XX: Coppola.

    Tendo isso em mente, pode-se imaginar que uma pressão enorme, tanto por parte dos profissionais desse meio quanto da expectativa dos fãs de seu pai, deve ter caído sobre ela quando foi anunciada em 1999 que dirigiria e escreveria seu primeiro longa-metragem: As Virgens Suicidas. Hoje em dia Sofia Coppola tem em seu currículo quatro longas, mas não deixa de ser válido mencionar o primeiro deles, já que para uma obra de estreia, um filme desse porte não pode nunca ser deixado em segundo plano.

    Produzido por Francis Ford Coppola e baseado em um romance homônimo de Jeffrey Eugenides, As Virgens Suicidas mostra a fase final da vida de cinco irmãs do ponto de vista de um grupo de garotos que cultivam grande fascinação por elas. É importante mencionar a diferença de idade entre elas que é de apenas um ano, o que significa que o cenário consiste em uma casa onde vivem simultaneamente cinco garotas na adolescência. Mantidas pelos pais autoritários e religiosos em isolamento domiciliar, as irmãs Lisbon tornam-se ídolos inalcançáveis para os meninos que, sendo seus vizinhos e frequentando a mesma escola, analisam e especulam sobre cada aspecto da vida delas que são capazes de observar. Da perspectiva da narração (feita por Giovani Ribisi, ator que também está presente na obra posterior da diretora, Encontros e Desencontros), um desses garotos tenta, a partir dessa obsessão, entender os motivos que as levaram a cometer suicídio (quem disser que é spoiler, leia o título do filme) de uma maneira no mínimo bizarra.

    Com uma direção inspirada e controversa, Sofia conta em um turbilhão de cores, gestos e expressões uma história poderosa e comovente. A fotografia do filme é delicada, feminina e incitante, exibindo em muitos momentos um brilho ofuscante e uma aura sonhadora. A trilha sonora é impecável, contando com a introspecção eletrônica da maravilhosa banda francesa “Air” e algumas faixas da banda de rock “Sloan”.

    O pontapé inicial do enredo é a tentativa de suicídio da irmã mais nova Cecilia, logo de cara deixando claro que a melancolia dessa história não será manipulada pelos recursos clássicos de suspense e drama que normalmente vemos em filmes que focam a natureza feminina – os girl flicks. Em vez disso, a diretora carrega sutilmente ao longo do filme a tristeza de uma vida limitada por dogmas culturais no contexto da juventude dos subúrbios americanos. Geralmente ao assistir a filmes que relatam “dramas adolescentes”, o que se vê é uma verborragia um tanto novelesca, além de conflitos banais que acabam por serem resolvidos magicamente por fórmulas igualmente banais.

    O diferencial dessa obra é que para entender o que se passa com as irmãs Lisbon, é preciso acima de tudo observar atentamente aos detalhes, que são o ponto forte desse filme. Um bom exemplo é a cena do cinema, em que o talento de Sofia consegue de uma belíssima maneira transmitir as emoções implícitas na situação proposta, e com apenas uma frase, culminar no grande clímax da história do carismático casal que lidera o elenco das personagens, Kirsten Dunst e Josh Hartnett. Alguns críticos atiraram tomates dizendo que as personagens são superficiais e mal construídas, quando na verdade, para um observador externo, é impossível definir os sentimentos e anseios que ditam o comportamento de pessoas reais e, consequentemente, o que se vê pode não fazer perfeito sentido dentro dos parâmetros de uma história linear simplesmente por não conhecer o contexto das vidas delas por completo.

    Para enxergar a realidade da (des)motivação dessas garotas é preciso imaginar o que não se vê, através de gestos e detalhes, justamente como fazem os garotos que espionam as vizinhas com binóculos para satisfazer sua curiosidade. Compreender plenamente o que se passa com elas é uma tarefa impossível, afinal sabemos que muitos pais passam a vida toda sem ter a menor pista de quem seus filhos realmente são. No final o espectador ainda se encontra sem saber exatamente o que concluir, deparando-se com um desfecho ambíguo e aberto a diversas interpretações diferentes, o que faz jus ao peso dessa história e ao realismo das circunstâncias em que ela toma forma.

    Com atuações sensíveis de Kathleen Turner e James Woods, As Virgens Suicidas é um filme que pode comover ambos os gêneros, especialmente para o cinéfilo que gosta de analisar as personagens sem que sua caracterização seja mastigada e entregue de bandeja pelo autor. Não é um filme fácil, mas não pelos motivos óbvios. É perfeitamente inteligível mesmo para o espectador mais leigo, porém exige um total envolvimento com a trama e as personagens para que se compreenda o que ele realmente tem de melhor. A princípio, na história pode parecer que existe uma falta de propósito, mas pra quem gosta do Cinema que expressa através da linguagem visual, é um prato cheio e uma deliciosa viagem de sutileza e melancolia.

    Texto de autoria de Thiago Debiazi.

  • Agenda Cultural 06 | Sexo, Drogas e um Morcego no Tempo

    Agenda Cultural 06 | Sexo, Drogas e um Morcego no Tempo

    Seguimos com a sexta edição da nossa Agenda Cultural, os já habituais Flávio Vieira (@flaviopvieira), Amilton Brandão (@amiltonsena) e Mario Abbade (@fanaticc) recebem Carlos Voltor (@CarlosVoltor) que muito acrescentou aos temas discutidos. Se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, seriados, quadrinhos e cenário musical.  Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 55 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Quadrinhos

    O Retorno de Bruce Wayne
    Comentado: Capas Para o Retorno de Bruce Wayne

    Literatura

    Crônicas Saxônicas: Terra em Chamas – Bernard Cornwell

    Games

    God of War III
    Cena comentada: Kratos x Poseidon
    Starcraft 2

    Séries

    Resenha Supernatural
    24 Horas – O Filme
    24 Horas (Oitava Temporada)

    Música

    Jeff Scot Soto and Eric Martin
    U.F.O.
    Aerosmith

    Cinema

    Ao Sul de Setembro
    Deu a Louca nos Bichos
    Quincas Berro D’Água
    Solo
    Fúria de Titãs

    Produto da Semana

    Viberplate

  • Resenha | Minority Report – A Nova Lei – Philip K. Dick

    Resenha | Minority Report – A Nova Lei – Philip K. Dick

    Minority Report – A Nova Lei – Philip K. Dick - book

    Para quem não conhece, Dick é um dos autores mais cultuados de Ficção Científica dos nossos tempos, sendo quase sempre citado junto com outros grandes nomes do gênero, como Asimov ou Arthur C. Clark. E se você ainda não reconheceu seu nome no meio literário, com certeza ouviu falar dos filmes que algumas obras de Dick inspiraram.

    São elas: Blade Runner: O Caçador de Andróides (adaptado de “Do Androids Dream of Eletrical Sheep?”), O Vingador do Futuro (do conto “We Can Remember It for You Wholesale”), O Pagamento (baseado em “Paycheck”), Screamers: Assassinos Cibernéticos (conto “Second Variety”), O Impostor (“Impostor”), O Homem Duplo (“A Scanner Darkly”) e Minority Report: A Nova Lei (“Minority Report”). Há algumas outras adaptações para o cinema, mas essas são as que se tornaram mais conhecidas do grande público.

    Para o bem ou para o mal, logo de cara fica fácil afirmar que Dick é o autor de FC que mais tem adaptações para o cinema. Isso com certeza representa um pouco da influência do autor no gênero. E é na aposta deste reconhecimento que a editora Record lança esta coleção de contos logo depois do lançamento do blockbuster de Spielberg, com título homônimo. De todos os contos inspirados em filmes que citei, nesta coleção fica faltando apenas ‘O Homem Duplo’, ‘O Pagamento’ e o que inspirou ‘Blade Runner‘. Temos aqui todo o resto e mais alguns, totalizando dez contos.

    Confesso que peguei para ler este livro com uma expectativa muito grande, afinal sou fã de Ficção Científica, apesar de nunca ter lido nada do autor (com exceção de alguns contos “soltos por aí”). Talvez essa expectativa tenha influenciado no modo como recebi a leitura, mas se isso de fato aconteceu, representa apenas uma parte da minha análise, a outra parte são os contos em si.

    O livro abre com Minority Report, que é um conto muito bem estruturado. Ele basicamente levanta as mesmas questões que Spielberg levou para o cinema, mesmo sendo bem diferente da adaptação em muitos aspectos.

    O ponto principal a ser discutido nele é sobre a moral do sistema de prevenção de crimes descrito em Minority Report. Basicamente a trama se desenrola em um futuro próximo onde há um sistema na polícia que prevê a concretização de crimes com até uma semana de antecedência, a polícia então prende o suspeito (ou seria culpado?) antes do mesmo exercer o ato e a pergunta aqui é: Pode-se condenar alguém por um ato que ela ainda (?) não cometeu, ou em muitos casos, nem sabia que iria cometer? E se ao invés de prender os suspeitos, por que simplesmente não avisamos os mesmos de suas ações futuras, talvez assim alterando o resultado das previsões?

    Essas são as questões levantadas pelo conto e creio que é uma ótima escolha ele abrir o livro.

    Depois dele, bem, temos alguns contos não tão representativos filosoficamente falando, que é algo comum no gênero. Outros simplesmente não têm uma construção de personagens muito boa (como no conto ‘O Que Dizem os Mortos’) ou mesmo de enredo e/ou curva dramática (como em ‘Ah, Ser um Bolho!’). Neles, o enredo não te prende e a conclusão termina por ser uma grande decepção. Eu compreendo que em contos não se tem mesmo muito ‘tempo’ para se construir um bom personagem, mas quando eles passam a agir de forma quase que totalmente aleatória, torna-se algo de difícil aceitação para o leitor mais atento.

    Não estou dizendo que Dick não merece a fama que tem como grande nome de FC, pois como mencionei, esta é a primeira obra completa que li dele, mas realmente creio que a seleção dos contos aqui não foi das melhores. Ao meu ver, dos dez contos do livro, gostei realmente de apenas três, são eles: ‘Minority Report‘, ‘A Formiga Elétrica’ e ‘Impostor’. Esses três trazem elementos interessantíssimos para contos de FC. Elementos de reflexão, questionamentos e por último mas não menos importante, desfechos surpreendentes e/ou contundentes.

    Quero chamar a atenção para ‘A Formiga Elétrica’, por levantar questões bem interessantes. Qual não foi o meu prazer ao começar a ler este conto, e lembrar que eu já o conhecia de uma coletânea de Ficção Científica intitulada ‘Histórias de Robôs’. Como mencionei acima, eu já havia lido alguns contos de Dick antes e este em especial ficou gravado na minha mente. Ele conta a história de um empresário bem sucedido que após um acidente descobre que ele na verdade é uma ‘formiga elétrica’, uma gíria para robôs humanóides.

    O nosso personagem principal, devido a falsos implantes de memória, não tinha a menor suspeita de que ele não era humano. Mas esta revelação dada logo na terceira página do conto torna-se secundária quando ele descobre dentro de seu peito cheio engrenagens algo que é responsável por toda a sua percepção de realidade, uma espécie de ‘fita de realidade’, onde um scanner laser lê as perfurações na fita para reproduzir para o robô os cinco sentidos humanos além de toda a sua percepção de mundo como um todo. E é quando ele começa a brincar com essa fita que as especulações mais interessantes acontecem. Segue um trecho:

    “Eu gostaria de controlar o tempo. Inverte-lo. Vou cortar um pedaço da fita e cola-la
    de volta de cabeça para baixo. As sequências de causa e efeito, então, vão passar ao
    contrário. Por conseguinte, vou caminhar de costas até a minha pia, de onde vou tirar
    uma pilha de pratos sujos com a comida produzida pelo meu estômago…então transfiro a comida para a geladeira. No dia seguinte tiro a comida da geladeira, guardo em sacolas e as levo para um supermercado, distribuo a comida aqui e ali pela loja. E
    finalmente, na porta, vão me pagar dinheiro por isso, direto de sua caixa registradora. Mas o que tudo isso provaria? Uma fita de vídeo andando de trás para frente… eu não saberia mais do que sei agora, o que não é suficiente.
    _O que quero é a realidade extrema e absoluta, por um microssegundo. Depois disso, nada importa, porque tudo vai ser conhecido. Não faltará nada a ser visto ou compreendido”

    Antes de terminar, gostaria de ressaltar também que a edição em si não é lá muito caprichosa. Diversos erros de tradução e também de português, acabam por incomodar algumas vezes. No mais, com certeza irei atrás de outras obras do autor para melhor compreender por que coloca-lo na mesma ‘prateleira’ que Asimov, por exemplo, o qual admiro muito como escritor. Mesmo contendo alguns contos bons, mais da metade ficaram bem aquém do que eu esperava, por isso não recomendo esta coletânea, sugiro irem atrás de outras fontes de contos para conhecerem melhor o autor, se esta é a sua intenção.

    Texto de autoria de Amilton Brandão.

  • Crítica | O Planeta dos Macacos

    Crítica | O Planeta dos Macacos

    planeta dos macacos 1968

    Falar do clássico O Planeta dos Macacos não é uma tarefa fácil, afinal o filme já está consolidado como um dos grandes clássicos do cinema há anos. Serei breve e objetivo nessa resenha, e espero que consiga convencer quem ainda não assistiu essa obra, que confira o quanto antes este clássico do cinema cult e de ficção-científica.

    Baseado no livro de Pierre Boulle, o filme conta a história de quatro astronautas que viajam para o espaço, rumo a uma estrela na constelação de Orion, e caem em um sono profundo de dois mil anos. Ao acordarem, no então ano de 3978, descobrem que aterrissaram em um planeta desconhecido, e partem em busca de algum sinal de vida naquele local. Após uma longa jornada pelo deserto, os astronautas encontram um povo bárbaro e tentam estabelecer contato, o que é dificultado pois eles não conseguem articular palavras e apenas emitem grunhidos e gritos animalescos. Enquanto tentam os primeiros contatos, algo surge e aterroriza esses raça de humanos bárbaros, fazendo todos partirem em uma corrida frenética. Quando se dão conta, os astronautas se veem perseguidos por macacos vestidos com trajes humanos, montados em seus cavalos e disparando seus fuzis contra aquele povo, para transformá-los em escravos, animais de estimação e cobaias de laboratório.

    Nos dias atuais a cena pode não causar o mesmo impacto que causou em 1968, e até mesmo poder soar um pouco bizarro e tosco, mas no ano do lançamento causou um frisson inacreditável, sendo responsável por uma das maiores bilheterias do cinema na epóca. E pudera, com um roteiro desses não poderia ser diferente, tendo o já astro, Charlton Heston no papel principal do astronauta que após um sono artificial, aterrissa em um planeta desconhecido, parecido com a Terra, se depara com uma realidade chocante onde homens agem como macacos e os macacos são seres dotados de inteligência e usam estes como experimentos e escravos.

    O Diretor norte-americano Franklin J. Schaffner, um dos responsáveis pelo sucesso que o filme tem até hoje, mostrou um excelente trabalho de câmera, com grandes tomadas e conseguindo extrair boas atuações, inclusive dos atores que utilizavam a maquiagem para viver seus personagens símios, o que acabava dificultando em suas interpretações. Schaffner fez o que Tim Burton não conseguiu, expor a inversão de papéis entre homem e macaco de uma maneira excepcional, e sobretudo ser crível com essa história. O roteiro do filme é grande responsável por isso, ao mostrar essa realidade aterradora entre dominador e dominado, porém, sem um trabalho competente de direção teria sido esquecido à muito tempo.

    E por falar dos aspectos técnicos, o que dizer da maquiagem dos macacos? Simplesmente perfeita e por incrível que pareça, ainda hoje consegue convencer quem a vê, além de ser mais expressiva que muitas animações feitas nos últimos anos. O responsável técnico John Chambers recebeu um Oscar honorário anos depois pela Academia, muito merecidamente, mas um bocado atrasado, pois na premiação de 1969 foi totalmente ignorado por ela. O filme havia sido indicado apenas para o Oscar roteiro original e figurino.

    O estilo narrativo é um pouco lento em comparação aos filmes hollwoodianos atuais, isso se dá ao estilo típico do cinema até o início dos 70. O que torna uma ótima oportunidade para quem não conhece o estilo cinematográfico da epóca e não quer começar com filmes mais “pesados”, O Planeta dos Macacos é uma ótima pedida, pois pode ser considerado um dos blockbuster’s da epóca.

    Schaffner conseguiu mesclar aventura, suspense e ficção-científica como poucos. Charlton Heston emplaca mais um grande papel depois do clássico Ben-Hur. Enfim, um filme que merece ser visto e revisto por todos nós, não só por ser um grande clássico do gênero sci-fi, mas também por todo seu contexto histórico e político da época de seu lançamento.

    Ouça: Planeta dos Macacos.

  • Agenda Cultural 05 | Os Perdedores de Sherwood

    Agenda Cultural 05 | Os Perdedores de Sherwood

    Nesta edição, Flávio Vieira (@flaviopvieira), Amilton Brandão (@amiltonsena)e Mario Abbade (@fanaticc) se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, seriados, quadrinhos e cenário musical.  Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 51 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Quadrinhos

    Resenha Os Perdedores

    Música

    Roger Hodgson
    ZZ Top
    Johnny Winter
    Mudhoney
    Living Colour
    Napalm Death
    L.A. Guns
    Virada Cultural em São Paulo
    Darkthrone – Circle The Wagons
    Judas Priest – British Steel: 30th Aniversary Edition

    Séries

    Modern Family

    Cinema

    Antes Que O Mundo Acabe
    Crítica Sempre Bela
    O Preço da Traição
    Crítica Os Homens Que Não Amavam as Mulheres
    Crítica Mademoiselle Chanbom
    Maré de Azar
    Crítica Pecados do Meu Pai
    Robin Hood

    Dica da Semana

    Bundesliga

  • Crítica | A Estrada

    Crítica | A Estrada

    the-road

    O que a estrada nos oferece? Aonde ela nos leva? Há sequer um destino?

    Essas questões permeiam a jornada de um pai (Viggo Mortensen) e seu filho (Kodi Smit-McPhee) na brutal, crua e também simples realidade em que se encontram.

    Sobrevivência (ou a luta por ela) é o que mantém a relação quase simbiótica dos personagens principais. Em um mundo exaurido de recursos, percebemos que de nada adianta lutar para manter a integridade física se a sanidade mental se esvai, ponto bem representado pela personagem de Charlize Theron. O filho, por sua simples existência provê essa sanidade ao pai, o mantém em foco, dá a este homem um final objetivo de vida: preparar o filho para sobreviver neste mundo, quando ele não mais fizer parte dele.

    Após um evento cataclísmico que pouco nos é explicado, percebemos que o mundo vive agora um cenário de pós-guerra nuclear, onde a luz do sol se tornou uma vaga lembrança, e nos resta apenas paisagens áridas e desoladas a serem contempladas. Pai e filho partem em uma jornada determinados a chegar à costa americana, com uma vaga e ingênua esperança de que as coisas simplesmente serão melhores por lá. O destino da jornada no entanto, se mostra apenas um detalhe, quase um subterfúgio mental quando analisamos a obra de uma forma mais profunda.

    Baseado no livro homônimo de Cormac McCarthy (autor de Onde os Fracos Não Têm Vez), a direção de John Hillcoat e o roteiro de Joe Penhall mantêm o teor sombrio da obra. A fotografia do filme proporciona exatamente o tom que A Estrada quer nos passar. Um mundo sem vida, cinza, com o inverno nuclear sempre presente.

    Neste cenário não há espaço para sutilezas ou eufemismos. Sobra sim o grotesco, o visceral, o medo generalizado de qualquer outro ser que possa cruzar o seu caminho. Qualquer um que possa querer tomar o pouco alimento que lhe resta, seu abrigo, ou simplesmente seu precioso sapato.

    A resposta deste medo é representada ao extremo no personagem de Viggo, com uma atuação tocante e verdadeira, conseguimos ver e compreender em seu olhar, em seu corpo corrompido, o que este homem sofreu e o que ele é capaz para manter imaculada (outro esperança ingênua) sua prole.

    Poucos filmes pós-apocalípticos tratam o tema com tamanha crueza e subjetividade. Muitos enveredam por caminhos onde a ação desenfreada ou o escapismo ficcional acabam se sobressaindo, deixando pouco espaço para uma reflexão sobre questões humanas primordiais dentro do cenário escolhido. Sejam elas de sobrevivência, relação interpessoal ou até mesmo de confiança. Esta última, vale notar, ainda presente no garoto e quase que completamente esgotada no pai. Mais um ponto interessante na relação pai/filho do filme.Pode-se questionar a verossimilhança do modos operandi de alguns grupos retratados no filme na luta pela sobrevivência. Mas basta um pouco de reflexão histórica para percebermos que os atos que nos causam mais asco no filme, não seriam assim tão difíceis de serem concretizados pela nossa natureza animalesca.

    A jornada empreendida aqui é análoga a caminhos tortuosos trilhados por todos nós. Viggo não sabe o que vai encontrar na costa, nem exatamente por que decidiu ir para lá. Mas sabe sim que não pode ficar estático, inerte ao destino reservado para ele e seu filho. Sabe que não pode parar, em certo momento abre mão até de certos recursos que ele sabe serem indispensáveis para ele e para o garoto. Este, não compreende a obsessão do pai, a importância de terem um objetivo final traçado, a sua (sempre presente) desconfiança para com o mundo deixado para eles. Um mundo destruído, sem cor, morto… e ao mesmo tempo, real.

    Texto de autoria de Amilton Brandão.