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  • Resenha | Loveless: Terra Sem Lei – De Volta Para Casa

    Resenha | Loveless: Terra Sem Lei – De Volta Para Casa

    Loveless - Terra Sem Lei

    Meu conhecimento em histórias de western em Quadrinhos sempre se limitou a personagens que com certeza, cada um de nós já se deparou na vida, ainda que seja apenas pelas capas de seus quadrinhos. Um bom exemplo disso são os personagens Tex e Zagor. HQs que já estão consolidadas no mercado há muito tempo, porém, nunca tinha me deparado com nenhum material americano do gênero, pois apesar do Western ser tipicamente norte-americano, um dos países que mais exporta esse tipo de mídia é a Itália, causa essa que que com certeza foi motivada pelos western spaghetti , que tanto fez parte do cinema italiano. Após essa breve explicação, vamos ao que interessa. Tive conhecimento do lançamento de Loveless e sem pensar duas vezes comprei a maldita revista.

    Loveless foi escrita por Brian Azzarello, autor já renomado pelo seu trabalho em Batman: Cidade Castigada, a sensacional série 100 Balas, seu trabalho em Hellblazer, entre tantos outros. Seu parceiro e responsável pela arte é Marcelo Frusin que faz um trabalho impecável, diversos quadros remetem a cenas de grandes western’s eternizados por Sergio Leone, um grande diretor italiano que ficou conhecido mundialmente pelos clássicos Era uma Vez no Oeste e a Trilogia dos Dólares, estrelada por Clint Eastwood.

    Publicada em 2005 nos EUA através do selo Vertigo, a série durou 24 edições e chega ao Brasil em 2010, publicada pela Panini. Apesar de não ter sido bem recebida lá fora, Loveless tem potencial de sobra. A dupla de artistas estão muito a vontade e já em seu primeiro arco, mostra à que veio.

    Azzarelo molda sua história logo após o término da Guerra Civil americana e retrata todo o cenário social da época, inclusive ao mostrar a eterna rixa entre os sulistas (confederados) e nortistas (União). É interessante entender os motivos pelo qual a tão falada Guerra da Recessão foi travada, e Azzarelo se mostra competente em colocar os controversos pontos de vista de ambos os lados.

    A história tem como protagonista Wes Cutter, um ex-soldado dos Estados Confederados que após o fim da guerra retorna a sua terra natal, mas se depara com suas terras tomadas pela União. Cutter passa a agir como julga o correto, tentando tirar o melhor para si, tudo isso ao lado de sua mulher Ruth, que até então todos acham que está desaparecida e Cutter usa isso como um trunfo.

    O arco inicial nos apresentam os principais personagens, um pouco de seus passados através de flashbacks e um pouco da história dos EUA e as diferenças culturais de cada lado. As motivações dos protagonistas estão sendo trabalhadas e vamos conhecendo suas histórias gradativamente.

    Uma HQ recomendadíssima para quem ainda não conhece o trabalho de Azzarello ou mesmo nunca se sentiu atraído por ler nada do gênero. Essa é a sua chance.

  • Agenda Cultural 04 | O Mundo Imaginário do Viking Metal

    Agenda Cultural 04 | O Mundo Imaginário do Viking Metal

    Na quarta edição da Agenda Cultural, contamos com o nosso primeiro convidado aqui no Vortex! Daniel HDR (@danielhdr) do Argcast / HDR se junta ao time habitual Flávio Vieira (@flaviopvieira), Amilton Brandão (@amiltonsena) e Mario Abbade (@fanaticc) se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, quadrinhos e cenário musical. Além das dicas recorrentes, há uma uma discussão sobre a ‘revolução’ editorial da Panini Comics. Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 54 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Literatura

    Belas Maldições – Terry Pratchett & Neil Gaiman

    Quadrinhos

    Blue Dragon
    Lanterna Verde – Prelúdio Para a Noite Mais Densa
    Daniel HDR – Site Oficial

    Música

    Chuck Berry – Crítica Show Chuck Berry por Mário Abbade [2008]
    Gamma Ray
    Manowar
    Manowar in 16 Languages!
    Manowar cantando em Português
    Capas Manowar

    Séries

    Spartacus – Blood and Sand

    Cinema

    A Hora do Pesadelo
    Crítica O Inferno de Henri-Georges Clouzot
    Luzes na Escuridão
    Missão Quase Impossível
    O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus
    Querido John
    Polícia, adjetivo
    Segurança Nacional

    Evento da Semana

    Rave Inaugural do Sexo

  • Resenha | A Ilha – Aldous Huxley (1)

    Resenha | A Ilha – Aldous Huxley (1)

    A Ilha – Aldous Huxley - 2

    “Nunca aceite o ‘sim’ como resposta”.

    Esse é o lema de um jornalista britânico, que como todo intelectual no Mundo Ocidental, sofre dos males do cinismo frente a uma Sociedade emocionalmente auto-destrutiva. Em um lado da moeda temos as pessoas alienadas da realidade, e em outro, aquelas que são esmagadas pela contemplação de um mundo construído sobre mentiras repetidas e falsas promessas. Acredito que o Bob Dylan uma vez disse: “Anúncios publicitários que te tapeiam em pensar que você é aquele que pode fazer o que nunca foi feito, que pode ganhar o que nunca foi ganho, enquanto isso, lá fora , toda a vida continua ao seu redor” (traduzido).

    É exatamente disso que esse livro se trata: sobre a prisão que acabamos construindo pra nós mesmos dentro das nossas cabeças. Aldous Huxley nos conta em 300 páginas a história de um povo que conseguiu achar outra saída, tendo a consciência de que a nossa inteligência evolutiva não precisa ser um fardo e tampouco fonte de sofrimento constante. Sua receita é simples, embora o resultado possa não ser assim tão fácil de engolir. Seguem algumas passagens curtas do livro que podem servir pra ilustrar o que quero dizer:

    “O ‘eu’ que penso ser e o ‘eu’ que realmente sou. Em outros termos, o sofrimento e o fim do sofrimento.”

    “Define-se como ‘fé perfeita’ algo que traz uma completa paz de espírito. Mas a paz de espírito integral é coisa que praticamente ninguém possui e, sendo assim, a fé perfeita não existe. Consequentemente, todos nós estamos de antemão condenados à punição eterna. Quod erat demonstrandum.”

    “Na escola que eu freqüentava não aprendíamos coisas. Só nos ensinavam palavras.”

    “Os povos são ao mesmo tempo os beneficiários e as vítimas das suas próprias culturas.”

    “No fundo, todos vocês não passam de platônicos que adoram as palavras e detestam os fatos.”

    Em seu último romance escrito, Aldous Huxley (famoso por sua fantástica fábula futurista “Admirável Mundo Novo”, referência na ficção científica-política) conta a história de Will Farnaby e sua libertação espiritual e filosófica em Pala, um refúgio paralelo a um cenário bipolar durante a Guerra Fria. Will viaja o mundo como repórter correspondente, exercendo secretamente o papel de intermediário nas negociações do dono do Jornal em que trabalha, um poderoso magnata do petróleo. É assim que ele acaba naufragando próximo a pequena ilha de Pala, onde na manhã seguinte, depois de ser acordado por gritos incessantes e desumanos de “Atenção” (um dos mais importantes recursos de Simbolismo presentes na história), é resgatado pelos nativos. Ainda traumatizado com a experiência de se ver subitamente rodeado de animais selvagens em um lugar desconhecido e com uma das pernas quebrada, Will passa por um tratamento psicológico que até então desconhecia, e se surpreende com sua eficácia. Sua curiosidade em relação aos métodos adotados por aquele povo é incitada e, durante sua recuperação, ele passa a conhecer muitos dos habitantes de Pala. Um deles é o Dr. MacPhail, descendente direto de um médico escocês que chegou a ilha já fazia mais de um século, inaugurando a influência Ocidental na cultura de Pala. Conforme o seu envolvimento com os nativos se torna mais íntimo, Will começa a absorver os conceitos apresentados a ele, descobrindo assim uma sociedade quase utópica, onde uma impressionante fusão entre o conhecimento científico Ocidental e a Espiritualidade Oriental dita todos os aspectos da vida da população. Deslumbrando-se com os longos e esclarecedores discursos de seus mais influentes habitantes, Will passa a hesitar sobre a intenção de seu chefe de, juntamente com os renegados do regime, promover a industrialização da ilha através do petróleo.

    Alternando entre discussões sobre Ciência, Religião, Filosofia, Sexo, Hipnose e Psicologia, Huxley nos apresenta um Estado Ideal, em que o foco é a plena satisfação de todos os potenciais de cada ser humano, em contraste com a realidade cruel de um mundo segregado entre um consumismo desenfreado e ditadores totalitários. Diferentemente de seu romance mais famoso, em que o enredo flui em uma história dinâmica envolvendo diversos personagens distintos, “A Ilha” é uma jornada individual em que o leitor é exposto a análises incrivelmente detalhadas e fulminantes de toda a estrutura da cultura a que foi condicionado. Huxley levanta questionamentos que sempre estiveram presentes em qualquer mente inquiridora e nos faz pensar sobre como encaramos nossa vida, o mundo ao nosso redor e a existência em si.

    Pra quem está preparado pra esse tipo de aventura, o romance pode servir como pontapé inicial de uma revolução em seu modo de pensar e de viver. Nenhuma questão é deixada sem resposta e o final transcende qualquer senso comum de auto-compreensão.

    Certamente vale a pena conferir a viagem, se o leitor for aberto a novas ideias e, acima de tudo, a morte das ideias antigas.

    Compre: A Ilha – Aldous Huxley.

    Texto de Thiago Debiazi.

  • Agenda Cultural 03 | Bêbados de Lata, Pacifistas no Pacífico e o efeito de Purple Haze

    Agenda Cultural 03 | Bêbados de Lata, Pacifistas no Pacífico e o efeito de Purple Haze

    Terceira edição da Agenda Cultural com Flávio Vieira (@flaviopvieira), Amilton Brandão (@amiltonsena) e Mario Abbade (@fanaticc),  se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, quadrinhos e cenário musical. Em uma linha alternativa de dicas atemporais, selecionamos alguns petardos interessantes dentro do ramo literário também. Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 48 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira
    Arte do Banner: Gustavo Kitagawa

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    Quadrinhos

    Maus

    Games

    Red Dead Redemption

    Música

    Valleys of Neptune – Jimi Hendrix
    Mulher Acerola
    Voca People
    Johnny Rivers

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    The Pacific

    Teatro

    Lente de Aumento – Crítica Lente de Aumento por Mário Abbade

    Cinema

    A Casa Verde
    Os EUA vs John Lennon
    Crítica Tudo Pode Dar Certo
    Crítica Homem de Ferro 2

    Produto da Semana

    Golf Fun!

  • Agenda Cultural 02 | Loucas na Gaiola, Duelo de Aliens e um Coelho Branco no Fim do Mundo

    Agenda Cultural 02 | Loucas na Gaiola, Duelo de Aliens e um Coelho Branco no Fim do Mundo

    We’re back! Segunda edição da Agenda Cultural com Flávio Vieira (@flaviopvieira), Amilton Brandão (@amiltonsena) e Mario Abbade (@fanaticc), se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas em cinema, teatro, quadrinhos e cenário musical. Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 44 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Quadrinhos

    Resenha Loveless: Terra sem Lei

    Games

    Crysis 2

    Música

    Megadeth (show)
    Ratt – Infestation

    Séries

    Review | V: Visitors

    Teatro

    Gaiola das Loucas

    Cinema

    Crítica Utopia e Barbárie
    Lissi no Reino dos Birutas
    Crítica Sonhos Roubados
    Mais que o Máximo
    Crítica A Estrada
    Crítica Alice no País das Maravilhas

    Produto da Semana

    BacTek

  • Crítica | 12 Homens e uma Sentença

    Crítica | 12 Homens e uma Sentença

    12-angry-men

    Doze Homens e uma Sentença é um desses filmes que ficará marcado e dificilmente esquecido por quem o viu.

    Repleto de diálogos brilhantes, belas interpretações e um excelente trabalho de direção e fotografia, Sete Homens e uma Sentença é certamente um dos maiores filmes de tribunais já feito, e que apesar de ter sido filmado em 1957, continua com uma popularidade até os dias atuais.

    Dirigido por um mestre do cinema, Sidney Lumet nos apresenta uma história simples, focado quase inteiramente na decisão de um júri composto por 12 pessoas responsáveis pelo julgamento de um garoto, acusado de matar o próprio pai. O filme não tem rodeios, é direto, com personagens extremamente realistas e fortes, os diálogos durante a sequência são de deixar qualquer um embasbacado.

    O elenco conta com ninguém menos que Henry Fonda no papel do único homem entre os doze que duvida da culpa do garoto pela morte do pai, e se vê diante da tarefa hercúlea de provar para os demais que as coisas não são tão óbvias quanto todos pensam e a cada sequência, Fonda desenvolve uma resistência muito bem fundamentada que aos poucos vai convencendo os demais jurados. Álias, Henry Fonda foi o responsável pela produção do filme, ao assistir a peça para TV, exibida pela CBS em 1954. Percebendo o potencial do roteiro e um papel que o atraiu imediatamente, Fonda arcou com a produção do filme do próprio bolso.

    Fonda contratou Sidney Lumet, um diretor veterano de TV, mas que até então não tinha trabalhado com cinema, e Boris Kaufmann, diretor de fotografia, um especialista em trabalhar com espaços pequenos e claustrofóbicos. Toda história é filmada dentro da sala de júri, com exceção da primeira e última cena, ao chamar Lumet e Kaufmann, Fonda conseguiu o que queria, rodar o filme todo em uma pequena sala, criando assim a tensão que precisava, e sem deixar o ritmo cair em nenhum momento. Lumet vai descontruindo toda cena do crime com maestria e qualquer desatenção pode perder o brilho que o filme merece, claro que sem o roteiro de Reginald Rose, nada disso seria possível.

    Já no início da sequência, após todas as provas serem apresentadas durante o julgamento – provas essas quase irrefutáveis da culpabilidade do réu – O presidente do júri se volta aos demais, indagando-os quem considerava o réu culpado. Todo o júri prontamente ergue as mãos, exceto um deles, personagem esse interpretado por Henry Fonda, conforme já falado. Durante toda a sequência é visível a todos o peso que este homem tem nas costas, ao decidir pela vida de um garoto. E o filme consegue retratar essa guerra psicológica com grande esmero. Todo o decorrer do filme trabalha o modo como o personagem argumenta e todas as recomposições de cenas do crime vão sendo montadas com tamanha inteligência e perspicácia que só nos resta bater palmas.

    Cada ator deixa sua marca no filme, e todos ali trabalham muito acima da média do que vemos por aí, criando uma dinâmica incrível entre todos os 12 atores em tela, e tudo isso dentro de uma sala fechada em uma calorenta tarde da semana. As personalidades de cada um dos jurados vêm a tona, preconceitos raciais, entre outras coisas. Uma humanização dos personagens que provém de um julgamento que seja sensato e justo, de acordo a cada um deles. Uma verdadeira obra-prima cinematográfica.

  • Agenda Cultural 01 | Caçadores de Recompensa, Rita Cadillac e Uma Surra de Bunda

    Agenda Cultural 01 | Caçadores de Recompensa, Rita Cadillac e Uma Surra de Bunda

    Bem vindos a bordoFlávio Vieira (@flaviopvieira), Amilton Brandão (@amiltonsena) e Mario Abbade (@fanaticc) se reúnem para comentar tudo o que está rolando no circuito cultural dessa semana, com as principais dicas da semana em cinema, teatro, quadrinhos e cenário musical. Em uma linha alternativa de dicas atemporais, selecionamos alguns petardos interessantes dentro do ramo literário, além de explicarmos como será o formato que iremos adotar. Não perca tempo e ouça agora o seu guia da semana.

    Duração: 44 mins.
    Edição: Flávio Vieira
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    Comentados na Edição

    Quadrinhos

    Sandman: Edição Definitiva – Vol. I
    Resenha Homem-Aranha: Com Grandes Poderes

    Literatura

    Ilha do Medo – Dennis Lehane
    Resenha Os Senhores do Arco – Conn Iggulden
    O Hagakure: A Ética dos Samurais e o Japão Moderno – Yukio Mishima

    Música

    Marduk
    Placebo
    Bad Company – Hard Rock Live

    Teatro

    O Meu Sangue Ferve por Você

    Cinema

    Crítica Caçador de Recompensas
    Crítica As Melhores Coisas do Mundo
    Crítica Zona Verde
    Crítica Mary & Max
    Crítica Rita Cadillac: A Lady do Povo

    Produto da Semana

    Boneca Inflável Cleópatra

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  • Resenha | O Lobo das Planícies – Conn Iggulden

    Resenha | O Lobo das Planícies – Conn Iggulden

    Quando fala-se de romance histórico, logo vem a mente o nome de Bernard Cornwell. Afinal, o autor britânico já é mais do que consagrado ao redor do mundo por retratar momentos históricos com uma narrativa calcada nos detalhes das batalhas travadas. Mas a questão é que Cornwell não reina absoluto no gênero, e um conterrâneo dele merece atenção.

    Estou falando de Conn Iggulden, que depois da bem sucedida empreitada em contar a história de Júlio César na sua tetralogia sobre o Império Romano, nos traz agora uma história envolvendo outro grande (senão o maior) conquistador da História.

    “Gengis Khan é meu nome…e minha palavra é ferro!”

    Igguldenn narra neste primeiro romance da série o início da jornada de Temujin (nome de batismo de Gengis) ainda na infância, e seu caminho para se tornar o grande ‘Cã’, unificando as tribos da Mongólia que na época viviam em guerra umas com as outras. O autor nos apresenta desde o início o quão dura é a vida na Mongólia na época, com um inverno duro, era uma verdadeira vitória simplesmente sobreviver até o próximo ano.

    Iggulden fez uma extensa pesquisa histórica antes de começar a escrever a série, e foi até a país de origem de Gengis, viver entre eles para entender melhor a história do conquistador que até hoje é aclamado como herói entre os mongóis. Isso nos leva a uma descrição acurada, uma maior compreensão dos costumes deste povo e também de Temujin.

    Abandonado pela tribo de seu pai depois que este é morto por uma emboscada dos Tártaros, Temujin junto com sua mãe e irmãos enfrentam fome, frio e o medo de serem mortos por uma tribo inimiga, pois não têm mais a proteção da sua. Essas dificuldades, somadas a uma inata habilidade para comandar, faz de Temujin desde muito novo um ótimo e implacável líder, crescendo em poder a cada batalha vencida.

    As Batalhas…como elas são empolgantes neste livro.

    Iggulden nos faz sentir como se estivéssemos cavalgando ao lado de Gengis e disparando flechas a pleno galope. ‘Vemos’ essas mesmas flechas penetrarem aço, couro e carne, ‘ouvimos’ os gritos de terror do exército inimigo, ‘sentimos’ o vento frio da corrida em nosso rosto e ‘urramos’ de alegria junto com Gengis quando a batalha está terminada!

    Não quero dar mais detalhes da trama aqui, pois mesmo se tratando de um personagem histórico, todos os pormenores e sutilezas da vida de Gengis são saborosas surpresas durante a leitura. Vale lembrar que como em todo romance do tipo, Iggulden usa de sua criatividade para ‘ajustar’ a História à sua história, afinal o autor não tem a pretensão de escrever um livro acadêmico. Mas isso definitivamente não tira nem um pouco o mérito dos fatos narrados no livro.

    Falando em História, me lembrei de algo, que se não fosse um fato histórico, seria ainda mais difícil de se conceber: Como que uma criança abandonada, deixada para morrer sem nada, cresce para conquistar uma área com o dobro do tamanho do Império Romano?!

    Outro ponto que gostaria de salientar é o quão fácil e prazeroso foi a leitura deste livro. Iggulden mantém em sua narrativa quase que predominantemente momentos de informações vitais para a trama, sem muito espaço para divagações, isso traz uma fluidez narrativa impressionante. sem se tornar superficial. Na verdade, em uma comparação simplista entre Cornwell e Iggulden, eu diria que o primeiro é bem mais detalhista que o segundo, o que leva quase que inevitavelmente a um maior dinamismo na narrativa de Iggulden. Não estou aqui falando que um é melhor que o outro, somente que eles têm estilos um pouco diferentes. Eu adoro os livros de ambos.

    Se você já esta familiarizado com romances históricos esta série é recomendadíssima, se nunca leu nada do gênero, está aqui uma ótima opção para começar. O autor disse em uma entrevista que seriam pelo menos quatro livros necessários para contar a história de Gengis e seus descendentes. Aqui no Brasil por enquanto só temos publicados os dois primeiros livros da série. O segundo é O Senhor dos Arcos (em breve uma resenha dele aqui), o terceiro é o Bones of the Hills, este deve ser lançado por aqui em breve, também pela Record.

  • Oscar 2010 | Indicados e Ganhadores da Premiação

    Oscar 2010 | Indicados e Ganhadores da Premiação

    Melhor Filme

    Guerra ao Terror (vencedor)
    Avatar
    Um Sonho Possível
    Distrito 9
    Educação
    Bastardos Inglórios
    Preciosa: Uma História de Esperança
    Um Homem Sério
    Up: Altas Aventuras
    Amor Sem Escalas

    Melhor Atriz

    Sandra Bullock, Um Sonho Possível (vencedora)
    Helen Mirren, A Última Estação
    Carey Mulligan, Educação
    Gabourey Sidibe, Preciosa: Uma História de Esperança
    Meryl Streep, Julie e Julia

    Melhor Ator

    Jeff Bridges, Coração Louco (vencedor)
    George Clooney, Amor Sem Escalas
    Colin Firth, Direito de Amar
    Morgan Freeman, Invictus
    Jeremy Renner, Guerra ao Terror

    Melhor Diretor

    Kathryn Bigelow, Guerra ao Terror (vencedora)
    James Cameron, Avatar
    Quentin Tarantino, Bastardos Inglórios
    Lee Daniels, Preciosa: Uma História de Esperança
    Jason Reitman, Amor Sem Escalas

    Melhor Atriz Coadjuvante

    Mo’Nique, Preciosa: Uma História de Esperança (vencedora)
    Penelope Cruz, Nine
    Vera Farmiga, Amor Sem Escalas
    Maggie Gyllenhaal, Coração Louco
    Anna Kendrick, Amor Sem Escalas

    Melhor Ator Coadjuvante

    Christoph Waltz, Bastardos Inglórios (vencedor)
    Matt Damon, Invictus
    Woody Harrelson, O Mensageiro
    Christopher Plummer, A Última Estação
    Stanley Tucci, Um Olhar do Paraíso

    Melhor Roteiro Adaptado

    Preciosa: Uma História de Esperança, Geoffrey Fletcher (vencedor)
    Amor Sem Escalas, Jason Reitman e Sheldon Turner
    Conversa Truncada, Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Iannucci e Tony Roche
    Distrito 9, Neill Blomkamp e Terri Tatchell
    Educação, Nick Hornby

    Melhor Roteiro Original

    Guerra ao Terror, Mark Boal (vencedor)
    Bastardos Inglórios, Quentin Tarantino
    O Mensageiro, Alessandro Camon e Oren Moverman
    Um Homem Sério, Joel Coen e Ethan Coen
    Up: Altas Aventuras, Bob Peterson, Pete Docter e Tom McCarthy

    Melhor Filme Estrangeiro

    O Segredo dos Seus Olhos (Argentina – vencedor)
    Ajami (Israel)
    O Leite da Amargura (Peru )
    O Profeta (França)
    A Fita Branca (Alemanha)

    Melhor Documentário

    A Enseada (vencedor)
    Burma Vj
    Alimentos S.A.
    O Homem Mais Perigoso da América
    Which Way Home

    Melhor Edição

    Guerra ao Terror (vencedor)
    Avatar
    Distrito 9
    Bastardos Inglórios
    Preciosa: Uma História de Esperança

    Melhor Fotografia

    Avatar, Mauro Fiore (vencedor)
    A Fita Branca, Christian Berger
    Bastardos Inglórios, Robert Richardson
    Guerra ao Terror, Barry Ackroyd
    Harry Potter e o Enigma do Príncipe, Bruno Delbonnel

    Melhor Maquiagem e Cabelo

    Star Trek (vencedor)
    O Divo
    A Jovem Rainha Vitória

    Melhor Mixagem de Som

    Guerra ao Terror (vencedor)
    Avatar
    Bastardos Inglórios
    Star Trek
    Transformers: A Vingança dos Derrotados

    Melhor Edição de Som

    Guerra ao Terror (vencedor)
    Avatar
    Bastardos Inglórios
    Star Trek
    Up: Altas Aventuras

    Melhor Figurino

    A Jovem Rainha Vitória (vencedor)
    Brilho de Uma Paixão
    Coco Antes de Chanel
    O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
    Nine

    Melhor Canção Original

    “The Weary Kind”, Coração Louco (vencedor)
    “Almost There”, A Princesa e o Sapo
    “Down in New Orleans”, A Princesa e o Sapo
    “Loin De Paname”, Paris 36
    “Take it All”, Nine

    Melhor Trilha Original

    Up: Altas Aventuras, Michael Giacchino (vencedor)
    Avatar, James Horner
    Guerra ao Terror, Marco Beltrami e Buck Sanders
    O Fantástico Sr. Raposo, Alexandre Desplat
    Sherlock Holmes, Hans Zimmer

    Melhor Design de Produção

    Avatar (vencedor)
    O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
    Nine
    Sherlock Holmes
    A Jovem Rainha Vitória

    Melhor Efeitos Visuais

    Avatar (vencedor)
    Distrito 9
    Star Trek

    Melhor Animação

    Up: Altas Aventuras (vencedor)
    Coraline
    O Fantástico Sr. Raposo
    A Princesa e o Sapo
    Uma Viagem ao Mundo das Fábulas

    Melhor Curta de Animação

    Logorama (vencedor)
    French Roast
    Granny O´Grimn´s Sleeping Beauty
    The Lady and the Reaper (La Dama e la Muerte)
    A Matter of Loaf and Death

    Melhor Curta-Metragem

    The New Tenants (vencedor)
    The Door
    Instead of Abracadabra
    Kavi
    Miracle Fish

    Melhor Curta-Documentário

    Music by Prudence (vencedor)
    Province
    The Last Campaign of Governos Booth Gardner
    The Last Truck: Closing of a GM Plant
    Rabbit à la Berlin