Os zumbis estão presentes na cultura e no folclore há bastante tempo. Milhares de filmes, games, HQs e até músicas usaram essas criaturas como tema. A Valve, produtora de jogos antológicos como Half Life, Portal e Team Fortress, abraçou os zumbis e lançou Left 4 Dead, em novembro de 2008. O sucesso foi absurdo, e, um ano depois, saiu o segundo jogo da franquia.
Qual a história? Apocalipse zumbi. São 4 sobreviventes que devem… sobreviver. O único objetivo é sair do ponto A até o ponto B. No caminho, toneladas de zumbis (também chamados de Infectados) perseguem os sobreviventes, que usam desde metralhadoras e escopetas até machados e molotovs para aniquilar as criaturas. Atirar de qualquer jeito não basta: é preciso um mínimo de bom senso e estratégia.
Left 4 Dead 2 é um FPS (first person shooter – tiro em primeira pessoa) com jogabilidade bem simples. Os gráficos são muito bons, e não há miséria de sangue. Cada tiro nos zumbis danificará seu corpo, jorrará muito sangue e, eventualmente, arrancará algum membro. As músicas se encaixam perfeitamente em cada situação, criando uma atmosfera bem característica. Os cenário são belíssimos retratos de um mundo arruinado pela destruição e caos, variando entre ruas, shoppings, pântanos, esgotos e afins, sempre com muitos corpos e sangue espalhado por todos os cantos. Interessante reparar diversos escritos pelas paredes, com mensagens de desespero e falta de esperança.
Os zumbis
Há diversas espécies. Os comuns são aqueles clássicos: pessoas com a pele acinzentada e diversos machucados pelo corpo. Mas, diferentemente dos filmes de George Romero, eles correm. E correm muito mais rápido que você. São bem fracos, mas o grande trunfo dessas criaturas é atacar em grande quantidade.
Também temos os Hunters, que pulam longas distâncias, te jogam no chão e começam a rasgar sua barriga loucamente. As Spitters cospem uma substância corrosiva. Os Tanks são grandes e bombados, arremessam pedras e dão socos que podem deslocar carros. Além de outros.
Existem zumbis pra todos os gostos e fetiches, cada um com grunhidos e música própria ao aparecer. Jogue com bons fones de ouvido ou caixas de som, pois é essencial ouvir o barulho asqueroso dos monstros para não ser pego desprevenido.
Modos de jogo
Diferentemente da maioria dos FPS, aqui não temos o clássico “mata-mata” (Deathmatch). Humanos não atiram em humanos. Por isso, você pode jogar com os Sobreviventes ou com os Infectados. Mas vale ressaltar que esses Infectados são apenas os especiais (Hunter, Boomer, Jockey, Tank…). Os comuns estão ali para ajudar, mas não são controlados pelos jogadores. Por serem mais frágeis, os jogadores que escolherem os Infectados renascerão caso morram. Já os sobreviventes, não.
Principais modos de jogo:
Campanha – sair do ponto A e chegar ao ponto B, enfrentando os zumbis pelo caminho. Neste modo, só se joga com os Sobreviventes.
Versus – igual à Campanha, mas agora temos também o time dos Infectados. Os sobreviventes devem chegar ao final da fase, e os infectados tentarão matá-los no caminho.
Survival – neste modo, o objetivo é sobreviver o maior tempo possível. O jogo se dá num cenário pequeno e fechado, com algumas armas à disposição.
Além dos modos fixos, toda semana a Valve disponibiliza uma variação. São as Mutations. Elas se repetem com uma certa freqüência, mas são muitas variações diferentes. Apesar de conter um modo Single Player, a grande diversão está no multiplayer, principalmente com amigos. A interação entre os jogadores dá o espírito de Left 4 Dead 2, que é sobreviver em grupo.
Midnight Riders
No decorrer das fases é possível ver cartazes de uma banda chamada Midnight Riders. Essa é uma banda de rock fictícia que tem grande importância em uma das fases. Há algum tempo, a Valve disponibilizou a nova música da banda para os fãs fazerem videoclipes. O melhor ganharia uma guitarra do Midnight Riders autografada. Isso realmente aconteceu, e foram dois ganhadores (vídeos AQUI e AQUI).
Jogue!
Left 4 Dead 2 tem longa vida útil. São vários modos de jogo, dezenas de achievements, atualizações constantes e muitos mapas feitos por fãs. Além disso, a Valve demonstra um grande respeito aos jogadores, tendo lançado novas campanhas de tempos em tempos. Quando lançou The Sacrifice, protagonizada pelos sobreviventes do Left 4 Dead 1, também publicou uma HQ bem legal que complementa a história do jogo (textos em inglês).
Left 4 Dead 2 é um ótimo jogo para sair da mesmice dos FPS. Inovador e divertido.
É interessante de inicio consegue até te assustar, mas com o tempo você vai se acostumando com o ambiente e você fica pronto pro modo versus. Que é bem mais organização de time, comunicação, estratégia em grupo do que simplesmente habilidade em primeira pessoa.
A Valve tem muitos pontos positivos em relação a FPS de classes, cada uma tipo de zumbi tem uma função que se completa e quando o time é organizado, fica um massacre terrível contra os sobreviventes.
Já estive em partidas Versus em que os Infected venceram em menos de 2 minutos. Por outro lado, já vi alguns Survivors absurdamente habilidosos, do tipo que mata o Hunter no ar durante o pulo. Mas concordo, zumbis organizados são muito mais perigosos.