O basquete ao contrário da maioria dos esportes coletivos jogados com bola, valoriza demais a potencia defensiva. A máxima dita pela maioria dos treinadores é que o ataque vence jogos, e defesa ganha campeonatos e dado esse clichê, Guru of Go tem um caráter especial, por investigar a historia de Paul Westhead, um treinador que faziam seus times prioritariamente ofensivo.
Chamado de Run and Gun, o estilo que Westhead impunha no seu Los Angeles Lakers campeão no período que trabalhou como assistente e depois técnico principal no time de Kareem Abdul Jabbar, entre 79 e 1981, consistia em de maneira rápida, o jogador receber e chutar na direção da cesta. Kareem é até hoje (até 2020, pelo menos) o maior pontuador da NBA, nesse período seus números foram bastante inflados, graças ao estilo de Paul como técnico.
O real mote do Guru of Go é quando ele saiu da NBA e foi até a NCAA, dirigir a faculdade Loyola Marymount, onde tinha espaço para poder desenvolver melhor esse estilo de jogo, e ele não teve um sucesso grandioso, ao menos até a chegada de Hank Gathers e Bo Kimble, e a historia toda conflui para essa narrativa vencedora.
O formato desse especial é bastante datado, a narração não conduz direito a trama, ao contrario, há um largo uso de letreiros para determinar as informações importantes da trajetória de Westhead e isso causa um bocado de estranhamento. As imagens que ilustram as entradas dos comerciais, com um desenho de um cavaleiro antigo também soam datadas, assim como alguns efeitos utilizados nas imagens de apoio tornam localizam o documentário não em 2010, parecendo mais um produto dos anos 90
Bill Couturié acaba fazendo um filme bem quadrado, que não ousa em linguagem ou abordagem, cujo formato ajuda a transformar a historia em algo bem menos épico do que foi, remetendo a uma qualidade visual e de abordagem semelhante aos programas televisivos dos anos 90. Essa comentário não tem intenção de soa metalinguístico, e ao invés de aproximar o público, somente o afasta, e ajuda a deixar Guru of Go menos relevante do que deveria, ao menos, traz a luz uma figura importante do ponto de vista ofensivo do basquete profissional e universitário.