Aventura que parece ser igualitária O Desejo de Jack, dirigida por Anne de Clercq, é um longa simples que se baseia em um protagonista infantil carismático, com uma missão estranha, porém plausível dentro da proposta direta.
O aniversário de 8 anos de Jack (Matson Motsan) se aproxima, e suas duas mães Sanne (Jelka van Houten) e Lea (Georgina Verbaan) o tiveram por meio de inseminação artificial, usando um artifício comum, não explicando da onde os bebês vêm. O problema é quando o menino deseja incessantemente um novo irmãozinho, alvo inalcançável, o que faz o menino buscar por conta própria um possível candidato a reprodução assistida.
O problema maior é a quantidade de incongruências dentro da nova jornada do menino, espantando o público atrás dos “willes” – um eufemismo para a semente masculina. Atrás do fator reprodutor, ele encontra uma série de seres trapalhões, em um nível de galhofa que faz lembrar demais os piores personagens das atrações Discovery Kids.
Apesar de aventar a questão da filiação de lésbicas, e do claro amor presente na unidade familiar, o fato delas serem do mesmo sexo não faz qualquer diferença na trama, dado o modo genérico que é apresentado, ao contrário, já que as neuras das personagens envolvem até o clichê básico da mulher se sentir insegura por causa de um leve sobrepeso.
Fora o carisma de Motsan, não há praticamente nada que fuja da mediocridade, já que nem a questão sexual não infere em nada, e sequer o uso indiscriminado da internet por crianças é discutido, perdendo uma oportunidade potencial tremenda. A diversão também não garante ao público infantil uma indiscutível forma de entretenimento, mas uma vez jogando O Desejo de Jack na vala comum.
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