No final de 2015 foi lançado um joguinho independente muito interessante, Emily is Away, onde a jogabilidade simulava um computador e chat na internet. Na mesma época, pouco tempo antes, havia saído outro jogo independente com premissa semelhante: Cibele. Porém, este é um pouco mais elaborado e com jogabilidade um pouco mais variada.
O jogo é uma espécie de autobiografia (?) de sua desenvolvedora, Nina Freeman, onde a própria aparece em cutscenes filmadas e faz as vozes dos diálogos. Tudo gira em torno das descobertas de Nina sobre relacionamentos e sexo.
A interface do jogo é o computador de Nina, onde podemos ler e-mails, ver fotos, dentre outras pequenas coisas. O foco narrativo fica a cargo do jogo online que ela joga com um amigo da internet. Você controla o personagem dela nesse jogo, que por sinal é extremamente maçante por se tratar de um MMO bem simplório. Obviamente que o foco não seria criar um MMO super elaborado. Esse jogo seria apenas uma forma para desenvolver a narrativa, que em sua grande maioria consiste no diálogo entre Nina e esse amigo. Cibele tem curtíssima duração, o que é bom, pois não é das coisas mais divertidas de se jogar. A história é bem simples, basicamente a “descoberta do amor” de uma garota. O fato da própria Nina ser a atriz das cutscenes é digno de nota e merece respeito, mesmo que o resultado não seja um primor. Mas o fato de ela ter a coragem de fazer isso já merece destaque.
É possível fazer um pequeno paralelo entre Cibele e Emily is Away, pois o método utilizado para fazer a narrativa são bem semelhantes. Eu diria que Emily is Away funciona um pouco melhor, talvez pela maior simplicidade. Cibele apostou num jogo dentro do jogo e não teve um resultado bom, tornou a experiência um pouco chata, apesar de criativa. Por mais curto que seja, o jogo se torna um um tanto cansativo para terminar numa sentada só. Porém, apesar do resultado final ser mediano, vale a pena jogar para sair um pouco da mesmice.