Para quem já está acostumado com o Vortex, definitivamente não vai se espantar porque uma lista de melhores do ano passado tá saindo quase em março. Já para os não habituais, explico. Os servidores do nosso site, ficam nas proximidades de gargantua, numa orbita bastante excêntrica, sendo assim, em alguns momentos o tempo corre normalmente como na terra, com pequenas variações, em outros, a coisa embanana de uma tal maneira que fica difícil de entender. E só um gerador de probabilidade infinita para sacar realmente o que está acontecendo. Para todos os efeitos, considere que essa publicação está sendo feita na primeira semana de janeiro, mas só foi resgatada do vortex temporal que se encontrava agora 🙂
Fora qualquer dificuldade temporal relativista. Este não foi um dos anos mais prolíficos no quesito games para o Vortex, então individualmente escolhemos o que jogamos de melhor no ano. Um último ponto, como sempre o que vale é o lançamento oficial do jogo no ano de 2015, sem contar early access, betas, e esse tipo de coisa.
Fallout 4 – Por André Kirano
Fallout 4, a continuação do jogo que a Bethesda reinventou. Volte a desbravar um Estados Unidos assolado pela destruição nuclear, seja novamente um sobrevivente vindo direto de um dos vários Vaults criados pelo país. Dessa vez você é o Sole Survivor, o gênero não importa, único sobrevivente do Vault 111, que realizava testes com criogenia, que acordará após 200 anos (mais ou menos) da queda das bombas e poderá conhecer seu lar, Boston, novamente.
Tecnicamente Fallout 4 não trás melhorias gigantescas graficamente mas, se assim como eu você é fã da série, não é isso que ele faz ser seu ponto principal. Aqui você deve aproveitar todo o mundo aberto e o que ele lhe oferece de histórias. As mecânicas continuam lá, com modificações, os V.A.T.S agora não mais param o tempo quando você os ativa, apenas o lerda, e ficou menos apelativo, em compensação melhoraram a mecânica de tiro fora deles. E ainda temos a essência Fallout nesse jogo, para quem gosta de ir fundo e entrar no mundinho, o jogo ainda é excelente, verificar cada registro nos computadores, escutar os áudios e tudo mais, fazem que esse seja um dos melhores do ano.
Metal Gear Solid V: The Phantom Pain – Por Almighty
A despedida de Hideo Kojima à franquia trouxe sentimentos divididos aos fãs. Se por um lado é o Metal Gear com a parte técnica mais refinada, especialmente gráficos e jogabilidade, sua história deixou a desejar. Alguns se questionam se The Phantom Pain é realmente um Metal Gear. Na essência, ainda é. E sem dúvidas, um grande jogo. A liberdade dada ao jogador é espetacular, os gráficos são ótimos, músicas excelentes. Reserve algumas dezenas de horas da sua vida, pois é um jogo que vale a pena investir seu tempo e, por que não, criar um interesse em buscar os títulos anteriores para se aprofundar na riquíssima mitologia de Big Boss.
Ori and the Blind Forest – Por Almighty
O jogo chamou a atenção pelo visual lindíssimo. Mas Ori não é só um rostinho bonito. É um excelente metroidvania com trilha sonora maravilhosa. Os elementos clássicos do gênero estão lá: habilidades adquiridas ao subir de nível, mapa gigantesco, backtracking… Não se engane pelo visual, Ori é um jogo bem difícil, porém uma dificuldade justa. Uma das grandes surpresas de 2015.
Batman: Arkham Knight – Por Almighty
Mais um capítulo da aclamada franquia Arkham, o jogo impressiona pela parte técnica impecável. Gráficos fantásticos, jogabilidade fluida, boa trilha sonora. O homem-morcego terá que impedir o Espantalho de espalhar uma toxina por Gotham e, além dos grandes vilões, terá de batalhar contra seus medos interiores. Batman estará em conflito iminente com sua própria sanidade. A versão de PC apresenta sérios problemas, sendo que muitas pessoas sequer conseguiram rodar o jogo em suas máquinas. Se puder jogar nos consoles, faça isso para evitar dores de cabeça.
Dying Light – Por Almighty
Uma mistura de Dead Island com Mirror’s Edge, este não é apenas um jogo de zumbis, mas um excelente exemplo de como faze-lo. A Techland criou um ambiente hostil e extremamente tenso na decadente cidade de Harran, assolada por um virus desconhecido que zumbificou as pessoas. O combate corpo-a-corpo em primeira pessoa é bem difícil e exige cautela. A multidão de zumbis deve ser evitada com suas habilidades de parkour. O sistema de level é bem interessante, onde você ganha habilidades de acordo com o uso de seus atributos. Muito bom.
Kerbal Space Program – Por Rafael Moreira
Colocar Kerbal entre os melhores do ano, não é só a celebração de um grande jogo, mas também a celebração de um modelo, então primeiro falo do modelo, depois do jogo. Muito se fala que Early Access são um problema, contaminando o mercado com jogos que nunca terminam, prometem demais e nunca entregam, isso pode até ser verdade para muitos, e exemplos não faltam. Por outro lado, um jogo como o KSP provavelmente nunca teria sido possível sem esse modelo. Ou mesmo que fosse possível em termos financeiros manter os 4 anos de desenvolvimento, sem a troca intensa de feedback entre desenvolvedores e comunidade, no mínimo este seria um jogo mais pobre.
Enfim, KSP veio a público em 2011, e a versão final só chega em meados de 2015. Resultando no que pra mim não é só no melhor jogo do gênero (que são poucos, é verdade) mas como um dos melhores jogos da história dos vídeo-games. A premissa é simples, um sandbox de missão espacial, não há humanos, apenas Kerbals, que são uma raça tão fascinada pelo espaço que em Kerbal, seu planeta natal, não há estradas, nem cidades, muitos menos iluminação (afinal, só humanos são idiotas o bastante para estragar o night sky), em compensação o seu programa espacial, esse sim é de primeira linha. O jogo simplifica a física interplanetária a ponto de ser possível uma pessoa desenhar e lançar o seu foguete com destino a outros corpos celestes, mas não a ponto de ser apenas um apertar de botões. Em muitos momentos você vai se pegar puxando uma calculadora, buscando em wikis como fazer cálculos de trajetória para conservar energia, melhorar um traçado de rendez-vous, enfim tudo isso faz parte da diversão de Kerbal Space Program, um jogo único, que merece ao menos uma tentativa seja você ou não, um fã de astronomia.
Rocket League – Por Rafael Moreira
Rocket League, da Psyonix, é o sucessor de Supersonic Acrobatic Rocket-Powered Battle-Cars, e praticamente a mesma coisa. Um futebol com carrinhos de controle remoto, e isso é o suficiente de explicação que o jogo exige. Partidas de 5 minutos, variando desde 1v1 até o caótico 4v4. O grande trunfo do jogo é justamente isso, a simplicidade, além do aspecto competitivo e a clara sensação que você consegue, com a prática, perceber nitidamente que você está melhorando o seu estilo de jogo. Nem tudo são rosas, é claro, a comunidade como é o comum em todos os jogos com algum nível de competitividade é extremamente tóxica, e apesar da Psyonix estar fazendo algo recentemente para melhorar isso, ainda não é a situação ideal, isso faz com que o jogo seja muito mais proveitoso, se o que você procura é apenas diversão, se jogado em partidas privadas com os amigos.