Certo dia entraram num estúdio dois roteiristas e um diretor. Um estava bêbado, outro drogado e o outro sóbrio. Eles precisavam de inspirações para seu novo projeto. Primeiro assistiram Mad Max, depois Water World, fizeram alguma relação. Depois assistiram Transformers. Então veio a lâmpada de inspiração em suas cabeças. Vamos fazer nos inspirar na obra-prima Transformers, só que na água. O drogado então disse, com alienígenas, robôs e BURROS e ainda com um quê de suspense, em que o pessoal não sabe onde está o inimigo. Os 2 já comemoravam o novo Blockbuster. Até que o sóbrio tem um complemento de ideia mais genial ainda. Vamos ligar pra Hasbro e licenciar o jogo, batalha naval, vai ser um sucesso fácil de bilheteria, vai trazer todos que jogaram batalha naval pro cinema. E ainda completou, ESTAMOS RICOS!!! Foi a festa no estúdio. O executivo da Universal fez até um churrasco pra comemorar.
Essa poderia muito bem, ser a história do filme Battleship: A batalha dos mares. Mas com certeza não é, porque nada que gere um filme, se é que podemos assim chamar, tão ruim, pode ser tão legal.
Battleship, como diz o nosso garoto do Blockbuster, Jackson, é um filme errado. A começar pelo roteiro, que tem mais furos que cobertor de mendigo. Que eu vou tentar resumir em poucas linhas. Humanos desenvolvem um tipo de projeto SETI, com o objetivo de tentar fazer contato, com um planeta, que tem as mesmas características que a Terra. Em algum sistema solar por ai. Obviamente, que não existem alienígena bonzinho em filme de ação, Hollywood já nos ensina isso desde os anos 40/50.
O mais incrível é que em pouco tempo depois de fazer contato, esses aliens chegam à Terra. Com apenas 3 naves. Só que uma delas, a de comunicação, porque não, bate num satélite e eles ficam com duas naves de batalha. Criam então uma cúpula de campo de força no meio do oceano pacífico. Justamente onde está rolando uns “jogos de guerra???”, entre Japão e Estados Unidos. No fim das contas, o que interessa, é que meia dúzia de gato pingado, uns veteranos da segunda guerra e uma chaleira da segunda guerra mundial, destroem os alienígenas burros. Mais um detalhe, que faz parecer muito verídico. Os alienígenas tem ultra sensibilidade a luz, escolhem justamente o Hawai. No melhor estilo, Sinais. Um artifício barato de roteiro, para colocar alguma limitação nos inimigos.
Entre cavalos de paus de destroyers, avaliação sobre quem é inofensivo e quem não é por parte dos aliens, desenvolvida pela universidade de loucos. Temos uma tonelada de clichês, exagero de efeitos visuais e sonoros, pra compensar a total falta de roteiro. E estrelando essa merda toda, temos o nosso querido, Taylor Kitsch (também conhecido como, Temperado na Merda). Brooklyn Decker, uma gostosa andando para lá e pra cá, com camiseta regata sem sutiã e shortinho. Rihanna, fazendo o papel da Michelle Rodriguez, mas esquecendo de morrer nos minutos iniciais do filme e também, sem mostrar o reguinho. Pra completar o time que merece ser mencionado, Liam Neeson ( também conhecido como Liam Nelson), fazendo o almirante Zeus, num papel absolutamente tosco, para um ator de seu calibre. A única coisa que ele tem oportunidade de fazer, é mandar o presidente a merda. Nem discurso do igual o do Bill Pullman, em Independence Day, deixaram-no fazer.
Eu nem precisaria dizer o obvio, que no final das contas os humanos (americanos, é claro) vencem, mesmo contra toda as possibilidades. Mesmo com a marinha inteira dos Estados Unidos, não conseguindo intervir na cúpula. Talvez o único ponto interessante do filme, seja a participação de um veterano da guerra do Afeganistão, que perdeu as pernas em combate, que senta a porrada em um alienígena, com tanta vontade. Tudo em câmera lenta, com direito até a dente alien voando no soco.
Tudo isso que eu critiquei, ainda seria aceitável se o filme não se levasse a sério. Fosse uma porradaria desenfreada e frenética do começo ao fim. Agora, quando temos intermináveis 131 minutos de exibição, tentativas da forma mais clichê possível de fazer desenvolvimento e motivação do herói. Tentar fazer o ponto de virada do herói, quando ele passa a ser maduro e forte, pronto para salvar o mundo. E ainda dizer, “Eles podem nos vencer, mas não vai ser hoje”. Não da. Simplesmente não dá.
Pra fechar com chave de merda. A sequência inicial do filme, é uma refilmagem de um vídeo famoso. Em que um ladrão tenta assaltar uma loja de conveniência nos Estados Unidos. E acaba fazendo um monte de merda. Segue o vídeo.
Assista ao trailer de Battleship: A batalha dos mares.
PS: Disseram por aí, que os efeitos visuais do filme são bons.
Safadeza se apropriar da minha citação de maneira INCORRETA.
O único filme na categoria “errado” é o Imortais. Battleship é um filme merda muito divertido se assistido da maneira correta. Fodam-se os minutos iniciais de apresentação do protagonista, não dá pra dizer, NEM FODENDO, que o filme pretende se levar a sério.
Jackson, não leve um texto meu, sobre um filme merda tão a sério. Hahaha
Quando tem Rihanna ETs e navios no mesmo filme é porque o negócio tá errado.
FODA – SE a critica, me diverti muito com o filme e não vi ele tentando se levar a sério em nenhum momento.
Já venho reparando há algum tempo: esse cara sabe do que fala. Parabéns Luís Augusto! 😀
VLW Jackson kkkkkkkkkk, tbm acho q vc é o unico que sabe falar de filmes blockbuster no agenda cultural XD.
Filme ruim do inicio ao fim, meu Deus, furos inperdoaveis de roteiro.
Não vale nem um download pirata essa merda.