O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas remete aos filmes sobre o colegial americano, com o diferencial de abordar mais a melancolia da despedida de grandes amigos que estão prestes a entrar para a vida adulta do que a curtição tipica da juventude. O filme de Joel Schumacher traz um elenco repleto de atores famosos, entre eles Emilio Estevez, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Demi Moore e Judd Nelson, com personagens cuja universalidade é facilmente vista em tantas obras da cultura pop.
O filme tenta soar dramático por conta da separação quase inevitável, e essa condução acaba resultando em um drama piegas. Nenhum dos personagens é criança ou adolescente, alguns já são sexualmente ativos, outros fazem uso de entorpecentes, o que acaba desfavorecendo o clima ingênuo que o diretor emprega dentro na obra.
A trilha sonora é ruim, um resumo do que de pior havia entre as canções populares em sua época. As intrigas, brigas de casais, términos de relacionamentos e tentativas de reatar, entre outras coisas, soa artificial demais, dado que há muitos personagens que baseiam-se mais no fato de seus intérpretes serem famosos do que realmente desenrolar uma história minimamente plausível para os dramas que vivenciam.
O drama e tragédia que cada um dos personagens que frequentava o St. Elmo’s Fire (pub que dá o nome original do filme) aparenta exagero, mostrando jovens brancos e mimados que percebem que terão que trabalhar e correr atrás de seus sonhos, e que só terão sucesso graças aos seus próprios esforços. O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas tenta ser carismático, e até atinge um pouco disso graças ao seu elenco, mas na maior parte do tempo só consegue parecer frívolo, resultando numa história de gente mimada e desinteressante.