Se valendo da trama (já idiotizada) de Velozes e Furiosos, mas com o timing do humor, Super Fast 8, ou Super Velozes, Mega Furiosos é uma paródia estúpida da franquia de carros super-poderosos, organizada pelos mesmos realizadores de Espartalhões, Deu a Louca em Hollywood e Os Vampiros que se Mordam, e dirigida e escrita por Aaron Seltzer e Jason Friedberg.
O bate-bumbum comum aos sete filmes da franquia Velozes e Furiosos está presente já nas primeiras cenas, assim como em todas as presepadas dos corredores sem personalidade, ainda que este seja ainda mais irritante e repleto de piadas óbvias, com alguns personagens amalgamados para ocupar menos tempo em tela do que o script julga necessário.
Os primeiros filmes da cinessérie Todo Mundo em Pânico, escritos pela dupla de cineastas, não eram brilhantes, mas garantiam muito mais gargalhadas do que os de Seltzer e Friedberger. A falta de um diretor mais experiente causou na montagem final de praticamente todos os espécimes da filmografia dos dois, enquanto realizadores, uma dificuldade imensa em entreter ou distrair o público. Escolher entre a desculpa de os dois perderem inspiração de outros tempos, ou não haver outros roteiristas com ideias de gags cômicas não tão óbvias, chega a ser um pensamento enfadonho, dada a completa falta de qualidade dos escroques em reprisar o excesso de testosterona dos filmes originais, exagerando e muito na acefalia do texto.
As aventuras dos personagens compreendem alguns momentos de Mais Velozes e Mais Furiosos, do reboot/remake e até de Operação Rio, fazendo referência a uma fuga que envolveria um grupo de elite, especialista em assaltos e em fugas super velozes. No entanto, não há qualquer cena de corrida que seja feita ao menos em um nível aceitável, ou comparável com os filmes do John Sigleton, Rob Cohen, Justin Lin e James Wan. As referências a Toretto e Brian são meramente de se aproveitar do sucesso de suas fitas, sem qualquer compromisso em imitá-los de maneira satisfatória.
Talvez a única imitação realmente semelhante seja a performance tola de Dio Johnsson, que emula as características de Dwayne “The Rock” Johnson e sua mania de exibição, utilizando óleo de bebê para maximizar seus músculos bombados. No entanto, a aura de bobeira barata segue tanto no seu operar quanto em todos os outros personagens, exibindo um resultado final frívolo, com piadas que em maioria absoluta não funcionam em nada. As partes que conseguem fazer rir somente incluem (algumas) cenas pós-créditos, de erros de gravação, mas pouco barulho fazem. Super Velozes, Mega Furiosos é um absoluto desperdício de dinheiro, sem ao menos contar com qualquer sub-celebridade que topasse a empreitada fracassada.