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  • Review | Detroit Metal City

    Review | Detroit Metal City

    Detroit_Metal_CityAquela galera “true” que ouve metal possui comportamento bem peculiar. Pegue os estereótipos desse pessoal, junte com bizarrices típicas dos animes e eleve à enésima potência. Isso é Detroit Metal City, que se desenrola em apenas 12 episódios de 13 minutos cada.

    O personagem principal, Negishi, adora música pop, e tem o sonho de se tornar um grande astro. Mas na verdade ele já é um grande astro, só que de uma banda de death metal: a DMC – Detroit Metal City. Sob a identidade de Johannes Krauser II, um demônio de longos cabelos loiros, cara pintada e armadura, ele debulha na guitarra e urra músicas que pregam violência, estupro e outras perversidades. Quando o garoto veste a roupa e coloca a maquiagem, sua personalidade praticamente muda, apesar de, nos pensamentos, discordar de várias coisas que faz e diz. Ele não gosta de tocar aquele estilo de música, mas é sua única fonte de renda, então não lhe resta escolha. Porém, quando está no palco, leva o público à loucura com suas performances agressivas (e extremamente estereotipadas); esse paradoxo é um dos pontos fortes do humor.

    Detroit Metal City é um grande deboche aos comportamentos extremos dos fanáticos do metal, mostrando jovens cegos pela DMC, idolatrando Krauser como se fosse um deus demoníaco. Os conflitos internos do nosso herói ficam mais fortes quando decide conquistar uma garota, mas se ela souber de sua identidade como Krauser, sem dúvidas vai querer distância do rapaz. Então, no decorrer da trama, manter essa dupla identidade fica cada vez mais complicado.

    Quem procura uma história super elaborada com personagens profundos e desenvolvidos, mantenha distância. DMC é muito simples, e justamente por isso não deve ser levado a sério. São diversas situações absurdas que acontecem sem muita explicação, e das formas mais esdrúxulas possíveis. Importante frisar que este é um anime de nicho, e dificilmente agradará àqueles desfamiliarizados com o universo do metal; diversas referências e comportamentos comuns a esse meio estão presentes o tempo todo, e de forma exagerada. Quem for totalmente alheio a essa cultura simplesmente verá um poço de bizarrices, e nada mais. Já os ouvintes da música pesada irão se identificar – ou lembrar de alguém conhecido – quando virem as maluquices dos fãs e a postura de Krauser dentro e fora do palco. O que não ameniza o fator bizarro.

  • Crítica | O Estranho Sem Nome

    Crítica | O Estranho Sem Nome

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    O Estranho Sem Nome foi o primeiro western dirigido por Clint Eastwood e o segundo em sua carreira, contando com forte influência dos western spaghetti italianos onde o ator se tornou conhecido, contudo, o longa imprime um forte toque autoral e já demonstra o amor do cineasta pela mitologia que envolve os clássicos do gênero, onde o diretor desenvolveria mais vezes ao longo de sua carreira.

    O longa se inicia como muitos outros filmes do gênero, o clima árido das pradarias e ao longe surge a figura de Clint Eastwood montado em seu cavalo rumo a cidade de Lago. Ao adentrar no local, todos o olham com um misto de surpresa e medo, já que o sujeito parece não querer boa coisa no local e talvez tenha até mesmo traços familiares para os habitantes daquela cidade. Com pouco tempo, o cavaleiro misterioso mostra a que veio, matando três pistoleiros que cruzam seu caminho e “estupra” uma das moradoras da cidade.

    Os moradores da cidade vêem na figura do misterioso paladino a chance de se protegerem de três bandidos recém libertados da prisão que prometeram retornar a cidade de Lago para se vingarem de seus habitantes. Apesar de se mostrar relutante em ajudar os moradores, o pistoleiro acaba concordando em proteger a cidade, desde que cumpram suas duas condições: Que todos os moradores ajudariam a capturar os bandidos e que ele teria crédito ilimitados em todos os estabelecimentos da cidade.

    Com base nisso a trama se desenrola, com o protagonista transformando a pequena cidade em um verdadeiro inferno, sem deixar claro quais são as reais motivações do personagem, já que suas atitudes são sempre ambíguas, o que acaba sendo uma das características das personagens do diretor, donos de uma essência misteriosa, de poucas palavras, capazes de se expressarem apenas com olhares. Em O Estranho Sem Nome, Clint traz uma série de arquétipos para distorcê-los no momento seguinte.

    O protagonista parece ter repulsa pela maioria dos habitantes da cidade, o que nos causa uma certa estranheza do motivo disso e de qual é sua origem. Isso fica claro com uma cena onde é repetida durante o filme, mostrando um homem sendo chicoteado e morto por três homens na cidade de Lago, onde todos os habitantes da cidade assistem ao massacre e não fazem nada para impedi-lo. O acontecimento é um segredo guardado a sete chaves pelos moradores, e de alguma forma, parece ter ligação direta com o pistoleiro misterioso.

    O Estranho Sem Nome é recheado de simbologia; O roteiro da dupla Ernest Tidyman e Dean Reisner é fluido e aborda temas atuais em uma história contada em um passado já remoto; A direção de Clint e a fotografia Bruce Surtess são magníficas e poéticas, retratando toda obscuridade, tristeza, misticismo e até um certo toque pessimista na película. Os enquadramentos lembram o diretor Sergio Leone (o que rende referência ao seu nome e de Don Siegel em uma das lápides do cemitério de Lago) em alguns momentos, em outros dão uma estética sombria e ameaçadora ao personagem, sempre filmando o de baixo pra cima, dando-lhe uma grandeza ainda maior.

    Clint Eastwood trouxe um western que foge completamente dos padrões do gênero, soando moderno, ousado, repleto de suspense e que ainda por cima pode ser interpretado sob diversas visões.

  • Crítica | Thor: Tales of Asgard / Thor & Loki: Blood Brothers

    Crítica | Thor: Tales of Asgard / Thor & Loki: Blood Brothers

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    Aproveitando a popularidade trazida pelo filme, a Marvel que não é boba nem nada resolveu explorar o Thor em outras mídias fora os quadrinhos, e lançou recentemente duas animações do Deus do Trovão.

    A mais recente é Thor – Tales of Asgard, uma animação tradicional, lançada em DVD e Blu-ray, que mostra um Thor adolescente aborrecido porque seu pai não o deixa sair do reino. Querendo se provar como guerreiro, ele embarca numa aventura ao lado de Loki e dos Três Guerreiros em busca da lendária espada de Surtur. O temível Demônio do Fogo foi outrora derrotado por Odin, e sua espada incrivelmente poderosa se perdeu. O problema é que ela está na terra dos Gigantes do Gelo… Thor, pra variar, faz merda, e acende a ameaça de uma nova guerra entre Asgard e Jotunheim.

    Sim, esse plot lembra bastante o próprio filme do Deus do Trovão, mas o desenrolar é bem diferente. A começar pela idade do protagonista, e também porque não há Midgard (ou Terra) na história. Isso permite apresentar outros elementos da mitologia de Thor, como Surtur, as Valquírias, os elfos negros, etc. Direcionada a um público mais infantil, com o traço puxando pro estilo anime, a animação não deixa de ser uma boa pedida pra quem quer conhecer um pouco mais do personagem e seu universo tão rico.

    Thor & Loki – Blood Brothers

    Thor & Loki – Blood Brothers, na verdade um motion comic que é uma transposição literal da hq Loki, minissérie publicada em 2004 com roteiro de Robert Rodi e arte de Esad Ribic. Na trama, o Deus da Trapaça finalmente conseguiu derrotar seu irmão e Thor e assumir o trono de Asgard. Tudo o que ele sempre quis, certo? Pena que a vida de governante é uma chatice só, e Loki rapidamente se entendia com as questões burocráticas do reino, com seus aliados na rebelião agora cobrando os favores prometidos, e com a pressão para que execute logo Thor, mantido acorrentado.

    A primeira vista, a obra pode parecer cansativa, principalmente para quem não está familiarizado com o formato de motion comic. Basicamente uma versão melhorada dos antigos “desenhos desanimados”, a movimentação é pouca, lenta e dura, apesar de muito bela, inclusive apelando pra modelagem em 3D em certos momentos. Mas vale a pena para conhecer um estilo diferente, e porque o roteiro é muito interessante. Focando inteiramente em Loki, o autor mergulha na psicologia desse personagem tão complexo, fazendo-o refletir sobre si mesmo, sua relação com Odin, Thor e todos em Asgard. E seu papel em tudo isso, atormentando-se com a questão cuja resposta é óbvia: pode o Senhor da Anarquia GOVERNAR? A minissérie conta com 4 capítulos de mais ou menos 15 minutos cada, lançados para download através das redes iTunes, Xbox LIVE e PSN, mas todo mundo certamente conhece meios mais… er, alternativos, por assim dizer.

    Texto de autoria de Jackson Good.

  • Review | Supernatural – 6ª Temporada

    Review | Supernatural – 6ª Temporada

    Supernatural_Season_6Na última sexta, 20/05, chegamos ao fim de mais uma temporada de Supernatural. A série, que uma das que rende mais audiência na atualidade. Nessa sexto ano, parece que resolveram dar um ar de primeiras temporadas novamente, resgatando a temática de irmãos caçadores de monstros e não anjos e demônios.

    Com o desfecho da 5ª temporada, Dean resolve deixar a vida de caçador, e corre para os braços de Lisa, uma ex namorada de anos atrás, que tem um filho que Dean gosta muito, talvez por lembrá-lo tanto de si mesmo na infância. Com isso, Dean passa a ter uma vida tranquila deixando seu passado para trás e sendo apenas um pai de família habitual, trabalhando honestamente e vivendo feliz ao lado de uma mulher linda e um bom filho.

    Mas tudo que é bom dura pouco, afinal, Sam Winchester misteriosamente retorna do inferno, onde havia se aprisionado junto com Miguel Arcanjo, após o UFC Divino que rolou no final da 5ª temporada. Assim, o irmão caçula vai ao encontro do mais velho e retornam à vida antiga, só que com uma diferença. Sam agora está caçando com seu avô, Samuel Campbell, que também voltou à vida após os eventos do Apocalipse, que também causou uma certa desregulagem no mundo sobrenatural, e criaturas brotam de todos os cantos e de todas as maneiras.

    Mas o que mais chama atenção não é só isso, ao voltar à Terra, Sam está um pouco diferente, afinal, sua alma ficou na gaiola junto com os dois pesos pesados do céu e inferno respectivamente, o que faz com que o grandalhão aja por puro instinto assassino e caçador, não medindo atos e nem consequências para matar as criaturas aos montes, já que junto de seu avô, estão investigando o porque de tamanha movimentação dessas criaturas, e acabam descobrindo que os seres do sobrenatural estão tentando trazer Eva à vida, que seria de acordo com a mitologia da série, a mãe de todos os seres sombrios. Além disso, também existe o interesse maior, que é abrir a porta para o purgatório, mina de ouro de almas, que dariam poder enorme a quem as possuísse.

    Além dessa nova ameaça, Dean ao caçar um vampiro, quase é morto pelo dentuço, tudo porque Sam simplesmente usou o irmão como isca, o que preocupa todos. Aí volta à cena o Cavaleiro da Morte, que após um teste com Dean, traz de volta a alma de seu irmão, mas com um diferencial. A alma do caçula passou muito tempo com Miguel e Lúcifer, sendo muito torturada, e se as memórias desse fato voltarem à tona na cabeça do grandalhão, poderia colocá-lo num estado vegetativo. Assim, a Morte cria um bloqueio na mente de Sam, protegendo-o mesmo que com restrições do ocorrido, fazendo-o voltar a ser a ovelhinha lambona que sempre foi, para o bem de todos, e assim juntos investigarem as questões envolvendo a Mãe de Todos e essa maluquice do purgatório.

    O bom dessa temporada é que não há mais somente anjos e demônios. Aparecem alguns vampiros, okamis, transmorfos e até dragões, mas tudo agora parece não se desprender das questões de céu e inferno. Temos de volta o Dean clássico, com direito a piadas e referencias engraçadas, claro que somente em episódios fillers, mas garantem diversão. Melhor que o 5ª ano, mas tropeça em muita coisa, deixando claro mesmo qual é a essência da história praticamente no final da temporada.

    Texto de autoria de Felipe “Jim” Rozz.

  • Crítica | O Hospedeiro

    Crítica | O Hospedeiro

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    Quem acha que o cinema oriental se resume às escolas japonesas e chinesas (principalmente Hong Kong) está enganado. A Coréia do Sul vem caminhando a passos largos desde 1990 para se estabelecer como um dos pólos mais fortes da sétima arte. Tudo bem que a sua influência é menor do que as outras escolas citadas acima e seu apelo é ainda regional. Mas isso vem sendo revertido ao longo dos últimos anos. Prova disso foi o sucesso de Old boy, de Park Chan-wook. Agora, mais um projeto se junta à lista. O Hospedeiro (Gwoemul, 2006) é o mais novo trabalho do jovem Bong Joon-ho, um nome a se prestar atenção. O filme se tornou a produção mais lucrativa da história da Coréia do Sul, foi ovacionado em diversos festivais e promete fazer uma ótima carreira internacional.

    A trama começa com dois cientistas em um laboratório de uma base militar dos Estados Unidos na Coréia do Sul. Um deles, o norte-americano, ordena ao seu subalterno que despeje uma substância tóxica que irá escoar até o rio Han. Obviamente, o tal líquido irá gerar um mutante, um poderoso monstro que irá aterrorizar as pessoas que usam o rio como local de diversão. Com esse início, fica a impressão de mais uma produção repetitiva com os mesmos temas e situações. Que nada! Ao longo do filme, Joon-ho revitaliza o gênero. Ele cria elementos de curiosidade e suspense, que prendem o espectador em sua narrativa.

    Perto do rio mora uma família que tem um quiosque de alimentação. Nele reside um pai idoso (Hie-bong Byeon), seu filho meio abobalhado Gang-du (Kang-ho Song) e sua neta (Ah-sung Ko). Fazem parte da família o desempregado Nam-il (Hae-il Park) e a competidora de torneios de arco de flecha Nam-ju (Du-na Bae). Um belo dia de sol o monstro resolve aparecer. O ataque é fenomenal e mortífero. No final, a pequena menina é levada pelo monstro. Ela é dada como morta, mas a família resolve se unir e partir em seu resgate. Ao mesmo tempo, o governo resolve isolar a área do rio. Eles acreditam que o bicho carrega um vírus letal.

    O Hospedeiro é um filme de monstro. E dos bons. Tem todos os elementos característicos do estilo, além de ser uma história universal, mesmo sendo encenada na Coréia do Sul, com efeitos especiais ótimos. Apesar de não ter participado da computação gráfica, Peter Jackson deve ter ficado orgulhoso (sua empresa Weta Workshop – a mesma de O Senhor dos Anéis – cuidou do modelo da criatura). Uma produção marcada por um humor irônico, que surge nas situações mais estapafúrdias possíveis. Um humor satírico, quase absurdo. O interessante é que o tom de comédia não desvia a sua atenção. Ele é inserido para relaxar o público nos momentos mais tensos.

    Ao mesmo tempo, é também uma aventura dramática embasada com um forte comentário sociopolítico. Bong Joon-ho, junto com os co-roteiristas Baek Cheol-Hyeon e Hah Joon-Won, aproveitou um incidente real que aconteceu em 2000 na Coréia do Sul para construir sua história. E o tema aqui não são só os perigos da poluição, mas a desconfiança em relação ao governo e suas costumeiras mentiras em situações como estas. E nessa crítica, nem os Estados Unidos escapam. Definitivamente, Bong Joon-Ho é um nome a se guardar na memória.

    Texto de autoria de Mario Abbade.

  • Anotações na Agenda 04 | Desabafo, Bebedeira e Xingamentos

    Anotações na Agenda 04 | Desabafo, Bebedeira e Xingamentos

    Sincronizem suas Agendas. Bruno Gaspar, Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc) e Jean Dangelo (@jeandangelo) para comentar sobre as últimas gravações do VortCast em um papo nonsense repleto de ofensas gratuitas e bom humor. Enjoy it.

    Duração: 62 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Promoção HQ Bórgia – Sangue Para o Papa – Envie pelo twitter a seguinte mensagem: “Dê RT nesta msg, siga-nos no twitter e concorra a HQ Bórgia Sangue Para o Papa. #PromoVortex”

    Farrazine
    Edição #15 – Especial DC Comics
    Devoradores de Letras – Alan Moore
    MasmorraCast sobre Satoshi Kon

    VortCast 01: A História da DC Comics
    VortCast 02: Darren Aronofsky
    VortCast 03: Oscar 2011
    VortCast 04: Clint Eastwood – Parte 1
    VortCast 05: Filmes Marvel

    Playlist da Edição
    I’ll Take You There – The Staple Singers
    Mint Car – The Cure
    Old Habits Die Hard – Mick Jagger
    Power of Love – Huey Lewis
    Setting Forth – Eddie Vedder
    Substitute – The Who
    Sheryl Crow – Mother’s Nature Son
    Sail On, Sailor – The Beach Boys
    Good Times – INXS
    Glen Hansard and Marketa Irglova – Falling Slowly
    You’ve Really Got a Hold on Me – Me’Shell Ndegeocello
    One of Us – Joan Osborne
    99 Luftballons – Nena
    Shame Shame Shame – Steve Zahn And Friends
    Ramblin’ Man – The Allman Brothers
    Be Yourself – Graham Nash

  • Crítica | Superman e Batman: Inimigos Públicos

    Crítica | Superman e Batman: Inimigos Públicos

    Superman e Batman - Inimigos Públicos

    Superman e Batman – Inimigos Públicos surgiu como adaptação homônima da história escrita por Jeph Loeb e desenhada por Ed McGuinness, publicada por aqui pela Panini na já extinta revista Superman & Batman. Agora verdade seja dita, por que adaptar uma história tão ruim?

    Na trama sabemos um pouco da eleição de Lex Luthor como presidente dos EUA e que após sofrer uma série de problemas econômicos e sociais durante sua candidatura, Luthor usa como pretexto a vinda de um asteroide de Kriptonita para voltar a opinião pública a seu favor. Aproveitando a deixa, Luthor ainda coloca o Superman em seus planos, dizendo que este asteróide estaria alterando a mente do personagem (parabéns Jeph Loeb), tornando-o um perigo para humanidade. Com isso, todos se voltam contra o Super e só resta então contar com o Batman para ajudá-lo.

    Ok, com uma trama dessas não precisamos de muito mais. O roteiro de Stan Berkowitz consegue ser muito mais dinâmico e divertido que a hq, contudo, a trama continua sendo boba, mesmo tendo alterado elementos que não ajudavam em nada na obra original, a história não passa de uma grande desculpa para colocar heróis e vilões brigando entre si.

    A qualidade da animação segue os padrões das demais, o traço de McGinness foi emulado nesta adaptação, o que pra mim é um ponto negativo, já que não gosto do seu trabalho, mas não deixa de ser interessante a DC sempre adaptar os traços das obras originais em suas animações. As dublagens continuam ótimas, trazendo as vozes dos personagens das séries animadas do Batman e Superman feitas para tv.

    Inimigos Públicos vale a pena para quem quer assistir uma animação despretensiosa, onde o ponto forte são apenas as lutas entre os personagens, já que o restante deixa muito a desejar.

  • Resenha | Blade: A Lâmina do Imortal

    Resenha | Blade: A Lâmina do Imortal

    blade - a lamina do imortal

    “Um dojô de estilo de luta espadachim e uma família encarregada de ensinar neste local. Pai, mãe e filha, juntos com todos os discípulos que ali residem e treinam diariamente, vivem uma vida pacata durante a “era de paz” do Japão. Então tudo muda, quando um jovem que está juntando outros espadachins sem nome e sem “estilo” por ai aparece reclamando uma vingança e mata os discípulos, o pai e sua esposa, deixando apenas a filha viva. Dois anos depois, após jurar vingança sobre o túmulo de seus pais a garota vai em busca de seu juramento. É recomendada que contrate certo homem como “guarda-costas”, e junto dele vai atrás dos que mataram sua família.”

    No geral, este é o plot, a história, que está por trás de Blade of the Immortal, ou Blade, A lâmina do imortal, nome que o mangá recebeu ao vir para o Brasil, de Hiroaki Samura. Parece simples, mas não é. Rin Asano, a filha que jurou a vingança sob o túmulo dos pais, quer matar Kagehisa Anotsu. Anotsu é denominado um gênio da espada, e mesmo sendo muito novo juntou sob seu comando um bando de espadachins e formou a escola “Itto-Ryu”. Pregando que as artes com espada nada mais eram que danças e não combate, ele quer reviver o espírito guerreiro do povo e acabar com os estilos que povoam o Japão.

    Para completar sua vingança Rin é recomendada a contratar um guarda-costas: Manji. Este é também conhecido como “Hyakunin-Guiri”, o matador de 100 pessoas. Um Ronin que desobedeceu a ordem de seu senhor e por causa disso foi perseguido, durante a perseguição foi matando um atrás de outro, assim recebeu a alcunha de matador de 100 pessoas. Durante esta matança sua irmã ficou louca com algo que ocorreu e ele passou a cuidar dela. O especial é que enquanto cuidava de sua irmã uma monja apareceu e colocou em seu corpo os “kessenchus”, vermes simbióticos que reconstroem seu corpo assim que ele é ferido, fazendo com que ele se tornasse imortal. Após sua irmã ser morta por bandidos que queriam ser conhecidos como “os que mataram o Hyakunin-Guiri” ele jurou que iria matar 1000 bandidos e assim os Kessenchus iriam sair de seu corpo e ele morreria. Por esse juramento ele começou a ajudar a Rin e junto dela enfrentar os membros da Itto-Ryu um após o outro.

    Após falar tanto da história do mangá é hora de falar sobre ele como um todo. Blade é estritamente um mangá da era samurai do Japão, era que após a unificação todas as terras estavam sob ordem do Xogum e dividida entre daimyos, e como tudo que relata essa época é repleto de batalhas com espadas e tudo o que tem direito. Porém ao contrário de muitos outras histórias que mostram batalhas de espada, Blade demonstra as batalhas como elas realmente eram, em pouco tempo de combate pelo menos um membro dos lutadores já está voando, ISSO é uma batalha de espada, não é ficar batendo espada durante uma hora e só depois dar o golpe final. Pelo personagem principal ser imortal, você o vê sendo realmente cortado em varias lutas.

    Outro grande ponto do mangá é que o antagonista principal não é, necessariamente, o vilão da historia, ele TEM um lado humano e que é extremamente bem trabalhado, tornando Anotsu um personagem carismático e que você torce por ele também em muitos pontos da historia. Manji, protagonista e “herói” têm seu comportamento no melhor dos padrões do “anti-heroísmo”, é briguento, fala muito palavrão, não foge a briga e vive discutindo com a Rin. Rin, personagem que você fala que é boba, porém ela também te conquista com sua inocência e dúvida em certos momentos. Parando para analisar, poucos são os personagens que participam da trama que não tem um fundo muito bem trabalhado. Cada um tem seu motivo para estar na historia, tem sua força de vontade para viver e suas dúvidas a serem respondidas. Samura consegue mostrar a essência de alguns personagens de maneira tão forte que algumas vezes você torce pro antagonista ao menos fugir ou, em certos momentos, pra vencer. Aliás, um dos meus personagens preferidos faz parte da Itto-Ryu que é o Taito Magatsu, também antagonista a dupla de personagens principais do Mangá.

    A história do mangá esta sendo distribuída em arcos. Quatro já terminaram, entramos no quinto arco de historias, e este está sendo dito que será o último. Cada arco apresentou novos detalhes a trama e fechou alguns, porém não todos, mudou objetivo de alguns personagens, enfim, cada arco representa uma evolução para os personagens e fechados em história entre si.

    Mas o que realmente impera em Blade é o desenho e estilo de Samura. Que evolui com a série, porém mesmo no inicio é de extrema beleza. Os kanjis de sons entram em perfeita sintonia com a cena, não são apenas recurso dos quadrinhos, eles fazem PARTE da cena. É admirador o traço do desenho, principalmente em algumas cenas, um tanto quanto sangrentas, mas ainda assim, de uma beleza indescritível.

    Em resumo, uma história de espadachins japoneses, lutas sangrentas, um enredo vibrante e envolvente, um traço estupendo, personagens carismáticos e que tem “alma”, trama rica porém sem pontas soltas e também tem mulher segurando espada, e sendo uma das melhores espadachins do mangá. Recomendo fortemente para quem curte o estilo, não vão se arrepender.

    Compre: Blade – A Lâmina do Imortal.

    Texto de autoria de André Kirano.

  • Resenha | Bad Boy

    Resenha | Bad Boy

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    Não gosto de admitir isso, mas as vezes me pego comprando HQs e mangás sem nem me dar ao trabalho de ler uma sinopse, confiando apenas no nome do autor ou do ilustrador para garantir a qualidade da obra. Felizmente tenho acertado mais do que errado, e um grande exemplo dessa confiança é a HQ Badboy, do nada famoso Frank Miller, que comprei no meio do ano passado. Pode até parecer um pouco de comportamento fanboy começar a resenha dessa maneira, mas é verdade quando digo que comprar uma obra do Frank Miller é retorno garantido, e vou tentar justificar essa afirmação nas próximas linhas.

    Pra começo de conversa, Badboy não é uma HQ muito extensa, sua edição aqui em terras tupiniquins tem apenas 48 páginas contando com alguns esboços de arte no final, o que me assustou um pouco enquanto a folheava, porque até o momento não estava muito motivado adquirir a obra. O engraçado foi perceber que durante a leitura, essa falta existencial de uma presença física mexe com a percepção do leitor, que está imerso num roteiro onde a trama é ponteada por pequenos momentos gritantes nos quais muitas vezes a sensação é de “vai acontecer mais coisa” e no final acaba não acontecendo da maneira esperada.

    A história de Badboy é um pouco complicada se analisada em primeiro plano, mas com o passar das páginas se mostra uma ótima releitura do clichê “fugir de uma realidade pouco convincente”. Ela começa nos apresentando Jason, um garoto aparentemente normal, fazendo aquilo que mais gosta: fugir. Talvez a presença de algo parecido com robôs e um jato supersônico denunciem que a história se passa num futuro próximo onde nada é o que parece e nem como parece, tornando complicado entender onde Jason está e qual sua função dentro da “sociedade utópica” conhecida como Sacred Oaks que seus pais pregam com avidez durante algumas viagens forçadas após as fugas. O garoto acaba vivendo num circulo de Déjà Vu em que as mesmas situações se repetem apenas com micro mudanças: percepção de algo errado na realidade, tentativa de fuga e captura eminente seguida por uma amnésia. A quinada acontece justamente quando ele se recusa a viver o período de amnésia e fica acordado, daí para frente as descobertas são grandes e atiçam ainda mais a curiosidade do leitor.

    Dentro de algum lado comparativo, podemos dizer que Badboy se parece muito com alguns filmes onde o foco está na situação vivenciada pelo personagem, por mais que o cenário de fundo se mostre mais interessante. Durante a leitura essa é uma característica muito boa, porém se vira contra o autor depois que o leitor descobre que não há mais material para ser lido. Você literalmente fica com vontade de conhecer mais sobre aquele ambiente onde Jason está sendo aprisionado, mas não por uma ligação ao personagem e sim pelo fato de que todo o cenário foi construído encima de uma aparência super secreta. Frank Miller soube dar a Badboy um “gosto de quero mais” e ainda embalou sua genialidade dentro de um pacote com poucas páginas e uma ilustração nos moldes clássicos dos quadrinhos oitentistas em pleno anos 90 (1997 para ser mais exato).

    Infelizmente Badboy não é to tipo de história em quadrinhos que qualquer um possa ler, há linguagem inadequada e um pouco de violência, mas nada que vá mudar sua vida como um banho de sangue. Para nós brasileiros acostumados a pagar valores irrisórios por obras que não chegam aos pés de Badboy, a situação só melhora em saber que ela está sendo vendida com preços entre 20 e 30 reais e sua edição nacional foi feita pela já conhecida Devir em 2009, recebendo o melhor tratamento possível: capa plastificada, papel de boa qualidade e uma lombada rígida. Então minha consideração final coloca Badboy com nota 8, numa escala de 0 à 10 e serve de indicação para aqueles que querem se aprofundar mais ainda nas obras do Miller sem precisar passar por dilemas de Custo VS. Benefício na hora da compra.

    Compre: Bad Boy.

    Texto de autoria de Breno C. Souza.

  • Review | The Confession

    Review | The Confession

    ConfessionA internet se tornou o maior veículo de divulgação de todos os tempos. Diariamente milhões de pessoas vomitam material na Grande Rede, desde músicas toscamente gravadas até curta-metragens bem produzidos. Toda essa facilidade de produzir audiovisual, unidos ao poder de distribuição barata e rápida via internet, criou um espaço favorável aos amantes da cultura – tanto quem consome quanto quem produz.

    Nos últimos anos presenciamos um novo formato se expandindo: as webseries. Só para citar alguns exemplos: The Guild, que mostra um grupo de nerds jogadores de MMORPG; Web Terapy, onde Lisa Kudrow (a eterna Phoebe de Friends) faz terapias online com seus pacientes; The Cell, produzida pelo Canal FX; Mortal Kombat Legacy, entre outras. No meio de todas essas, temos The Confession, estrelada por Kiefer Sutherland e John Hurt.

    Sutherland é um assassino que, certa vez, decide ir à igreja para se confessar – aparentemente por motivos óbvios. Lá, encontra o padre, Hurt, e para ele revela que matou uma pessoa no dia anterior.

    Só para constar, os personagens principais – e a maioria dos demais – não tem seus nomes mencionados na série.

    O que aconteceu no dia anterior: Sutherland, quando estava prestes a executar seu alvo, quando este pede um momento para rezar. O assassino concede este último ato benevolente, e, antes de atirar na cabeça do infeliz, recebe as palavras “Eu te perdoo”. Com isso, o assassino questiona o padre sobre os valores da religião, da fé, do significado dos diversos homicídios que cometeu e várias outras coisas. A conversa entre os dois vai tomando rumos cada vez mais inusitados, e os personagem, aos poucos, são construídos e desconstruídos.

    Sutherland e Hurt merecem aplausos pelas excelentes interpretações; 90% da série é focada no diálogo entre eles, e cada um é muito competente em seu papel. No decorrer dos episódios, a trama sofre mudanças, e os personagens acompanham muito bem. A trilha sonora, apesar de genérica, é eficiente.

    São apenas 10 episódios de, em média, 6 minutos cada. Esse formato funciona como um livro de capítulos curtos: você lê, e, chegando ao final, fica curioso para saber o que acontecerá em seguida. É impressionante a quantidade de desenvolvimento feito com tão pouco tempo. Apesar de curta, a série não é superficial. Tanto o roteiro quanto os personagens são bem trabalhados. Várias idéias já utilizadas em diversas outras séries e filmes são bem encaixadas em The Confession, que, apesar de não ser inovadora ou revolucionária, esbanja qualidade.

  • VortCast 05 | Filmes Marvel – Parte 1

    VortCast 05 | Filmes Marvel – Parte 1

    Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), André Kirano (@kiranomutsu), Jackson (@jacksgood), Jean D’angelo (@jeandangelo), Carlos Tourinho (@touroman), Levi Pedroso (@levipedroso) e Brunno Elias (@brunnoelias)  se reúnem para comentar sobre todos os filmes que a SEGUNDA maior editora de quadrinhos do mundo já colocou nos cinemas. Conheça todas as galhofas que chegaram ao grande público e as atuais grandes produções que viraram sucesso mundial.

    PS: Pedimos desculpas pela qualidade do áudio. Fizemos o possível para melhorá-lo, mas ainda assim ficou aquém do esperado.

    Duração: 126 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Crítica de Thor por Jackson

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    Crítica Capitão América (1990)
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    X-Men 2
    X-men 3: O Confronto Final
    Crítica X-Men Origens: Wolverine
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    Crítica Homem-Aranha 2
    Homem-Aranha 3
    Hulk
    O Incrível Hulk
    Crítica Quarteto Fantástico (1994 – nunca lançado)
    Quarteto Fantástico (2005)
    Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
    Motoqueiro Fantasma
    Crítica Justiceiro (1989)
    Crítica Justiceiro (2004)
    Crítica Justiceiro: Zona de Guerra
    Crítica Nick Fury: Agente da S.H.IE.L.D.
    Homem de Ferro
    Homem de Ferro 2
    Kick-Ass
    Crítica Thor

  • Crítica | Monstros

    Crítica | Monstros

    Monsters_poster

    Chegando sem muito alarde, Monstros (Monsters) tem tudo para se tornar um filme cult de gênero, seja por seu baixo orçamento, as questões levantadas durante o longa e até mesmo pelo clima despretensioso, o que o torna mais crível para o espectador, diferente dos seus irmãos ricos de Hollywood.

    Monstros traz uma trama bastante batida, um misto de Distrito 9 e Cloverfield, porém, com o decorrer do filme ele acaba funcionando muito mais como um filme pós-apocalíptico. Tendo como plano de fundo nosso mundo, onde humanos e alienígenas convivem de forma nada amigável. Já se passaram 20 anos desde a chegada desses seres e até o momento não conseguimos exterminá-los.

    A principal zona de infecção fica entre os Estados Unidos e o México e ao se ver sem alternativa, as duas nações criam uma campo de controle na fronteira entre os dois. Obviamente, os Estados Unidos dão um jeito de conseguir conter esses seres, criando um muro de contensão, tornando o México a área mais afetada. No meio desse cenário temos um jornalista responsável por cobrir o que está ocorrendo no México, mas seus objetivos são mudados quando seu chefe o obriga a levar sua filha de volta para os EUA, já que ela acaba se ferindo durante um ataque enquanto estava no México.

    O diretor estreante Gareth Edwards faz uma mescla de documentário, trazendo o olhar crítico e político sob as questões levantadas, a adaptação do povo mexicano aos ataques, o descaso do governo americano em ajudar seus vizinhos, a crítica está em metáforas sobre os preconceitos vividos pelos imigrantes em território americano e toda a xenofobia por parte deles. Tudo isso seria ótimo se já não tivesse sido apresentado em Distrito 9.

    Apesar do orçamento pequeno, apenas 500 mil dólares, o diretor utilizou muito bem. A estética do filme nos faz acreditar que tudo aquilo seria possível. Os efeitos especiais em nenhum momento soam artificiais. Os protagonistas são carismáticos, mas o romance entre eles força um pouco a barra, nada que atrapalhe ou prejudique a trama.

    Monstros está longe de ser um grande filme ou que ficará marcado em alguém, mas diverte, traz críticas interessantes e mostra que é possível fazer um filme de catástrofe/ficção científica com um orçamento pequenininho. Uma pena o roteiro ser didático demais.

  • Crítica | Thor

    Crítica | Thor

    Thor_Official_Poster

    Amantes do cinema pipocão, regozijem-se! Começou a temporada do verão norte-americano, época em que os blockbusters dominam o circuito. E abrindo esse ano temos Thor, adaptação dos quadrinhos da Marvel, que estreou no Brasil no dia 29 de abril, uma semana antes do lançamento nos EUA. Desde que a tradicional editora decidiu levar por conta própria seus personagens para o cinema, ao invés de somente vender os direitos, esse já é o quarto filme. Pra quem não lembra, os outros foram os dois Homem de Ferro e O Incrível Hulk. Teremos ainda esse ano Capitão América, e em 2012 toda essa cambada se reúne naquele que promete ser o filme mais massa veio de todos os tempos da história do cinema mundial, Os Vingadores.

    Mas voltemos ao Deus do Trovão, que afinal de contas é o assunto desse review. O personagem foi criado em 1963 por (adivinhem) Stan Lee, Jack Kirby e Larry Lieber, tendo inspiração nas lendas da mitologia nórdica. Como todo super-herói, teve várias interpretações e reformulações ao longo dos anos, mas mantendo-se sempre como um dos mais poderosos e respeitados do Universo Marvel. A exceção, talvez, fique por conta do Universo Ultimate, que deu uma visão mais realista a todos os heróis (e justamente por isso tem sido fonte de muitos dos conceitos do universo cinematográfico da Marvel). Nele, a princípio Thor é visto somente como um maluco superpoderoso.

    Um super-herói que é um deus, enfrenta divindades e outras criaturas mágicas, mas que também atua num cenário, digamos, mundano? E convive com o Homem de Ferro, por exemplo, um herói inteiramente baseado em ciência? Não precisa ser nenhum gênio pra perceber que esse era umas das adaptações mais difíceis de serem feitas, sem cair no ridículo ou descaracterizar demais o personagem. E o resultado é digno de aplausos, pois o filme conseguiu ser bastante consistente, mantendo a essência dos quadrinhos e atualizando com bastante simplicidade aquilo que precisava ser modificado, pra dar um ar mais crível e, principalmente, permitir que a história se encaixe no universo que vem sendo desenvolvido nos filmes anteriores.

    A história é a praticamente a mesma da origem clássica das hq’s: Thor é filho de Odin, rei de Asgard, um mundo de seres poderosos que ajudaram à humanidade em eras remotas e foram vistos como deuses, dando assim início ás lendas. Jovem, arrogante e amante das batalhas, Thor acaba reacendendo uma antiga guerra contra os Gigantes do Gelo (criaturas de outro mundo, Jotunheim), e acaba sendo punido por seu pai. Destituído de seus poderes e sua arma hyper motherfucker, o martelo Mjölnir, ele é jogado em Midgard, a Terra, pra aprender a ser humilde, paciente, sábio e todas as qualidades de um bom rei, afinal o loirão é o herdeiro do trono. Aqui, ele tromba com a equipe de físicos liderada pela doutora Jane Foster, que investiga fenômenos cuja explicação parece esta ligada a Thor e seu povo. Enquanto isso, em Asgard, o irmão do herói, Loki, se mostra muito ardiloso e… bem, continuar seria entregar a trama toda, então fiquemos por aqui.

    Como dito acima, o filme é bastante coerente em todos os seus aspectos. Ação, humor, drama, romance (o pacote tradicional, enfim) se equilibram muito bem durante toda a história. O diretor Kenneth Branagh fez um trabalho impecável, inclusive nas cenas de pancadaria, com as quais não tinha muita experiência, visto que sua fama é “shakespeareana” e teatral. Fato que é percebido na sua excelente direção de atores, todos muito bem em seus papéis. Chris Hemsworth, protagonista e praticamente desconhecido, surpreende ao dominar com total segurança todas as suas cenas. Ele conseguiu passar muito bem a confiança e arrogância do Thor inicial, e sua posterior evolução. O intérprete de Loki, Tom Hiddleston, era outro desconhecido, pelo menos pra mim. E também se sai muito bem, sendo dissimulado em alguns momentos e louco surtado em outros, ou seja, um Loki perfeito. Sendo ele mesmo, ou seja, FODA PRA CARALHO, Anthony Hopkins É Odin e ponto final. Fechando o elenco principal, temos a oscarizada, badalada, e coisinha linda Natalie Portman no papel de “interesse romântico”. No espaço que tem, ela faz o básico e não compromete. Os demais atores têm participações menores e cumprem muito bem seus papéis na trama.

    E a questão das mudanças, o tormento dos fãs dos quadrinhos? A mais sensível delas é o conceito de o que SÃO Asgard e seu povo. Enquanto nas hq’s eles são os deuses nórdicos e pronto, o filme partiu pra linha do “magia é ciência que não entendemos”, colocando-os como simplesmente seres superiores de outra dimensão. Confesso que fiquei um pouco desgostoso com isso antes de assistir, mas acaba que tudo flui naturalmente e não afeta em nada os elementos clássicos do personagem. Sobre o visual, amplamente criticado durante a divulgação, também funciona a contento. Saíram o metal e couro tipicamente viking e entraram armaduras estilosas tipo Cavaleiros do Zodíaco. O que era necessário, por conta da mudança conceitual. Há um estranhamento no início, preciso admitir, mas com um pouco de boa vontade tudo fica bem.

    Mais algumas mudanças vieram nessa mesma linha: já que não são exatamente deuses, os asgardianos não são imortais, Odin está envelhecendo e já planeja passar o trono para Thor, coisa que nos quadrinhos nunca existiu. Também muda a forma como o Pai de Todos fica caolho, nas hq’s ele mesmo arranca um dos olhos, num sacrifício pra ter a sabedoria divina, enquanto no filme ele o perde em batalha. Outras mudanças muito questionadas referem-se aos personagens Heimdal e Hogun, interpretados por um negro e um oriental, respectivamente. Politicamente correto? Com certeza, mas não chega a ser uma afronta, já que no filme eles NÃO são deuses nórdicos (aliás, muito boa essa desculpa). E estão muito bem representados, principalmente o primeiro, que é o Guardião da Ponte do Arco-Íris, e tem a visão além do alcance (mas não usa a Espada Justiceira), sendo tratado como um ser mais místico e enigmático que os demais asgardianos. Ficou bastante fiel aos quadrinhos. Por outro lado, a total ausência de Balder foi meio triste, visto que ele é o melhor amigo de Thor e um dos personagens mais importantes de suas histórias. Mas não vejo como ele poderia ser encaixado no filme, visto que os Três Guerreiros e a Lady Sif já tiveram um papel bem pequeno, apesar de muito bom.

    Obviamente não faltam a cena pós créditos e easter eggs para os fãs (destaque pra aparição de um certo arqueiro), típicos dos filmes da Marvel. No fim, Thor consegue ser bastante próximo do tom de Homem de Ferro, no sentido de aliar a ação com uma dose de drama/seriedade com os momentos de descontração, sem cair na galhofa de um Quarteto Fantástico, por exemplo. O maior defeito do filme também é bem típico: o tempo. A jornada do herói, ou melhor, a jornada moral do herói, acaba sendo meio abrupta, com Thor passando muito rápido de imaturo a altruísta. É algo que se sente, que faz o filme perder alguns pontos e não chegar ao nível ÉPICO, mas nem de longe chega a comprometer. Agora é aguardar o Capitão América em julho e depois achar uma máquina do tempo pra já pular pro meio do ano que vem e assistir Os Vingadores!

    Texto de autoria de Jackson Good.

  • Resenha | Fúria Lupina – Alfer Medeiros

    Resenha | Fúria Lupina – Alfer Medeiros

    Fúria-Lupina

    Fúria Lupina: Brasil é um livro fascinante, não só pelas personagens incríveis ou pelos detalhes das grandes batalhas, mas também pelo jeito como tudo é apresentado. Além de ser um livro brasileiro, fazendo com que os leitores se acostumem e entendam a maioria dos termos, diálogos e lugares usados ao decorrer do enredo.

    A estória começa no ano de 1977, com o nascimento da descendente da uma respeitada família de Homens-lobos. Caroline é a mais forte de sua raça e a principal personagens do livro. Ela cresce sabendo que um dia se transformaria em lobo também, mas isso aconteceu mais cedo que o esperado. Aos 10 anos de idade ela passa pelo ritual de metamorfose e se torna então, uma mulher-lobo.

    O Autor Alfer Medeiros faz homenagens a grandes personagens da cultura pop, como o vilão Hell Vansing que é inspirado no caçador Van Hellsing. Além disso ele cita inúmeras bandas de Rock internacionail e grandes obras do cinema, como Star Wars.

    É incrível ver como a leitura brasileira evoluiu nos últimos tempos. Alfer consegue criar uma estória sobre lobisomens, sem cair no clichê dos outros livros com o mesmo tema. Ele acabou com o mito do lobo ser irracional, controlar o homem. Em Fúria Lupina acontece exatamente ao contrário, desde a primeira transformação, o Homem-Lobo é ensinado a ter auto controle e raciocínio lógico. Além da maneira sutil e perigosa de comunicação: Telepatia.

    O livro, além de tudo, é um apelo para a preservação do meio ambiente. Tanto o meio vegetal quanto animal, o autor mostra como é importante cuidar da natureza. O seu trabalho em detalhes é tão impressionante, que ele faz com que o leitor fique apaixonado por todos os personagens da trama. Tanto os vilões quanto os “mocinhos” tem sua carisma especial. Principalmente pelo alívio cômico que é imposto aos perigosos caçadores. Podemos dar boas risadas lendo seus diálogos.

    Apesar do bom enredo, os personagens carismáticos, o cenário familiar e os diálogos claros, o que mais chama atenção no livro são as batalhas. Ele descreve cada movimento, cada parte da estratégia dos combatentes. Não deixa passar um braço arrancado ou uma cabeça dilacerada. Enfim, o livro é, na minha opinião, o melhor da literatura nacional atualmente. Há tempos não lia com tanta vontade…

    Compre: Fúria Lupina – Alfer Medeiros.

    Texto de autoria de Jean Dangelo.

  • Review | Marvel: Ultimate Alliance 2

    Review | Marvel: Ultimate Alliance 2

    Marvel – Ultimate Alliance 2, jogo lançado pra Xbox 360, Nintendo DS, Wii, PlayStation 2 e 3, da Activision, desenvolvido pela Vicarious Vison. Baseado nas séries  Guerra Civil e Guerra Secreta, a história se trata de uma investigação feita por Nick Fury, que descobre planos envolvendo ataques terroristas do país da Latvéria aos EUA, então, os Vingadores comandados por Fury invadem o país comandado por Dr. Destino, destruindo armas e enfrentando o exército do país e matando Lucia Von Bardas, ministra do país.

    Algum tempo depois, Lucia reaparece um Nova York, revivida por um corpo robótico e inicia uma onda de ataques aos civis. Após esse evento, que matou por volta de 900 pessoas, o governo cria uma lei onde os heróis são obrigados a se registrarem, revelando sua verdadeira identidade. Mas pra deixar o negócio interessante, um grupo se rebela e vai contra a ideia. O grupo de foras da lei é liderado pelo patriotismo encarnado, de botas e escudo, também conhecido por Capitão América que também conta com Luke Cage, Hércules, Cable, Mulher Aranha e outros.

    Já do outro lado, está o grupo certinho liderado por Tony “Homem de Ferro” Stark, seguido de Sr. Fantástico, Bishop, Jaqueta Amarela, Mulher Hulk etc etc etc amém. A graça da história está nessa parte, onde você escolhe de que lado irá ficar, e seus atos no decorrer da história irão refletir no final da novela. Quanto à jogabilidade, o jogador forma um time de 4 heróis que podem ser controlados ou trocados a qualquer momento conforme o jogo decorre. Os personagens vão ganhando orbs no estilo Devil May Cry ao derrotar inimigos e ao quebrar objetos do cenário, o que possibilita a customização das habilidades.

    Também é possível desbloquear novos uniformes e bônus variados (artes conceituais do desenvolvimento do jogo e etc) ao completar missões e desafios, como esculhambar com um certo número de adversários, o que pode ser melhorado ao combinar poderes de integrantes do seu clubinho e criar combos matadores. Fique atento também a itens escondidos nas fases, que lhe darão medalhas para melhorar a estratégia do grupo e liberar outros heróis.

    Contando com os personagens acima citados, o jogo conta com 20 super heróis como, Homem Aranha, Demolidor, Wolverine, Tempestade, Tocha Humana, Hulk, Venom, Shocker, Duende Verde, Homem de Gelo, Miss Marvel, Mulher Invisível, Thor, Gambit, Máquina de Guerra, Penitência e etc. Com gráficos que vão explodir cabeças de muitos fãs de HQs, Marvel: Ultimate Alliance 2 é um dos melhores jogos do gênero ação e aventura.

    Texto de autoria de Felipe “Jim” Rozz.

  • Crítica | Mother: A Busca Pela Verdade

    Crítica | Mother: A Busca Pela Verdade

    mother

    “O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho”. Essa frase da renomada romancista policial britânica Agatha Christie, estabelece o baluarte na proposta do diretor sul-coreano Bong Joon-ho em Mother – A busca pela verdade. Um thriller psicológico recheado de humor negro inspirado em um dos elementos da obra de Alfred Hitchcock: a figura do “homem errado”, definido pelo mestre do suspense como “o cidadão comum  quando pego em situações extraordinárias é capaz de atos extraordinários”.

    Em Madeo (título original), Joon-ho amplia esse conceito mesclando ao mistério um lirismo ímpar. Através desse tratamento poético pouco convencional ao gênero, ele subverte as convenções estilísticas, abusando de diversas fórmulas, mas sempre sendo original em sua abordagem. Joon-ho insere pistas falsas na trajetória detetivesca desse noir salpicado de enlaces surrealistas, com o objetivo de aguçar a curiosidade do público, mas sempre amparado na  cartilha narrativa de Hitchcock, como a utilização do MacGuffinin. Segundo o cineasta britânico um termo usado para inserir um objeto que serve de pretexto para avançar na história sem que ele tenha muita importância no conteúdo da mesma. Todos esses fatores a serviço de uma trama singela sobre uma mãe (a ótima atriz veterana Hye-ja Kim) extremamente protetora e carinhosa, determinada em descobrir o verdadeiro assassino de uma jovem, quando seu filho mentalmente incapacitado é o acusado.

    Joon-ho já tinha demonstrado essa desenvoltura no terror O Hospedeiro, seu filme anterior. Se antes o monstro era explícito, dessa vez ele vem disfarçado de mãe afetuosa propondo um debate sobre os limites desse amor fraterno. Esse proposital contraste entre inocência e monstruosidade, temperado com um ligeiro comentário social.

    Não é uma surpresa Mother ter atingido quase que uma unanimidade entre a crítica especializada ao redor do planeta. Através dos anos o cinema sul-coreano comprovou ter a mesma representação metafórica da bandeira de seu país: um círculo dividido em partes iguais e delineado em perfeito equilíbrio. Lá convivem artífices de uma linguagem contemplativa como Kim Ki-duk de A Casa Vazia com a brutalidade pop, meio mangá, meio Hollywood de Park Chan-wook e seu Oldboy. Os filmes oxigenam os neurônios com arte, ao mesmo tempo em que o coração é massageado através de uma prazerosa carga de adrenalina do cinema popular.

    Texto de autoria de Mario Abbade.

  • Crítica | Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos

    Crítica | Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos

    You Will Meet a Tall Dark Stranger

    O incansável Woody Allen retorna com mais um longa, mantendo sua média de lançar um novo filme por ano, dessa vez com Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos e infelizmente mostra apenas algumas fagulhas de relevância e originalidade em seu novo filme. Diferente de seu anterior (Tudo Pode Dar Certo), que apesar de seus elementos de comédia romântica, trazia um bom roteiro, cheio de boas ideias e diálogos afiados, o que não é o caso de seu último longa que acaba se perdendo e o resultado final não é tão satisfatório.

    Os filmes de Allen continuam seguindo como crônicas de nosso dia-a-dia, abordando problemas comuns que enfrentamos em nossas vidas. Na trama, temos uma série de histórias paralelas interligadas e acompanhamos a vida de Sally (Naomi Watts), que se vê infeliz em seu casamento com Roy (Josh Brolin), já que ele não está preparado para lhe dar um filho, além dos problemas financeiros que enfrentam, com isso ela passa a procurar atributos em seu chefe Greg (Antonio Banderas), e passa a admirá-lo. Roy por sua vez é um escritor de um único sucesso que nunca mais escreveu nada que o superasse, com a pressão de escrever um novo best-seller e os problemas no casamento, Roy se apaixona por sua vizinha, Dia, uma jovem musicista.

    Os pais de Sally também estão sofrendo problemas em seu casamento e se divorciam, pois Alfie (Anthony Hopkins) se torna um obsessivo para recuperar sua juventude já tão distante e parte em busca de um novo amor, e este se concretiza na figura de um prostituta. Sua exposa Helena (Gemma Jones) tenta preencher o vazio de sua vida entre sessões com uma vidente, alimentando-a de esperanças quanto ao seu futuro.

    O filme nem de longe é ruim, mas te traz uma sensação de um trabalho no piloto automático do Allen, sem se doar para o que está fazendo. Apesar disso, o filme tem ótimas sacadas, trazendo uma série de situações interessantes para o espectador, mas falta uma profundidade maior aos personagens, o que me dói dizer, já que os personagens do diretor sempre foram seu ponto forte.

    Quanto a trilha sonora, outra marca registrada do cineasta e um dos pontos fortes da trama, repleta de clássicos. As atuações são redondas, Hopkins, Adams, Brolin e Jones estão muito bem em seus pápeis. Tecnicamente o filme é competente, como todos os trabalhos do diretor, tendo uma fotografia belíssima, como de costume. O ponto fraco fica por conta do roteiro que não traz originalidade, já que o assunto em questão não é novidade para o diretor.

    Em Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, Allen nos mostra outra faceta do ser humano, a insatisfação. Não importando quem você tem ao seu lado e o que tem em sua vida, sempre tendemos a desejar coisas novas. Muitas vezes isso é idealizado na forma de uma pessoa, de um novo negócio, um novo objetivo de vida. Enfim, a felicidade inalcançável. Apesar de longe de seus trabalhos anteriores, Allen apresenta um filme acima da média com bons temas à ser discutidos. Talvez seja apenas nossa insatisfação se mostrando presente, assim como em seus personagens.

  • Review | Supernatural – 1ª Temporada

    Review | Supernatural – 1ª Temporada

    Supernatural_Season_1Supernatural trata da história de dois irmãos, Dean (Jensen Ackles) e Sam Winchester (Jared Padalecky). A mãe dos garotos morre de uma forma misteriosa, quando Sam era ainda bebê, que leva o pai, John Winchester (Jeffrey Dean Morgan), um veterano da Marinha a buscar explicações sobre quem ou o que teria assassinado sua esposa.

    Com isso, John passa a ser um caçador, enfrentando criaturas que o mundo ignora a existência, sendo esses vampiros, lobisomens, wendigos, bruxas, fantasmas e é claro, demônios.

    Os anos se passam, Dean e Sam crescem com a ausência do pai e se mudando constantemente, devido à demanda de “trabalhos” do veterano, o que é um dos motivos de tensão, principalmente para Sam, que não aprecia nada a vida que leva, diferente de Dean que idolatra o pai.

    A história começa já com Sam entrando para a faculdade. Muito inteligente, ele consegue uma bolsa para cursar direito em Harvard e é motivo de orgulho de seus amigos e de sua namorada, Jéssica. Nessa época Sam já havia saído do caminho de seu pai e Dean, e preferiu viver sua vida normalmente e ignorar a existência do sobrenatural e se afasta da família, com a qual não se entende, inclusive essa tensão é explicada com mais detalhes durante a história.

    Uma bela noite Dean vai até Sam, para que juntos possam ir atrás de seu pai, que não dá notícias desde que saiu para uma caçada. Contrariado, o irmão caçula parte em rumo ao desconhecido para ajudar a achar seu genitor. Resolvem o caso, mas nada de acharem o velho, e Sam volta com sua vida cotidiana, mas quando chega em casa, assiste Jessica morrer da mesma maneira misteriosa que sua mãe, o que o leva a voltar suas origens e lutar ao lado de seu irmão em busca de seu pai desaparecido e de informações que o levem ao que causou a morte de sua mãe.

    Já no seu quinto ano, o seriado voltou a ser exibido nos EUA no dia 21 de Janeiro, e aqui no Brasil, é possível conferir por TV a cabo ou pelo SBT. A série é interessante e agrada muito aos fãs do gênero terror, com direito a sangue, na medida do possível. Cheio de referências a filmes clássicos, a trama também agrada aos ouvidos, com direito à bandas como AC/DC, Black Sabbath, Metallica, Rush e outros clássicos na trilha sonora. Não espere muito dos efeitos visuais, porém, só a caranga dos irmãos Winchester, um Chevy Impala 67,  já cobre qualquer furo.

    Texto de autoria de Felipe “Jim” Rozz.

  • Agenda Cultural 27 | Exploitation, Alienígenas Desalmados e Cowboys Reptilianos

    Agenda Cultural 27 | Exploitation, Alienígenas Desalmados e Cowboys Reptilianos

    Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), Mario Abbade (@fanaticc), Levi Pedroso (@levipedroso), Felipe Morcelli (@multiversodc) e Carlos Tourinho (@touroman) retornam em mais uma edição da Agenda Cultural repleta de sarcasmo e muita informação… como de costume. Nesta edição saiba um pouco importância de Frank Sinatra para a música, qual a lógica de se criar uma máquina para retirar almas dos seres humanos, Nicolas Cage e sua nova peruca e a aguardada despedida de Steve Carrel da série The Office.

    Duração: 85 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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  • Resenha | A Boa Sorte de Solano Dominguez

    Resenha | A Boa Sorte de Solano Dominguez

    A boa Sorte de Solano Dominguez

    Wander Antunes e Mozart Couto dão as caras com A Boa Sorte de Solano Dominguez, uma hq ambientada na Cuba dos anos 50, pré-revolução, e repleta de sacanagem e malandragem, que se não tivesse nada que direcionasse ao local onde se passa história, poderíamos muito bem trocar Cuba pelo Brasil, que não mudaria em nada o desenvolvimento da história, tamanha similaridade com nossa terra brasilis e seus habitantes.

    A Boa Sorte de Solano Dominguez tem o tempero brasileiro que nos habituamos nas novelas escritas por Nelson Rodrigues, talvez por isso, seja tão fácil, ambientar essa história no Rio de Janeiro, por exemplo. A malandragem faz parte do dia-a-dia das personagens apresentadas, todas dão um “jeitinho” para conseguir o que querem. Onde será que já vimos isso?

    Nosso protagonista é Solano Dominguez, um cubano que vive às custas de sua mulher, Maria, uma prostituta (?!) de renome por toda a ilha de Cuba. Solano, cafetão de sua própria mulher, se vê sem saída, quando em um domingo, Maria, ao sair da igreja é atropelada e falece, deixando-o sem sua fonte de renda.

    Com o passar do tempo, Solano já está endividado por todos os lugares, e passa a ser ameaçado. Quando tudo parecia não ter solução, eis que sua filha com Maria retorna do internato onde passou toda infância, e ele se dá conta que ela já não é mais uma menina, e inclusive, herdou a bunda da mãe. Seria esse o fim dos problemas de Solano?

    Com essa história surreal, típica das novelas de Nelson Rodrigues, Wander Antunes despeja uma latinidade repleta de malícias, sarcasmo e diversão. Mozart Couto consegue retratar toda essa distorção da realidade com bom gosto e sensualidade.

    A Boa Sorte de Solano Dominguez Lançada pela Editora Desiderata em 2007, com um formato requintado, contando com uma bela capa cartonada envernizada, qualidade do papel e impressão das páginas (preto e branco) de alta qualidade, além de uma pequena resenha na contra-capa de Ruy Castro. Recomendado para quem gosta de histórias adultas, com uma pitada latina.

  • VortCast 04 | Clint Eastwood – Parte 1

    VortCast 04 | Clint Eastwood – Parte 1

    Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), Carlos Voltor (@carlosvoltor), Mario Abbade (@fanaticc) e Ivan Motosserra (@ivanmotosserra) do site Jerimun Beta se reúnem para comentar sobre a carreira de um dos maiores cineastas norte-americanos, Clint Eastwood. Conheça um pouco sobre seus principais trabalhos como diretor nos anos 70 e 80 em um bate-papo descontraído sobre esta lenda viva.

    Duração: 119 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Jerimum Beta
    Parte 2 – Clint Eastwood
    Parte 3 – Clint Eastwood

    Filmografia Comentada

    The Beguiled: The Storyteller
    Crítica Perversa Paixão
    Crítica O Estranho Sem Nome
    Crítica Interlúdio de Amor
    Crítica Escalado para Morrer
    Crítica Josey Wales – O Fora da Lei
    Crítica Rota Suicida
    Crítica Bronco Billy
    Crítica Firefox: Raposa de Fogo
    Crítica Honkytonk Man
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