Aquela galera “true” que ouve metal possui comportamento bem peculiar. Pegue os estereótipos desse pessoal, junte com bizarrices típicas dos animes e eleve à enésima potência. Isso é Detroit Metal City, que se desenrola em apenas 12 episódios de 13 minutos cada.
O personagem principal, Negishi, adora música pop, e tem o sonho de se tornar um grande astro. Mas na verdade ele já é um grande astro, só que de uma banda de death metal: a DMC – Detroit Metal City. Sob a identidade de Johannes Krauser II, um demônio de longos cabelos loiros, cara pintada e armadura, ele debulha na guitarra e urra músicas que pregam violência, estupro e outras perversidades. Quando o garoto veste a roupa e coloca a maquiagem, sua personalidade praticamente muda, apesar de, nos pensamentos, discordar de várias coisas que faz e diz. Ele não gosta de tocar aquele estilo de música, mas é sua única fonte de renda, então não lhe resta escolha. Porém, quando está no palco, leva o público à loucura com suas performances agressivas (e extremamente estereotipadas); esse paradoxo é um dos pontos fortes do humor.
Detroit Metal City é um grande deboche aos comportamentos extremos dos fanáticos do metal, mostrando jovens cegos pela DMC, idolatrando Krauser como se fosse um deus demoníaco. Os conflitos internos do nosso herói ficam mais fortes quando decide conquistar uma garota, mas se ela souber de sua identidade como Krauser, sem dúvidas vai querer distância do rapaz. Então, no decorrer da trama, manter essa dupla identidade fica cada vez mais complicado.
Quem procura uma história super elaborada com personagens profundos e desenvolvidos, mantenha distância. DMC é muito simples, e justamente por isso não deve ser levado a sério. São diversas situações absurdas que acontecem sem muita explicação, e das formas mais esdrúxulas possíveis. Importante frisar que este é um anime de nicho, e dificilmente agradará àqueles desfamiliarizados com o universo do metal; diversas referências e comportamentos comuns a esse meio estão presentes o tempo todo, e de forma exagerada. Quem for totalmente alheio a essa cultura simplesmente verá um poço de bizarrices, e nada mais. Já os ouvintes da música pesada irão se identificar – ou lembrar de alguém conhecido – quando virem as maluquices dos fãs e a postura de Krauser dentro e fora do palco. O que não ameniza o fator bizarro.
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