Resenha | Star Wars: O Último Voo do Harbinger
Focado no imperial Sargento Kreel, que foi um espião introduzido nos primeiros números de Marvel Star Wars Ano Um, O Ultimo Voo do Harbinger mostra um grupo de stormtroopers primariamente, para depois expandir seu causo, envolvendo até batalhas espaciais. O encadernado que compreende os números 21 a 25 da revista citada tem roteiro de Kieron Gillen e arte de Jorge Molina, desenhista de Avante Vingadores, Novíssimos X-Men e outras obras também da Marvel.
O começo do estranho se dá prioritariamente pelo fato dos soldados serem em sua maioria marombados, fortes de um jeito que destoa até do tamanho uniforme dos alistados imperiais. O fato de Kreel utilizar um sabre de luz é um diferencial, mas também ajuda um pouco a banalizar o uso da arma sagrada dos defensores da paz e alunos da Força, especialmente por toda a movimenta pós queda da República. O fato da revista não se levar muito a sério visa aplacar um pouco isso, mas não acontece exatamente assim.
As cenas de batalhas com nave no espaço são sensacionais, Molina tem uma noção de espaço e escala muito boas. Mas ainda assim, os rebeldes conseguindo roubar o um Star Destroyer não faz sentido algum, mesmo que se passa muito tempo antes de Império Contra Ataca, onde os imperiais esmagam os rebeldes ao ponto deles se refugiarem no planeta gelado de Hoth.
Ao menos se dá prosseguimento ao um personagem carismático, ponta que já não deveria estar solta a essa altura, e que certamente não justifica 5 números de revistas. Ainda tem um fim sensacionalista, envolvendo Vader e um ataque aos rebeldes “travessos” – eles são tratados assim, no gibi, tal qual os amigos de Scooby Doo – e ainda tem um baita gancho, para as próximas edições, que reuniria a revista citada e claro, Darth Vader.
Há um extra em Star Wars #25, curtinho e mais infantil, em homenagem a Kenny Baker, o ator anão que manejava R2-D2, e ele é bem legal, com algo próximo de 10 páginas. Feita por Chris Eliopoulos e Jord Bellaire, e por menor que seja, é ao menos singela e graciosa a reverência. Assim termina o arco da revista, variando entre momentos mais ambiciosos e outros mais pés no chão, e seria melhor de fato se fosse só o segundo predicado.
O fato de ser sido lançado em separado do restante das revistas de Star Wars, bem na época que a Panini decidiu abrir mão dos mixs faz prejudicar O Último Voo de Harbinger. Seus melhores momentos são exatamente nas partes protagonizadas por naves, mas não há tantos momentos assim, causando um estranhamente da parte de quem vai ler nessa expectativa. Ao menos a arte de Molina torna esta uma das HQs melhor construídas dessa do novo cânone de Star Wars.
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