Review | A Bird Story
Quem jogou To The Moon provavelmente ficou ansioso pelo novo trabalho de seu criador, Kan Gao. Demorou três anos, mas finalmente uma nova obra da Freebird Games vê a luz do dia: A Bird Story. Curiosamente, é um jogo menos ambicioso, sem intenção de tentar superar a obra anterior.
Na verdade, é mais ambicioso em alguns aspectos. Primeiramente, não há diálogos. Nenhuma palavra. Tudo é contado pelos movimentos, expressões e sons dos personagens. A mudança de cenário e da coloração da tela é outro elemento narrativo bem importante. E, claro, a trilha sonora que mantém a qualidade ouvida em To The Moon.
Por um lado, a ausência de diálogos torna o jogo mais acessível e universal, podendo ser usufruído até por uma criança bem jovem. O problema é que, mesmo com a curta duração de uma hora, o jogo é um pouco cansativo e desinteressante. Os personagens em pixel art não conseguem segurar a atenção do jogador justamente pela limitação gráfica. O carisma e bom humor não se sustentam.
Sobre a história, não há muito o que falar, e qualquer detalhe a mais será spoiler, afinal, estamos falando de um jogo com uma hora de duração. Saiba apenas que se trata da relação de um garoto e um passarinho. O jeito poético, aliado à bela trilha sonora e a toques de fantasia, faz o jogo esbanjar sensibilidade e, no final das contas, cativa. Porém, o escopo passa longe de To The Moon. Ok, são propostas diferentes, apesar da linguagem semelhante (narrativa em gráficos de “RPG de Super Nintendo”). Tenha em mente que você jogará algo muito básico, com mecânicas de jogabilidade extremamente simples. Esteja disposto a passar uma hora sem encontrar nada surpreendente ou movimentado. A Bird Story cumpre sua proposta, entretanto não é um jogo essencial. Disponível para Windows, Mac e Linux.