Crítica | Mad Max 2: A Caçada Continua

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Mad Max 2 é um filme com muita ação e movimento que tem enredo simples e eficiente. Nele, ainda temos a visão pós-apocalíptica e futurista do primeiro filme da série, com escassez de combustível e uma sociedade decadente, onde o mais forte prevalece e as pessoas se juntam em comunidades e gangues para sobreviver no deserto de um mundo anárquico e violento, o que proporciona um dos filmes mais implacavelmente agressivos já feito.

As maravilhosas paisagens desoladas da Austrália, combinadas com a trilha sonora (que não é necessariamente primorosa, mas é marcante), proporcionam ao espectador certa angústia e um tantinho de depressão. Temos ainda aquela estética bem anos 80, de roupas e carros bizarros, que frequentemente são envenenados e fortificados na frente, onde pode-se prender o inimigo (e matá-lo com uma batida frontal).

Estamos sozinhos com Mel Gibson, uma espécie de pistoleiro de western moderno (que lembra um pouco os personagens de Clint Eastwood), um homem que perdeu tudo, que quase não abre a boca e que, ao decorrer da trama, enfrenta os guerreiros da estrada, que dão nome ao filme e que são ajuntamentos de pessoas com códigos de conduta, lendas e mitos muito particulares. São basicamente gangues de motoqueiros, guerreiros samurais, kamikazes, gangues de rua, vaqueiros, policiais e pilotos que se digladiam pelos recursos escassos de uma comunidade protegida por Max. Isso proporciona muita ação, efeitos especiais primorosos e muita perseguição de carros (e caminhões).

A experiência proporcionada pelo filme é fantástica. Literalmente somos imersos nesse mundo catastrófico e isso é assustador, nojento e emocionante. Para mim, Mad Max 2 é o melhor filme da trilogia e um marco dos anos 80.

Texto de autoria de Robson Rossi.

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Comments

4 respostas para “Crítica | Mad Max 2: A Caçada Continua”

  1. Avatar de FrankCastle

    Filme de cabeceira!
    Para mim, é difícil dizer se gosto mais do 1 ou do 2, ambos são marcantes demais para mim. Cada qual, ao seu modo. Concordo muito com suas palavras. Temos várias sensações como no momento em que vemos que Max “protege” e “ajuda” o “vilarejo” pensando no combustível. Em contrapartida, vemos que o povo do vilarejo também não é tão bonzinho assim, na cena em que o caminhão-tanque tomba e vemos o “combustível”.

  2. Avatar de Angry_Kidy
    Angry_Kidy

    Sabe, Isso me deixa muito feliz, o fato desses filmes (trilogia) além de serem altamente nostálgicos são também EXCELENTES FILMES! mesmo o terceiro que o pessoal fica malhando, é um puta filmaço.

    TO na Torcida do quarto filme ser FODA! tem que ser!!!!

  3. Avatar de Fabio Monteiro

    Esse foi o primeiro filme sem final feliz que vi quando criança, acabou se tornando o meu preferido. Ainda hoje quando vejo fico apreensivo naquela perseguição final. Acho esse o melhor da trilogia mas gosto dos três.
    Se parar pra pensar que esse filme te deixa tão imerso naquele contexto, que ao decorrer dele morre uma porrada de gente, mas o espectador só demonstra algum sentimento quando matam o cachorro do Max. Baita filme.

    Legal publicar essas críticas de filmes antigos.

  4. Avatar de T. R. Freitas
    T. R. Freitas

    Uma cena que ainda surpreende. Uma trilha sonora tensa e Mel Gibson. Domingão garantido!

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