Faleceu nesta quinta-feira, aos 106 anos, o célebre diretor Manoel de Oliveira, responsável por mais de 60 produções.
Nascido Manoel Cândido Pinto de Oliveira, o realizador vivenciou a maior parte das mudanças tecnológicas do cinema, passando da era analógica à digital. Seus filmes foram indicados e premiados nos eventos mais importantes, como o Festival de Cannes, o Festival de Berlim, entre outras diversas premiações em Portugal e em toda a Europa.
Vítima de uma parada cardíaca, Manoel de Oliveira foi o mais longevo e prolífico diretor, atuando na carreira até pouco antes de sua morte. Suas últimas obras, os curtas-metragens Chafariz da Juventude e O Velho do Restelo, foram lançadas no ano passado, sendo a última uma trama com Dom Quixote, Camillo Castelo Branco e Luís Vaz de Camões como personagens discutindo as glórias e o passado portugueses.
Mestre na imagem e na palavra, seus filmes mais importantes são: A Divina Comédia, Espelho Mágico, Viagem ao Princípio do Mundo, O Princípio da Incerteza e O Estranho Caso de Angélica.
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Texto de autoria de Karina Audi.