Estou em um momento bem atarefado, o que me impede e me desanima de engatar em uma série longa, em que a sequência da história seja importante e por isso eu tenha que assistir 20 episódios por temporada. Mas um dia vi esse cartaz meio minimalista e meio capa de quadrinhos da série Banshee e fiquei curioso.
Tenho assistido a série desde então. A premissa da série, que estreou nos EUA pelo canal Cinemax (do grupo HBO) em janeiro, é bem clichê: um ladrão recém liberto que se instala em Banshee, uma pequena cidade do interior da Pensilvânia.
Não se sabe se ele opta em ir para Banshee atrás de seu amor do passado (que também era ladra e agora se passa por mãe de família), em busca de um recomeço de sua vida fora da lei ou se para fugir de seu antigo e perigoso patrão mafioso.
Após diversos percalços, o ladrão, que antes se chamava Paul Daniels, assume a identidade de um xerife que iria trabalhar na cidade de Banshee e passa a se chamar Lucas Hood.
A série é daquelas que tem um eixo central mas em que os episódios podem ser vistos fora de ordem sem que se perca muita coisa. Segue mais o estilo “episódio da semana”. É uma mistura de seriado de roubo (como White Collar) com a violência e as cenas de sexo quase explícito de Spartacus.
Existem alguns elementos interessantes na série, como uma comunidade Amish (aqueles religiosos que andam de carroça e se vestem com roupas do século 19), cassinos de reservas indígenas e uma infinidade de bandidos, quase sempre ligados ao mafioso local, Kai Proctor.
É interessante ver como Lucas Hood fica na dualidade de uma noite estar roubando um museu em Nova York e pela manhã incorporar o papel de xerife que não é nada ortodoxo no trato com os bandidos locais.
O ator que interpreta Lucas Hood (Anthony Starr) é bem canastrão, daquele tipo que rindo, chorando, correndo, apanhando, dando tiro e demais situações fica com a mesma cara, mas nada que atrapalhe a série, que logo se vê, é despretensiosa e bem interessante.
E ao final dos créditos de cada episódio sempre há uma cena a mais.
A série foi criada por Jonathan Tropper e tem a produção de Alan Ball (de True Blood) e também tem uma HQ disponível na internet que conta o preludio da história.
Então é isso: quer ver uma série despretensiosa com violência, sexo e uma história interessante? Pode ser que Banshee te agrade.
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Texto de autoria de Robson Rossi.