Estou sempre em busca de algo diferente para assistir. Se esse algo diferente for divertido e exigir pouco do meu cérebro, melhor ainda, afinal hoje vivemos na ditadura das séries inteligentes demais e assistir Game of Thrones, Boardwalk Empire, Breaking Bad, Mad Men e Sons of Anarchy consomem muito do intelecto de uma pessoa.
Numa procura por algo mais de ação, no estilo Duro de Matar ou 24 Horas me deparei com essa ótima série do canal britânico Sky1 chamada Strike Back, que em sua segunda temporada ganhou a co-produção do canal americano Cinemax, que a transmite no Brasil. A série está em sua quarta temporada, mas o canal americano não reconhece a primeira temporada, estando a série então em sua terceira temporada nos EUA.
Adaptação da obra de Chris Ryan, soldado das forças especiais do exército britânico (SAS) e único membro de uma equipe de oito soldados a sobreviver à missão Bravo Two Zero durante a Guerra do Golfo em 1991, a série estreou como minissérie em 2010 apresentando a vida de John Porter (Richard Armitage, o Thorin Escudo de carvalho de O Hobbit: Uma Jornarda Inesperada), um soldado/espião britânico que trabalha para a seção 20 do MI6 enfrentando terroristas.
Já na segunda temporada, estreada em 2011, a série foca no ex-agente americano da DELTA Force Damien Scott (Sullivan Stapleton), e do agente britânico da Seção 20 Michael Stonebridge (Philip Winchester, de Fringe e Crusoe), agente britânico da Seção 20, que se unem quando Porter é feito prisioneiro por um grupo internacional de terroristas. Na terceira e quarta temporadas temos novos integrantes na Seção 20, além de Scott e Stonebridge.
Falando o que importa, a série é uma ótima opção para quem procura ação no estilo Trilogia Bourne, com muitos tiros e explosões. Destaque para as locações das filmagens que variam entre Inglaterra, Hungria, Africa do Sul, Colômbia, além de Afeganistão, Somália, Síria, Russia e Iraque (essas certamente de mentirinha).
Stonebridge e Scott proporcionam ótimas piadas além de muita ação, que sempre se desenvolvem com intrincadas relações entre grupos terroristas como a Al Qaeda e IRA juntamente com grupos mafiosos como o russo Vory v Zakone e obscuros grupos separatistas como nigeriano Movimento de Emancipação do Delta do Níger (Mend) ou o somali Al Shabaab. A seção 20 sempre atua “atrás das linhas inimigas”, com pouca gente e grande aparato tecnológico, mas que nunca dispensa seus integrantes de levarem algumas porradas ou tiros em campo.
É impressionante o número de referências militares que a série aborda em relação a armas, estratégias, grupos especiais como o Mossad ou o KFOR (força da ONU que atua em Kosovo) e fica evidente de como uma série dessa temática tem a ganhar quando é baseada em uma obra ou tem como um ex-militar que entende do que será mostrado na série.
Todos os elementos juntos como as locações, grupos e enredos diferentes dão à série muito dinamismo e diversão. Com certeza é uma das melhores séries para se assistir sem esboçar nenhum bocejo pelo tanto de ação que proporciona.
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Texto de autoria de Robson Rossi.