Autor: Flávio Vieira

  • Oscar 2012 | Indicados e Ganhadores da Premiação

    Oscar 2012 | Indicados e Ganhadores da Premiação

    Melhor Filme

    O Artista (vencedor)
    Os Descendentes
    A Árvore da Vida
    Histórias Cruzadas
    A Invenção de Hugo Cabret
    O Homem Que Mudou o Jogo
    Cavalo de Guerra
    Meia-Noite em Paris
    Tão Perto e Tão Forte

    Melhor Atriz

    Meryl Streep, A Dama de Ferro (vencedora)
    Glenn Close, Albert Nobbs
    Viola Davis, Histórias Cruzadas
    Rooney Mara, Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
    Michelle Williams, Sete Dias com Marilyn

    Melhor Ator

    Jean Dujardin, O Artista (vencedor)
    George Clooney, Os Descendentes
    Brad Pitt, O Homem Que Mudou o Jogo
    Demián Bichir, Uma Vida Melhor
    Gary Oldman, O Espião que Sabia Demais

    Melhor Diretor

    Michel Hazanivicous, O Artista (vencedor)
    Woody Allen, Meia-Noite em Paris
    Terrence Malick, A Árvore da Vida
    Alexander Payne, Os Descendentes
    Martin Scorsese, A Invenção de Hugo Cabret

    Melhor Atriz Coadjuvante

    Octavia Spencer, Histórias Cruzadas (vencedora)
    Bérénice Bejo, O Artista
    Jessica Chastain, Histórias Cruzadas
    Janet McTeer, Albert Nobbs
    Melissa McCarthy, Missão Madrinha de Casamento

    Melhor Ator Coadjuvante

    Christopher Plummer, Toda Forma de Amor (vencedor)
    Kenneth Branagh, Sete Dias com Marilyn
    Nick Nolte, Guerreiro
    Max Von Sidow, Tão Perto e Tão Forte
    Jonah Hill, O Homem Que Mudou o Jogo

    Melhor Roteiro Adaptado

    Os Descendentes, Alexander PayneNat Faxon e Jim Rash (vencedor)
    A Invenção de Hugo Cabret, John Logan
    Tudo pelo Poder, George ClooneyGrant Heslov e Beau Willimon
    O Espião que Sabia Demais, Bridget O’Connor e Peter Straughan
    O Homem Que Mudou o Jogo, Steven Zaillian, Aaron Sorkin e Stan Chervin

    Melhor Roteiro Original

    Meia-Noite em Paris, Woody Allen (vencedor)
    O Artista, Michel Hazanavicius
    Margin Call: O Dia Antes do Fim, J.C. Chandor
    Missão Madrinha de Casamento, Kristen Wiig e Annie Mumolo
    A Separação, Asghar Farhadi

    Melhor Filme Estrangeiro

    A Separação (Irã – vencedor)
    Bullhead (Bélgica)
    Monsieur Lazhar (Canadá)
    Footnote (Israel)
    In Darkness (Polônia)

    Melhor Documentário

    Undefeated (vencedor)
    Hell and Back Again
    If a Tree Falls
    Paradise Lost 3: Purgatory
    Pina

    Melhor Edição

    Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (vencedor)
    Os Descendentes
    O Artista
    O Homem Que Mudou o Jogo
    A Invenção de Hugo Cabret

    Melhor Fotografia

    A Invenção de Hugo Cabret, Robert Richardson (vencedor)
    Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres, Jeff Cronenweth
    O Artista, Guillaume Schiffman
    A Árvore da Vida, Emmanuel Lubezki
    Cavalo de Guerra, Janusz Kaminski

    Melhor Maquiagem e Cabelo

    A Dama de Ferro (vencedor)
    Albert Nobbs
    Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2

    Melhor Mixagem de Som

    A Invenção de Hugo Cabret (vencedor)
    Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
    Cavalo de Guerra
    Transformers: O Lado Oculto da Lua
    O Homem Que Mudou o Jogo

    Melhor Edição de Som

    A Invenção de Hugo Cabret (vencedor)
    Drive
    Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
    Cavalo de Guerra
    Transformers: O Lado Oculto da Lua

    Melhor Figurino

    O Artista (vencedor)
    Anônimo
    A Invenção de Hugo Cabret
    Jane Eyre
    W.E. – O Romance do Século

    Melhor Canção Original

    Man or Muppet, Os Muppets (vencedor)
    Real in Rio, Rio

    Melhor Trilha Original

    O Artista, Ludovic Bource (vencedor)
    As Aventuras de Tintim, John Williams
    O Espião que Sabia Demais, Alberto Iglesias
    A Invenção de Hugo Cabret, Howard Shore
    Cavalo de Guerra, John Williams

    Melhor Design de Produção

    A Invenção de Hugo Cabret (vencedor)
    O Artista
    Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2
    Cavalo de Guerra

    Melhor Efeitos Visuais

    A Invenção de Hugo Cabret (vencedor)
    Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2
    Gigantes de Aço
    Planeta dos Macacos: A Origem
    Transformers: O Lado Oculto da Lua

    Melhor Animação

    Rango (vencedor)
    Gato de Botas
    Kung Fu Panda 2
    Um Gato em Paris
    Chico & Rita

    Melhor Curta de Animação

    The Fantastic Flying Books of Mister Morris Lessmore (vencedor)
    Dimanche
    La Luna
    A Morning Stroll
    Wild Life

    Melhor Curta-Metragem

    The Shore (vencedor)
    Pentecost
    Raju
    Time Freak
    Tuba Atlantic

    Melhor Curta-Documentário

    Saving Face (vencedor)
    God is the Bigger Elvis
    The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement
    Incident in New Baghdad
    The Tsunami and the Cherry
    Blossom

  • VortCast 11 | Clint Eastwood – Parte 2

    VortCast 11 | Clint Eastwood – Parte 2

    Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), Jackson Good (@jacksgood), Levi Pedroso (@levipedroso), Mario Abbade (@fanaticc) e Ivan Motosserra (@ivanmotosserra) comentam sobre o amadurecimento de Clint Eastwood como diretor e de algumas de suas obras primas.

    Duração: 91 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Parte 1 – Clint Eastwood
    Parte 3 – Clint Eastwood
    Podcast – Dia dos Namorados
    Rock Trinta

    Filmografia Comentada

    Crítica Os Imperdoáveis 
    Crítica Um Mundo Perfeito
    Crítica As Pontes de Madison
    Crítica Poder Absoluto
    Crítica Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal
    Crítica Crime Verdadeiro
    Crítica Cowboys do Espaço
    Crítica Dívida de Sangue
    Piano Blues (Documentário The Blues – Martin Scorsese)

  • Agenda Cultural 37 | Especial: Quadrinhos

    Agenda Cultural 37 | Especial: Quadrinhos

    Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), Jackson Good (@jacksgood), Felipe Morcelli (@multiversodc), recebem Delfin (@delreydelfin) e Sidney Gusman(@sidneygusman), um dos maiores editores nacionais, responsável pelo consagrado projeto dos MSP 50, editor do Universo HQ, um dos principais sites sobre quadrinhos no Brasil. Nessa edição discutimos sobre o cenário nacional e independente, o crescimento e nascimento de editoras publicando quadrinhos, a famigerada lei de cotas e os grandes destaques de 2011. (mais…)

  • Crítica | J. Edgar

    Crítica | J. Edgar

    Lançando quase um filme por ano, Clint Eastwood não demonstra sinais de desgaste. Nada mal para um senhor de 81 anos. Em 2011, Clint retorna com seu novo longa,  J. Edgar, uma cinebiografia que conta a história de uma das figuras mais importante dos Estados Unidos. O controverso diretor do FBI, John Edgar Hoover.

    Hoover foi uma das figuras mais importantes dentro do governo norte-americano por anos. Serviu a oito presidentes americanos, totalizando a incrível marca de 48 anos de trabalho. Hoover também ficou conhecido por ter revolucionado o estudo da criminologia, quando transformou o Bureau de Investigação, uma pequena instituição de investigação no FBI, uma organização federal conhecida mundialmente. Além disso, a forma como modernizou a polícia americana, introduzindo peritos criminais e métodos científicos revolucionou a criminologia.

    O diretor do FBI ainda foi importantíssimo na prisão de grandes gangsteres nos anos 30 e figura fundamental na captura do sequestrador do filho do aviador Charles Lindberg, um crime brutal que ficou conhecido no mundo todo e só foi possível ser solucionado graças a essas inovações que ele trouxe para a investigação criminal.

    Contudo, Hoover ficou marcado como a figura que perseguiu comunistas, expulsou estrangeiros do solo americano durante a Segunda Guerra, caçou os direitos civis dos negros, controlou a mídia e subornou diversos congressistas com escutas ilegais para beneficiá-lo em seus problemas pessoais.

    O meu principal problema com o filme é ser superficial nesse ponto tão importante. Ora, não é novidade pra ninguém que Clint Eastwood é um republicano conservador, mas isso nunca o impediu de fazer críticas severas em seus filmes com uma abordagem mais política, seja o partido democrata ou republicano. Não é o caso de J. Edgar.

    O filme lida com diversas questões, mas os bastidores políticos são deixados de lado para entrar em um tema bem diferente do esperado. A homossexualidade de Hoover. Para isso, Clint trouxe para junto de si o roteirista Dustin Lance Black (Milk – A Voz da Igualdade). Dustin usa um conceito de narrativa bastante interessante, o biografado narrando sua própria trajetória. O próprio Hoover dita sua história  para seus agentes que servem de datilógrafos para transcreverem sua vida. Essa narrativa justifica o ponto de vista dado ao filme, que parece promover o FBI e o próprio personagem, e maquia alguns acontecimentos não tão heroicos para a figura de Hoover.

    Clint sabe como ninguém que heróis são definidos pelos seus atos e não pela sua imagem (vide sua filmografia), porém, aqui ele brinca com esses clichês, mostrando como Hoover cria um personagem que ele não é. Isso traça um paralelo com sua vida pessoal. Como de costume, o cineasta sai do caminho mais fácil e demonstra sutileza e sensibilidade comovente ao tratar assuntos polêmicos como homossexualidade.

    A direção é impressionante, seguro do que quer, o diretor dá destaque à todos atores, respeitando os trejeitos de cada personagem, e assim, proporciona uma das melhores atuações da carreira de Leonardo DiCaprio, intensa e sutil, de um homem doentio e paradoxal. Apesar da maquiagem pesada que procura caracterizar o passar dos anos – pra ser bem sincero, mais atrapalha do que ajuda – DiCaprio está seguro em sua atuação, e em minutos você esquece esse detalhe estético.

    A fotografia – tão criticada por algumas pessoas – utiliza um jogo de sombras que quase parece um personagem com vida própria, como um traço do próprio Hoover que parece represar todos os seus reais sentimentos longe de todos, o que acaba sendo importante para compreender essas emoções. O mesmo não pode ser dito quanto à trilha sonora, composta pelo próprio diretor, que se mostra ausente musicalmente, faltando “gordura” em algumas composições, salvo exceções. O roteiro de Dustin Lance Black mantém um certo distanciamento do espectador, o personagem foco e a história que está sendo contado.

    O resultado final é positivo. Grandes atuações, a direção segura de Eastwood e sua visão como um contador de histórias nato, tudo isso somado a coragem e singeleza com as quais o roteiro aborda certos assuntos são os pontos fortes do filme. Como nem tudo são flores, J. Edgar têm seus problemas, e muitos deles parecem ocorrer em sua montagem, talvez pelos saltos temporais frequentes do filme. Outro ponto é o já comentado não aprofundamento em várias questões que envolvem a iconografia de Hoover e esse distanciamento do protagonista com o espectador, mas como dito, o resultado final é bem satisfatório.

    Ao terminar o longa, acabei comparando a trajetória do personagem com a de outro filme de tema parecido, Tudo Pelo Poder de George Clooney. Assim como o personagem de Ryan Gosling, Hoover é repleto de boas intenções, mas assim que começa a ganhar poder passa a ser corrompido se mostrando um homem egoísta, arrogante e paranoico. Um estudo interessante sobre a ambivalência do mundo da política.

  • Anotações na Agenda 07 | Leitura de E-Mails

    Anotações na Agenda 07 | Leitura de E-Mails

    Sincronizem suas Agendas. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), Bruno Hecates Gaspar, André Kirano (@kiranomutsu), Levi Pedroso (@levipedroso) e Kell Bonassoli (@kellbonassoli), a primeira participante feminina da história do Vortex (!!!) se reúnem para ler os comentários e emails das edições anteriores. (mais…)

  • Crítica | Sherlock Holmes (2009)

    Crítica | Sherlock Holmes (2009)

    Baker Street, Apartamento 221B.
    Aproveitando a chegada da nova adaptação, sobre o detetive mais famoso do mundo, Sherlock Holmes (não nerds, não é o Batman), decidi fazer um review rápido sobre o que achei do primeiro filme.

    Filmes sobre o Holmes não são novidade. Desde que a obra caiu em domínio público, tivemos a oportunidade de conhecer diferentes versões do detetive inglês, até mesmo Jô Soares fez a sua. Com Guy Ritchie, a coisa não poderia ser diferente.

    Quem esperava ver algo idêntico aos livros vai perder tempo. Não que não exista o Sherlock dedutivo, tem sim, mas o gentleman inglês, a persona séria, arrogante e um tanto enigmática, é quase nula nessa adaptação. Isso é natural, tendo Guy Ritchie na direção, um diretor autoral que, evidentemente, vai deixar sua marca no filme, a menos que fosse barrado pelos produtores, o que parece não ter acontecido.

    Ritchie aborda a faceta mais aventureira do herói, enaltece sua paixão pelo boxe a um novo patamar e o despe da seriedade londrina, que é tão comum em seus livros. E é claro que não faltam os ótimos diálogos (rápidos e afiados), takes em slow motion que antecedem algumas ações, personagens sujos e porradaria, detalhes que Guy Ritchie adora colocar em seus filmes, tudo isso somado a excelente trilha de Hans Zimmer.

    Mesmo com o inglês britânico um pouco forçado, Robert Downey Jr. esbanja carisma na construção de seu personagem. Jude Law trabalhou muito bem e teve uma ótima química com seu parceiro. O vilão interpretado por Mark Strong enche a sala cada vez que aparece. O único problema no elenco é Rachel McAdams que veio com a proposta de fazer o papel de sedutora no filme, mas não consegue cumprir bem isso, felizmente não é nada que prejudique a história.

    O plot é básico, após Lord Blackwood (Strong) ser capturado por Holmes e Watson e ser entregue a Scotland Yard, acaba sendo condenado a morte, pelo assassinato de 5 mulheres, envolvendo rituais de magia negra. Com a resolução do caso e sem nenhuma investigação que instigue sua mente dedutiva, Holmes se isola do mundo aguardando algo que atraia sua atenção. A trama tem suas reviravoltas, Holmes demonstra toda sua perspicácia de grande detetive e a história deixa em seu desfecho a apresentação de um grande inimigo de Holmes.

    Sherlock Holmes não é o melhor, nem o pior filme de Guy Ritchie. Tem seus méritos, já que conseguiu fazer um grande blockbuster sem perder sua assinatura.

  • Crítica | 2 Coelhos

    Crítica | 2 Coelhos

    O estreante Afonso Poyart cria uma narrativa inédita no cinema brasileiro, vomitando uma série de referências à cultura pop, aos quadrinhos (a apresentação de seus personagens é um bom exemplo), games (uso de computação gráfica simulando jogos como GTA) e o próprio visual nos remete a alguns diretores do cinema norte-americano, como Zacky Snyder, além de uma narrativa visivelmente influenciada por grandes mestres como Quentin Tarantino. Contudo, essas referências servem apenas como elementos no universo apresentado pelo cineasta. As influências existem, mas em nenhum momento a identidade da nossa cultura é perdida.

    2 Coelhos conta a história de Edgar, que passa seus dias ou vendo filmes pornográficos em seu computador ou jogando videogame em sua TV. Seus planos como jovem adulto não deram certo e agora ele elabora um plano complexo em que visa resolver dois problemas simultaneamente ao concretizá-lo. No decorrer do filme, descobrimos a ligação do protagonista com Walter (Caco Ciocler) e Julia (Alessandra Negrini).

    Com uma estrutura narrativa não-linear e intervenções gráficas para explicar alguns trechos da história, 2 Coelhos é mais do que competente. Apesar do excesso visual, o que acabamos vendo é algo autêntico. O roteiro do próprio Poyart fala de temas recorrentes no cinema brasileiro, como corrupção e violência, com um ar de filme noir. Edgar é um personagem dúbio, com narração em off, Alessandra Negrini é a femme fatale, e que lugar melhor para ambientar uma história do gênero do que na cinzenta cidade de São Paulo.

    Assim como em Tropa de Elite, a trama expõe um Brasil corrupto, com leis que beneficiam os favorecidos e prejudicam aqueles que realmente precisam dela. Contudo, o filme não tem a pretensão de colocar o dedo na ferida e escancarar as mazelas sociais do povo brasileiro e nem de ir à fundo na corrupção. Até porque não é esse o objetivo do longa. O filme é uma forma de desabafo, mas mais do que isso, 2 Coelhos quer mais é brincar com o tema de forma ácida do que fazer um filme-denúncia.

    A direção e fotografia são mais do que competentes, mas pecam pelo excesso, porém é algo que é facilmente relevado levando em conta que este é o primeiro filme do diretor, além do que, a forma como o roteiro se encaixa com o desenvolvimento da trama faz com que esqueçamos isso. Destaco a cena de tiroteio que ocorre na praça Roosevelt, em São Paulo, digna de filmes policiais norte-americanos com grande orçamento.

    O elenco tem seus problemas e acertos. Fernando Alves Pinto se sai muito bem como protagonista, é um personagem que sabe o que quer. Alessandra Negrini (sempre linda) parece não se firmar na sua personagem e em alguns momentos parece ligada no piloto automático. O mesmo não pode se dizer de Caco Ciocler que praticamente não tem diálogos durante o filme e ainda assim rouba a cena, tudo isso apenas com expressões corporais. Roberto Marchese interpreta o deputado Jader e coloca todo o cinismo necessário para tornar crível algumas ações do mesmo. Por último, mas não menos importante, Marat Descartes é Maicom, um vilão que não mede esforços para alcançar seus objetivos, uma pena que sua personagem exagere na “canalhice”.

    2 Coelhos é um filme que cresce cena-a-cena e até o final da trama se consolida como algo que vai muito além do visual. O cinema brasileiro agradece.

  • 20 Filmes Essenciais de 2011 (Parte Um)

    20 Filmes Essenciais de 2011 (Parte Um)

    Fazer uma lista de melhores filmes nunca é uma tarefa fácil. A quantidade de filmes é sempre enorme, o tempo escasso e as reclamações por esquecer de algo é sempre frequente. Por mais que você deixe claro se tratar de uma lista pessoal, sempre vai aparecer alguém reclamando sobre algum filme que foi deixado para trás ou pelo filme tal estar nessa lista. Pois bem, ainda assim decidi fazer essa lista, mas optei por deixar de lado o quesito “melhores filmes”, por um amigável “filmes essenciais”, quem sabe evito futuros conflitos.

    Preferi listar os filmes que tem estréia em 2011 nos seus países de origem, do contrário estaria presente Bravura Indômita, Cópia Fiel e tantos outros de 2010 mas que chegaram no Brasil apenas em 2011. Deixei de lado alguns blockbusters de lado, pelo simples motivo de já terem sido comentados na lista feita pelo Jackson, o que caso não tivesse ocorrido, certamente figurariam por aqui.

    Dito isso, vamos à primeira parte da lista (a listagem abaixo não segue ordem de preferência).

    Margin Call – O Dia Antes do Fim
    Um filme que retrata a crise norte-americana de 2008 com um clima digno de filme de ‘catástrofe’ ou de ‘fim de mundo’. O que se olharmos bem, faz todo sentido. A história 0corre durante a madrugada, em um banco de investimentos que acaba de descobrir que a bolha já estourou, sua única alternativa é vender todas as ações, títulos e papéis que a empresa tem para evitar a falência.

    Margin Call acerta onde outros não chegaram nem perto, como o caso de Wall Street 2. A forma como retrata o colapso do mercado financeiro de forma e a ganância do capitalismo selvagem é digna de aplausos. Tudo isso somado a um estelar elenco.

    Compramos Um Zoológico
    Ok, o filme não é tudo isso. Eu sei disso, mas Cameron Crowe consegue mesclar um drama familiar com comédia sem soar clichê. Só por isso sua empreitada já é louvável. Apesar de errar a mão na construção de alguns personagens e se estender mais do que deveria, Crowe dá um banho de sensibilidade. Singelo e cheio de sutilezas.

    Compramos Um Zoológico é um filme sobre descoberta de novas oportunidades, negação sobre a morte e de como se reencontrar após uma perda como essa, enfim, seguir em frente. Uma ode ao otimismo e ao recomeço.

    50%
    O longa-metragem do novato Jonathan Levine tinha tudo para  ser um daqueles filmes feitos para você chorar do início ao fim, retratando o dia-a-dia de um paciente com câncer. Confesso que esse gênero de filme não me agrada nenhum pouco e boa parte deles tem um papel social péssimo, mais atrapalhando do que ajudando. Levine deixou de lado o mar de prantos proporcionado por esses tipos de filmes e faz um filme leve e divertido sem deixar de lado o drama vivido pelo personagem, e acima de tudo, sem soar desrespeitoso.

    O título faz menção a porcentagem que o protagonista tem de sobreviver a doença, e diferente dos filmes do mesmo gênero, 50% busca uma visão otimista para o tema, inclusive ao mostrar a dor dos amigos e parentes próximos, as dúvidas sobre o futuro que uma pessoa nestas condições tem. Destaques para as atuações e a incrível trilha incidental de Michael Giacchino e o belo fechamento com Yellow Ledbetter do Pearl Jam. Delicado, autêntico e uma grande lição de obstinação.

    O Guarda Ouça nosso podcast sobre o filme
    O Guarda deixa claro a máxima de que ‘Todas as histórias já foram escritas, o que importa é a forma como elas são contadas’. E de fato é isso que o filme faz. O diretor John Michael McDonagh resgata o gênero de ‘dupla de policiais’ com pitadas de um western moderno. Brendan Gleeson, em uma interpretação recheada de nuances que vai de policial racista, rabugento, acomodado e por vezes corrupto, mas que não deixa de ser extremamento competente e verdadeiro em suas ações.

    Despretensioso, cínico, sarcástico, inteligente, divertido e até mesmo melancólico em alguns momentos, O Guarda vira o gênero do avesso e tudo isso sem soar gratuito ou ofensivo.

    Rango Ouça nosso podcast sobre o filme
    Como um grande admirador do gênero Western, não poderia deixar Rango fora de uma lista de filmes de 2011. Reunindo todas as referências típicas dos filmes de faroestes, um roteiro simples e uma animação impecável, faz de Rango a melhor animação de 2011 disparado. O roteiro tem seus problemas, o fato de seguir o padrão ‘jornada do herói’ me cansa um pouco, contudo, o diretor Gore Verbinski conseguiu contornar bem isso e transformar o personagem título de um andarilho-errante em um grande herói utilizando bem os clichês do próprio gênero.

    Só pela coragem de fugir de convenções gratuitas e infantiloides típicas de animações infantis que teimam em julgar que crianças são bobas, Rango já merece ser aplaudido de pé. A Pixar que se cuide.

    Tudo Pelo Poder Ouça nosso podcast sobre o filme
    Ambientado nas primárias do partido democrata americano onde buscam definir quem será o candidato a concorrer a eleição a presidência do país, Tudo Pelo Poder é certeiro ao escancarar o quão corruptível o mundo político pode ser, seja na figura do idealista Stephen Myers (Gosling), ou na do próprio candidato e atual Gorvernador Mike Morris (Clooney).

    Tupo Pelo Poder não é o primeiro filme ao retratar o jogo político, mas sua abordagem inicial cria um clima de morte da inocência e coloca o espectador na linha de frente para assistir ao assassinato sem puder fazer nada para mudar isso. Transformando-o quase num cúmplice do que ocorre em tela.

    Another Earth
    Another Earth traz uma premissa de que um planeta espelho a Terra acaba de ser identificado em nosso sistema solar. Um planeta idêntico ao nosso, como disse, um planeta espelho. Com base neste fato, o destino de dois personagens se cruzam e suas vidas nunca mais serão as mesmas.

    O que você faria se encontrasse uma versão de si mesmo?” são um dos questionamentos que o filme traz, o que pode parecer uma idéia absurda, mas metaforicamente, muitos de nós, ao se olhar frente à um espelho não se deparou com uma figura que não é familiar a si mesmo, uma figura de quem se perdeu durante o caminho, fez um escambo com aquilo que eram seus sonhos e seus ideais. Complicado dizer o que criticar em um filme como esse, apesar de um drama com fundos de ficção científica, Another Earth não é pretensioso e nem se estende mais do que deveria, dura somente o necessário e passa sua mensagem a quem estiver disposto a ouvi-lá.

    É preferível tentar viver sem saber o que pode te esperar ou continuar vivendo em desgraça e sofrimento?

    Árvore da Vida – Ouça nosso podcast sobre o filme
    Infelizmente Árvore da Vida foi um daqueles filmes onde se comenta mais sobre as saídas dos espectadores do longa durante sua exibição nos cinemas que do filme em si. Uma pena, já que deixa claro que boa parte do público não está mais interessada em pensar, apenas digerir pensamentos liquefeitos.

    É lógico que o filme não segue uma história tradicional, talvez por isso tenha sido tão malhado pelas pessoas que achavam que veriam apenas mais um filme do Brad Pitt. A narrativa de Árvore da Vida é composta por imagens, quase sem diálogos, e que em sua essência não passa de uma viagem sobre a existência humana, tudo isso de forma não linear. Um estudo sobre a vida, o amor e os relacionamentos. Uma experiência áudio-visual.

    A Pele Que Habito Ouça nosso podcast sobre o filme
    Almodóvar retoma sua parceria com Antonio Banderas e cria uma obra-prima. Apesar de diferente de seus trabalhos anteriores, A Pele Que Habito tem toda assinatura típica do diretor, obsessões, sexo, solidão, tudo isso num misto de thriller de suspense, ficção científica e horror. Banderas se torna quase um cientista louco, decidido a criar uma espécie de pele perfeita que seria uma revolução entre os cirurgiões plásticos, e como todo cientista maluco, seu personagem não mede esforços e passa por cima de tudo para realizar seus anseios.

    Não vou me alongar nesta pequena resenha, pois qualquer detalhe estragaria a experiência do filme. A Pele Que Habito é um filme que te faz sentir-se desconfortável com o que vê, talvez por isso seja tão genial. Contudo, a maior mensagem do filme é sobre quem somos.

    Meia-Noite em Paris – Ouça nosso podcast sobre o filme
    Woody Allen é um dos meus diretores favoritos e Meia Noite em Paris já entrou para o meu top 10 de filmes dele. Em 2005, Woody Allen começou a filmar na Europa, dessas viagem surgiram Vicky Cristina Barcelona, Scoop, Match Point e outros. Em 2011 foi a vez de Paris e o cineasta acertou em cheio.

    Woody Allen, dessa vez personificado na figura de Owen Wilson é um roteirista de Hollywood que sonha escrever seu primeiro romance, viaja para Paris com sua noiva e seus sogros, e ali sem mais nem menos embarca em uma viagem de volta aos anos de ouro, em plena década de 20, onde tem diálogos incríveis com Hemingway, Pablo Picasso, Salvador Dali, Luis Buñuel (em uma conversa interessantissima sobre seu “Anjo Exterminador).

    Allen cria uma linda história de amor por Paris e por uma época que serviu de catarse para o que viria a seguir.

  • Agenda Cultural 36 | Especial: Séries, Animes e Mangás

    Agenda Cultural 36 | Especial: Séries, Animes e Mangás

    Mais uma edição da agenda chegando e com ela mais uma série de participações de convidados especiais. No bloco de séries tivemos a presença de Hugo Soares do Pauta Livre News, Hell do Melhores do Mundo e Carlos Voltor do Jovem Nerd Adolescente Geek. Ainda neste programa, Laivindil e Darkonix retornam em mais uma participação trazendo suas dicas de Animes e Mangás de 2011. Enjoy it!

    Duração: 88 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Melhores do Mundo
    Pauta Livre News
    JCast

    Blocos

    SÉRIES – Com Flávio Vieira, Bruno Gaspar, Hugo Soares, Hell e Carlos Voltor

    • Dexter
    • Boardwalk Empire
    • Breaking Bad
    • The Boss
    • Terra Nova
    • Homeland
    • The walking dead
    • Game of Thrones
    • Sons of Anarchy
    • Thundercats
    • Futurama
    • House
    • Two And Half Men
    • American Horror History
    • 2 Broke Girls
    • New Girl
    • Man Up!
    • Supernatural
    • Once Upon a Time
    • Grim
    • The Killing
    • The Good Wife
    • Death Valley
    • Todd and The Book of Pure Evil
    • Fringe

    ANIMES/MANGÁS – Com André Kirano, Darkonix e Laivindil

    • Madoka Magica
    • Horo Mosuko

    Camisetas Vortex Cultural

    Loja Vortex Muamba Cultural

  • Agenda Cultural 35 | Especial: Cinema e Teatro

    Agenda Cultural 35 | Especial: Cinema e Teatro

    Retornando para mais um programa da séries de especiais que vêm sendo feita neste início de ano. Neste podcast, comentamos os principais lançamentos que têm rolado em cinema com a participação de Pablo Grilo (@apgrilo), ouvinte e participante do Cine Masmorra. Além disso, Mario Abbade (@fanaticc) retorna com uma peça de teatro que tem tudo para agradar uma legião de nerds.

    Duração: 116 mins
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Vídeo Comentando GTA V e Max Payne 3
    Mostra de Cinema – Clint Eastwood (RJ)
    Trailer Melhor que o Filme – Os Especialistas
    Cine Masmorra

    Blocos

    CINEMA – Com Flávio Vieira, Rafael Moreira, Jackson Good, Pablo Grilo e Mario Abbade

    • Glee Live
    • Contágio
    • O Palhaço
    • Pronto Pra Recomeçar
    • Pearl Jam 20
    • A Hora do Espanto
    • Os Muppets
    • Inquietos
    • O Garoto da Bicicleta
    • Amores Imaginários
    • Os Especialistas
    • O Guarda
    • Noite de Ano Novo
    • Um Dia
    • Missão Impossível 4
    • Roubo nas Alturas
    • Tudo Pelo Poder

    TEATRO – C/ Mario Abbade e Flávio Vieira

    • Capangas

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  • Agenda Cultural 34 | Especial: Música e Games

    Agenda Cultural 34 | Especial: Música e Games

    Primeiro podcast do ano e o primeiro de uma série de especiais da Agenda Cultural que sairão nas próximas semanas. Nesta primeira edição do mês recebemos Régis Tadeu (@regisstadeu), crítico musical, jurado do programa Raul Gil, radialista, redator e editor do blog Na Mira do Régis do site Yahoo, para um bate-papo sobre o cenário musical e comentar sobre os álbuns mais significativos lançados em 2011. Já em games, Diego (@diegogc) e Fernando(@fernado_x) do Fênix Down comentam sobre aqueles que foram os dois melhores jogos do ano passado.

    Duração: 93 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Na Mira do Régis
    Fênix Down

    Blocos

    MÚSICA – Com Flávio Vieira, Bruno Mira e Régis Tadeu

    • Adelle – 21
    • Charles Bradley – No Time for Dreaming
    • Chickenfoot – III
    • Mastodon – The Hunter
    • Death Cab for Cutie – Codes and Keys
    • Susan Tedeschi and Derek Trucks Band- Revelator
    • Rafael Saadiq – Stone Rolling
    • Paul Simon – So Beautiful or So What
    • James blake – James blake
    • RadioHead – The King of Limbs
    • PJ Harvey – Let England Shake
    • The Quill – Full Circle
    • Jay-Z and Kanye West – Watch The Throne
    • Cee Lo Green – Anyway
    • Danger Mouse and Daniele Luppi – Rome
    • Baranga – O Céu é o Hell
    • Fábio Góes – O Sol no Escuro
    • Fábio Góes – Vestido de Noiva
    • Noel Gallagher’s High Flying Birds – Noel Gallagher’s High Flying Birds
    • Beady Eye – Different Gear, Still Speeding
    • Ry Cooder – Pull Up Some Dust And Sit Down
    • John Bonamassa – Dust Bowl
    • Eric Sardinas and Big Motor – Sticks And Stones

    GAMES – Com Rafael Moreira, Bruno Gaspar (Deusa), Diego Gamecube e Fernando Lion King

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  • 10 Álbuns Essenciais de 2011

    10 Álbuns Essenciais de 2011

    Diferente do que as pessoas têm falado, 2011 se mostrou um excelente ano para a música. Basta procurar nos meios corretos. (Ou vocês ainda contam com a televisão e o rádio pra isso?). Tive um certo trabalho para fazer essa lista e acabei deixando muita coisa bacana de lado. Acabei focando em artistas que não tinham tanto apelo na mídia. Por isso, confiram o post e corram atrás dessa galera.

    Graveyard – Hisinger Blues

    Hisinger Blues é o segundo álbum desta banda formada em 2006. O Graveyard é uma daquelas bandas que tem uma sonoridade calcada nos anos 70, com influências de Led Zeppelin, Sabbath, Grand Funk, só que, diferente da maioria, os caras conseguem imprimir originalidade e o clima que os anos 70 tinham, seja tocando hard rock, blues ou baladas. O segundo álbum consolida a carreira da banda e cala a boca daqueles que dizem que não se faz mais rock and roll como antigamente.

    The Quill – Full Circle

    The Quill é uma banda sueca, assim como o Graveyard, mas com uma pegada bem diferente e com um som mais pesado, voltado para o Stoner rock e Stoner Metal. Diferente do álbum anterior, Full Circle é mais pesado e mais maduro, talvez a entrada do novo vocalista Magnus Arnar, com um vocal mais rasgado e agressivo, tenha sido fator primordial para essa guinada na carreira da banda.

    Kamchatka – Bury Your Roots

    A Suécia tem exportado excelente bandas, pesquisando sobre a origem do Kamchatka, descobri que eles também são de lá. O som dos caras é uma mistura de hard rock com black music. Li no Collector Rooms que “o Bury Your Roots é tudo que o Black Country Communion queria ser e não conseguiu”. Assino embaixo.

    Noel Gallagher’s High Flyng Birds – Noel Gallagher’s High Flyng Birds

    Esse é pra gerar polêmica mesmo, mas enfim, vamos lá. Desde o fim do Oasis, os irmãos Gallagher decidiram seguir caminhos opostos, Liam se reuniu com o resto do Oasis e formou o Beaddy Eye (que por pouco não foi listado aqui com o excelente Different Gear, Still Speeding) e o Noel partiu para a carreira solo. O álbum de estreia é excelente, diferente dos últimos trabalhos do Oasis. Álbum honesto, com Noel voando alto, como sua banda.

    The Pepper Pots – Train To Your Lover

    Saindo um pouco do Rock and Roll, vamos falar das beldades do Pepper Pots, uma banda que acabei conhecendo por acaso em uma dessas buscas e me surpreendeu. Train To Your Lover é o quarto álbum e é uma viagem ao passado, reunindo todo o grude que a Motown tanto difundiu décadas atrás. Canções soul, extremamente melodiosas, com uma banda de primeira.

    Ry Cooder – Pull Up Some Dust And Sit Down


    O cara é simplesmente um dos guitarristas mais influentes da atualidade e está na estrada há mais de quatro décadas. Em seu último álbum, Cooder reúne vai do Blues ao Country texano e tudo isso fazendo uma forte crítica à política norte-americana. DISCAÇO!

    The Black Keys – El Camino

    Dan Auerbach e Patrick Carney  continuam mais experimentais do que nunca. O novo álbum do Black Keys traz toda a pegada de Blues Moderno que os dois costumam fazer, só que desta vez o rock and roll está muito mais presente. El Camino tem o clima de uma grande jam despretensiosa, com músicos inspirados fazendo o que gostam.

    The Decemberists – The King Is Dead

    Depois do péssimo Hazards of Love, os Decemberists resolveram colocar a mão na consciência e deixar toda a pretensão de lado para fazer um grande álbum folk. The King is Dead é muito mais direto do que os trabalhos anteriores, deixando de lado a veia mais progressiva para cair de cabeça no country norte-americano. Fizeram muito bem.

    The London Souls – The London Souls

    Power trio nova-iorquino que lança seu álbum de estreia embasado na influência dos anos 70. Diferente das bandas que pipocam hoje em dia, abusando de efeitos e pirotecnias, os caras do London Souls fazem um som cru, como todo bom rock and roll deveria ser. Um dos grandes destaques de 2011.

    Tedeschi Trucks Band – Revelator

    Susan Tedeschi decidiu se reunir com seu marido, Derek Trucks, e montar o Tedeschi Trucks Band. Os dois fizeram um dos melhores álbuns (senão o melhor) de 2011. Blues, folk, country, jazz, rock… Fazia tempo que não ouvia um álbum tão interessante.

  • Agenda Cultural 33 | Aquela de Final de Ano

    Agenda Cultural 33 | Aquela de Final de Ano

    Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc), Jackson Good (@jacksgood), Mario Abbade (@fanaticc) e Bruno Gaspar retornam para o último podcast de 2011. Boas Festas à todos e até o ano que vem!

    Duração: 108 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Loja Vortex Muamba Cultural

     

     

     

     

     

     

     

     

    Quadrinhos

    The Life Story of The Flash by Iris Allen
    Robert Crumb – Meus Problemas Com as Mulheres
    DeadPool (Revista Mensal)
    O Evangelho Segundo Lobo

    Literatura

    Tudo Sobre Cinema
    Caverna do Dragão – Damone

    Música

    David Lynch – Crazy Clown Time
    Amos Lee – iTunes Live From Soho

    Games

    Battlefield 3

    Séries

    Boardwalk Empire
    Willfred

    Cinema

    O Retorno de Johnny English
    11/11/11
    Reféns
    Terror na Água 3D
    O Preço do Amanhã
    A Pele que Habito

    Produto da Semana

    Bambi Para Penetração Sexual

  • Resenha | Coringa

    Resenha | Coringa

    Coringa - Brian Azzarello

    É possível medir a relevância de uma obra pelo seu impacto em outras mídias. O filme Cavaleiro das Trevas, dirigido por Christopher Nolan, é um bom exemplo disto. A visão de Nolan, sobre o universo de Batman nos cinemas, influenciou o mundo dos quadrinhos. Brian Azzarello e Lee Bermejo trouxeram elementos visuais e de desenvolvimento de personagens que foram claramente inspirados no universo do Morcego de Nolan até mesmo pela atuação de Ledger como Coringa.

    Nesta graphic novel, a história é contada sob a ótica de Johnny Frost, um bandido menor que acaba de entrar para o “bando” do Coringa. De alguma forma, que não é explicada muito bem (e que não interessa também), o Coringa consegue provar que está curado, e com isso consegue seu passe livre para fora do Arkham. Só que as coisas não saem como ele espera.

    Ao chegar em Gotham, Coringa encontra seus negócios tomados e divididos entre seus antigos asseclas, desta forma, decide se aliar a algumas figuras conhecidas do universo do morcego. É o caso de Croc, aqui retratado praticamente como um soldado, o músculo da célula chefiada pelo Coringa; já o Pinguim dá as caras de forma mais tímida e ainda assim acertada. Retratado como um mafioso, responsável pelo comando de uma grande fatia do crime organizado de Gotham, e neste contexto, Azzarello mostra o quão sem controle é a personagem do Coringa, já que mesmo para o Pinguim, uma figura importante no submundo da cidade, não há outra alternativa senão a de ajudar o Coringa sendo o cérebro da organização. Arlequina também participa do enredo. Apesar de ser uma participação menor, chega a ser poética a instabilidade que sua personagem contém, algo que para quem conhece sua origem é também outra forma de expressão do caos do próprio Coringa, e de sua influência nefasta, capaz de apodrecer os que se aproximam dele.

    O ponto forte é, sem dúvida, Johnny Frost. O narrador da história anseia por ser alguém, fica evidente a sua busca pelo respeito daqueles que nunca acreditavam nele, tudo isso através de uma via rápida. E eis que sua chance de ascensão se transfigura através do Coringa e por ele percebemos também que está traçada a sua rota para a queda. Você só não sabe bem quando. É uma sensação que remete ao clássico de Martin Scorsese, Os Bons Companheiros. Qualquer semelhança não pode ser mera coincidência, já que a temática “máfia” está muito presente nesta HQ.

    A narrativa de Azzarello é perfeita para a trama apresentada aqui. Pra quem é leitor de suas obras, fica evidente que o autor se sente muito mais a vontade escrevendo histórias “sujas”, com uma estética de tonalidades noir retratando o submundo, a podridão da cidade e uma visão cínica das pessoas, como em 100 Balas, Batman: Cidade Castigada, do que escrevendo algo mais heroico e idealizado como em Superman: Pelo Amanhã. Em Coringa, nem mesmo a presença do Batman é muito evidente, sendo mais uma presença a ser mencionada e percebida como um ser mítico da cidade, quase uma lenda. O desenrolar da história se desenvolve pouco a pouco, o que nos remete a um conto policial escuro e doentio.

    Outro ponto forte é o trabalho gráfico de Bermejo. O design das personagens, criadas pelo artista, é muito interessante. Sua arte mescla o estilo tradicional dos quadrinhos americanos com uma pintura mais realista, tudo isso sem perder o dinamismo, algo bastante comum nesse tipo de traço. A cidade nos remete a um filme noir, uma percepção de estética que deveria ter acontecido com a série noir da Marvel mas não aconteceu.

    E nesta mistura de Martin Scorsese, Dashiel HammettQuentin Tarantino e Nolan que Coringa nos apresenta o antagonista do morcego em sua versão mais doentia e insana. Uma obra que tem tudo pra se tornar um clássico das histórias em quadrinhos.

    Compre: Coringa.

  • VortCast 10 | Mad Max

    VortCast 10 | Mad Max

    Liguem os motores. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc), Mario Abbade (@fanaticc) e os convidados Felipe Nunes (@felipe_nunes) do Mitografias e Ivan Motosserra (@ivanmotosserra) do Rock Trinta discutem sobre um dos totens sagrados do Vortex Cultural, Mel Gibson e a trilogia que o consagrou: Mad Max.

    Duração: 82 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Acessem

    Rock Trinta
    Papo Lendário

    Filmografia

    Crítica Mad Max
    Crítica Mad Max 2 – A Caçada Continua
    Mad Max Além da Cúpula do Trovão

    Comentados na edição

    The Mad Max Movies – Adrian Martin (livro sobre a crítica dos filmes)
    Video – Mario “The Humungus” Abbade
    Video de fã fantasiado – “The Humungus” 1
    Video de fã fantasiado – “The Humungus” 2
    SNL faz Homenagem a Mad Max 2
    Cena comentada do bumerangue
    Coletânea com os 3 filmes em DVD
    Fallout

  • Resenha | Manicômio do Coringa

    Resenha | Manicômio do Coringa

    O Manicomio do Coringa

    Recentemente andei relendo algumas histórias voltadas ao arqui-inimigo do morcego, uma delas foi o Manicômio do Coringa, que eu conferi na época do seu lançamento, aproximadamente dois anos atrás e me decepcionei bastante. Relendo a hq dias atrás, minha opnião não foi muito diferente, o roteiro é um misto de altos e baixos durante toda a história.

    A revista traz 5 contos, cada um deles protagonizada por uma personagem da galeria de vilões do Batman. O interessante é que em cada uma das histórias o Coringa surge como um apresentador e contador da história, uma clara referência aos quadrinhos de terror de antigamente e até mesmo aos programas onde eram transmitidos filmes de terror, onde tínhamos como apresentadores a clássica Vampira (nome da atriz), que teve seu visual chupinhado pela atriz que interpretou Elvira (Vai me dizer que você não se lembro dos peitos do filme dela?), nos anos 80. Outro apresentador que ficou muito conhecido apresentando esse tipo de programas é o cineasta José Mojica, ou simplesmente, Zé do Caixão. Enfim, o Coringa tem esse papel na hq, sempre tecendo comentários ácidos e de humor negro no início e fim de cada conto. Mas deixando as inutilidades de lado, vamos as histórias.

    Nosso palhaço “querido” protagoniza a primeira delas, onde ele invade uma emissora de televisão e decide brincar um pouco com os telespectadores. Uma história interessante e traz uma crítica um tanto estranha para um personagem “anárquico” como o Coringa, pois ele mostra até que ponto os produtores das emissoras de tv podem chegar por audiência. Como eu disse, uma história interessante mas um pouco difícil de encaixar na personalidade do vilão, já que a violência pela violência sempre foi algo inerente ao personagem e ao usar um tom de denúncia, isso perde um pouco o sentido. Os desenhos dão um tom insano peculiar.

    A próxima história é a melhor de todas elas. Protagonizada pelo Pinguim, nos deparamos com o passado da personagem, seus traumas de infância, seu declínio à loucura e sua ascensão ao crime. A trama tem um desenrolar fatídico onde o Pinguim encontra uma possibilidade de redenção ao se apaixonar, contudo, culmina em um triste fim. Ponto forte para o roteiro e desenho, que estão excelentes.

    No terceiro conto temos Hera Venenosa como protagonista e sem muito acrescentar, uma história que não adiciona e nem subtrai nada do produto final. Ponto forte para o desenhista e colorista que conseguem expor toda a sensualidade da personagem com traços fortes e um trabalho de cor excepcional.

    Espantalho chega com a penúltima história da hq e de longe é a pior de todas. Trama digna dos piores filmes de terror que você já assistiu. Clichê atrás de clichê. A arte é interessante, porém, não casa bem com um personagem que lida com o medo, como é o caso do Espantalho. A última delas é protagonizada pelo Duas-Caras e sua dualidade sempre presente. Os desenhos são de muito bom gosto e o roteiro redondinho.

    Manicômio do Coringa cumpre sua proposta de divertir e o preço convidativo colabora com isso. Vale a pena uma conferida despretensiosa se encontrá-la por aí.

  • Crítica | O Fim da Escuridão

    Crítica | O Fim da Escuridão

    Fim da Escuridão 1

    Que Mel Gibson não vai bem das pernas todo mundo sabe, um bom sinal disso foi sua volta aos cinemas atuando, já que desde Sinais não atuava, em 2010 ele retornou com O Fim da Escuridão, filme que passou batido pelos cinemas sem nenhum alarde. Nem mesmo as polêmicas de Gibson salvou o filme.

    Neste longa, Gibson retorna com um personagem polêmico e longe dos maniqueísmo que estamos acostumados da indústria de cinema. Interpretando Thomas Craven, um policial de Boston do departamento de homícidios, víuvo e pai de uma única filha, Emma (Bojana Novakovic), uma estagiária de uma grande companhia.

    O Fim da escuridão retrata um dia na vida do agente Craven (nome maneiro, hein?) em busca de vingança. Não entrarei muito na história, senão o spoiler será necessário. O filme tem o objetivo de ser um thriller dramático, muito parecido com Busca Implacável com Liam Neeson, que é magistral, porém, enquanto Busca Implacável é ação frenética com algumas cenas de drama, O Fim da Escuridão vem como o oposto, talvez por isso tenha sido tão criticado, o filme não é extraordinário, mas talvez tenham entendido errado o que ele estava proposto a mostrar. O Fim da Escuridão não era pra ser um filme de ação frenético como Máquina Mortífera, como algumas pessoas reclamaram por aí.

    Gibson está muito bem em seu papel, não achei nada que o desfavorecesse, e discordo de muitos que o chamam de ator de um só filme. Martin Campbell (Cassino Royale) é o responsável por dirigir o acerto de contas do personagem interpretado por Mel Gibson. Em algumas cenas, Campbell acaba abusando do sentimental, o que incomoda um pouco, mas que no somatório geral, não chega a prejudicar. Vale resaltar a presença de Ray Winstone na trama, com excelentes atuações.

    Apesar de estar longe de ser um grande filme, O Fim da Escuridão cumpre bem seu papel e merece um olhar mais atento do espectador.

  • Anotações na Agenda 06 | Eita, Podcast da Bexiga

    Anotações na Agenda 06 | Eita, Podcast da Bexiga

    Sincronizem suas Agendas. Flávio Vieira (@flaviopvieira), André Kirano (@kiranomutsu), Jackson Good (@jacksgood) e a lenda viva dos comentários, Aoshi-Senpai (@aoshi_senpai). Além dos citados, contamos com a presença momentânea de Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc) e Mario Abbade (@fanaticc) para comentar o que rolou nas últimas edições do podcast.

    Duração: 71 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Podcast’s comentados na edição

    Anotações na Agenda 05 – DoRgas, Manolo!
    Agenda Cultural 30 – Os Mastodontes na Terra da Árvore Melancólica Esmeralda
    VortCast 08 – Planeta dos Macacos
    Agenda Cultural 31 – No Inferno Sem o Bátema
    VortCast 09 – Batman: Ano Um

    Demais Links

    Pauta Livre News 44 – Com Grandes Poderes, Gravamos um Podcast
    ComboCast 33 – Papo de Bar: Séries 2011
    [+18] Foto do Levi com “Garota de utilidade pública”
    Farrazine 24
    Ilustração de DaveTheSodaGuy do Mario como William Wallace
    Podtrash
    Manolagem Interativa – Celebridades da Internet

    Playlist da Edição

    Ramones – Sheena is a Punk Rocker
    The Kilborn Alley Blues Band – Nothin’ Left To Stimulate
    Albert King and Stevie Ray Vaughan – Pride & Joy
    Lenny Kravitz – Come On Get It
    Then Crooked Vultures – No One Loves Me
    Faith No More – Epic
    Arch Enemy – Dead Inside
    Fallen Within – I Am Hate
    Jota Quest – Carta de Amor
    Ayreon – Time Beyond Time
    Craddle of Filth – One Foul Step From the Abyss
    Opeth – Bleak
    Black Rebel Motorcycle Club – Feel It Now
    Black Rebel Motorcycle Club – Love Burns
    Johnny Cash – Let The Train Blow The Whistle
    Xuxa – Parabéns da Xuxa
    M. Garrison – Merry Fucking Christimas

  • Review | Injustice

    Review | Injustice

    injustice poster

    James Purefoy, conhecido pelo seu papel como Marco Antônio no seriado Roma e mais recentemente por interpretar Solomon Kane nos cinemas, retorna na minissérie jurídica Injustice, atuando como um renomado advogado criminalista repleto de traumas e dúvidas quanto ao sistema judiciário inglês.

    A trama de Injustice é bastante intrigante, trazendo dois personagens centrais, o primeiro dele é William Travers (James Purefoy), um homem de meia idade que parece ter tudo o que precisa, formado em Cambridge, é um advogado de defesa brilhante, possui uma família adorável, uma linda casa no interior da Inglaterra e trocou a vida agitada da cidade para a calmaria do campo. Mas nem tudo é o que parece, Travers está a beira de um colapso nervoso, principalmente quando reconhece um homem na plataforma de uma estação de trem, o mesmo homem que em breve terá seu sangue decorando a parede de seu quarto em uma fazenda não muito longe dali.

    Com isso conhecemos a outra personagem, Mark Wenborn (Charlie Creed-Miles), um desagradável detetive responsável pela investigação do assassinato do misterioso homem. Wenborn é o típico policial durão com um olhar branco e preto do mundo, onde não acredita no trabalho dos advogados, e provavelmente acredita que o mundo seria um lugar muito mais seguro sem eles. Tudo piora quando um de seus colegas tenta impugnar um crime através de evidências falsas contra um homem negro, e Travers consegue provar a corte do ocorrido, resultando na demissão desse amigo.

    injustice_purefoyA história é apresentada em conta-gotas, pouco a pouco vamos conhecendo o passado das personagens centrais. A mulher de Travers, Jane (Dervla Kirwan), vive um dilema, entre escolher entre seu trabalho e sua família, pois abandonou sua carreira como editora literária para ficar ao lado de seu marido, porém, recebe uma oportunidade promissora ao analisar um livro escrito por um jovem detento, onde ela trabalha como professora de Inglês em uma instituição para jovens infratores. Wenborn vai se mostrando um homem cruel e vingativo, seja com sua esposa ou com sua obsessão em encontrar algo que incrimine Travers.

    No meio disso tudo, Travers é procurado por um velho amigo para defendê-lo no tribunal de acusações de assassinato de sua secretária e conspiração contra sua empresa. Contudo, ao aceitar o caso, ele terá que retornar a cidade e enfrentar o passado que deixou para trás.

    O roteiro de Anthony Horowitz é complexo, cheio de camadas e não recorre a clichês do gênero, os dramas se encaixam de maneira coesa à história, mesmo personagens menores têm um papel importante na trama. A direção de Colm McCarthy (The Tudors) é fundamental num thriller psicológico como o apresentado aqui. A minissérie conta apenas com 5 episódios. Nem tudo é o que parece.

  • Agenda Cultural 32 | Desculpa aí, Galera…

    Agenda Cultural 32 | Desculpa aí, Galera…

    Bem Vindos à bordo. Rafael Moreira (@_rmc), Flávio Vieira (@flaviopvieira), Amilton Brandão (@amiltonsena), André Kirano (@kiranomutsu) e Jackson Good (@jacksongood) recebem Joh do Descontrole Podcast (@descontrolepod) para uma conversa sobre quadrinhos nacionais, séries investigativas, pseudo-documentários e muito mais. E como não poderia deixar de ser, recheado de muita polêmica.

    Duração: 91 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Comentados na edição

    Descontrole Podcast

    Games

    The Witcher 2

    Cinema

    Terror sem Limites (A Serbian Film)
    Amizade Colorida
    Catfish
    Gigantes de Aço
    Entre Segredos e Mentiras
    Os Três Mosqueteiros

    Séries

    Persons of Interest

    Música

    Beastieboys – Hot Sauce Committee Part Two

    Literatura

    O Andar do Bêbado: Como o Acaso Determina Nossas Vidas – Leonard Mlodinow
    AK-47: A Arma que Transformou a Guerra – Laryy Kahaner

    Quadrinhos

    Tex Gigante 25 – Na Trilha do Oregon
    Vendetta
    Asterios PolypResenha
    A Boa Sorte de Solano DominguezResenha

    Produto da Semana

    Ovelhinha Inflável

  • Crítica | A Conquista do Planeta dos Macacos

    Crítica | A Conquista do Planeta dos Macacos

    Conquista de Planeta dos Macacos 1
    A Conquista do Planeta dos Macacos
    é o quarto filme da saga Planeta dos Macacos, e a melhor das continuações, bem como um dos mais violentos, trazendo uma forte alegoria ao fascismo e a escravidão.

    O ano é 1991 e os EUA se tornaram um estado militar. Os cães e gatos foram dizimados por um vírus trazido do espaço pelos três macacos astronautas do filme anterior. Com isso, os seres humanos têm a necessidade de encontrar novos animais de estimação e passam a importar macacos da África, com o passar do tempo esses macacos passam a ser leiloados, treinados e escravizados para executar quaisquer tipos de tarefas mecânicas.

    Nesse cenário surge Caesar (Roddy McDowall), o mesmo macaco cujos pais eram Zira e Cornelius, chimpanzés inteligentes e articulados que viajam para o passado em busca de um novo começo, mas são mortos em uma tentativa de evitar a dominação símia que viria acontecer no futuro. Armando (Ricardo Montalban), o havia escondido dezoito anos atrás, e desde então vem o educando longe das grandes cidades.

    Graças a sua vida circense junto à Armando, Caesar não tem um contato muito grande com a civilização humana e desconhece o tratamento que é dado aos macacos nos dias de hoje. Tudo isso muda quando Caesar acompanha Armando para o complexo Century City para divulgar seu espetáculo na cidade. Caesar fica horrorizado com o tratamento degradante que os macacos recebem dos humanos e acaba amaldiçoando os polícias que estão ali. Com isso, não vê outra alternativa a não ser fugir e se esconder no meio de um carregamento de macacos que serão leiloados.

    As coisas não saem da forma como Caesar esperava. Armando acaba sendo detido pela polícia e Caesar passa por um “treinamento”, que nada mais é que um programa de condicionamento, onde todos os macacos são submetidos até aprender determinadas funções motoras. Sua revolta cresce cada vez mais com o tratamento que seus similares recebem e com isso passa a organizar pequenas ações revoltosas.

    A Conquista do Planeta dos Macacos busca uma proposta diferente dos filmes anteriores, o longa tem um clima sombrio e até perturbador para a série, a direção de J. Lee Thompson é dinâmica, utilizando câmera de mão em muitas sequências o que colaborou para transmitir a atmosfera pretendida de hostilidade. Apesar de muito criticado, “Conquista” é o meu preferido, seja pelas referências à obra de George Orwell, como câmeras de vigilância onipresentes por toda cidade (1984) e também a corrupção existente dentro de uma sociedade (Revolução dos Bichos), além de toda a crítica social trazida em um filme “família”, como o recondicionamento vicioso onde os macacos são treinados, sem se esquecer do brilhante e apaixonado discurso final de Caesar.

    Um dos filmes mais sinceros e violentos de toda série, uma pena que sua sequência cedeu as pressões da Fox e abriu as pernas de vez.

    Ouça aqui nosso podcast sobre a saga “Planeta dos Macacos”.