A década de noventa marcou auge e decadência dos brucutus. Vindos principalmente dos anos oitenta, realizaram bons e rentáveis filmes até então. Porém, os gêneros começaram a mudar seu paradigma, quebrando barreiras internas e o estilo machão em um filme de ação violento perdeu parte do prestígio. Van Damme, Stallone e Schwarzenegger, depois de sucessos como O Alvo, Risco Total e Exterminador do Futuro 2, respectivamente, viram o sucesso de suas carreiras minguando aos poucos.
A grande problemática de O Último Grande Héroi é a época de seu lançamento. O filme é um misto de comédia com ação, desenvolvendo a descrença do exagero destas produções ainda populares. Na época, a barreira entre gêneros ainda era alta, não houve espaço e aceitação para uma história que brincava tão explicitamente com tais mundos. O mesmo Scharza repetiria a sátira em outro estilo, no excelente True Lies.
Vilões caricatos, heróis quase imortais, são aceitos hoje como um alívio cômico. Não se leva mais a sério pela tendência realista do cinema contemporâneo. Evidente que há exemplos isolados, tanto do realismo, como de um elemento mais híbrido. Porém, hoje se tornou um padrão que somente o tempo transformará.
Assistido com distanciamento, a produção teve bom envelhecimento. A trama brinca com a fantasia de todo garoto em conhecer o seu herói favorito de ação. Ao ganhar um bilhete mágico para seu filme preferido, o garoto Danny Madigan atravessa para o mundo fictício do enredo. O estranhamento de situar-se em um mundo regido por outras leis é evidente. Armas possuem tiros limitados, heróis não sangram e sempre estão dispostos para mais um golpe. A ação se concentra boa parte neste ambiente até que o reverte com a chegada das personagens no mundo real, realizando outro golpe, dessa vez evidenciando como é difícil ser um mocinho na vida real.
Sem perder a ideia de um entretenimento, o filme promove uma reflexão de seu próprio tempo e acabou por prever como o cinema pipoca se comportaria na década seguinte. Elementos que hoje apresentam alguns sinais de cansaço e que, muito provavelmente, também começarão a ser deixados de lado, à procura de outra inovação.
Mesmo a metragem um tanto extensa, não tira o divertimento deste filme que falhou em seu lançamento, mas que hoje tem mais significado do que em sua época.
“filme que falhou em seu lançamento, mas que hoje tem mais significado do que em sua época.” De fato.
Sempre gostei desse filme, tri divertido =D Aqueles trailers FAKE que o Arnoldão protagoniza são impagáveis! coisa de gênio mesmo.
Acho que podemos dizer com segurança que o garoto desse filme é uma das crianças mais irritantes de todos os tempos.
Não, o garotinho é só um FANBOY. todo fanboy é meio chatinho mesmo, mas no caso ele é FANBOY de filmes de ação, caralho.
hehe pode ser porque eu lembro da dublagem, e apesar de não ser um dubhater, a desse garoto é uma DESGRAÇA!
Não entendo vocês da internetês. rsrsrs,
A melhor atuação é do Tywin Lannister, belo vilão que ele interpreta.
Esse filme é muito bom, bons tempos que a sessão da tarde passava filme bom.
VI no cinema. E pelo que lembro da cena final, merece um Podtrash.
O trailer de Hamlet com o Schwazza dando tiro em todo mundo no castelo enquanto pergunta: ‘e quem disse que eu sou justo?’ É sensacional!