Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântida foi contado no mesmo cenário do primeiro livro (A Batalha do Apocalipse). E mesmo tendo uma história mais simples, objetiva e melhor narrada, sofreu do mesmo mal de A Batalha do Apocalipse: É cansativo. Mesmo transbordando mistério o tempo todo, o livro cai no clichê em torno dos dois personagens principais (Kaira e Denyel).
Kaira é um anjo, uma líder de sua casta, que acaba sendo aprisionada no corpo de uma mortal. Ela perde a memória e o enredo começa com seus subordinados indo em sua busca na Terra. Mesmo não se lembrando de nada, os dois anjos que vão buscá-la, conseguem convencê-la de que é um anjo. Durante toda a trama, Kaira só consegue usar seus poderes quando a batalha já está “perdida”. E pronto, o primeiro grande clichê do livro. Denyel é o rebelde bonzinho. Um anjo exilado, forte e habilidoso que tenta se fazer de mal, mas acaba ajudando Kaira e seus amigos na jornada. Particularmente gostei dele, além de ser bem misterioso, é o alívio cômico do livro.
Diferente do primeiro livro, Herdeiros de Atlântida não é interrompido por longos e entediantes flashbacks. Os poucos que tem, são rápidos e muito importantes para o enredo. Mesmo com uma história relativamente fraca, Spohr usa bem as palavras e teve uma boa sincronia no livro. Acho que por isso, li tudo em 4 dias. O livro tem ação o tempo todo, mesmo no meio de diálogos longos. Esse é grande ponto positivo.
Um outro ponto positivo da trama são os anjos. O autor não mostra seres divinos, perfeitos e tudo isso que somos acostumados a ver. Em Filhos do Éden, os anjos, em personalidade, são quase tão comuns quanto os humanos.
Não é que eu não tenha gostado do livro. Achei uma história bem contada, só que fraca, clichê. Personagens muito bem desenvolvidos, que poderiam ser melhor explorados, desenvolvidos. Muitas cenas do livro, sinceramente, são dignas de sessão da tarde. Mas é fato que o Eduardo Spohr corrigiu muitos erros de A Batalha do Apocalipse nesse livro, e provavelmente irá corrigir os erros do segundo, no terceiro.
– Texto de Jean Dangelo
SURPRISE !!! fazendo Marketing pra concorrência? rsrsrsr..
Legal a resenha.
Concordo em quase tudo, mas não acho que seja cansativo, pelo contrário. Não consegui parar de ler um segundo, achei o ritmo frenético.
Quanto ao Denyel ser clichê, bom acho que era de propósito, não? Até a própria Kaira brinca com isso, dizendo que ele era um “clichê ambulante”.
Compreendo a coisa como uma belíssima metalinguagem: o cara foi ordenado a ver filmes e viver com os seres humanos, então era natural que ela agisse como os heróis de cinema. Isso é dito tanto pelos personagens quanto pelo narrador. Particularmente, achei esse ponto o mais genial.
Também discordo do lance de taxar o Denyel como clichê ambulante. Isso é proposital mesmo. Daí a achar isso genial são outros quinhentos…
Flávio, esta é apenas a minha opinião fecal, mas eu a justifico: acho genial pq a coisa é colocada de forma discreta e explícita do mesmo tempo. Por exemplo, o jean não notou isso, enquanto pra mim ficou mais do que claro. São esses detalhes dúbios que fazem uma obra genial na minha opinião.
O jean disse que a história é fraca. Eu não podia discordar mais. Acho a história SIMPLES, não fraca. Mas acredito que essa foi justa a intencao do Eduardo. Ficou claro pra mim que Filhos do Éden é um livro de introdução, feito apenas para apresentar os personagens. Dentro desse contexto, o romance é excelente. É pra ler rápido, sem enrolacao.
Espero q a trama ganhe mais e mais força em Anjos da Morte, se bem que pelo que li esse 2º volume vai focar praticamente todo em Denyel e quase em nada na Kaira, o que no fundo é uma coisa boa. É esperar pra ver…
Bem por aí. A confusão entre “simples” e “fraco” é, infelizmente, comum. O pessoal quer que tudo seja mega profundo, traga mensagens edificantes, mude vidas e etc. Qual o problema com uma diversãozinha básica e honesta? ;D
Opinião fecal? Blog errado, amigo.
Eu acho o livro competente como uma ação envolvendo fantasia, mas chamá-lo de genial. Nunca. O livro precisa me entregar muito além disso… E não entregou. Mas opinião é opinião, e eu respeito a sua.
Flávio, mas como vc pode falar isso sem nem ter lido o livro todo?
Quanto à “opinião fecal”, é uma brincadeira que a turma do MRG usa. Não quis soar agressivo 😉
Sim, se o livro não me convenceu em 70% dele em desenvolvimento de personagem, não é em 30 que vai conseguir.
Eu sei que é do MRG. Por isso sacaneei… rs
Tá caindo o nível dos colaboradores, hein….
Curti muito o livro, ele é assumidamente um filme de ação massa véio com toques de sobrenatural, enquanto o primeiro era uma aventura épica (e também muito bom). Clichê até dizer chega, mas como disseram, tudo é proposital. Cansativo jamais, pois o ritmo acelerado e sem enrolação é justamente o diferencial em relação ao anterior.
OLHA! A resenha não foi contando o livro, que incrível!
Eu não me interessei por esse livro, me emprestaram ele e tá la em casa a 2 meses sem eu tocar.
Eu ganhei o primeiro livro, ate fui autografa-lo quando o Eduardo veio em Brasília, mais ainda não li, já tentei algumas vezes… mas num desceu, acho que esse tipo de fantasia não é minha praia.
To pensado em jogar fora no lixo. =( to sem espaço. kkkkkkkkkkk
Confesso que abandonei com 2/3 de livro lido. Achei MUITO mais do mesmo, mas pretendo retornar pra conclui-lo.
Não está perdendo muito. Nada que você não tenha visto em um milhão de outros lugares…
Eu tenho uma implicância enorme com personagens como Danyel. Como o Flávio disse: Foi muito mais do mesmo.
Com esse título, parece ser um livro esotérico…
Bom, admito que comprei o livro, mas demorei 6 meses pra pegar o livro pra ler. Não sei se foi por falta de tempo ou por que o começo do livro é um pouco chato, mas enfim, li e aprovei. Toda essa trama de anjos, guerras faz com que o leitor mergulhe no litro sem parar por um minuto(foi o que aconteceu comigo, na verdade rsrs’)
Gostei da resenha, concordo com todos os pontos. ^^