Crítica | A Oficina do Papai Noel
Os anos 1930 foram bastante prolíficos para Walt Disney e seus estúdios. Foi nessa época que estrearam nos cinemas O Flautista Encantando (1933), Flores e Árvores (1932), A Tartaruga e A Lebre (1935), O Velho Moinho (1937) e tantos outros posteriores a O Vapor Willie. Entre esses, um dos mais lembrados e até então raro em lançamentos de mídia física, foi o especial de natal da série Silly Symphonies, A Oficina do Papai Noel, cuja sinopse inclui um dia do distribuidor de presentes sendo ajudado por seus duendes antes é claro da grande entrega de presentes.
O filme se passa durante a preparação para o passeio de trenó no dia 24, na véspera do feriado natalino. O filme tem apenas 7 minutos, é dirigido por Wilfred Jackson, começa com um número musical divertido dos ajudantes do bom velhinho alimentando, limpando as renas e lidando com o trenó. O filme lançado em 1932 dá conta das leituras das cartinhas do Papai Noel e a conferência se as crianças cumpriram com suas obrigações antes de terem seus desejos atendidos.
O diretor entraria para a história dos estúdios, participando da produção de inúmeros longas e curtas, sendo diretor ou codiretor de clássicos como A Dama e o Vagabundo, Cinderela, Alice no País das Maravilhas e As Aventuras de Peter Pan. O tom super otimista e fabuloso é bem empregado, e mesmo sem ter os personagens mais famosos da Disney contém em si a essência de tudo aquilo que faria as demais produções audiovisuais tão especiais.
Jackson emprega sua experiência muito bem, por mais que o traço dos personagens no Polo Norte seja simples, os movimentos são fluídos e há algo de realmente mágico na construção dos brinquedos e bugigangas que viajarão o mundo. A Disney com o tempo lançaria outros especiais de natal, sendo os mais conhecidos Aconteceu no Natal do Mickey e O Conto de Natal do Mickey, e por mais que a proposta aqui seja muito mais simples, se notam claras referências desse trabalho em obras futuras.