A mais recente produção da Dreamworks Animation tem o consagrado estilo do estúdio: uma aventura leve, movimentada e divertida, claramente direcionada ao público infantil, mas com elementos que também agradam aos adultos. A Origem dos Guardiões segue uma premissa similar à do mega sucesso Shrek: depois dos contos de fadas, agora são figuras do folclore que ganham uma “repaginada” para se adequar aos novos tempos. Mas sua mensagem continua sendo a mais clássica possível – e emocionante justamente por isso.
Na trama, quando o perigoso Breu (ou Bicho-Papão) ressurge após séculos para ameaçar as crianças do mundo todo, cabe aos Guardiões se reunirem para enfrentá-lo. Mas o time formado por Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Fada dos Dentes e Sandman pode não ser o suficiente diante da ameaça, pois o enigmático “Homem na Lua” escolhe um 5º guardião: o irresponsável Jack Frost. Ele vaga pelo mundo há trezentos anos, sem memória, objetivos ou mesmo reconhecimento por parte dos humanos. É essa sua busca pessoal, pelo seu “cerne”, que acaba sendo o motor da narrativa.
Baseado na série literária Guardians of Childhood, de William Joyce, o filme é uma agradável surpresa, ao fazer dos Guardiões uma verdadeira equipe de super-heróis. Não falta nem a Jornada do Herói, representada no protagonista Frost. Igualmente bem conceituada e realizada é a roupagem cool que os personagens ganharam. Papai Noel não é mais só um bonachão: careca, tatuado, com duas espadas enormes, ele adquire uma divertida aura badass. O Coelhinho, ou melhor, Coelhão, é quase um ninja: é alto, sério, ágil e atira bumerangues. A Fada dos Dentes é meiga, mas protetora com suas fadinhas. E o Sandman não tem a aparência de Robert Smith, é um simpático gorduchinho (mas que sabe se virar numa briga) que se comunica usando a areia dourada dos sonhos.
Um aspecto interessante é a reciprocidade na relação dos Guardiões com as crianças. Ao mesmo tempo em que eles representam e zelam por sentimentos como esperança, imaginação, alegria, capacidade de sonhar etc., eles dependem da crença dos pequenos para poderem existir e continuar seu trabalho. Isso gera alguns momentos tristes e reflexivos, bem coerentes dentro da narrativa, mas que talvez sejam resolvidos muito facilmente. Mas, como é um filme destinado a crianças, não dá para reclamar muito disso. Outro ponto negativo é que o protagonista fica devendo em matéria de carisma. Ágil, poderoso e com seu visual de personagem de anime, Jack Frost deve agradar crianças e pré-adolescentes, mas é inegavelmente insosso se comparado ao bom e velho Shrek ou ao Kung Fu Panda.
Visualmente, o filme tem a competência habitual da Dreamworks, ainda que não traga nada inovador ou surpreendente. Também competente é a dublagem brasileira, nada devendo ao original (que conta com vozes famosas como Alec Baldwin, Hugh Jackman, Jude Law, entre outros). No fim das contas, A Origem dos Guardiões é uma boa recomendação até para quem não é particularmente fã de animações – caso deste que vos escreve.
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Texto de autoria de Jackson Good.
Jackson, Cade seus reviews de Spartacus?
Já que minha proposta de zoar mdm style nao foi compreendida ao final de DEZ reviews seguindo essa linha, resolvi nao fazer esse ano (fora que é um saco escrever TODA SEMANA). Mas vai rolar uma análise geral da temporada assim que ela acabar.
Lamento, mas se só eu pedi, não tem mesmo porque fazer se a “galera” não curtiu.
passar bem. o//
AHhahahaha, Curioso pra saber sua Opinião sobre o EVIL SPARTACUS(MARCUS CRASSUS) e também sobre o EVIL GANNICUS(CAESAR). kkkkkkk talvez apareça outras contrapartes EVIL’s, (visto que ainda ta no segundo episodio)
Evil Spartacus e Evil Gannicus, HAHAHAHAHAHAHA sensacional essa, pior que faz sentido…
Achei foderosa a apresentação do Crassus no 1o episodio, tipo, ele tem a arrogância romana de “sou um deus caminhando na terra” mas TRABALHA PRA ISSO, nao se acomoda. Muito foda mesmo. Mas no 2o ep ele já peidou na farofa fortemente ao dar moral praquele filho baitolinha dele.
Eu achei muito bom.