E se Hiroshima e Nagazaki nunca tivessem acontecido?
E se o Brasil não fosse colônia de exploração? E se a Guerra Fria durasse até o século XXI?
E se o Mickey fosse um gato, ou um boneco de posto, ao invés de um rato? E se… ? E se…??
Todas essas perguntas possivelmente fazem mais sentido do que a questão que trouxe este post até o Vortex Cultural:
“E se a nave do Kryptoniano mais famoso de todos, Todos, TODOS, tivesse caído na União Soviética, ao invés de cair nos Estados Unidos da América?”
Esta é a questão central do arco supermanzístico Superman – Red Son, uma história pensada por Mark Millar na década de 70 e que foi publicada em abril de 2003. O arco, publicado em 3 edições, conta a história do herói-vitrine da DC caso sua nave tivesse caído, em território ucraniano, durante a guerra fria. Nesta estória, o homem de aço é criado e educado no regime comunista de Stálin e passa a defender, de todas as maneiras possíveis, os ideais igualitários promovidos pelo Estado Social.
Com este poderoso “camarada” a seu lado, o regime de Stalin prospera e toma conta de praticamente todo o mundo, sendo os Estados Unidos e o Chile os únicos países do planeta a recusarem o Estado Social e a ajuda de Superman.
Acho que o que ainda posso contar sobre esta HQ, sem estragar a experiência de quem ainda não leu, é que os ideais comunistas colocados em prática reduzem a um nível microscópico todos os problemas da humanidade. Sob o comando de Superman (que assume como uma espécie de “Presidente do Planeta” depois da morte de Stalin) o mundo utópico proposto pela teoria finalmente vira realidade, mas ainda existem pessoas muito poderosas que não vêem a influência alienígena de Superman com bons olhos, e farão de tudo para derrubar o sistema.
Neste que é um dos arcos mais famosos de todo o Multiverso, Superman – Red Son é um excelente exemplo de como nosso mundo poderia ser totalmente diferente (não melhor, e nem pior) do que é hoje em dia.
Millar personifica todos os ideais da Mãe Rússia na figura de um alienígena semi-deus e coloca a doutrina comunista em prática em um âmbito global. A brilhante visão de Millar, sobre o comunismo aplicado, deixa bem claro todos os pontos positivos e negativos de cada um dos modelos econômicos e dá uma nova visão de mundo aos leitores, além de servir como uma excelente aula de história.
Em minha opinião, a DC nunca lançou algo tão bom em sua história quanto Red Son. Apesar de eu ser marvete (admito sem nenhum pudor que os personagens da Marvel e suas histórias fazem muito mais o meu estilo), conheço muita coisa da DC.
Acho que o universo regular de todos os heróis de ambas as editoras é lugar-comum para qualquer pessoa que goste de quadrinhos. Salvo os novíssimos leitores de HQ (a quem, obviamente, não se dirige essa história), todos sabem qual é a pegada dos principais heróis da DC. Creio que o maior mérito da história é justamente mostrar um universo totalmente alternativo mantendo completamente intactas as características de cada personagem.
Assim, em Superman: Entre a Foice e o Martelo, temos um Superman que luta com todas as forças e abdica de sua vida pessoal para defender seu ideal e fazer aquilo que ele acha que é certo, temos um Batman que luta sozinho para combater a tirania e um Lex Luthor que enxerga em Superman o único adversário a sua altura, e que ignora todo o mundo ao seu redor para vencer o homem de aço. Estes personagens principais mantém todas as características particulares que lhes deram vida. Diferente de outros arcos da própria Elsewords, estes são completamente os mesmos personagens dos universos regulares, porém com motivações diferentes.
Em toda minha história com as HQs americanas (que não é assim tão longa) posso afirmar com 200% de certeza que jamais li uma revista com roteiro tão brilhantemente elaborado e com tamanha competência em construir um universo que, apesar de fictício, é tão crível e filosófico. Uma excelente história que envolve praticamente todo o universo DC em uma trama que não é galhofa (considerando-se o tipo de publicação), que não utiliza nenhuma desculpinha “Deus ex machina” para explicar qualquer coisa e que mostra realmente do que os personagens são capazes.
A revista foi publicada no Brasil, em 2006, pela Panini, com o nome “Superman: Entre a foice e o martelo” mas hoje em dia é bem difícil de conseguir um impresso desse material. A boa notícia para quem é Macfag é que a DC publicou as três edições em seu aplicativo oficial e apesar de estar bem carinha (US$ 3,00 cada) vale a pena dar uma conferida(se você for fluente na língua capitalista, obviamente). Caso você não seja um i-adopter, tenho certeza que é bem esperto e vai dar o seu jeitinho para ler a história, não é mesmo? 😉
Com roteiro de Mark Millar e traço de Dave Jhonson, “Superman – Red Son” é leitura OBRIGATÓRIA… Vou repetir: OBRIGATÓRIA, para todos os leitores de HQ, sejam eles DCnautas ou Marvetes.
Bom, muito bom. Aviso logo, vou entregar a historia toda.
Mark Miller é muito bom, mais acho que essa historia é a melhor dele passando longe. É uma historia com muitos detalhes, muito grande. Ainda vemos o Superman sendo usado com todo o seu poder, vendo toda a capacidade dele.
Então, creio que para entender melhor essa revista, sempre tem que se lembrar do momento em que Lex Luthor descobre o que fazer para derrotar o super, o momento em que a briga fica seria, acho que é no final da primeira edição quando ele liga para a Lois. A partir dali, ele começa a por em pratica o seu plano, para conquistar poder e ficar em posição de dar um check no super. Quando o Lex assume, da pra ver que na verdade até o sistema capitalista fica perfeito, levando a crer que na verdade não é o sistema, mas sim como você gerencia por trás ele. Tanto que quando o super é “derrotado”, a humanidade entra em uma evolução que a deixa no mesmo nível de Kripton.
Nesse ponto, acho que queria ser mostrado que não adianta o sistema usado, você tem que sempre pessoas que queiram mudar para bem melhor.
Nessa serie aparece todos os 7 personagens menos o Ajax(pelo menos eu não lembro dele), acho que pelo fato de gostar mais de velocistas e saber que eles podem ser melhores, o Mark acabou não colocando o Flash com poderes. Os velocistas sempre são fodas, mas acabam sempre sendo muito poderosos(assim como o Ajax na historia), então a historia teria que ficar maior e talz… Por isso, até perdoou aquele combate de merda com os lanternas verdes, que enfraqueceu os lanternas e ainda deu pra reproduzir o poder da lanterna(reproduzir o poder do anel? que isso…)
O bom mesmo é ver uma historia merecida com o super com os poderes deles usados ao máximo, sem precisar que ele seja “emburrecido”, enfraquecido, “enlerdecido” ou qualquer coisa de merda, como alguns outros autores fazem. Só o superman com todo o respeito que ele realente merece, mostrando até para as pessoas que não gostam do super que ele é sim um personagem interessantíssimo.
Ah, Aoshi, essa historia realmente é muito boa, mas eu tenho mais primazia pelo “Watchmen”. Minha opinião, mas acho bem mais reflexivo sobre a realidade, mas o “Red Son” tem vários outros pontos.
Hahahaha o mais legal da resenha foi o agradecimento especial, valeu 😀
Gosto muito desta história, mesmo achando o Mark Millar um safado marketeiro de marca maior ^^
Vale destacar que o final foi escrito por Grant Morrison (como aconteceu em quase tudo que o Millar escreveu antes de brigar com o cara), e mais uma vez ele não foi creditado. De qualquer forma, o que importa é que é uma PUTA história do Superman, uma das melhores
Soube que ele deu a ideia para ele, então no máximo um agradecimento especial bastava.
Mas, os fãs do Grant Morrison gostam de aumentar e colocar ele em tudo…
Eu não sabia nem de uma coisa e nem outra…
Adoro vocês, apesar de agora não saber em quem acreditar…
ˆ_ˆ
Muito legal cara, ainda não li a história, mas já ouvi falar muito. Adicionada à minha lista de HQs para ler antes de morrer. Recentemente li “Os Supremos”, que se bem me lembro é do Mark Millar também, então acho que vou gostar dessa também! Valeu!”
UMA VERSÃO PSICOPATA E IMUNDA DO SUPER, QUE HUMILHAÇÃO. SERÁ QUE ELE MATA SOZINHO AS MAIS DE 250 MILHÕES DE VIDAS ASSASSINADAS PELO COMUNISMO?! PQP!!!!!!!!!!
E começamos mais uma rodada do “Leilão do Genocídio Comunista”.
Site errado, mané. Bandeira hasteada e vaza. https://uploads.disquscdn.com/images/89cac74d4e9e31e15d841ee58cd00d934b320c60581fbda3a33ee768062907e2.jpg
Meu lance é 430 trilhões, sendo que 90 bilhões eram parentes meus.
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Que mentira, todo mundo sabe que foram 300 trilhões que morreram diretamente do disparo de uma única bala do revólver de Stalin!
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