Aproveitando a popularidade trazida pelo filme, a Marvel que não é boba nem nada resolveu explorar o Thor em outras mídias fora os quadrinhos, e lançou recentemente duas animações do Deus do Trovão.
A mais recente é Thor – Tales of Asgard, uma animação tradicional, lançada em DVD e Blu-ray, que mostra um Thor adolescente aborrecido porque seu pai não o deixa sair do reino. Querendo se provar como guerreiro, ele embarca numa aventura ao lado de Loki e dos Três Guerreiros em busca da lendária espada de Surtur. O temível Demônio do Fogo foi outrora derrotado por Odin, e sua espada incrivelmente poderosa se perdeu. O problema é que ela está na terra dos Gigantes do Gelo… Thor, pra variar, faz merda, e acende a ameaça de uma nova guerra entre Asgard e Jotunheim.
Sim, esse plot lembra bastante o próprio filme do Deus do Trovão, mas o desenrolar é bem diferente. A começar pela idade do protagonista, e também porque não há Midgard (ou Terra) na história. Isso permite apresentar outros elementos da mitologia de Thor, como Surtur, as Valquírias, os elfos negros, etc. Direcionada a um público mais infantil, com o traço puxando pro estilo anime, a animação não deixa de ser uma boa pedida pra quem quer conhecer um pouco mais do personagem e seu universo tão rico.
Já Thor & Loki – Blood Brothers, na verdade um motion comic que é uma transposição literal da hq Loki, minissérie publicada em 2004 com roteiro de Robert Rodi e arte de Esad Ribic. Na trama, o Deus da Trapaça finalmente conseguiu derrotar seu irmão e Thor e assumir o trono de Asgard. Tudo o que ele sempre quis, certo? Pena que a vida de governante é uma chatice só, e Loki rapidamente se entendia com as questões burocráticas do reino, com seus aliados na rebelião agora cobrando os favores prometidos, e com a pressão para que execute logo Thor, mantido acorrentado.
A primeira vista, a obra pode parecer cansativa, principalmente para quem não está familiarizado com o formato de motion comic. Basicamente uma versão melhorada dos antigos “desenhos desanimados”, a movimentação é pouca, lenta e dura, apesar de muito bela, inclusive apelando pra modelagem em 3D em certos momentos. Mas vale a pena para conhecer um estilo diferente, e porque o roteiro é muito interessante. Focando inteiramente em Loki, o autor mergulha na psicologia desse personagem tão complexo, fazendo-o refletir sobre si mesmo, sua relação com Odin, Thor e todos em Asgard. E seu papel em tudo isso, atormentando-se com a questão cuja resposta é óbvia: pode o Senhor da Anarquia GOVERNAR? A minissérie conta com 4 capítulos de mais ou menos 15 minutos cada, lançados para download através das redes iTunes, Xbox LIVE e PSN, mas todo mundo certamente conhece meios mais… er, alternativos, por assim dizer.
–
Texto de autoria de Jackson Good.
Preciso criar coragem pra ver Tales of Asgard, não me empolguei muito com o que vi, mas vou dar uma chance, como sempre faço com as animações da marvel. Já Thor e Loki achei bem mais ou menos, prefiro ler a hq msm, consegue ser mais dinamica.
Tales of Asgard é feito pra criança, Flavio… tem que assistir com a mente MUITO aberta, aí da pra se divertir com as referências. Blood Brothers eu curti por ser um motion comic mais bem feito que a média. Tem um da Mulher Aranha que é terrível, pior que os desanimados de antigamente. Simplesmente dão closes e sacodem a arte do Alex Maleev, hehehe
Texto sucinto e objetivo. Vou conferir de coração aberto.
Eu sempre assisto a animações da marvel com um pé atrás. Mas fiquei curioso sobre Blood brothers. Assistirei sem medo de ver alguma animação horrorosa estilo homem aranha/xmen antigo.
PS: As histórias são boas. O que mata é a animação comercial norte americana com poucos quadros e erros bizarros de perspectiva.
Os desenhos de Aranha e X-Men dos anos 90? Estão entre os melhores da história mundial =D
To com o Jackson, esses desenhos dos anos 90 são CLÁSSICOS absolutos, só perde para o batman e superman da DC.
Esse Blood Brothers é mais desanimado que animado. É mais desanimado que os desenhos da Marvel de antigamente