Depois do estrondoso sucesso comercial do original Planeta Dos Macacos, uma sequência era quase certa para o que se tornaria uma lucrativa franquia simiesca.
O filme se passa dando sequência direta aos acontecimentos finais da primeira película, uma nova espaço-nave foi enviada da Terra em busca de Taylor e seus companheiros. A nave acaba por sofrer dos mesmos distúrbios temporais que a original e aterrissa no planeta agora dominado pelos símios. O protagonista agora é Bret, interpretado por James Franciscus (cuja tamanha semelhança com Charlton Heston é até mencionada no filme), ele se junta a Nova (Linda Harrison) que juntos, ao fugir dos símios acabam por descobrir uma passagem subterrânea que os levam a explorar o que há abaixo do planeta dos macacos (daí o nome original Beneath the Planet of the Apes). É na estação subterrânea de metrô que Bret descobre que está na Terra do futuro. Claro, sem nem um décimo da carga emocional que sentimos no final do filme anterior.
Devido ao orçamento mais do que reduzido se comparado à primeira obra, esta sequência fica logo de cara comprometida com os efeitos especiais utilizados e nas vergonhosas mascaras de gorilas, contrastando com as maquiagens que haviam sido extremamente elogiadas no primeiro filme.
Além destes ‘detalhes’ técnicos, a sequência não traz nada de novo para o debate filosófico, moral e religioso abordado no original. Na verdade, isso é algo deixado quase que totalmente à margem dos acontecimentos vivenciados pelo nosso protagonista e pelas cenas de ação. Todos estes aspectos deixam no espectador a impressão de que a sequência só existiu por um objetivo ‘caça-níquel’ (algo que infelizmente permeará praticamente toda a franquia).
Talvez o grande momento de inspiração e ousadia do roteiro esteja no final inesperado e categórico. Ele talvez gere alguma discussão mais aprofundada, algo que é sempre inerente a qualquer boa obra de ficção científica (seja qual for a mídia). O final também seria algo que encerraria a franquia ali mesmo. Mas como bem sabemos, isso não aconteceu. Porém, deixo as críticas com relação à continuação para o próximo filme.
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Texto de autoria de Amilton Brandão.
Pô Amilton, devia ter citado mais a Nova. Só uma menção é muito pouco perante a sua incrível participação. Hahaha.
Acho que como você disse o filme vale pelo final. Numa menção a guerra fria, os hippies, o próprio vietnam. Todo o resto é dispensável, e aquele povo do subterrâneo então, Chapolin total.
Chapolin total! huahuahu…true that!