Crítica | Pizza Man
De Joe Eckhardt, Pizza Man conta a história de Matt Burns, um menino pacato e comum que trabalha na pizzaria de sua mãe a fim de sustento próprio. Interpretado por Frankie Muniz, famoso pela série Malcom in the Middle, terminada cinco anos antes deste longa. O filme começa misturando cenas de um laboratório científico com uma cozinha de um pizzaiolo, prevendo os elementos que tornariam o personagem um herói.
A história gira em torno de Matt e suas dificuldades, coisas comuns de qualquer adolescente próximo de terminar o colegial. Seus dias variam entre trabalhar com uma roupa horrível que imita o aspecto da massa italiana para fazer propaganda da lanchonete e o bullying que sofre na escola.
O filme possui algumas participações especiais, entre eles Adam West, Stan Lee e atores de seriados famosos permeiam a obra de Eckhardt, mas quase não interferem na trama, só estão lá para dar alguma relevância ao filme, para que fosse exibido em qualquer evento nerd. Os efeitos especiais são baratos, assim como os cenários, e em alguns momentos parecem feitos de papelão, como um episódio ruim de Chapolin Colorado, mas sem todo o clima camp e trash que dão charme ao seriado humorístico mexicano.
Pizza Man parece um telefilme, os aspectos visuais são pobres, a fotografia e iluminação são chapadas como de um seriado com orçamento reduzido. O filme ainda remete um pouco à obra O Biscoito Assassino, inclusive o vilão Big Cheese, interpretado por Dallas Page faz lembrar o desempenho de Gary Busey, embora aqui não exista qualquer ironia ou sentido de autoparódia. As participações de atores convidados fazem o filme parecer um daqueles longas que dariam origem a uma série de comédia cujo canal abandonou o projeto antes mesmo de ser exibido. O filme também carece de atuações, nem mesmo Muniz consegue ser carismático, como havia sido na comédia pastiche Não é Mais Um Besteirol Americano. A obra de Eckhardt mira a comédia, mas não possui qualquer graça ou ironia.