Tag: Adam West

  • Crítica | Pizza Man

    Crítica | Pizza Man

    De Joe Eckhardt, Pizza Man conta a história de Matt Burns, um menino pacato e comum que trabalha na pizzaria de sua mãe a fim de sustento próprio. Interpretado por Frankie Muniz, famoso pela série Malcom in the Middle, terminada cinco anos antes deste longa. O filme começa misturando cenas de um laboratório científico com uma cozinha de um pizzaiolo, prevendo os elementos que tornariam o personagem um herói.

    A história gira em torno de Matt e suas dificuldades, coisas comuns de qualquer adolescente próximo de terminar o colegial. Seus dias variam entre trabalhar  com uma roupa horrível que imita o aspecto da massa italiana para fazer propaganda da lanchonete e o bullying que sofre na escola.

    O filme possui algumas participações especiais, entre eles Adam WestStan Lee e atores de seriados famosos permeiam a obra de Eckhardt, mas quase não interferem na trama, só estão lá para dar alguma relevância ao filme, para que fosse exibido em qualquer evento nerd. Os efeitos especiais são baratos, assim como os cenários, e em alguns momentos parecem feitos de papelão, como um episódio ruim de Chapolin Colorado, mas sem todo o clima camp e trash que dão charme ao seriado humorístico mexicano.

    Pizza Man parece um telefilme, os aspectos visuais são pobres, a fotografia e iluminação são chapadas como de um seriado com orçamento reduzido. O filme ainda remete um pouco à obra O Biscoito Assassino, inclusive o vilão Big Cheese, interpretado por Dallas Page faz lembrar o desempenho de Gary Busey, embora aqui não exista qualquer ironia ou sentido de autoparódia. As participações de atores convidados fazem o filme parecer um daqueles longas que dariam origem a uma série de comédia cujo canal abandonou o projeto antes mesmo de ser exibido. O filme também carece de atuações, nem mesmo Muniz consegue ser carismático, como havia sido na comédia pastiche Não é Mais Um Besteirol Americano. A obra de Eckhardt mira a comédia, mas não possui qualquer graça ou ironia.

    https://www.youtube.com/watch?v=VaVoNnXKWFo

  • Crítica | Batman vs Duas Caras

    Crítica | Batman vs Duas Caras

    Em junho de 2017 o icônico ator Adam West faleceu após uma longa carreira de sucessos. Quase nonagenário, passou a se dedicar a dublagens, como na comédia Uma Família da Pesada e, eventualmente, reprisando seu papel de Batman / Bruce Wayne como visto em Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica, produção em que junto a Burt Ward refez a dupla Batman e Robin do mesmo universo do seriado de 1966. Em Batman vs Duas Caras um desejo antigo do programa original foi posto em prática com o advento do personagem de Harvey Dent, dublado pelo icônico ator William Shatnner.

    O diretor segue sendo Rick Morales, o mesmo que conduziu o primeiro filme, e se mantém emulando a fantasia da irrealidade da série do Morcego, mas também ecoa algumas referencias visuais a Batman – A Série Animada de Bruce W. Timm, principalmente quando a trama tenta soar séria.

    Os heróis são apresentados ao promotor Harvey Dent e a um estranho cientista, o senhor Hugo Strange, outro vilão clássico que não teve muitas versões no áudio visual. Há referencias também a figura de Harleen Quinzel, o alter ego da Arlequina, além de um sem número de fan services, como os ciúmes oriundos do menino prodígio com a Mulher Gato dublada por Julie Newmar, a mesma que fez a personagem nas primeiras temporadas do programa.

    A trama se desenrola de maneira escapista como era na série e o uso de um experimento de lavagem cerebral que dá errado é maniqueísta na medida, substitui bem a questão mental de dupla personalidade do Harvey Dent pós O Longo Dia das Bruxas. O roteiro é divertido e brinca com a hiper exposição dos argumentos dos programas que se valem do didatismo para revelar sua trama. O excesso de explicações faz troça até com os roteiros de quadrinhos que Chris Claremont escrevia para os X-Men.

    Analisar sob a perspectiva de que esse seria o ultimo trabalho de West como o cruzado embuçado pode soar como triste, mas toda a singeleza da abordagem 01colorida que Morales emprega dribla a melancolia facilmente, seja nas participações especiais, como a do Rei Tut vilão exclusivo do programa original, ou na desculpa para a transformação transitória de Harvey em vilão. Um artifício que soa como uma escolha inteligente, que permite ao longa ser uma boa obra para ser apreciada por crianças, contendo ainda alguns bons elementos humorísticos mais ácidos, entendidos somente por adultos. Essa, ao lado de Batman 66 de Jeff Parker e Jonathan Case e outros artistas, são boas obras em homenagem ao legado que West, Ward e companhia fizeram no passado.

  • Crítica | Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica

    Crítica | Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica

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    O seriado do Morcego de Gotham iniciado em 1966 foi um sucesso de público à época, mas era comumente tratado como algo menor e digno de reclamações de fãs mais ardorosos, em especial depois do lançamento do Batman, de Tim Burton. Aos poucos, esse quadro mudou, com um resgate de louvor da obra, com paródias brasileiras como Feira da Fruta além da recente revista Batman 66, do roteirista Jeff Parker. É na esteira desse revival que mora Batman – O Retorno da Dupla Dinâmica, uma animação em longa metragem de Rick Morales, que conta com as vozes de Adam West, Burt Ward e Julie Newmar à frente da dupla dinâmica e da vilã felina.

    Morales tem uma experiência considerável em animações, tendo trabalhado nos televisivos A Sombra do Batman e Lanterna Verde: A Série Animada, além de alguns trabalhos com a franquia Lego. O Retorno da Dupla Dinâmica é seu projeto mais potente enquanto diretor e possui uma trama simples, com o quarteto de vilões Charada (Wally Wingert), Coringa (Jeff Bergman), Pinguim (William Salyers) e Mulher Gato (Newmar) se unindo para causar mal a Gotham, bem ao estilo do longa-metragem live action de Leslie H. Martinson.

    Alguns eventos dão errado e o Morcego parece ter enlouquecido por completo, ao ponto de usar uma arma de multiplicação para fazer muitas cópias de si para então substituir os cargos importantes da cidade, como o corpo policial, padeiro, cargos eletivos como prefeitos etc. O script é simples, mas ainda guarda riquezas imprescindíveis em sua execução, desde a sobrevivência da Mulher Gato no espaço sem qualquer material de astronauta, até uma boba justificativa para a função de motorista que o menino prodígio às vezes fazia.

    Há referências claras a detalhes obscuros do programa de TV, como o trio de atrizes que fizeram a persona de Selina Kyle (além de Newmar, Eartha Kitt que também fez a vilã na TV e Lee Meriwether no longa do cinema) além da tradicional subida pela corda nos prédios e itens como um escudo de calor embutido na capa do herói, fator que faz lembrar imediatamente do bat-repelente de tubarão, utilizado no já citado filme de 66.

    O clima camper típico do programa está presente no script e nas ações de Dick Grayson e Bruce Wayne. Há insinuações de cunho sexual até agressivas se levar em conta o restante das animações da DC Comics e Warner Bros, ainda que não sejam estas situações tão gritantes. As referências estão lá para quem quiser perceber. Apesar de o final parecer um pouco anti-climático, o mesmo condiz à perfeição com o lugar comum do programa, com a possibilidade de um gancho para uma continuação e claramente aludindo ao escapismo que fazia da série algo tão interessante e divertido. Batman – O Retorno da Dupla Dinâmica consegue o mesmo feito, ainda que não seja tão brilhante é um belo objeto de reverência e deixa no espectador a vontade de ver mais produtos semelhantes.

  • 10 atores que poderiam ter sido James Bond

    10 atores que poderiam ter sido James Bond

    Com o sucesso de Skyfall, nada melhor do que algumas notícias, matérias e curiosidades sobre o agente secreto mais famoso do mundo. Dessa vez, uma singela lista de 10 nomes que em algum momento foram cogitados para interpretar 007 nas telonas.

    10. Richard Burton

    Richard burton poderia ser 007

    Richard Burton, ator galês que atuou em clássicos como Cleópatra e tem sete indicações ao Oscar, entre melhor ator e ator coadjuvante (apesar de não ter vencido nenhum). Também fez o papel de O’Brien no filme 1984. Pois bem, o criador da série de livros de James Bond, Ian Fleming, foi quem indicou Richard Burton como o seu preferido para o papel quando a primeira adaptação ao cinema foi sugerida, no final dos anos 50. Em uma carta escrita por Fleming em 1959, ele declara que Burton seria de longe o melhor James Bond.

    9. Cary Grant

    Cary Grant foi considerado para ser o primeiro James Bond

    Cary Grant, ator inglês, com um currículo de mais de 70 filmes na carreira, além de duas indicações ao Oscar e de um Oscar honorário. Foi considerado para o papel de James Bond para o primeiro filme da série. 007 Contra o Satânico Dr. No. O ator, porém, não queria assinar com os Cubby Broccoli e Harry Saltzman para várias sequências do personagem. Com isso, tivemos o icônico Sean Connery, como o primeiro – e melhor – agente 007.

    8. Adam West

    Adam West como James Bond

    Santo Batman, dentre todos dessa lista, o que me deixou mais chateado por não ter sido um Bond foi o Adam West. Imagine se tivéssemos dois personagens icônicos com um só ator. West foi considerado para dar continuidade ao 007 depois de 007 – Os diamantes são eternos, substituindo Sean Connery. E, caso você não saiba, Adam West é quem dava vida ao Batman na clássica série dos anos 1960. Agora imagine a situação que poderíamos ter, um crossover entre feira da fruta e Viva e deixe morrer – prefiro nem me arriscar a algum trocadilho óbvio fazendo sacanagem com o nome.

    7. Michael Billington

    Michael Billington possível james bond

    O ator britânico mais conhecido pela série de ficção científica dos anos 1970, UFO, é o ator com mais testes para filmes do James Bond até hoje, com testes para os seguintes: Viva e deixe morrer (1973), 007 contra o Foguete da Morte (1979), Somente para Seus Olhos (1981) e 007 Contra Octopussy (1983). Ele ainda fez uma participação como um agente soviético que James Bond mata no início de O Espião que Me Amava (1977). Eu não tenho certeza, mas acho que Michael Billington deve encarar o Roger Moore como o seu grande nêmesis da vida.

    6. James Brolin

    James Brolin um dos possíveis James Bond

    Pai do ator Josh Brolin, fez tester para interpretar Bond em 007 Contra Octopussy, que acabou tendo o retorno de Roger Moore para o papel. Porém, os testes feitos por James Brolin podem ser vistos nos extras da coleção recentemente lançada, Bond 50.

    5. Sam Neill

    Sam Neill como possível James Bond

    O norte-irlandês Sam Neill, mais conhecido pelo seu trabalho em Jurassic Park, já interpretou um espião na série de TV Reilly, Ace of Spies. Por seu papel nessa minissérie, foi cotado para interpretar 007 no cinema. Neill falou em outubro de 2012 ao Belfast Telegraph sobre o assunto: “Felizmente, não me ofereceram o papel. Havia muitas outras pessoas que seriam melhores para ele, e eu não teria gostado de atuar como James Bond.”

    4. Mel Gibson

    Mel Gibson um dos possíveis James Bond

    De acordo com o roteirista de Viva e Deixe Morrer, Tom Mankiewicz, era forte a ideia de Mel Gibson para interpretar Bond dentro da produtora United Artists. Mankiewicz disse em 2009: “Alguém me disse o seguinte, ‘Fale para Cubby Broccoli (produtor da franquia) que o Mel Gibson seria ótimo para o papel’. Então, ao conversar com Cubby, ele me disse, ‘Eu não quero fazer um filme do Mel Gibson, quero fazer um filme de James Bond’.”

    Se Adam West foi o que mais me gerou decepção ao saber desses possíveis Bond’s, Mel Gibson com certeza é o segundo colocado. Consigo até imaginar James Bond com a cara do Mel Gibson, em algum deserto asiático, perseguindo um soviético vestido apenas de tanguinha e se autoproclamando o aiatolá dos vermelhos.

    3. Hugh Jackman

    Hugh Jackman possível James Bond

    O eterno Wolverine Hugh Jackman foi cotado para substituir Pierce Brosnan depois de Um Outro Dia Para Morrer. Mas ele saiu do páreo justamente por estar interpretando Wolverine. “Eu recebi uma ligação do meu agente dizendo, ‘Há um possível interesse para você interpretar James Bond, o que acha?’ No momento eu não tinha interesse, estava para começar as filmagens de X-Men 2 e o Wolverine já marcaria demais minha carreira. Eu não queria fazer dois personagens tão icônicos ao mesmo tempo”, disse Hugh Jackman para a Press Association em 2011.

    Eu acho que Hugh Jackman seria uma boa escolha para o Bond, ainda mais se houvesse alguma possibilidade de crossover de papéis. Imagine só, 007 sacando suas garras de adamantium para enfrentar um vilão de 3 metros de altura e dentes de aço. Tenho a impressão que seria uma galhofa inacreditavelmente boa.

    2. James Purefoy

    James Purefoy possível James Bond

    O ator que depois viria a interpretar Marco Antonio na série Roma, James Purefoy, foi um entre tantos os atores que os rumores envolviam para representar James Bond depois de Pierce Brosnan. Alguns outros nomes eram Jude Law, Heath Ledger, Eric Bana e até Orlando Bloom (uma risada longa e exagerada, pelo nome de Orlando Bloom como Bond). Voltando ao ator em questão, Purefoy, no programa Good Morning America em 2004, quando perguntado se ele praticava a atuação para James Bond em frente ao espelho, respondeu: “Apenas quando estou sozinho em casa”. Funny Guy esse James não é. Mas no fim das contas, o que aconteceu é que, no treinamento do MI6, o Daniel Craig sentou a porrada em todo mundo, e só para ele foi concedida a licença para matar. Tomar martinis batidos, não mexidos. E algumas Bond Girls.

    1. Idris Elba

    Idris Elba possível James Bond

    A estrela de Skyfall, Naomie Harris, recentemente disse que Idris Elba conversou com a produtora da série, Barbara Broccoli, sobre a possibilidade de atuar como 007. Elba, no entanto, disse que são apenas rumores. Mas também disse que ser o primeiro Bond negro seria uma grande honra.

    0,5. Paulo César Pereio

    Mas e se houvesse uma versão à brasileira de James Bond? Quem seria o mais indicado para o papel? Eu votaria com certeza em Paulo César Pereio. Um Bond decadente, gordo, desgostoso com a vida. De bar em bar, no centro de São Paulo tomando cachaça pura porque acabou o dinheiro pros martinis. Lembrando de seus bons tempos, com alguma Bond Girl de respeito – Sonia Braga, Matilde Mastrangi, Helena Ramos. Ou até mesmo quando era expulso das surubas por mau comportamento. Não sei se seria um bom filme de ação, muito menos um filme de 007. Mas provavelmente seria uma ótima pornochanchada. E se tivesse alguma frase narrada pelo próprio Pereio, concorreria a filme do ano.