Tag: James Purefoy

  • Review | The Following – 3ª Temporada

    Review | The Following – 3ª Temporada

    the-following-3a-temporadaTerceira temporada da série, The Following finalizou seu último ano com um anuncio de cancelamento, ato justificável diante de uma média audiência e ausência de um roteiro sólido. Após encerrar o principal embate entre Tom Hardy e Joe Caroll na temporada anterior, o roteirista Kevin Williasom tinha nas mãos duas alternativas: abordar novos personagens ou mais uma vez utilizar o mesmo vilão para outro conflito.

    A escolha do roteirista foi uma abordagem mista. Aproveitando-se da mitologia criada em sua trama sobre um serial killer com pupilos fieis e desconhecidos entre si, potencializou novos assassinos seriais. Ao mesmo tempo em que fechava as pontas soltas da trama anterior como a fuga de Mark Gray, único sobrevivente da família, além iniciar o julgamento do mentor de Caroll, Dr. Strauss. Uma estrutura que une muitos psicopatas em cena, como se a narrativa os produzisse em serie, destruindo parte da credibilidade da história em um primeiro momento.

    A vingança é parte primordial destes argumentos e Ryan Hardy parece motivar uma fúria centralizadora nestes grupos como o único detetive e policial da cidade possível de investigá-los. Mark Gray deseja se vingar após o assassinato da mãe, expondo e recriando as cenas da morte de sua família, alertando as mentiras escondidas por Hardy, sua sobrinha e Mike Weston, em acontecimentos apresentados na segunda temporada. Um interessante argumento que poderia conduzir a equipe a ser investigada mas que, devido ao desejo de provocar muitos ganchos, é citada em poucos episódios.

    Surge em cena um novo personagem assassino parte do séquito de Dr. Strauss. Considerado o mais brilhante aluno, o assassino sabe matar sem chamar atenção da polícia e a habilidade em computação lhe garante um sigilo maior ocultando sua identidade. Trabalhando de maneira solitária, sua vantagem sobre a polícia é tamanha e desproporcional, um método que se tornou comum na série ao transformar a investigação policial em um grupo desconexo sempre um passo atrás dos vilões. Como a procura pelo assassino é difícil e, consequentemente, sem substância, a trama retoma Joe Caroll dias antes de sua execução.

    Os melhores momentos dessa temporada são as poucas cenas entre Kevin Bacon e James Purefoy. Após interpretar um detetive bêbado no primeiro ano e recuperado no segundo, Hardy está mais equilibrado mas consciente do mal que o cerca. Enquanto o vilão, prestes a ser executado, ainda possui seu charme de assassino que conquista o público, mesmo que os diálogos entre as personagens sejam exagerados e demonstrem uma ligação quase passional entre policial e bandido. Como a ação pauta a narrativa, o serial killer tem um último suspiro violento ao dominar uma sala da prisão com reféns. Outro ato exagerado para simbolizar o fim da personagem que, em seguida, cumpre sua pena de morte por injeção letal.

    Um desfecho que poderia ser impactante e aceitável para o bom vilão se transforma em um clichê que, mais uma vez, retira a força da trama. Um Hardy combalido emocionalmente começa a dialogar com Carell em sua imaginação. É um recurso rasteiro para ter Purefoy em cena e que não ajuda no andamento da história. Demonstrando novamente a falha estrutural ao não ter roteiro coeso que cobrisse todos os episódios desta temporada.

    A ausência de uma trama sólida faz a história ser dividida em vários pequenos núcleos, explicitando a possibilidade do surgimento de novos assassinos. Assim, entra em cena outro contato oriundo do Dr. Strauss, um grupo de milionários que, aparentemente, realizam festas excêntricas. Em poucas cenas, tem se a impressão de ser um clube que realiza fantasias limítrofes sem nenhuma moral, ainda que mais nada seja apresentado ao público. O apelo deste novo grupo é nulo e parece mais uma muleta criada as pressas do que uma peça fundamental a história.

    Tais núcleos tentam convergir em uma única narrativa tendo Ryan Hardy como grande epicentro. Porém, o investigador não é tão ameaçador como seus inimigos imaginam. A mística em torno do homem que preendeu Joe Caroll parece exagerada, assim como é exagerado o fato de personagens diversos desejarem destruiu o herói como se não houvesse nenhum outro alvo.

    O final da série parece ainda mais aleatório – ou desesperado – e trai a composição do personagem do policial ao transforma-lo em um vigilante oculto que promete desvendar este grupo excêntrico de poderosos.  Durante toda a trama, Hardy nunca pareceu potencialmente inteligente como o episódio piloto inferia. Pouco técnico, viciado em bebida, era um líder com mais força bruta do que inteligência. Sua angústia e feitos nada incríveis lhe transformava em um policial comum, atrativo como personagem central. Porém, assumir um manto de vigilante após simular sua morte parece destoar de sua personalidade, um gancho narrativo que seria a investigação de uma nova temporada que não existiu.

    Sustentada em muitos ganchos de ação, a série se manteve razoavelmente bem em suas duas primeiras temporadas, em grande parte, devido a química entre os atores principais. Sem o vilão em cena e com uso exagerado de clichês e de personagens, o terceiro ano não emplaca em nenhum momento e, não a toa, justifica o cancelamento da série. Em sua curta trajetória, The Following se tornou uma narrativa com um bom potencial que não soube reconhecer suas limitações e ousar quando poderia ser diferente de outras histórias policiais, recorrendo a velhos clichês sem nenhuma originalidade.

    Compre: The Following – 3ª temporada

  • Review | The Following – 2ª Temporada

    Review | The Following – 2ª Temporada

    the-following-2a-temporadaEm um extra que acompanha a segunda temporada de The Following, lançado somente em DVD no país, assistimos ao painel da série da Comic Con, famosa convenção realizada em San Diego, Califórnia. O autor Kevin Williason fala com empolgação sobre o segundo ano da série e a inevitável expansão dos argumentos iniciais com maior profundidade nas personagens centrais.

    A afirmação é certeira no quesito modificação estrutural de sua narrativa. O segundo ano da série realiza um salto temporal de um ano após o desenlace visto na primeira temporada. Ryan Hardy (Kevin Bacon) está mais saudável do que sua postura entorpecida do primeiro ano, quando um assassinato ritualístico em um metro, realizado à memória de Joe Carroll, o coloca de novo na paranoia pelo serial killer.

    Ao lado de Caroll, surge outro vilão e os desdobramentos dos argumentos explorados anteriormente. A adoração pelo serial killer é tamanha a ponto de surgir um novo grupo de apoio. Diferentemente de sua seita, o grupo forma uma família real. Embora Caroll reunisse seus súditos de maneira familiar, Lili Gray, de fato, compõe uma família assassina, adotando órfãos desajustados e com potencial assassino.

    A estrutura narrativa mantém a vertente policial, porém voltada ao divertimento e ao uso excessivo de reviravoltas. A criação de uma personagem tão combativa como Caroll é interessante mas inverossímil, diminuindo a potência destruidora do assassino serial que, como o público nota desde a publicidade desta temporada, não só está vivo após sua simulada morte como desenvolveu um plano mirabolante para corroborar seu falecimento e viver no interior sem ser reconhecido.

    Tentando sobreviver em um mundo que o considera morto, Caroll deixa a persona de assassino serial de lado para se revelar um psicopata além de seu método inicial. A configuração romântica dos assassinatos de Poe é deixada de lado ao compreender que sua missão era pouca para seu gigantesco carisma. A religião entra em cena como um argumento básico para levá-lo a liderança de uma seita religiosa, um grupo pré-disposto a aceitar um líder que conduza ações ideológicas.

    Ao mesmo tempo que a série concerta problemas do ano anterior, melhorando a relação entre personagem, ela desenvolve outras situações críticas tão mal executadas como estas. Os erros e acertos se equilibram devido ao conflito maior, ainda centrado na perseguição de mocinho e bandido, porém a exploração da religiosidade beira a falta de criatividade temática. Ademais o grupo familiar de Gray é mais coeso e com maior base psicológica do que Caroll.

    O renascimento da personagem é, por si só, um clichê bobo que Williason realizou com competência em seus filmes de terror mas que, no gênero policial, é patético. Mais ousado seria explorar o séquito de Joe melhorando as falhas de seu plano em contraposição ao grupo de Gray. A série amplifica sua violência e destaca melhor os personagens centrais sem a visão maniqueísta de bem e mal, porém, para isso, desenvolve personagens de apoio para Hardy, como uma sobrinha formada na academia, além do suporte a Mike Weston auxiliando a credibilidade à caçada dos assassinos.

    Como na temporada anterior, o segundo ano é formado apenas por 16 episódios, um pedido de Kevin Bacon para não ficar longe da esposa Kyra Sedwick, a qual, na época, gravava a bem-sucedida The Closer. Talvez por um motivo um tanto egoísta, a produção de 16 episódios deu maior coesão para esta temporada que, mesmo entre erros e acertos, desenvolve uma boa progressão de expectativa e encerra mais um ciclo com um saldo mais positivo do que o ano anterior.

    Compre: The Following – 2ª Temporada

  • Review | The Following – 1ª Temporada

    Review | The Following – 1ª Temporada

    The Following - 1a temporada

    Roteirista responsável por revitalizar o Terror na década de 90 com Pânico e Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado, Kevin Williason sempre trabalhou na televisão antes mesmo da retomada de grandes séries. Na citada década de 90, desenvolveu o açucarado Dawson´s Creek e, desde então, desenvolveu projetos de televisão sem muito impacto.

    Estrelado por Kevin Bacon, ator estreante em uma série televisiva, The Following constrói a relação fundamentada entre lados opostos da lei entre o investigador Ryan Hardy e o serial killer Joe Carrell. Conhecido como Marco Antônio na série Roma, da HBO, James Purefoy é o seguro professor de literatura apaixonado pela obra de Edgar Alan Poe, contista e poeta romântico que morreu na miséria como muito de seus personagens. Após a estreia em um romance criticado pelo público, o professor Joe Carrell se transforma em um assassino serial, utilizando a filosofia de Poe como base. Após 14 assassinatos, Joe é preso por Hardy.

    A ação começa com Carell fugindo da prisão que esteve nos últimos dez anos e o retorno obrigatório de Hardy ao FBI para ajudar na caça ao fugitivo. A relação anterior entre as personagens é apresentada em flashbacks que constroem a narrativa enquanto a nova investigação se desenvolve em tela.  A história peca em dar maior dimensão para estes fatos sem aprofundá-los na filosofia de cada um. Trata-se de uma história policial padrão formatada para o entretenimento, com arroubos de violência sem agressividade exagerada ou muito cerebral.

    Mesmo sem um brilhantismo imediato em sua trama, a série não poupa ações e explora muitas reviravoltas ainda que, por conta desse mesmo aspecto, ao fim da temporada seja visível o esgotamento de revelações e a necessidade de sempre trazer nova surpresa. Em geral, tudo parece muito simples e bem desenvolvido, sem nenhum empecilho natural. É necessário assistir à série com o alerta de ficção ligado para não se incomodar com ganchos que prejudicam a todo momento o policial Hardy.

    Dizem que na narrativa policial, os feitos são compostos à altura da criatividade de seus autores, e Williamson compõe um personagem que não parece nada inteligente com a fama que se pressupõe de um detetive que estudou o serial killer: compôs um livro sobre seu perfil e goza do prestígio de ter sido responsável por levá-lo a prisão. Como é costumeiro nestas narrativas, o personagem é um homem decadente, alcoólatra e incapaz de se conectar com outros devido ao trauma do passado. O período em que permaneceu afastado do FBI não lhe impediu, porém, de manter uma habilidade certeira e mortal em qualquer confronto com armas. O cansaço da personagem é aparente na interpretação de Bacon, com uma prosódia baixa e interiorizada de um policial que não acredita mais em seu ofício.

    James Purefoy, por outro lado, se destaca pela precisão e o carisma do serial killer, ainda que possua um plano elaborado e muito bem articulado somente para se vingar do policial que interrompeu seus assassinatos, considerados como pequenas obras de arte.

    De fato, o destaque da série se deve à base inspiradora dos assassinatos. Utilizar um literato romântico como Edgar Allan Poe é um interessante argumento que demonstra a potência de sua narrativa. Poe foi o pai moderno do Terror e da literatura policial e tinha uma visão específica sobre a humanidade. Seus versos e contos dão vazão aos medos humanos e a um amor mórbido que sempre encontrava na morte uma passagem para a união. Williasom foi competente em explorar este fato como base mas falta profundidade psicológica suficiente – que talvez transformaria a série em uma história mais adulta e, com isso, com menos público – para as ações de cada personagem. Assim, as motivações de cada um em promover uma seita com os feitos de Caroll parecem aleatórias, ainda mais quando estão reunidos em uma mansão, isolados do resto do mundo. Afinal, estas personagens não possuem nem mesmo uma falsa vida com famílias e trabalhos para prestarem contas?

    A frivolidade da seita é explícita também na facilidade em utilizar qualquer tipo de arma, principalmente armas brancas, e agredir qualquer um que esteja no caminho. É difícil ter credibilidade quando muitos ganchos usam a personalidade insegura de cada um para promover assassinatos sem nenhum drama.

    Mesmo desequilibrados, a força das personagens e o fascinante tema de um assassino serial e sua ceita são capazes de manter uma primeira temporada interessante, ainda que seja evidente a fragilidade de alguns pontos de tensão que deveriam ser melhores explorados se esta história não estivesse, acima de tudo, a favor de um produto televisivo que visa o alcance do público.

    Compre: The Killing – 1ª Temporada

  • Crítica | Resident Evil: O Hóspede Maldito

    Crítica | Resident Evil: O Hóspede Maldito

    resident-evil-poster

    O primeiro filme baseado na franquia de jogos Resident Evil, revela a boa intenção de uma tentativa de releitura bem elaborada. Desde o início, o espectador é levado a crer que o roteiro será fiel ao jogo. Os créditos de abertura, a explicação do Incidente Umbrella e a trilha sonora são recursos bem executados, que colaboram com a ambientação do filme. A demonstração da ação do T-Vírus em um clima claustrofóbico de perigo iminente e a marcante cena em que Alice (Milla Jovovich) acorda desmemoriada, e com seu estilo único e um olhar cruel, desembaça o espelho, são realizadas com a edição de vídeo de Paul W. S. Anderson, tão criticado por sua tendência ao estilo de videoclipe.

    A iconografia do jogo é reconstruída no filme restringindo-se somente ao sistema de câmeras, às armas escondidas e guardadas com segredo e às portas que abrem sozinhas. Para o desapontamento do game-maníaco, as ações que acontecem após a entrada das forças especiais na Colmeia, base de estudos da Umbrella, em Racoon City, é uma sucessão de erros grosseiros. Todo o clima de filme de terror cai por terra, e se transforma em um frenesi de ação, frases feitas e combates grotescos, provando que essa mudança brusca de gênero é o maior equívoco do filme.

    Os monstros de Resident Evil não convencem quem assiste, os zumbis são light e não dilaceram ninguém, só arranham e mordem. Os membros do esquadrão de elite entram displicentemente pelos becos, a ponto de deixarem seu líder tático passar por um corredor cheio de armadilhas em uma cena com inúmeros erros de continuidade, como o sumiço de cadáveres.

    Os cenários, que pareciam bem elaborados no começo do filme, ganham um estilo de muito mau gosto e parecem construídos com cartolina e papelão. A maquiagem é tão horrenda que alguns mortos-vivos lembram o Kiko (Carlos Villagran) com hepatite. E os efeitos em computação gráfica são tão sofríveis, que os monstros parecem retirados dos cd-roms que vinham com revistas de informática nos idos dos anos 90.

    Os personagens são mal construídos e não ganham a empatia do público, até porque são descuidados e não fazem o mínimo de vigilância. Em uma das cenas, Alice vai sozinha e desarmada numa ala deserta, chacina dobermans ensanguentados ao maior estilo “extrato de tomate”, distribuindo voadoras nos focinhos e matando sem dó. A personagem, que só poderia ter sido preparada para a guerra, seria o maior potencial a ser explorado no filme, mas sua redenção moral e sua mudança de ethos justificada por uma surpreendente amnésia, transforma a situação em algo estúpido e pueril, subestimando a inteligência do espectador.

    O vilão também é totalmente questionável, a Rainha da Colmeia é uma máquina que tem crises de piedade, que servem unicamente pra explorar escolhas entre a vida e a morte de alguns infectados. Personagens que são dados como mortos voltam, só para morrerem segundos depois, em uma sequência de cenas incoerentes que tira a paciência até do espectador mais descompromissado.

    O desfecho deixa algumas perguntas em aberto, mas em momento nenhum isso suplanta as fragilidades da trama, fazendo com que a dúvida torne-se banal. Nem mesmo a cena final, com Alice retomando seu papel em O Quinto Elemento e segurando um trabuco na cidade devastada, salva o espetáculo, que ainda se seguiria por uma interminável franquia.

    Compre aqui: Filme | Blu Ray | Resident Evil – A Coleção (DVD) (BLURAY)

  • 10 atores que poderiam ter sido James Bond

    10 atores que poderiam ter sido James Bond

    Com o sucesso de Skyfall, nada melhor do que algumas notícias, matérias e curiosidades sobre o agente secreto mais famoso do mundo. Dessa vez, uma singela lista de 10 nomes que em algum momento foram cogitados para interpretar 007 nas telonas.

    10. Richard Burton

    Richard burton poderia ser 007

    Richard Burton, ator galês que atuou em clássicos como Cleópatra e tem sete indicações ao Oscar, entre melhor ator e ator coadjuvante (apesar de não ter vencido nenhum). Também fez o papel de O’Brien no filme 1984. Pois bem, o criador da série de livros de James Bond, Ian Fleming, foi quem indicou Richard Burton como o seu preferido para o papel quando a primeira adaptação ao cinema foi sugerida, no final dos anos 50. Em uma carta escrita por Fleming em 1959, ele declara que Burton seria de longe o melhor James Bond.

    9. Cary Grant

    Cary Grant foi considerado para ser o primeiro James Bond

    Cary Grant, ator inglês, com um currículo de mais de 70 filmes na carreira, além de duas indicações ao Oscar e de um Oscar honorário. Foi considerado para o papel de James Bond para o primeiro filme da série. 007 Contra o Satânico Dr. No. O ator, porém, não queria assinar com os Cubby Broccoli e Harry Saltzman para várias sequências do personagem. Com isso, tivemos o icônico Sean Connery, como o primeiro – e melhor – agente 007.

    8. Adam West

    Adam West como James Bond

    Santo Batman, dentre todos dessa lista, o que me deixou mais chateado por não ter sido um Bond foi o Adam West. Imagine se tivéssemos dois personagens icônicos com um só ator. West foi considerado para dar continuidade ao 007 depois de 007 – Os diamantes são eternos, substituindo Sean Connery. E, caso você não saiba, Adam West é quem dava vida ao Batman na clássica série dos anos 1960. Agora imagine a situação que poderíamos ter, um crossover entre feira da fruta e Viva e deixe morrer – prefiro nem me arriscar a algum trocadilho óbvio fazendo sacanagem com o nome.

    7. Michael Billington

    Michael Billington possível james bond

    O ator britânico mais conhecido pela série de ficção científica dos anos 1970, UFO, é o ator com mais testes para filmes do James Bond até hoje, com testes para os seguintes: Viva e deixe morrer (1973), 007 contra o Foguete da Morte (1979), Somente para Seus Olhos (1981) e 007 Contra Octopussy (1983). Ele ainda fez uma participação como um agente soviético que James Bond mata no início de O Espião que Me Amava (1977). Eu não tenho certeza, mas acho que Michael Billington deve encarar o Roger Moore como o seu grande nêmesis da vida.

    6. James Brolin

    James Brolin um dos possíveis James Bond

    Pai do ator Josh Brolin, fez tester para interpretar Bond em 007 Contra Octopussy, que acabou tendo o retorno de Roger Moore para o papel. Porém, os testes feitos por James Brolin podem ser vistos nos extras da coleção recentemente lançada, Bond 50.

    5. Sam Neill

    Sam Neill como possível James Bond

    O norte-irlandês Sam Neill, mais conhecido pelo seu trabalho em Jurassic Park, já interpretou um espião na série de TV Reilly, Ace of Spies. Por seu papel nessa minissérie, foi cotado para interpretar 007 no cinema. Neill falou em outubro de 2012 ao Belfast Telegraph sobre o assunto: “Felizmente, não me ofereceram o papel. Havia muitas outras pessoas que seriam melhores para ele, e eu não teria gostado de atuar como James Bond.”

    4. Mel Gibson

    Mel Gibson um dos possíveis James Bond

    De acordo com o roteirista de Viva e Deixe Morrer, Tom Mankiewicz, era forte a ideia de Mel Gibson para interpretar Bond dentro da produtora United Artists. Mankiewicz disse em 2009: “Alguém me disse o seguinte, ‘Fale para Cubby Broccoli (produtor da franquia) que o Mel Gibson seria ótimo para o papel’. Então, ao conversar com Cubby, ele me disse, ‘Eu não quero fazer um filme do Mel Gibson, quero fazer um filme de James Bond’.”

    Se Adam West foi o que mais me gerou decepção ao saber desses possíveis Bond’s, Mel Gibson com certeza é o segundo colocado. Consigo até imaginar James Bond com a cara do Mel Gibson, em algum deserto asiático, perseguindo um soviético vestido apenas de tanguinha e se autoproclamando o aiatolá dos vermelhos.

    3. Hugh Jackman

    Hugh Jackman possível James Bond

    O eterno Wolverine Hugh Jackman foi cotado para substituir Pierce Brosnan depois de Um Outro Dia Para Morrer. Mas ele saiu do páreo justamente por estar interpretando Wolverine. “Eu recebi uma ligação do meu agente dizendo, ‘Há um possível interesse para você interpretar James Bond, o que acha?’ No momento eu não tinha interesse, estava para começar as filmagens de X-Men 2 e o Wolverine já marcaria demais minha carreira. Eu não queria fazer dois personagens tão icônicos ao mesmo tempo”, disse Hugh Jackman para a Press Association em 2011.

    Eu acho que Hugh Jackman seria uma boa escolha para o Bond, ainda mais se houvesse alguma possibilidade de crossover de papéis. Imagine só, 007 sacando suas garras de adamantium para enfrentar um vilão de 3 metros de altura e dentes de aço. Tenho a impressão que seria uma galhofa inacreditavelmente boa.

    2. James Purefoy

    James Purefoy possível James Bond

    O ator que depois viria a interpretar Marco Antonio na série Roma, James Purefoy, foi um entre tantos os atores que os rumores envolviam para representar James Bond depois de Pierce Brosnan. Alguns outros nomes eram Jude Law, Heath Ledger, Eric Bana e até Orlando Bloom (uma risada longa e exagerada, pelo nome de Orlando Bloom como Bond). Voltando ao ator em questão, Purefoy, no programa Good Morning America em 2004, quando perguntado se ele praticava a atuação para James Bond em frente ao espelho, respondeu: “Apenas quando estou sozinho em casa”. Funny Guy esse James não é. Mas no fim das contas, o que aconteceu é que, no treinamento do MI6, o Daniel Craig sentou a porrada em todo mundo, e só para ele foi concedida a licença para matar. Tomar martinis batidos, não mexidos. E algumas Bond Girls.

    1. Idris Elba

    Idris Elba possível James Bond

    A estrela de Skyfall, Naomie Harris, recentemente disse que Idris Elba conversou com a produtora da série, Barbara Broccoli, sobre a possibilidade de atuar como 007. Elba, no entanto, disse que são apenas rumores. Mas também disse que ser o primeiro Bond negro seria uma grande honra.

    0,5. Paulo César Pereio

    Mas e se houvesse uma versão à brasileira de James Bond? Quem seria o mais indicado para o papel? Eu votaria com certeza em Paulo César Pereio. Um Bond decadente, gordo, desgostoso com a vida. De bar em bar, no centro de São Paulo tomando cachaça pura porque acabou o dinheiro pros martinis. Lembrando de seus bons tempos, com alguma Bond Girl de respeito – Sonia Braga, Matilde Mastrangi, Helena Ramos. Ou até mesmo quando era expulso das surubas por mau comportamento. Não sei se seria um bom filme de ação, muito menos um filme de 007. Mas provavelmente seria uma ótima pornochanchada. E se tivesse alguma frase narrada pelo próprio Pereio, concorreria a filme do ano.

  • Review | Injustice

    Review | Injustice

    injustice poster

    James Purefoy, conhecido pelo seu papel como Marco Antônio no seriado Roma e mais recentemente por interpretar Solomon Kane nos cinemas, retorna na minissérie jurídica Injustice, atuando como um renomado advogado criminalista repleto de traumas e dúvidas quanto ao sistema judiciário inglês.

    A trama de Injustice é bastante intrigante, trazendo dois personagens centrais, o primeiro dele é William Travers (James Purefoy), um homem de meia idade que parece ter tudo o que precisa, formado em Cambridge, é um advogado de defesa brilhante, possui uma família adorável, uma linda casa no interior da Inglaterra e trocou a vida agitada da cidade para a calmaria do campo. Mas nem tudo é o que parece, Travers está a beira de um colapso nervoso, principalmente quando reconhece um homem na plataforma de uma estação de trem, o mesmo homem que em breve terá seu sangue decorando a parede de seu quarto em uma fazenda não muito longe dali.

    Com isso conhecemos a outra personagem, Mark Wenborn (Charlie Creed-Miles), um desagradável detetive responsável pela investigação do assassinato do misterioso homem. Wenborn é o típico policial durão com um olhar branco e preto do mundo, onde não acredita no trabalho dos advogados, e provavelmente acredita que o mundo seria um lugar muito mais seguro sem eles. Tudo piora quando um de seus colegas tenta impugnar um crime através de evidências falsas contra um homem negro, e Travers consegue provar a corte do ocorrido, resultando na demissão desse amigo.

    injustice_purefoyA história é apresentada em conta-gotas, pouco a pouco vamos conhecendo o passado das personagens centrais. A mulher de Travers, Jane (Dervla Kirwan), vive um dilema, entre escolher entre seu trabalho e sua família, pois abandonou sua carreira como editora literária para ficar ao lado de seu marido, porém, recebe uma oportunidade promissora ao analisar um livro escrito por um jovem detento, onde ela trabalha como professora de Inglês em uma instituição para jovens infratores. Wenborn vai se mostrando um homem cruel e vingativo, seja com sua esposa ou com sua obsessão em encontrar algo que incrimine Travers.

    No meio disso tudo, Travers é procurado por um velho amigo para defendê-lo no tribunal de acusações de assassinato de sua secretária e conspiração contra sua empresa. Contudo, ao aceitar o caso, ele terá que retornar a cidade e enfrentar o passado que deixou para trás.

    O roteiro de Anthony Horowitz é complexo, cheio de camadas e não recorre a clichês do gênero, os dramas se encaixam de maneira coesa à história, mesmo personagens menores têm um papel importante na trama. A direção de Colm McCarthy (The Tudors) é fundamental num thriller psicológico como o apresentado aqui. A minissérie conta apenas com 5 episódios. Nem tudo é o que parece.

  • Review | Roma – 1ª Temporada

    Review | Roma – 1ª Temporada

    rome-season-one

    Roma. Ano de 52 aC. O General e triúnviro de Roma, Caio Júlio César é reconhecido por onde passa, deixando em seu caminho um rastro de grandes conquistas. O Senado Romano teme o poder de César devido ao carisma que tem com o povo e o respeito perante as legiões romanas e decide enviá-lo para uma campanha na Gália, um dos poucos territórios não conquistados por Roma, devido a grande dificuldade militar enfrentada contra o povo galês. Com isso, o Senado Romano esperava a derrocada de César, porém, levou-o para a campanha que o consagraria como um líder absoluto. É nesse cenário inicial que se inicia a primeira temporada de Roma.

    A HBO fez um trabalho extremamente minucioso e primoroso de todos os aspectos históricos, políticos e sociais do povo Romano, transformando a série Roma em um apoteótico relato da época. A série foi filmada na Itália e possui uma fotografia belíssima, passando desde os grandes palácios e mansões romanas e egípcias às vielas e ruas habitadas pela classe mais baixa, aliás, a diferença entre as classes é muito bem demonstrada durante a série, seja do ponto de vista militar quanto social.

    Conforme já falado, o início da série começa com o final das guerras gaulesas, alavancando o poder político de Júlio Cesar (Ciarán Hinds) e preocupando todo o Senado Romano. César por sua vez, teme um atentado devido a sua rápida ascensão e prepara um golpe, atravessando rapidamente o rubicão com sua principal legião, ele derruba do poder o Senado, que até então compunham a república, instituindo o posto de Ditador.

    Todos os fatos históricos são contados através dos olhos do legionário Titos Pulo (Ray Stevenson) e do centurião Lucius Vorenus (Kevin McKidd), personagens que realmente existiram, porém, na série são apenas vagamente inspirados nos originais, mas que são utilizados muito bem, servindo para aproximar os expectadores da história de Roma, o que é bem interessante, pois eles estão presentes em todos os grandes momentos, sempre em terceira pessoa, observando, além do que, suas histórias pessoais correm paralelamente aos acontecimentos históricos, tornando-os mais humanos que as grandes figuras romanas como Cícero, Brutus, Átia, Marco Antônio, e claro, César.

    Repleto de intrigas de estado, traições, alianças políticas, batalhas sangrentas e tórridos romances, Roma foi extremamente bem recebida pela crítica, apesar de conter cenas violentíssimas e muita nudez, ela alçou seu lugar dentre as produções com maior orçamento já feito, tendo custos elevadíssimo em cada episódio, sinal do esmero feito pela HBO.

    O elenco é de alto nível, contando com um grupo de atores excelentes. O figurino, armamentos e costumes da época foram apresentados com um nível de detalhes incrível, o trabalho de edição é impecável e o mesmo vale para a equipe de direção que se encarregaram de tornar tudo isso mais crível para quem está assistindo todo esse show.

    Certamente uma das maiores produções já feitas para a televisão.

  • Crítica | Solomon Kane: O Caçador de Demônios

    Crítica | Solomon Kane: O Caçador de Demônios

    solomon_kane

    O personagem criado pelo escritor Robert E. Howard, conhecido por ser o criador de Conan, escreveu antes disso histórias de Solomon Kane, personagem ambientado na Europa medieval, entre os séculos XVI XVII e que combatia demônios e outras aberrações.

    Solomon Kane nunca foi muito conhecido por aqui, apesar de ter algumas de suas histórias publicadas na revista Espada Selvagem de Conan e mais tarde em alguns encadernados da Editora Darkhorse, infelizmente o personagem nunca teve uma grande legião de seguidores pelo mundo, contudo, isso não impediu de trazê-lo as telas do cinema.

    Para isso, foi convidado o britânico Michael J. Basset para a direção do longa, que apesar da filmografia pequena, fez um trabalho competente na direção, no entanto, problemas no roteiro acabam comprometendo o resultado final. Isso influi principalmente no terceiro ato do longa e diminui o trabalho Basset, já que é ele quem assina o roteiro do filme.

    Na trama, não temos muitas informações sobre o passado do personagem e sua origem, o que sabemos é que Kane era um nobre mas que decide abandonar essa vida após um trágico acidente e parte ainda jovem. Kane acaba se tornando um grande capitão, conhecido pela sua força e coragem em batalhas como também pela sua ganância por riqueza e desprezo por Deus. Até encontrar com um demônio que lhe diz que não descansará até tomar sua alma. Após esse encontro, Kane passa a buscar uma redenção pelos seus feitos.

    Com um roteiro bastante confuso, como o motivo pelo qual Solomon Kane está sendo perseguido por alguns demônios, suas motivações, a origem de suas cicatrizes/tatuagens, acaba deixando o filme menor, mas há de se levar em conta outros fatores, como o elenco bastante interessante, inclusive do protagonista que é interpretado por James Purefoy (conhecido pelo seu papel no seriado Roma, interpretando Marco Antônio), Jason Flemyng e Max Von Sydow. Outro ponto interessante é a fotografia do filme que a todo momento consegue emular uma Europa do século 16 muito bem, usando cores acinzentadas dando um clima sombrio como das histórias de Kane. O figurino e os efeitos estão muito verossímeis, mas as cenas de luta são o ponto forte, tudo isso aliado a excelente trilha sonora de Klaus Badelt dão um tom mais sério a obra.

    Muito tem se comparado com Van Helsing, o que acaba sendo injusto, já que diferente de Helsing, Kane vem com um projeto muito menos pretensioso, um orçamento menor e não tem um direcionamento voltado a filmes “arrasa-quarteirões”, como era proposto com Van Helsing, além do que, a história de Kane é mais redonda e plausível –dentro desse universo– do que a megalomania proposta no longa de Hugh Jackman.

    Solomon Kane – O Caçador de Demônios está longe de ser um grande filme, mas certamente vai divertir àqueles que assistirem.