A historia começa com Merlin (Colin Morgan) chegando a Camelot, ainda jovem, para aprender mais sobre como usar magia com um curandeiro médico Gaius (Richard Wilson). Logo na chegada, Merlin descobre que seu futuro como bruxo não será fácil em Camelot, o Rei Uther Pendragon (Anthony Head), declarou sentença de morte a todos os que usarem magia próximo a Camelot.
Arthur, o príncipe bastardo herdeiro, treina para ser um grande guerreiro e um Rei melhor que seu pai foi. Encontra em Merlin um servo fiel e um Herói em secreto, mas não apenas isso, também um grande amigo. Gaius, amigo, tutor e professor de Merlin, deu a ele o seu livro de magias, artefato raro e que deve ser escondido de todos para não ter problemas. Morgana (Katie McGrath) ainda não tem conhecimento de suas habilidades e acredita que suas premonições sejam apenas pesadelos.
A adaptação da história ficou um pouco distorcida do que realmente é, mas é normal este tipo de situação quando se adapta grandes livros, mitos, obras e contos para telinha ou a telona.
Merlin, foi o maior bruxo de todos os tempos, e vemos parte de sua história quando jovem até ele se tornar este poderoso mago e por tudo o que ele passou até ganhar a confiança de Arthur e de todo o reino. A Távola Redonda, Excalibur, Lancelot, são ainda alguns dos poucos fatos que prometem que teremos mais do que apenas 3 temporadas.
Falando em Lancelot, ele dá as caras na série. Salva Merlin de uma criatura mágica e tenta conquistar não só a confiança de todos, mas a confiança em si próprio. Lancelot foi interpretado por Santiago Cabrera, alguém lembra? Mister Isaac Mendez, o pintor chapadão que via o futuro em Heroes!
Merlin estreou na BBC em 2008 e já esta caminhando para sua terceira temporada. Atualmente, no Brasil, pode ser encontrado apenas em DVDs pois nenhuma rede de televisão comprou os direitos da série.
Gosta de historias épicas? Assista Merlin, apenas 13 episódios que garantem diversão e entretenimento.
O mito do Rei Arthur já foi contado várias vezes nas mais diversas mídias. Compreensível, então, a dificuldade em trazer uma nova visão de uma história amplamente conhecida. Mas nem isso serve como desculpa para o seriado Camelot, do Canal Starz, uma das grandes decepções dessa temporada. Assistir os 10 episódios desse primeiro ano foi fruto de uma teimosia férrea. Aliás, quando fui pesquisar reviews como inspiração, descobri que os poucos sites/blogs que tentaram acompanhar a série desistiram na metade. Sensacional, não?
A proposta é narrar a juventude de Arthur sobre uma perspectiva mais “realista” do que o habitual. No início, vemos uma amargurada Morgana envenenando seu pai, o Rei Uther, como vingança por ter sido rejeitada e enviada para um convento, e ver sua mãe ser trocada por uma rainha mais jovem, Igraine. Após a morte do Rei, o misterioso conselheiro Merlin vai em busca do herdeiro, Arhtur, um “bastardo legítimo”. Explica-se: quando Igraine ainda era esposa de outro, Uther, apaixonado, assumiu magicamente a forma deste e partiu pro abraço. O fruto dessa noite tórrida foi entregue a uma humilde família adotiva para ser criado em segredo. Como anos mais tarde Uther acabou se casando com Igraine, o jovem Arthur agora pode assumir o trono, para desespero de Morgana, que acreditava ser a única herdeira.
A partir daí a história mostra Arthur buscando estabelecer um governo justo e pacífico, sob a orientação de Merlin e Igraine, e com o apoio de alguns cavaleiros, seus “Campeões”. Enquanto isso, Morgana posa como irmãzinha querida enquanto prepara artimanhas mil. E pra apimentar um pouco as coisas, Arthur se envolve com Guinevere, esposa de Leontes, seu principal soldado. Partindo desse plot, nem parece tão ruim… o problema é que o roteiro é fraquíssimo. Tudo é muito, muito chato na série. Episódios arrastados, pouca ou nenhuma ação, atuações sofríveis. Jamie Campbell-Bower, o protagonista, é uma nulidade. Joseph Fiennes faz um Merlin jovem e careca, e aparenta estar o tempo todo drogado/com dor de barriga (ecos de sua finada série FlashForward, outra pérola).
A única salvação é Eva Green. Absurdamente linda mesmo com uma cara de víbora traiçoeira, ela encarna Morgana com perfeição. Mas mesmo ela acaba cansando no meio de tanta chatice. Entre os demais personagens, Claire Forlani surge já meio envelhecida mas ainda altamente pegável como Igraine, numa atuação até interessante. A desconhecida e canastrona Tamsim Egerton interpreta Guinevere, Philip Winchester é o corno Leontes, e Clive Standen é Gawain, o cavaleiro mais fodão (que usa duas espadas, como Spartacus já nos ensinou). Seu personagem é meio rebelde, poderia ser legal se fosse mais bem explorado. Ah, e tem o irmão de criação de Arthur. Whatever.
Seria inválido entrar no mérito de certo ou errado, afinal de contas essa história toda é uma lenda. Existem muitas versões, então “mudanças” são esperadas. Mas a série opta por caminhos que nada agregam de interessante. O ambiente todo é muito pequeno, limitado. Os Cavaleiros da Távola Redonda são uma meia dúzia, o povo do reino se resume a poucas vilas miseráveis com um punhado de habitantes. Quando vai ter alguma luta, os números envolvidos são risíveis. Não adianta, uma trama medieval precisa ser ÉPICA. Mas o pior de tudo foi em relação à famosa espada de Arthur. Ele a retira do topo de uma cachoeira, poucas pessoas testemunham, e a impressão é que Merlin inventou na hora alguma lenda obscura sobre esse feito! Não sou especialista, mas retirar a espada não é um fator determinante pra Arthur ser o Rei? Na série, pareceu que fizeram essa cena porque lembraram no meio da história que ela precisava estar lá. E tem mais: essa espada NÃO É Excalibur! Ela é rapidamente esquecida, Merlin decide que o Rei precisa de uma arma digna, e vai em busca do melhor ferreiro do reino. Pra resumir, merda acontece, a filha do cara se chamava Excalibur, e há uma referência à Dama do Lago. Nem tente entender, não é importante mesmo.
Enfim, Camelot é uma série não recomendada, a menos que você seja um fã ardoroso de histórias medievais e/ou masoquista. Ainda não há confirmação de uma segunda temporada, e mesmo com o final que pelo menos mostrou vislumbres da versão mais conhecida da lenda, a expectativa não é nada boa. Mas eu assistirei, afinal Camelot é uma obra-prima pra quem viu Heroes e Sarah Connor Chronicles até o final.