Review | Call of Juarez: Bound in Blood
Call of Juarez: Bound in Blood é um jogo desenvolvido pela Techland, publicado pela Ubisoft em 2009 para PC, Xbox 360 e PlayStation 3. O game é um FPS (First Person Shooter) ambientado no velho-oeste e com todas as características possíveis de um bom western e vem como um prequel ao Call of Juarez, lançado em 2007.
O enredo do jogo se inicia no meio da Guerra de Recessão com os personagens lutando a favor da Confederação (o Norte), tendo como protagonistas os irmãos Ray Mccall e Thomas Mccall, dois militares nortistas que se veem obrigados a desertar o exército em prol de sua família que estava ameaçada de morte, já que os Sulistas se aproximam de onde eles moram, e por onde passam, deixam um rastro de pilhagem e sangue. Com o decorrer da história, um terceiro irmão se junta a aventura, William Mccall (o narrador da história), um jovem pastor que fica te seguindo o restante do jogo, propondo uma visão completamente oposta dos dois irmãos, principalmente a de Ray, que tem um temperamento selvagem e forte.
Um dos pontos mais fortes do jogo é a história, senão o mais forte. Um enredo original, que te deixa intrigado para passar fases atrás de fases para ver o destino que terá cada um dos personagens apresentados. Digno de um western de Clint Eastwood, e falando nele, algumas falas no meio do jogo são citadas de alguns de seus filmes, além de tantas outras referências do cinema western.
Quanto a jogabilidade, a Techland acertou em cheio nesse quesito, praticamente perfeita. Por exemplo, para se proteger dos projéteis que não param de serem disparados você pode se encostar em qualquer coisa que a cobertura vai funcionar perfeitamente, não é preciso ficar em uma posição exata ou apertar qualquer botão para isso acontecer. A única coisa que peca é a repetição das mesmas tarefas. E o principal deles, sem dúvida são os duelos.
Talvez o que mais me incomodou no jogo foram os gráficos, não que sejam ruins, a Chrome Engine 4 faz seu papel, só que alguns erros incomodam bastante, como as feições dos personagens terciários que não se mexem e as sombras que em certos momentos deixam a desejar.
A sonoridade é um dos melhores quesitos do jogo, com uma trilha sonora muito boa. As músicas fazem com que você entre no mundo western de fato. A dublagem muito bem feita é de ser elogiada e causar inveja em muitos outros jogos. Além de todos os efeitos sonoros que te deixam ambientados no que está sendo mostrado em tela.
Infelizmente o Story Mode é curto, cerca de 6/7 horas de gameplay te dá a possibilidade de concluir o jogo com tranquilidade, e a Inteligência Artificial é fraca praticamente o jogo inteiro, os inimigos nunca vão atrás de você, se você tomou um tiro, se esconda e pode fazer um cafézinho esperando a life ser recuperada que ninguém virá em seu encalço. Ainda assim, para quem curte um bom FPS com uma boa história, Call of Juarez não pode faltar na sua lista de jogos zerados.
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Texto de autoria de Felipe Vieira.