Resenha | Wolverine MAX: Vegas
A versão MAX de Wolverine chega ao fim neste terceiro compilado lançado pela Panini Comics em setembro de 2014, reunindo as edições 11 a 15 no arco Vegas. Três edições que completam a história que se apoia na repetida falta de memória da personagem como justificativa para seguir pistas falsas, confiar em personagens erradas e percorrer o mundo, inicialmente, Japão e posteriormente Estados Unidos, terminando em Las Vegas.
Na composição de seu Wolverine, Jason Starr não trouxe nada novo mas demonstrou talento nos sentimentos internos da personagem, destacando a narrativa em off que acompanha a história. Por este motivo, o segundo volume centrado em duas histórias on the road com muitas reflexões funcionaram muito bem com o leitor compartilhando os pensamentos e dúvidas de Longa. Vegas tem uma única história em cinco partes ainda que seja dividida em dois momentos.
Na trama, Logan mora com um homem que lhe deu carona na estrada enquanto luta para conseguir alguns trocados. Sempre tentado a se entregar para mulheres fatais, se aproxima de uma moça com poderes hipnotistas que lhe convence a matar o marido para ficar com a herança. O roteiro se divide com parte da personagem hipnotizada e na outra traçando mais uma vingança. A personagem feminina com um poder especial soa estranha para esta visão mais adulta, parecendo um remendo colocado para que a trama fosse até a 15ª edição. A arte de Roland Boschi, Felix Ruiz e Guillermo Mogorron perde impacto, tanto pela beleza do compilado anterior como na ausência de qualquer violência gráfica impactante.
Qualquer ação é justificativa para a raiva da personagem, a violência conhecido pelo público e utilizada com tantas repetições que não causa mais o impacto necessário na história. Se a trajetória de Wolverine é normalmente lacunar, mesmo que de maneira breve, a narrativa deve situa-lo em uma travessia de um ponto a outro para que o público compreenda que uma história foi contada. A trama se encerra sem poucos acréscimos se compararmos o início em … Mais uma linha que se aproveitou mais da força da personagem do que de compor uma boa história, ainda que com um bom volume de entreato.
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