Crítica | Em 97 Era Assim
De Zeca Brito, Em 97 Era Assim é uma comédia adolescente, localizada nos anos noventa, que visa causar nostalgia no espectador que cresceu nessa época. A história é focada num quarteto de meninos, que basicamente só pensam em perder a virgindade. Grande parte do filme discute fatos comuns aos jovens que viveram nessa época, além de dar vazão a outras futilidades dos meninos comuns que viviam o auge de suas puberdades.
As lembranças dos personagens passam por momentos históricos, como a seleção brasileira que tinha promessa de ter um ataque fulminante com Romário e Ronaldo, fato que jamais ocorreu pelo corte do primeiro as vésperas da Copa da França, bem como o lançamento de Titanic e seu sucesso entre todos os públicos.
Há uma tentativa de parecer um American Pie à moda brasileira, embora esse seja um longa bem mais ingênuo, e protagonizado por atores que realmente parecem menores de idade. O filme não chega a ser tão sacana quanto um Porkys ou Picardias Estudantis, até porque seu compromisso com a realidade é bastante claro. A parte realmente irônica do texto fica por conta da trilha sonora, que insiste bastante na música Selim, dos Raimundos, banda que fazia um sucesso estrondoso durante os anos noventa.
Em 97 Era Assim não foge muito do ordinário, mas tem seu charme, graças a não se levar muito a sério, e claro, a performance dos rapazes que fazem os protagonistas, que agem como adolescentes, andam e falam como seres tímidos demais, não parecendo os garotos geniais que normalmente são o foco desse tipo de filme.
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