Uma das franquias mais clássicas da história do cinema e da cultura pop está de volta. Na onda interminável de remakes, reboots, relaunchs (opa, assunto errado), foi a vez de Planeta dos Macacos ganhar seu “como tudo começou”, com o filme lançado no dia 26 de agosto nos cinemas brasileiros. A última vez em que os símios marcaram presença na telona foi em 2001, numa tentativa frustrada de refilmar o original de 1968 cometida por Tim Burton. Agora, a opção foi por começar do zero. E a exemplo de X-Men – Primeira Classe, a decisão se mostrou acertada e o resultado foi surpreendente.
Nos tempos atuais, no planeta Terra como nós o conhecemos, Will Rodman (James Franco em uma atuação competente) é um pesquisador em busca de uma cura para o mal de Alzheimer, motivado principalmente por ver seu pai (John Lithgow, ótimo) sofrer com a doença. Ele desenvolve uma nova droga capaz de regenerar neurônios, e durante os testes em macacos descobre que o composto aumenta exponencialmente as capacidades mentais dos animais. Após um incidente, todas as cobaias são sacrificadas, mas Will esconde e leva pra casa um chipanzé recém nascido, cuja mãe recebeu a droga durante a gestação. Cesar, como é batizado, acaba revelando possuir uma inteligência muito superior á de qualquer macaco, sempre se desenvolvendo aceleradamente. Já adulto, é forçado a tomar consciência de quem e do que é, e daquilo que representa para sua espécie.
Preciso dizer que não sou fã da franquia, nem assisti aos filmes antigos. O conceito de um mundo povoado por macacos humanóides falantes sempre me pareceu galhofa demais. Então, meu interesse por essa nova produção era zero… até ver o trailer. A proposta aqui é algo bem diferente, pegando apenas alguns conceitos da franquia e adaptando tudo para um cenário mais crível e realista. Esse ainda não é o Planeta dos Macacos, mas é possível vislumbrar como e por que esse será o futuro. Em grande parte porque a jornada de Cesar é muito bem construída, apesar de alguns exageros perfeitamente aceitáveis, afinal, a ficção científica exige uma dose de suspensão de descrença. Mas sem dúvida o roteiro de Rick Jaffa e Amanda Silver é bastante coeso, e a direção de Rupert Wyatt é impecável sobretudo nas cenas de ação.
O grande mérito do filme, porém, vêm de uma parceria antiga: A Weta Digital nos efeitos visuais e Andy Serkis na atuação por captura de movimentos. Ele que já foi Gollum e King Kong, agora surge como protagonista indiscutível e dá um show. Cesar não parece “real”, a proposta nem era essa, inclusive todos os macacos do filme são digitais. A chave aqui é o desconforto causado por ver expressões faciais e corporais tão absolutamente humanas em feições simiescas, sem parecer galhofa em nenhum momento. O trabalho de Serkis é tão impressionante que se cogita uma indicação ao Oscar. Exagero? Provavelmente, mas de forma alguma imerecido.
Planeta dos Macacos – A Origem está entre as melhores surpresas do ano, e é um filme recomendadíssimo quer você seja ou não fã da franquia.
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Texto de autoria de Jackson Good.
Não há duvidas de que o Planeta dos Macacos do Tim Burton foi bem fraco. Fiquei animada com esse por ser bem diferente da franquia original.
Ainda não consegui ver mas vou tentar ir, antes que saia do cinema.
Boa crítica.
Abç
Não sou grandes coisas nessa de atuação e tudo o mais, deixo isso para quem saber. Mas apesar de tudo, achei o filme excelente. Para quem não assistiu o filme de 68 eu recomendaria faze-lo antes de assistir a esse, pois apesar da qualidade dos efeitos serem inferiores (obvio) vale a pena para pegar algumas jogadas presentes nessa origem.
Para quem viu o primeiro filme da franquia como eu deve ter achado fantasticas cenas como o anuncio do homem indo a Marte (seguida pela perda deles no caminho) e principalmente do “Get your hands off me you damn dirty ape.”
É um filme bom para os que não conhecem a franquia e OTIMO para quem viu ao menos o primeiro.
Sobre a critica, justa e com um texto muito melhor que o meu ;D
Abraço
Excelente texto jovem Jacka…
Não ví o filme, vou começar por aí…
Não me lembro muito do primeiro filme também, lembro-me apenas que sempre achei que o enredo ocorria em outro planeta que não a Terra. Pra mim, era um filme de viagem no espaço, mas quem assistiu recentemente me garante que é um filme de viagem no tempo… E não discordo…
Sempre odiei os “Begins”, mas a verdade é que não me lembro de nenhum que tenha sido ruim. Batman acho que foi o melhor “como tudo começou” de todos os tempos, e o X-men realmente não foi ruim (mas também não foi grandes coisas…). Infelizmente deixei o filme passar por mim, vou aguardar o Blu-ray e conferir COM CERTEZA!
Muita gente falou do filme e a maioria falou bem, vou confiar e espero não me decepcionar…
Abraços
Ja ne!
Lembro-me ter ter visto os filmes ainda criança. Confesso que desde criança tenho um certo apego por filmes de ficção. Lembro de ver a cena clássica no final do filme quando o protagonista encontra a estatua da liberdade na praia. Lembro do outro de algumas poucas cenas dos filmes seguintes, mas foi o suficiente para me fazer um admirador da franquia. Quando a algum tempo ouvi dizer que haveria um novo filme acabei criando um certo receio. Não é sempre que vemos um remake ou uma releitura de uma obra antiga que venha a ser bem sucedida. A lista de filmes que passaram por isso e não deram muito certo é até grandinha. Então que chegado dia da estréia me coloquei a caminho do cinema sem ter nenhuma expectativa do mesmo, pois me limitei a ver apenas ao primeiro trailer. Apagam-se as luzes e então vem aquelas propagandinhas chatas que dominam as salas d cinema hoje em dia. Devorando todos os trailers possíveis que encontram pelo caminho. Fazendo um resuminho do filme para não esticar mais esse meu “comentário” achei que o filme atingiu a proposta. Não me surpreendeu em muita coisa. A trama ficou muito bem bolada dando uma motivação boa para que os nossos primos macacos realmente alimentem e fiquem cada vez mais com raiva para com os seres humanos. Demostrando toda a filha da putagem vinda dos mal tratos e descasos principalmente encarnadas naquele maluco carcereiro do resort para chipanzés. Não gostei daquela quantidade absurda de macacos que aparecem de uma hora pra outra no desenrolar do filme. Algumas vezes parece que tem centenas e outras menos de 50, mas tudo bem. Outra coisa é a respeito dos macacos que estavam no zoo. Esses não foram expostos ao gás maluco da inteligencia, mas mesmo assim nas cenas depois eles se misturam e parecem bastante inteligentes para mim. Enfim não da para agradar a todos. De uma forma geral o filme ficou bom.
Aguarde uma análise detalhada sobre a série em nosso próximo podcast. Espero que curta.
Vi o filme ontem, com uma expectativa bem baixa. Mas o filme é realmente bom.
Quanto aos efeitos, impressiona mesmo, mas eu pessoalmente achei as vezes meio estranho as expressões faciais de Cesar, mas nada que incomode realmente.
Parabéns pela crítica Jackson, muito coerente com o filme.