Um casal desaparece misteriosamente e apenas o homem, George, retorna. Ele não diz onde esteve ou o que fez. Todo o ocorrido se manteve obscuro. George inicia uma série de estudos secretos e permanece isolado. Décadas se passam e conhecemos Ninten, um jovem garoto que, em sua casa, se envolve em um evento paranormal. Ele é atacado por um terrível… ABAJUR! Após o ocorrido, o pai de Ninten diz que seu avô era um estudioso dos poderes psíquicos. Isso explica os poderes do próprio Ninten. A partir daí, o jovem garoto percorrerá o mundo para solucionar o grande problema envolvendo alienígenas e bizarrices diversas.
Mother, também conhecido por EarthBound Beginnings, é um dos clássicos absolutos no estilo JRPG. Lançado em 1989 para o saudoso NES, posteriormente ganhou versões nas plataformas mais recentes (GameboyAdvanced, Wii U). Foi uma aposta da Nintendo, pois ninguém acreditava que o jogo seria bom e faria sucesso. Apostaram certo. Mother foi bem recebido, tanto que ganhou duas continuações.
A estrutura do jogo segue a linha dos JRPG clássicos, mas é ambientado em tempos modernos. Os inimigos são encontrados de forma aleatória no mapa e a batalha acontece em turnos. Na tela de combate, vemos apenas os inimigos, no mesmo estilo de Dragon Quest. Os personagens ganham experiência a cada batalha vencida, sobem de nível, ficam mais fortes e ganham novas habilidades. Nada muito diferente do que estamos acostumados.
O mundo é gigantesco, há inúmeras cidades para se visitar e, no caminho, toneladas de inimigos surgirão. Esse é o grande problema deste e da maioria dos JRPG: você é obrigado a fazer grinding, caso contrário seus personagens não estarão fortes o suficiente para enfrentar novos inimigos e chefes. A variedade de inimigos não torna o grinding mais divertido. Este é o ponto mais fraco do jogo, mas já era de se esperar, afinal estamos falando de um RPG japonês. A batalha final consegue dar uma variação interessante, o que deveria ter sido explorado em outras fases ao longo do jogo.
Mother deve ser jogado com diversas ressalvas. É um JRPG dos primórdios, lançado há quase três décadas. Algumas limitações técnicas e falhas de game design irão afastar muitos jogadores. O grande problema é o grinding cansativo naquele sistema de batalha precário. A maioria dos personagens não são muito bem desenvolvidos, ficando lacunas sobre a história e personalidade deles. Apesar isso, Mother é um jogo muito carismático com trilha sonora marcante. Não é à toa que criou uma legião de fãs ao redor do mundo, que inclusive fez traduções para o inglês antes do lançamento da oficial, que ocorreu apenas este ano no Wii U. Quem gosta de JRPG tem a obrigação de conhecer Mother, um clássico que não envelheceu tão bem, mas permanece cativante.
Acho esse jogo maravilhoso, mas também não consigo avançar muito por conta do grind. Imagino que se ele tivesse sido jogado até 2000, a minha(nossa?) impressão seria bem diferente.
gosto muito do humor desse jogo, e sempre que tento jogar, rio alto em alguns momentos.
(comentário com 1 mês de atraso ainda vale?)
Sempre vale, Rachel. =D