“É uma verdade universalmente reconhecida, que um homem solteiro na posse de uma boa fortuna deve estar em busca de uma esposa”. No entanto, para Seth Grahame-Smith também é uma verdade universalmente reconhecida que um zumbi que possua cérebros deve estar em busca de mais cérebros. E é assim, parodiando a famosa frase de abertura de um dos romances mais populares da história, que Grahame-Smith começa seu Orgulho e Preconceito e Zumbis.
O livro segue mais ou menos a mesma trama, a história cheia de desintendimentos e acidentes da relação entre Lizzie Bennet, independente demais para uma mulher da sua época, e Mr. Darcy, jovem rico e orgulhoso, mas acontece em uma dimensão paralela em que a Inglaterra vitoriana é infestada por zumbis.
A praga não tem qualquer explicação, mas é dado a entender que vem indo e voltando há séculos. A coroa inglesa a combate com seu exército oficial e guerreiros associados, entre eles as irmãs Bennet e Mr. Darcy. O treinamento é feito no oriente, China ou Japão, e a habilidade nas “artes letais” um grande sinal de distinção.
O livro é cheio de detalhes divertidos, como o momento em que Elizabeth pondera que um mosquete é uma arma melhor que uma adaga, mas considerado “pouco feminino” e referência a katanas e ninjas. Como se espera de uma história zumbis a momentos nojentos e por alguns momentos chegamos mesmo a entrar na mente de um infectado em transformação.
No fim, a adaptação mantém muito do espírito de Jane Austen, inclusive a ironia da autora, mas deixa o livro ainda mais divertido pelo nonsense e as cenas de aventura. Há boatos de uma adaptação cinematográfica produzida por Natalie Portman, daria mesmo um ótimo filme.
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Texto de autoria de Isadora Sinay.
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