Cansado de tantos filmes de super-heróis? Azar o seu, pois essa onda está longe de acabar. E nesse ano recheado, acaba de estrear mais um: Capitão América – O Primeiro Vingador chegou às telas brasileiras no dia 29 de julho. Mais uma produção da Marvel Studios, e o último passo antes do evento mais importante da História da humanidade, ou seja, o filme dos Vingadores.
Em 1943, conhecemos o jovem nova-iorquino Steve Rogers. Franzino e doente, porém cheio de determinação, ele tenta (e falha) várias vezes entrar para o exército e lutar na Segunda Guerra Mundial, movido por uma convicção inabalável de que violência e bullying devem ser combatidos em todas as suas formas. Sua chance aparece quando ele chama a atenção do Dr. Abraham Erskine, responsável por um projeto científico visando à criação de supersoldados. Combinando um soro especial com a radiação dos raios Vita, Steve ganha força, agilidade e resistência além dos limites humanos.
Infelizmente, o Dr. Erskine é assassinado por um espião nazista, e o projeto de criar mais supersoldados morre com ele. O Governo decide então que o melhor uso para Steve é… vesti-lo com uma fantasia nas cores da bandeira americana e coloca-lo em espetáculos teatrais promovendo campanhas de recrutamento e a venda de ações de guerra. Somente quando vai à Europa para levantar o moral dos soldados, é que nosso herói tem chance de entrar em ação para salvar seu amigo de infância, o agora sargento James “Bucky” Barnes. Após provar seu valor, o Capitão América passa a combater a Hidra, uma facção nazista rebelde liderada pelo terrível Caveira Vermelha, cobaia de uma versão preliminar e imperfeita do soro de Erskine.
Não era das mais fáceis a tarefa de adaptar para o cinema um personagem tão identificado com os EUA, visto que hoje há no mundo um certo sentimento anti-norte-americano. Pra piorar, o Capitão normalmente é visto com um americanóide patriótico clichê por aqueles que não conhecem suas histórias. O resultado ficou à altura do desafio. Houve um cuidado muito grande em estabelecer Steve Rogers como alguém essencialmente bom, justo, corajoso, e por que não, humanista. Exaltando essas qualidades universais ao invés de um patriotismo tipicamente americano, ficou possível para o público internacional gostar do personagem. Resta a questão da ingenuidade desses valores, mas outro acerto do filme é se passar na Segunda Guerra, época em que tais características ainda faziam sentido.
Como nos demais filmes da Marvel, temos uma história de origem, simples e bem contada. A direção ficou a cargo de Joe Johnston (de O Lobisomem), que entregou um filme passado na guerra, mas com um espírito mais aventuresco, Sessão da Tarde mesmo. Claro que há o interesse comercial em não fazer nada sombrio demais, então os vilões não são os nazistas (não há uma suástica sequer no filme) e sim a Hidra, uma subdivisão. O que vemos é uma guerra paralela. Incomoda? Sim, mas nada que chegue a comprometer. Assim como os saltos que a trama dá, para abranger um período de tempo de alguns anos, apelando pros tradicionais clipes mostrando o que aconteceu naquele período. A ligeira falta de coesão e o gostinho de quero mais são os principais pontos negativos do filme, que impedem ele chegar ao nível foda, épico, etc.
Dentre as atuações, competência é a palavra-chave. A começar pelo criticadíssimo protagonista, Chris Evans, também conhecido como Tocha Humana, aqui em versão ultra bombada. Ele queima a língua dos incrédulos ao fazer um Steve Rogers bem convincente, sem nenhum resquício daquele ar irônico e babaca que o consagrou. Hugo Weaving trabalha no automático para fazer o vilão, o que no caso dele já é grande coisa. Infelizmente o roteiro não o ajudou muito, pois o Caveira teve pouco espaço pra desenvolvimento e profundidade, ficando um tanto genérico. O inevitável interesse romântico é a agente Peggy Carter, vivida com muito carisma e um sotaque britânico sensacional por Hayley Atwell. Sebastian Stan aparece pouco como Bucky, ficando mais como uma possibilidade para eventuais sequências (Soldado Invernal, cof cof). Dominic Cooper interpreta Howard Stark, pai daquele mesmo que você está pensando, num papel até maior do que o esperado. Completando, temos os coadjuvantes de luxo Tommy Lee Jones (General Phillips), pra variar fazendo o estilo rabugento e engraçado, e o sempre ótimo Stanley Tucci como o Dr. Erskine.
E no mais, filme da Marvel tem que ter o que? Isso mesmo, easter eggs. E dessa vez eles estão particularmente discretos, coisas que só fanboys hardcore vão pegar: a aparição de um herói antigo da editora, uma referência ao Dr. Zola dos quadrinhos, Bucky pegando o escudo, e a óbvia aparição de Stan Lee. Tão óbvia quanto, há uma cena pós-créditos que na verdade é um teaser de Os Vingadores. Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Gavião Arqueiro e Viúva Negra estarão todos juntos em 2012, e se você não se empolga alucinadamente com isso, só posso lamentar pela sua alma…
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Texto de autoria de Jackson Good.
Saudações Senhores!
Achei o filme fodástico! Como leitor de quadrinho há mais de 15 anos vibrei com cada easter egg que encontrei!!!
Achei muito boa a amarração que o filme tem com os outros filmes já lançados, citando/mostrando coisas que quem viu os outros vai sacar de imediato.
Agora é esperar Maio/2012! Que bom que vai dar pra curtir antes do fim-do-mundo, hehehehe!
Abraços
Galera só uma nota: as url http://vqv.me/rbf e http://t.co/FDb2Zk4 não estão funcionando… twittei com a http://t.co/IAcuAeC que tá ok.
Realmente o filme e muito bom, e eu só estaria cansado da “onda de filmes de Heróis” e apenas viessem bombas mas ate que tem uns bem divertidos.
Continuem o bom trabalho e tirem o Mario de traz do armário.
SDS
Jacka!
Sempre sagaz e veloz em suas postagens… Concordo com muito, praticamente tudo que foi dito aí.
Não acho o Hugo Weaving mediano como caveira. Acho fraquíssimo! Mas concordo contigo quando dizes que com um roteiro que o ajudasse mais talvez fizesse ele subir no conceito da galera.
Todas as licensas poéticas dos roteiristas me pareceram EXTREMAMENTE bem colocadas. A aparição do papai do Downey Jr, a desculpa para utilização do uniforme do capitas, o bucky sendo colocado com um grande amigo de infancia do Rogers… todo mundo que conhece a história do capitão sabe que ela não é bem assim, mas não me incomodou nem um pouquinho todas essas adaptadas aí… Acho que nunca ví uma HQ que não fosse à risca tão bem adaptada.
Gostaria, é claro, que mostrassem o NAZISMO como o inimigo do capitão, e não a Hidra. Mas também compreendo que no mundo de hoje, uma enxurrada de suásticas e judeus não venderia o filme como ele tem que ser vendido.
Uma pena eles terem apagado o Comando Selvagem do filme, deixando os caras fodões como meros coadjuvantes(na maioria das vezes, figurantes). Nesse ponto vou concordar com os babaquínhas do MDM(vix… Não pode falar mal dos caras aqui… Logo logo eles assinam o contrato e compram o vortex).
Saí do cinema com um sorrisão no rosto e, assim como no final do filme do Thor, tenho apenas uma colocação:
“Captain America will Return in ‘The Avengers'”
Agora é aguardar o evento mais importante do século XXI. Que venham os Vingadores!!!
abraços
Ja ne!
Opa, boa crítica.
Também fiz uma crítica do filme. Pode conferir aqui:
http://cinelogin.wordpress.com/2011/08/02/cinema-critica-capitao-america/
tchclín!!!
Descordo da sua crítica naquele blog alí.
Mas n vou explicar pq…
Acho que o autor da bagaça merecia algum conteúdo nesse coment seu aí… ¬¬
Ja ne!
eu achei mto bom até pq num conheço nada do capitão américa, aprendi algumas coisas e estou ansioso pelo filme dos vingadores, eu só acho que pecou realmente no tempo achei o filme meio curto oque causou pouco desenvolvimento dos personagens mas isso ja era de esperar, ha mta historia do capitão e pouco tempo para contar, mas achei que o Chris Evans fez um papel impecavel, e não sei se faz sentido mas depois q acabou o filme e começou o teaser dos vingadores, qnd o capitão esta na academia, eu senti que o capitão américa ali saiu do clima sessão da tarde e entrou em um clima mais sombrio afinal ele passou 70 anos congelado td mundo que ele conhecia morreu, então acredito que nos vingadores ele vai ficar mais sombrio do que nesse filme. de resto ótima critica.
Boa observação. Deslocado de seu tempo, ele deve ficar mais amargurado/sombrio sim…
curti o site! gostei da sua crítica mas nao sou tão fissurada em filmes de super heroi assim nao.. Axei o héroi fraquinho..