31 de outubro. Noite de Halloween… brasileiro (Alguém realmente se importa com isso por aqui?). Há muitas luas atrás, em uma noite chuvosa onde as trevas reinavam sobre a terra, algumas mentes humanas, poluídas pelo oculto e o terror, resolveram transformar seus mais terríveis pesadelos em obras do cinema de terror cult (hipster?). Pra você que está afim de se cagar de medo, ou pelo menos ter uma desculpa pra agarrar a irmã do seu amigo (um abraço pro Jackson), quando ela estiver com medo. Segue a lista feita por mim, Bruno e Rafael:
Repulsa ao Sexo (Roman Polanski, 1965)
Não é o que se pode chamar de terror, mas a esquizofrenia e o processo de desintegração da personagem de Catherine Deneuve, a manicure Carol chega a ser chocante. Polanski consegue arrancar uma visão doentia e apodrecida da expressão angelical de Deneuve, esvaziando-a progressivamente, cortando qualquer relação com o mundo exterior. Thriller com fortes pitadas Hitchcokianas.
O Homem de Palha (Robin Hardy, 1973)
Apesar da produção barata, o longa-metragem teve inúmeros devotos, seja pela presença ilustre de Christopher Lee ou pelo tema que o roteiro abordava, como pelo próprio clima lúgubre e sensação de isolamento que o filme trazia. Em 2006 fizeram um remake com Nicolas Cage, minha sugestão é passar longe.
Muralhas do Pavor (Roger Corman, 1962)
Adaptação de quatros (dois deles foram aproveitados em uma única história) contos do mestre do terror, Alan Poe. Apesar de não ser a melhor adaptação da obra de Poe, vale a pena conferir, principalmente pela excelente atuação de Vincent Price.
O Príncipe das Sombras (John Carpenter, 1987)
Um professor e um grupo de estudantes e cientistas especializados são convocados por um padre para investigar um misterioso recipiente contendo um líquido verde, guardado por séculos em uma igreja abandonada. O recipiente ao ser aberto, transforma os pesquisadores em zumbis. Os membros da equipe que não se transformaram em zumbis, descobrem que dentro do recipiente, estava a essência do capeta, que agora quer trazer, o todo poderoso Anti-Cristo ao poder. Os sobreviventes precisam lutar para afastar o cramulhão que estava adormecido e salvar o mundo do coisa ruim.
Fogo no Céu (Robert Lieberman, 1993)
Considerado por muitos um dos melhores filmes sobre abdução alienígena, Fogo no Céu conta a história de Travis Walton, um lenhador que supostamente foi abduzido por um OVNI. O ponto forte do filme é sem dúvida o drama da personagem e não os elementos fantásticos do gênero. Intrigante e um ótimo exemplar de ficção científica.
A Sombra do Vampiro (E. Elias Merhige, 2000)
Pensei em indicar Nosferatu do Herzog (de 1979), mas logo depois me lembrei deste longa que conta a “estória” das filmagens do Nosferatu de 1922. Segundo consta, havia um rumor que o ator Max Schreck(que interpretou Nosferatu) era um vampiro de verdade, já que ninguém sabia muito sobre seu passado até então e sua interpretação deu tanta credibilidade que a lenda só aumentou. Neste longa, o diretor aborda um pouco dessa lenda, contando com o talento de Willem Dafoe e John Malkovich. Poucos são os filmes que conseguem contar histórias dentro de histórias. A Sombra do Vampiro é um deles.
À Meia-Noite Levarei sua Alma (José Mojica Marins, 1964)
Não poderíamos deixar de lado Zé do Caixão que aqui está obcecado em gerar o filho perfeito, para dar continuidade à sua linhagem. Como sua mulher não consegue engravidar, ele decide traçar a namorada do seu melhor amigo para gerar o simpático rebento. Deixem de preconceito com o cinema nacional e assistam.
A Morte do Demônio (Sam Raimi, 1981)
Conhecida também como Uma Noite Alucinante, A Morte do Demônio é cultuado por uma legião de fãs. Sam Raimi, na época apenas um estudante de cinema, consegue criar um clima apavorante com um orçamento risível. Tudo é muito precário, digno de uma crueza que até sinto falta em meio a tanto 3D e CG. Um cult do horror altamente recomendado.
Suspiria (Dario Argento, 1977)
Suspiria conta a história de uma bailarina americana em ascensão que viaja para a Europa para entrar em um companhia de dança renomada, porém, um assassinato bizarro muda sua percepção sobre o local. Argento cria um misto de terror psicológico e psicodélico de te arrepiar dos pés a cabeça.
Aqui está a verdade final sobre os filmes de horror. Eles não amam a morte, como alguns tem proposto, eles amam a vida. Eles não celebram a deformidade, mas, habitando a deformidade, cantam a saúde e a energia. Eles são os purificadores da mente, tirando não rancor, mas ansiedade. – Stephen King
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