Após atravessarmos as quase infinitas e desnecessárias três horas de A Viagem — o título original é Cloud Atlas. Vai entender esses tradutores brasileiros… —, chegamos ao fim da jornada com um sorriso no rosto. Primeiro pelo alívio de o filme ter terminado. Depois, por realmente termos achado muito engraçado tudo aquilo que os irmãos Wachowski (Matrix) e Tom Tykwer (Corra, Lola, Corra) pretendiam nos apresentar como um estudo de grande profundidade filosófica.
Pelo menos em tese, ‘A Viagem’ seria uma investigação sobre como os atos de cada pessoa influenciam a vida dos outros, seja no passado, presente ou futuro. Isso é mostrado ao público por meio de seis histórias interligadas que se passam entre 1849 a 2114.
O conceito era interessante. Pena que ficaram só na intenção.
A produção passa boa parte do tempo tentando embasar suas teorias em frases vazias, mas pretensamente cheias de sabedoria. Quer um exemplo? Veja: “Não importa se nascemos num tanque ou num útero: somos todos puro-sangue”. Quer outro? Segura aí: “Meu tio era cientista, mas ele acreditava que o amor era real”. E por aí vai…
O filme é registrado numa escala que tem o mesmo tamanho de sua pretensão. Tudo parece grandioso, maior que vida, colossal. Tudo é feito para iludir os olhos do espectador. Não caia nessa: ‘A Viagem’ tem tanto conteúdo quanto uma casa vazia e, ao fim de sua exibição, sentimos na boca aquele gosto amargo de auto-ajuda.
As caracterizações feitas em Tom Hanks, Halle Berry e Hugh Grant deveriam acentuar os aspectos dramáticos dos personagens. Porém, a maquiagem têm efeito contrário e deixa todos com visuais risíveis. Poucas coisas são mais desastrosas para uma obra que se pretende muito séria do que se transformar num espetáculo provocador de risos involuntários. Justamente o que acontece aqui.
Único ponto positivo: o cuidado com a luz na fotografia concebida por Frank Griebe e John Toll.
Importante: até agora, ‘A Viagem’ arrecadou apenas US$ 26 milhões dos US$ 100 milhões que custou. Logo, corre o sério risco de ser o maior desastre financeiro cinematográfico do ano. Uma espécie de John Carter de 2013.
Sabemos o quanto Hollywood costuma ser implacável com pessoas envolvidas em projetos que resultam em tamanho prejuízo. Diante disso, é possível especular que o futuro da dupla que concebeu ‘Matrix’ seja um pouco mais complicado. Na melhor das hipóteses, a escala de produção diminuirá bastante e eles terão que topar orçamentos mais modestos.
A única certeza que temos até o momento é que o filme é a maior piada involuntária dos últimos tempos.
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Texto de autoria de Carlos Brito.
Vou passar longe.
Rapaz, depois de Speed Racer, não confio em mais nada que os irmão Wachacha fazem…
Depois que um irmão virou mulher, não confio mais em nada que os Waxoxotoviski fazem!
Passo longe, ainda com esse titulo de novela espirita brasileira¬¬¬¬
Finalmente uma crítica decente pra esse filme terrível e pretencioso.
Muito obrigado pela coragem e compromisso do Vortex em sempre expor suas críticas muito mais relevantes doque de muitos outros portais ditos de “cultura pop” por ai.
Dizer que esse filme é filosófico é uma vergonha e se empolgar com meia dúzia de frases de efeito pff…. E nessas horas que perco minha fé nos tais formadores de opinião da internet.
Mais uma vez parabéns pela crítica.
Obrigado.
os mano do filmow ta pirando com esse filme e creio que infelizmente li a palavra revolucionaria mais de uma vez kkkkk
Caraca!
É dos wachavaskas? Nem sabia!
Já perdi a vontade de ver aí…
Fui teimoso e acabo de assistir essa bomba.
Cara, eu não consigo definir qual das 6 malditas histórias – achei que eram 20 em alguns momentos – consegue ser a mais desinteressante.
Ahhh era tudo uma história só, pffffff.
Depois de concordar com tudo que o Carlos explicitou acima, acrescento ainda que o filme é um caminhão de clichês do pior tipo. Pretensão infinita, com um resultado final oco.
Inacreditável essa merda.
Aplaudi de pé quando o filme terminou, não, não pelo filme, sim o término dele!
Depois de uma hora de filme e sem entender onde eles queriam chegar, desliguei qualquer pretensão de que pudesse ser um bom filme, quando acabou,o sentimento de, que merda foi essa, preencheu o quarto.
Filme confuso, nenhum personagem se encontra com o outro do futuro e a única coisa que liga um ao outro,é um maldito botão de uma blusa em 1800 e guaraná com rolha ao futuro logo ali(2110 não está tão longe), pós destruição.
Personagens rasos e elenco caro.
Na minha opinião,a única coisa que achei interessante, foi a maquiagem do filme,e apenas em alguns pontos.
Sinceramente, vamos esperar a versão xxx e ver se salva, rsrsrs.
Era uma história que poderia ser tão boa e que é um classico ficou dos irmãos Wacho… Prometem algo grandioso, entregam nada.
A maquiagem estava boa em alguns casos, em outros, foi desnecessária. O que foi o cara travestido de enfermeira? Não conseguia levar a sério algumas maquiagens.