Dando continuidade ao arco do amado, querido e agora verdadeiramente ídolo de uma cidade, o pugilista Rocky Balboa começa a enfrentar conflitos pessoas e profissionais. Após as lutas com Apollo e com o lutador de luta livre Thunderlips (Hulk Hogan), em um evento beneficente, Rocky deseja se aposentar.
No entanto, é desafiado por Clubber Lang, interpretado por Mr.T, um lutador agressivo e desmoralizante, que se torna o maior desafio na carreira de Rocky, até então. Consequentemente, Rocky está afetado pela fama e pelo sucesso recorrente, o que determina sua “aparente” falta de comprometimento aos treinos, acarretando na derrota pra Clubber e na perda do cinturão dos pesos-pesados.
Nesta continuidade de filmes mais sérios, a terceira parte caminha para uma perspectiva mais sábia. As cenas de lutas permanecem agressivas e ferozes, não havendo passividade e defesa. Além, claro, do triste acontecimento que ocorre após a luta, perturbando Rocky.
Sylvester Stallone, como sempre, emprega muito carisma e personalidade a seu icônico personagem. A química com Carl Weathers apresenta uma nova interface, desta vez como aliados e iniciando uma reformulação em conjunto. O segundo e terceiro atos são basicamente construídos por seus diálogos e cenas de sabedoria.
A direção é mais elétrica, se mostrando até um pouco acelerada em alguns momentos, mas sem atrapalhar a montagem das cenas. O uso de uma trilha sonora mais sortida, além da clássica Eye of the Tiger deixa as cenas mais vivas. O roteiro até mesmo explora o racismo e outras vertentes sociais, mas sem tendenciar, por exemplo, Paulie como preconceituoso maléfico.
Rocky III é um ótimo serviço de manutenção e glorificação do personagem principal. A partir deste filme, que ele começa a aprender e adquirir uma filosofia que o leva consigo, ensinando outros personagens, e principalmente seu filho, em Rocky Balboa.
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Texto de autoria de Adolfo Molina Neto
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