Quinze anos atrás, a escritora J. K. Rowling lançava Harry Potter e a Pedra Filosofal, o primeiro de sete livros que se tornariam mundialmente famosos. Desde então, teve uma bem sucedida parceria com o sucesso que aumentou seu patrimônio e fez de sua personagem um ícone da cultura pop.
Após a publicação de dez livros dentro do universo do bruxo, Rowling escreve seu primeiro romance adulto. O lançamento carrega a sensação de uma estréia devido a alta expectativa de saber se a escritora possui o mesmo vigor em outras narrativas, além de seu grande sucesso.
Lançado nos Estados Unidos em Setembro do ano passado e em Dezembro no país, Morte Súbita (504 páginas, Nova Fronteira, Tradução de Maria Helena Rouanet) foi recebido sem unanimidade crítica que equilibrou-se entre o ótimo para o bom nas análises. A trama nos apresenta o pequeno distrito de Pagford, uma dessas pequenas regiões em que todos se conhecem e transformam qualquer pequeno acontecimento em um grande espetáculo, seja fofoca ou não. Após a morte de Barry Fairbrother, um dos conselheiros locais, os ânimos do distrito se elevam para a escolha de um substituto, principalmente quando o morto era um dos poucos a favor de manter um bairro pobre anexado ao local.
Ao situar-se em um microcosmos, Rowling explora o pequeno espaço delimitado de uma comunidade demonstrando que nada é tão harmônico como parece. Embora a história tenha sido divulgada como uma espécie de mistério, não há nenhum segredo central a ser revelado. Mas sim um rompimento da impressão inicial, verificando que cada membro da comunidade, por maior ou menor que seja, guarda um segredo.
Em um primeiro momento, a narrativa acompanha a semana que sucedeu a morte do conselheiro, acompanhando, com um pouco de excesso, o dia-a-dia de cada personagem, produzindo uma espécie de narrativa de costumes. Sempre permeada por personagens ou situações que beiram a dualidade.
Acostumada a escrever sem economia a história resulta-se maior do que deveria. Rowling tem talento ímpar para desenvolver personagens diferenciadas com características distintas, mas se estende ao apresentá-las, demorando para entrelaçar todas as histórias até os pequenos clímax. Sua ideia é destruir a imagem plástica de uma cidade erigida em segredos. Mas tais descobertas não são tão poderosas como se imagina. A boa saída da autora para produzir uma reviravolta tem boa carga de tensão e se mantém mesmo repetida mais de uma vez, deixando a narrativa mais frágil.
Dentro da pressão em realizar um bom livro que resulte em boas vendas, a autora conseguiu exprimir uma voz narrativa diferente da anterior, demonstrando seu talento. Mas, por conta da extensão perdeu o impacto que seria mais preciso em uma trama mais enxuta.
Parabéns, essa foi a resenha mais genérica que eu já li na minha vida. Se eu tivesse que adivinhar, eu diria que você leu a sinopse do livro e escreveu essa merda. (E não, eu não gosto de J.K. Rowling).
Bem, talvez eu esteja sendo exigente demais com a resenha. Cada um faz o que pode, não é mesmo?
Abraços.
hahahahahaha Fatality!!!!
Ler livros para críticar é para os fracos!
eu empaquei na página cento e poucos; o começo da história não desceu para mim – são personagens demais pro meu gosto.
Sempre que falo de um livro mim sinto intimidada pelo autor .
O que não ocorre nesse caso. Dizer que essa leitura dar evidencia a minha
Total falta de capacidade de escolher um livro, seria como livrar um réu confesso de sua culpa -Morte súbita total perda de tempo e graças a boa tradução, nem adicione palavras novas pro meu dicionário pessoal. Péssimo mesmo
Amo demais esse livro. Os personagens são muito bem construídos, as reviravoltas são incríveis, os sentimentos espalhados, os pensamentos, os pontos de vista… É exatamente o tipo de livro que me prende, porque é focado em pessoas, reais ainda que ficcionais.