Crítica | Liga da Justiça vs Os Cinco Fatais
Longa animado de Sam Liu, que resgata o visual da animação clássica do universo compartilhado de Bruce Timm, Alan Burnett e companhia (sendo produzido e roteirizado por esses, inclusive), Liga da Justiça VS Os Cinco Fatais começa no futuro, mostrando o que seria a Legião dos Super Herois lidando com alguns vilões, até que eles conseguem viajar no tempo, para o presente onde Super Homem e outros heróis imperam sobre a Terra. Junto a eles, vai Starboy, um vigilante de poderes cósmicos e visual engraçado.
Boa parte do humor mora nas diferenças de cultura, variando as linhas temporais. Starboy fica nu, em uma farmácia. Não demora a mostrar outros heróis, com destaque para duas moçar, Jessica Cruz, como Lanterna Verde, e Miss Marte como substituta do Ajax/Caçador de Marte. As duas personagens tem uma participação bem positiva e voluntariosa, conseguem ser bem desenvolvidas mesmo com o curto tempo de duração do filme, que tem menos de 80 minutos.
Outra boa aparição é do Senhor Incrível (Mister Terrific, não o personagem principal de Os Incriveis), que funciona neste como o cérebro tático da Liga. O roteiro de Burnett, Eric Carrasco, James Krieg não valoriza tanto os vilões do Quinteto Fatal, mesmo sendo baseado na revista de Jim Shooter. O perigo deles não é tão bem utilizado, e em alguns momentos, esse parece um daqueles arcos do desenho da Liga, em três partes, mas condensado na mesma fita para parecer uma historia única.
Há cameos também, especialmente no Asilo Arkham onde Hera Venenosa e Arlequina aparecem atacando Batman e Miss Marte, que funcionam por sua vez como uma dupla dinâmica repaginada, mas infelizmente o filme não passa muito disso, do sentimento nostálgico e da boa surpresa que é Jessica Cruz como Lanterna.
Os vilões não tem carisma, nem tempo de serem apresentados, e a aventura aqui é genérica, falta inspiração e ousadia ao roteiro, que não faz temer pelo destino de absolutamente nenhum herói. Seus pontos positivos são bem explorados, como o casting de Andrea Romano, mas entende-se completamente o zero esforço da produção em fazer parte do que é considerado cânone no antigo Universo DC Animado (DCAU), é mais uma aventura escapista, com uma diversão moderada, que reflete um pouco sobre a finitude da vida dos heróis, e que serve basicamente para a personagem que Diane Guerrero dubla brilhar, a mesma atriz que também está em Doom Patrol fazendo um personagem regular.
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